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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

A base OH- é quem Neutraliza a Acidez do Solo

No Brasil, os solos são em geral ácidos e pobres em nutrientes o que influi no rendimento das lavouras exploradas economicamente. Para solucionar isto, é recomendada a prática da calagem para neutralizar a acidez do solo. São, então, usados corretivos do solo como o calcário rico em cálcio (Ca) e magnésio (Mg), conforme a sua origem. De acordo com o teor de cálcio e magnésio no solo é escolhido um calcário, ou calcítico (rico em Ca) ou um calcário dolomítico (que apresenta Ca e Mg na sua composição). Daí, então, a

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Resposta à Adubação Potássica em Função do Ca e Mg no solo

A cultura da soja é muito exigente em potássio, pois para a produção de uma tonelada de grãos ela consome 20 kg de K2O. Se o produtor não repõe esta quantidade o solo vai se esgotando em potássio prejudicando as safras seguintes. Os sintomas de deficiência de potássio aparecem na época da floração, pois as necessidades deste nutriente são maiores. O terço superior é o que vai acusar esta deficiência que está associada aos teores de potássio menores que 12,5 g/kg, na época da floração. Para uma maior produção de grãos, o teor de

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Quantos cmolc de Ca e Mg o Calcário Adiciona ao Solo?

Muito útil conhecer quantos cmolc/dm³ adiciona uma tonelada de calcário para cada 1% de CaO e MgO presente na sua composição. Para isto a simples aplicação de índices irá facilitar o cálculo. Quando se quer aumentar a saturação destes nutrientes no solo, você terá a ideia de quantos cmolc serão aplicados e a necessidade de repor estes nutrientes para atingir estas saturações, sendo necessário ou não a mistura de calcítico e dolomítico ou utilizar calcário com maior ou menor concentrações de CaO e MgO.


1 tonelada de calcário com 1% de CaO corresponde a 10 kg de CaO, pois 1% em

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Fertilidade do Solo: Lembretes


Os solos dos cerrados possuem alta acidez e teores baixos de Ca e Mg. Na camada arável há uma pobreza de bases e altos teores de H e Al. Nesta condição, as plantas apresentam problemas no seu desenvolvimento, pois o sistema radicular formado é pouco desenvolvido e suas raízes absorvem menos água e nutrientes. Ocorre, então, baixas produtividade. A calagem, neste caso, torna-se um imperativo, pois além de corrigir a acidez, ela adiciona ao solo Ca e Mg. A preferência seria por um

quinta-feira, 23 de março de 2017

Quanto cada 1% de CaO e MgO do Calcário Adiciona em Ca e Mg ao Solo


Existe uma maneira de calcular rapidamente quanto cmolc/dm³ de Ca e Mg serão adicionados pelo calcário ao solo agrícola. A recomendação normal de calagem é a aplicação de tantas toneladas de calcário por hectare, com um PRNT de 100% e incorporado na camada de 0-20 cm de solo. Cada 1% de CaO e de MgO, numa tonelada de calcário/ha, incorporado na camada de 0-20 cm, adiciona, respectivamente, 0,01783 cmolc Ca/dm³ e 0,0248 cmolc Mg/dm³ ao solo..

Assim, fica fácil saber quanto destes nutrientes será adicionado ao solo por um

terça-feira, 5 de maio de 2015

Converter kg/ha em cmolc/dm³


Já publicamos diversos artigos sobre as unidades internacionais e suas conversões, como dm³ em cmolc/dm³, mg/dm³ em kg/ha, g/kg em %, e outros. Nesta publicação, vamos abordar sobre a conversão de kg/ha em dm³. Quanto um produto aplicado em kg/ha adiciona ao solo de nutriente em cmolc/dm³. É o caso do calcário, que aplicado em t/ha, contendo X% de CaO, quanto este corretivo adiciona de cálcio (Ca) em cmolc/dm³, ou quanto o cloreto de potássio em kg/ha adiciona de potássio (K) em cmolc/dm³.
Ora sabemos que um hectare possui 10.000 m² e na camada arável de 0,20 m, o volume de terra será de 2.000 m³. Se falamos em dm³ este volume passa para

terça-feira, 3 de março de 2015

Papel dos Cátions na Fertilidade do Solo



Cátions e ânions podem ser retidos pelo complexo coloidal do solo. Os coloides do solo possuem cargas negativas (-) e positivas (+). Os íons trocáveis do complexo coloidal estão em equilíbrio com a solução do solo. Qualquer modificação da solução do solo provoca uma mudança neste equilíbrio. O poder absorvente é a capacidade que possui o complexo de adsorção de reter íons que provém da solução dom solo. Os cátions (carga positiva) são retidos na superfície dos coloides pelos pontos de carga negativa. 
Uma argila montmorilonita tem mais capacidade de adsorção do que uma argila caulinita. O aumento de pH do solo provoca um aumento de cargas negativas na superfície dos coloides. Por outro lado, quando há uma diminuição de pH do solo, há uma menor adsorção de cátions devido ao menor número de cargas negativas. Os

