quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

As Fases do Manejo Florestal

No artigo anterior de 30 de novembro, abordamos o Manejo Florestal, sua definição, Leis, por que fazê-lo, os benefícios do manejo, as diferenças entre a exploração predatória e o manejo propriamente dito. Na floresta manejada, a exploração é de impacto reduzido (EIR) onde deverá estar presente uma tecnologia adequada, um planejamento, e treinamento da mão-de-obra especializada no corte, no arraste das toras, etc. O EIR tem três fases:


1) Atividades antes de iniciar a exploração 
Esta fase tem seu início 12 meses antes da exploração propriamente dita. Ela se caracteriza pela definição dos talhões, que são as unidades de produção anual. Nesta fase são feitas as aberturas de trilhas, necessárias para o trabalho dos inventariantes. A determinação de parcelas permanentes de 1 ha em cada talhão para estudos e análise a cada 5 anos. O inventário florestal que cataloga todas as espécies comerciais ou em potencial, com diâmetro à altura do peito (DAP) igual ou maior que 35 cm e assinala a sua localização. A remoção dos cipós que estão entrelaçados nas árvores, seis meses antes do corte das mesmas. Demarcação das árvores que estão nas Áreas de Preservação Permanente - APP'S. O processamento de dados inventariados são realizados nesta fase. A construção da infra-estrutura é essencial, pois serão necessárias estradas principais e secundárias para o escoamento da madeira e trânsito dos trabalhadores e equipamentos, pátios de exploração, pontes, bueiros, local do acampamento, etc.
2) Atividades durante a fase de exploração 
Nesta fase é feita a seleção e localização das árvores que serão exploradas. Somente serão abatidas árvores sadias, não ocadas, com DAP igual ou maior que 45 cm; as árvores com DAP menor que 45 cm serão reservadas para corte futuro, 25 anos depois; as árvores porta-sementes serão localizadas e protegidas. O corte das árvores devem obedecer o cuidado na direção que vão tombar, para que elas não causem danos as outras árvores; outro cuidado é o corte rente ao chão. As árvores ocadas não devem ser abatidas, pois apresentam baixo aproveitamento. Após o abate, as copas das árvores são cortadas e as toras são movimentadas para os pátios de estocagem. Aqui há a necessidade de um planejamento no arraste das toras, ou seja a existência de caminhos que conduzam as mesmas. Outra ação, nesta fase, é a operação no pátio que engloba a verificação do volume de madeira, desperdícios de madeira, empilhamento das toras e o transporte para as serrarias.
3) Atividades após o término da exploração.
Esta fase consiste de diversas ações de manejo. Os tratamentos silviculturais consiste na remoção de cipós, eliminação de árvores não comerciais e que estão em competição com as árvores destinadas ao corte, plantio de espécies comerciais nas clareiras e em áreas de cipós. Uma avaliação do impacto que está tendo a exploração é necessária para a condução futura das operações, visando atender os princípios do manejo adequado. A avaliação do desperdício, tanto na floresta como no pátio, deve ser analisado para corrigir os erros e solucioná-los. Deverá ser feito novas medições nas parcelas permanentes, realizada a cada 5 anos, para acompanhar o crescimento das florestas. A proteção florestal se baseia na sinalização das áreas de manejo florestal; nesta áreas são proibidas, por 30 anos, a caça e a pesca e qualquer atividade extrativa, além do controle de incêndios e de invasões. A manutenção da infra-estrutura consiste nos cuidados necessários para manter conservados os pátios, estradas, bueiros e pontes.
"O que devemos ter em mente é que quanto mais madeira certificada for consumida, mais estaremos ajudando na preservação da Amazônia".

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