quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Fertilidade e Manejo do Solo Contribuem para Alta Produção Agrícola


O solo é o principal elemento quando se planeja uma produção agrícola. As plantas para fornecerem altas produções, precisam encontrar um solo de grande fertilidade, com todos os nutrientes que elas precisam para alcançarem seu objetivo - a produção de grãos e frutos. Um solo desprovido de nutrientes, em condições de satisfazerem as necessidades das plantas, é um solo de baixa fertilidade. Urge que o produtor rural tome decisões que possam elevar este nível de fertilidade, criando condições favoráveis para o desenvolvimento das plantas. Um solo nativo se caracteriza pela ciclagem
dos nutrientes. As folhas, os galhos, morrem e cobrem o solo com resíduos vegetais, que sofrendo decomposição, devolvem, ao mesmo solo, os nutrientes retirados pelas culturas. Essa ciclagem de nutrientes mantém a fertilidade natural do solo.

Os nutrientes são importantes para as plantas. Seu estoque deve ser suficiente para proporcionar o desenvolvimento, crescimento e produção das plantas. Eles não podem faltar no solo. A presença de um nutriente em deficiência, quando comparado com os demais, limita a produtividade da planta, mesmo que os outros estejam em quantidades suficientes. A "Lei do Mínimo" de Liebig traduz isto.
Um solo natural pode não apresentar boa fertilidade. Os solos férteis podem ter alterada a sua fertilidade pelo mal manejo dos mesmos. Um solo pode tornar-se de baixa fertilidade pelas suas condições naturais e pelo manejo inadequado. A baixa fertilidade natural é causada pelo intemperismo e pelas condições climatológicas de altas precipitações, com a perda de nutrientes essenciais. Aliado a isso, as condições de acidez e fixação do fósforo (P) e a toxidez de alumínio (Al³+).

Por outro lado, a deficiente reposição de nutrientes através da fertilização, em comparação às retiradas pelas culturas para o seu crescimento e produção, contribui para exaurir o solo e torná-lo não fértil. Essa é uma prática muito utilizada no meio agrícola, por alguns produtores, não fornecendo as quantidades totais de nutrientes sugeridas pela recomendação de calagem e adubação. O fornecimento de nutrientes, através de fertilizantes, representa um alto custo na produção agrícola. Mas, este custo é minimizado pelo aumento da produção agrícola. Os fertilizantes, que adicionam nutrientes no solo, são responsáveis pelo aumento da produtividade por área. A sua limitação favorecerá a queda de produtividade. É importante conhecer que a eficiência dos fertilizantes aplicados nos nossos solo são de 50% para os nitrogenados, 30% para os fosfatados e 70% para os potássicos. A ureia, adubo nitrogenado, apresenta perdas de N por volatilização e lixiviação. Os fosfatados solúveis em água perdem eficiência em solos muito ácidos. Os potássicos perdem K por lixiviação, muito maior em solos arenosos. Bem manejados, esses fertilizantes podem ter eficiência aumentada. Imaginem aqueles produtores que reduzem a aplicação de fertilizantes, com quantidades aquém das recomendadas, como poderão obter altas produções?.

O Brasil tem milhões de hectares de solos degradados. A recuperação desses solos permitiriam uma aumento considerável na produção brasileira de grãos e frutos, sem novos desmatamentos, sem abertura de novas áreas agrícolas.

O resultado da análise do solo é o ponto ideal de partida para o produtor saber o que a sua terra precisa e para conhecimento do estado atual da fertilidade. Às vezes, o produtor utiliza variedades de alto potencial de produção, mas limita o fornecimento de nutrientes. O resultado é que essas variedades não responderão, em termos de produtividade, à adubação aplicada. Entretanto, o produtor rural pode economizar na aplicação de fertilizantes se adotar medidas que proporcionem uma melhor eficiência dos fertilizantes. A rotação de culturas e a sucessão com leguminosas, a incorporação dos resíduos vegetais contribuem para a reciclagem dos nutrientes e promovem disponibilidade para as culturas seguintes. As leguminosas são fixadoras de nitrogênio (N) do ar. A incorporação delas promove uma quantidade de N ao solo, o que diminui a aplicação de N para as culturas sucessivas. Com isso, o produtor economiza na aplicação de adubos nitrogenados.
A manutenção de uma cobertura vegetal na superfície do solo é importante para prevenir a erosão. A erosão é uma, senão a maior, das grandes causas de desgaste do solo. A erosão, eólica ou provocada pela água das chuvas, carrega grandes quantidades de camadas de solo, nas quais estão a matéria orgânica do solo e os nutrientes. Isso provoca um empobrecimento na fertilidade do solo. 
O produtor rural deve se preocupar em manter a matéria orgânica do solo. Ela é responsável por uma série de benefícios que acarreta ao solo.

O produtor deve se conscientizar que maior produção agrícola pode ser conseguida na mesma área, sem necessidade de abertura de novas áreas, que pode-se melhorar a fertilidade do solo, promovendo a reciclagem de nutrientes, que o solo não pode ser mantido descoberto, mas a manutenção de uma cobertura superficial com os resíduos vegetais ou incorporação dos mesmos, que a utilização de adubos nitrogenados pode ser diminuída, minimizando os custos de produção. Para isso, o ponto de partida é conhecer a fertilidade do solo que vai ser trabalhado. A análise do solo é o passo importante para conhecê-la. Mas essa análise do solo deve vir de uma correta amostragem de solo e não de qualquer e único lugar da lavoura. A amostra de solo coletada deve representar a fertilidade do solo. Feito isso, a recomendação de calagem e adubação vai atender melhor as necessidades do solo e da planta.


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