terça-feira, 6 de maio de 2014

Aumentar a Saturação de Ca e Mg pela Calagem


Existe uma maneira muito prática de saber como aumentar os teores de Ca e Mg pela utilização do calcário. À partir do teor de saturação de Ca e Mg da CTC a pH 7, nós podemos aumentar os teores destes nutrientes no solo. Na literatura, encontramos que o ideal para Ca é uma saturação de 50 - 70% e Mg de 10 - 20%. O primeiro passo é conhecer qual a saturação de Ca e Mg no resultado da amostra de solo. Daí, poderá haver necessidade ou não de aumentar esta saturação pela aplicação da calagem.
Para saber a saturação de Ca e de Mg, precisamos conhecer o valor da CTC a pH 7,0 e os teores destes nutrientes no solo. A fórmula para cálculo da saturação é, em geral, a seguinte:

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Fatores de Conversão de Magnésio em cmolc, Óxido e Carbonato



Saber os fatores para conversão de macronutrientes em cmolc, óxidos, radicais e carbonatos têm mostrado um auxílio muito grande na interpretação de análise do solo ou cálculo da quantidade dos mesmos em grama ou miligrama. Já apresentamos os fatores relacionados ao cálcio (Ca) que o leitor pode visualizar lendo "Fatores de Conversão de Cálcio (Ca) em cmolc, Óxido e Carbonato".

Claro que memorizar todos estes fatores não é uma missão fácil. Nem queremos isso. Mas, colocamos abaixo dicas para saber como encontrar estes fatores, não

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Interpretação das Relações entre Ca, Mg, K do Solo


Os cátions básicos são o cálcio (Ca²+), o magnésio (Mg²+) e o potássio (K+). Eles são importantes no processo de nutrição das plantas e a interação entre eles é fundamental, em termos de favorecer ou inibir a absorção pelas plantas. O cálcio em excesso inibe a absorção de magnésio e vice-versa. O cálcio e o magnésio são adicionados, principalmente, pelo calcário. Quando a relação Ca/Mg está baixa, ela pode ser aumentada pela aplicação de um calcário calcítico. Se está alta, pode-se regulá-la pela aplicação de um calcário com alto teor de magnésio ou uma fonte de magnésio. Já comentamos em publicações quanto de cálcio e de magnésio é adicionado

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Converter cmolc de K, Ca, Mg e Na em mg/dm³ e kg/ha

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A transformação de unidades, na interpretação da análise do solo, ainda gera muitas dúvidas entre os nossos leitores. Já apresentamos artigos que explicam as transformações de cmolc/dm³ em mg/dm³ e kg/ha. Claro que apresentamos os exercícios dando o K como exemplo. Mostramos, através do exercício com o cátion K. o caminho para transformar o Ca, Mg, em cmolc/dm³, em mg/dm³, só que não fizemos a conclusão do exercício para

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cálcio e Magnésio Adicionados pelo Calcário

Quando se corrige a acidez do solo com calcário estamos adicionando cálcio e magnésio. Quanto de nutrientes Ca e Mg são adicionados ao solo em cada tonelada de calcário? Para calcular esta adição, precisamos conhecer os teores de CaO e MgO, em percentagem, por tonelada do corretivo. Ora, cada 1% dos óxidos fornecem tantos cmolc/dm³. No link abaixo poder-se-á encontrar a maneira de calcular isto.

OUTROS ASSUNTOS PARA LER
Cuidados com a calagem
Aplicação e incorporação do calcário

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A Relação Ca:Mg do Solo e o Ideal para as Plantas

Os solos brasileiros, em geral, são ácidos e pobres em nutrientes. Neste caso, o cálcio e o magnésio podem apresentar teores muito baixos. São nutrientes importantes e necessários ao bom desenvolvimento das plantas, traduzindo-se em aumentos de produtividade. Eles guardam uma relação entre si, a chamada relação Ca:Mg. No caso da soja, a EMBRAPA preconiza uma relação Ca:Mg igual a 3,5. A literatura recomenda uma relação entre 3-5 como a ideal para a maioria das culturas. Entretanto, devemos ter em mente que o excesso de cálcio inibe a absorção de magnésio, e vice-versa. Além disto, o cálcio melhora a absorção do micronutriente Boro: porém, quanto mais cálcio é usado, mais boro é absorvido pela planta. Na escolha do corretivo, para neutralizar a acidez do solo, é imprescindível considerar a relação Ca:Mg do produto.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Necessidade de Calagem e Saturações de Ca e Mg

O objetivo desta postagem é atender a uma solicitação do Tiago, leitor deste blog, que postou um comentário pertinente ao assunto. Já publicamos várias postagens sobre o tema, mas vale  repetir para reforçar o assunto tão importante para aqueles que se dedicam à recomendação de calagem e fertilizantes, baseadas nas informações de uma análise de solo. Além disto, muitos emails nos pedem para esclarecer muitas dúvidas que ainda ficam entre os leitores.
Preliminarmente, vamos recordar o seguinte:
Se a análise não informa o valor da soma de bases (SB), o cálculo é este:
SB = K+Ca+Mg+Na expressa em cmolc ou mmolc/dm³. Todos os elementos têm que estar expressos na mesma unidade.
Se a análise não informa o valor da CTC efetiva (t), o cálculo é este:

quinta-feira, 25 de março de 2010

Como Aumentar ou Manter, pela Calagem, a Relação Ca:Mg

Nossas últimas postagens têm sido baseadas nos resultados de uma análise de solo hipotética; a partir dela, já escrevemos sobre interpretação dos conceitos básicos, como soma de bases e CTC's; saturações por bases, por ácidos e por alumínio; e cálculo da necessidade de calagem feita em diferentes Estados brasileiros. E partindo da recomendação de calagem vamos abordar, nesta postagem, como manter a relação Ca/Mg, e, até mesmo, aumentá-la.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Cálculo da Percentagem de Saturação de Cátions do Solo

Tendo a CTC a pH 7,0 e os teores Ca, Mg e K no solo, podemos calcular a percentagem de saturação destes cátions.

O solo apresenta uma CTC a pH 7,0 de 6,25 cmolc/dm³ e teores de Ca = 8; Mg = 2 e K = 9; estes expressos em mmolc/dm³. Como o valor T está expresso em cmolc/dm³, temos que transformá-lo em mmolc/dm³. Para isto basta multiplicá-lo por 10.
T = 6,25 cmolc/dm³ x 10 = 62,5 mmolc/dm³
% saturação de Ca = (100 x Ca) / T = (100x8) /62,5 = 12,8%

% saturação de Mg
= (100 x Mg) / T = (100 x 2) /62,5 = 3,2%

% saturação de K = (100 x K) / T = (100 x 9) / 62,5 = 14,4%
Vimos que a relação C/Mg é de 4:1. Na correção do solo devemos observar esta relação. O calcário a ser utilizado, de preferência um dolomítico que contém cálcio e magnésio; ou a mistura com um calcítico para manter a relação Ca/Mg.
Quanto ao potássio (K), a percentagem de saturação está baixa e deve ser aplicada, no solo, uma correção de potássio em toda área utilizando o cloreto de potássio.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mistura de Calcários para manter a Relação Ca/Mg

Para manter a relação Ca/Mg precisamos misturar os calcários calcítico e dolomítico em quantidades que forneçam os nutrientes Ca e Mg dentro dos parâmetros da relação. Para isto precisamos conhecer os teores de CaO e MgO dos mesmos sendo que os calcíticos contém somente CaO.

Por exemplo, um solo apresenta 0,8 cmolc/dm³ de Ca e 0,2 cmolc/dm³ de Mg, portanto uma relação 4/1. Qual seriam as quantidades de calcários calcítico e dolomítico para manter esta relação. O calcário calcítico possui 55% de CaO enquanto o dolomítico apresenta 28% de CaO e 12% de MgO.
1º Passo: Vamos calcular quantos cmolc/dm³ de Ca e Mg estão sendo empregados, por hectare, com os produtos acima:
1% CaO = 1 kg de CaO/100 kg de calcário = 10 kg/1000 kg =10 kg/t
Considerando os pesos atômicos do Ca e O, respectivamente 40 e 16 (arredondado), teremos:
CaO ................ Ca
(40+16)........... 40
Em 56 kg CaO ............ 40 kg Ca
Em 10 kg CaO ..............X kg Ca
X = (10 x 40) / 56 = 7.14706 kg Ca 0u 7.147,06 g Ca
1 cmolc Ca = peso atômico (g)/valência/100. Sendo peso atômico do Ca igual a 40 e valência igual a 2
1 cmolc Ca = 40/2/100 = 0,2004 g Ca
Logo, 1 cmolc Ca corresponde 0,2004 g Ca
............... X ...................... 7.147,06 Ca
X = (7.147,06 x 1) / 0,2004 = 35.663,973 cmolc de Ca.

Em relação ao Mg teríamos:

MgO .................. Mg
24+16 ............... 24
Em 40 kg MgO ............. 24 kg Mg
Em 10 kg MgO ................... X ...
X = (10 x 24) / 40 = 6,031108 kg Mg = 6.031,108 g Mg
1 cmolc Mg = peso atômico (g)/valência/100
1 cmolc Mg = 24 g/2/100 = 0,012156 g Mg
1 cmolc Mg .................0,012156 g Mg
............ x..................6.031,108 g Mg
X = 49.142,48 cmolc Mg
Portanto, para cada 1% de CaO e MgO, a aplicação de 1 t/ha forneceria:
35.663,973 cmolc Ca
49.142,480 cmolc Mg
.

2º Passo: calcular quanto cmolc C/ha e cmolc Mg/ha fornece os totais de CaO e MgO dos calcários em análise
:
Usando o calcário calcítico com 55% de CaO
55 x 35.663,973 = 1.961.518,515 cmolc Ca/ha
Considerando que um hectare de terra, na profundidade de 0-20 cm corresponde a 2.000m³ ou 2.000.000 dm³ teremos:
1.961.518,515 cmolc Ca corresponde 2.000.000 dm³
................. X ....................................... 1 dm³.....
X = 0,98 cmolc Ca/dm³

Usando o calcário dolomítico (28% de CaO e 12% de MgO):
28 x 35.663,973 = 998.591,24 cmolc Ca/ha
12 x 49.142,480 = 589.709,76 cmolc Mg/ha
998.591,24 cmolc Ca corresponde 2.000.000 dm³
..................x.................................. 1 dm³ .....
X = 0,49 cmolc Ca/dm³
589.709,76 cmolc Mg corresponde 2.000.000 dm³
..................x................................... 1 dm³
X = 0,29 cmolc Mg/dm³
Como queremos manter a relação 4:1 e se o dolomítico fornece 0,29 cmolc Mg/dm³ precisamos 4 vezes mais de Ca ou seja 4x0,29 = 1,16
cmolc Ca/dm³.
Ora o dolomítico já fornece 0,49 cmolc Ca/dm³ e precisamos repor a diferença de 0,67 cmolc Ca/dm³ (1,16 – 0,49) com a utilização do calcário calcítico.
1000 kg calcário calcítico fornece 0,98 cmolc Ca/dm³
................. X......................... 0,67 cmolc Ca/dm³
X = 685 kg de calcário calcítico
Conclusão: para cada 1.000 kg de calcário dolomítico devemos adicionar 685 kg de calcário calcítico para manter a relação Ca/Mg de 4:1

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Cana-de-açúcar - Nutrientes e adubação (2)

Na Parte I tivemos a oportunidade de comentar a extração e exportação de nutrientes do colmo e folhas da cana-de-açúcar, a importância dos mesmos, as deficiências dos macros e micronutrientes, a necessidade da correção do solo.
Cana-de-açúcar - Nutrientes e adubação (Parte 1)

A recomendação de calcário para a cana planta, no Estado de São Paulo, baseia-se na percentagem de saturação por bases (V%).
NC = (V2 - V1) T / PRNT, onde
V2 = % saturação por bases que se quer atingir (60%)
V1 = % saturação por bases conforme análise do solo
T = capacidade de troca de cátions em cmolc/dm³
NC = necessidade de calcário em t/ha
Para quem não se lembra:
T = S + (H+Al) em cmolc/dm³
S = Ca+Mg+K em cmolc/dm³
1 cmolc/dm³ = 10 mmolc/dm³
Por exemplo: V1 = 12% ; V2 = 60% ; T = 15 cmolc/dm³ ; PRNT = 80, logo
NC = (60-27) x 15 / 80 = 6, 18 t/ha

Vitti & Mazza apresentam uma fórmula para o cálculo da necessidade de calagem (NC) levando em consideração os resultados das amostras colhidas de 0-20 cm e de 20-40 cm.
NC = (V2-V1)CTC¹ + (V2-V1)CTC² / PRNT
CTC¹ = T¹ = capacidade de troca de cátions da camada de solo de 0-20 cm
CTC² = T² = capacidade de troca de cátions da camada 20-40 cm
Nesta fórmula, a NC t/ha seria a quantidade de calcário para aplicar na camada de 0-40 cm de solo.Luz & Martins, citados por Vitti, apresentam a seguinte fórmula para a cana planta.
NC = (V2-V1)CTC¹ /PRNT + 1/2(V2-V1)CTC² /PRNT
A NC encontrada em t/ha é para a incorporação do calcário na camada de 0-40 cm.
A COPERSUCAR, recomenda para solos arenosos a seguinte fórmula para encontrar a NC.
NC = 3 - (Ca+Mg) x 100 / PRNT
NC = t/ha para a camada de 0-20 cm.
Na cana soca, Vitti & Mazza indicam a seguinte fórmula para calcular a necessidade de calagem.
NC t/ha = (V2-V1)T / PRNT . A dose máxima deve ser de 3 t/ha.Na fabricação do superfosfato simples, há uma grande produção de um subproduto - o gesso ou sulfato de cálcio dihidratado. O gesso é mais solúvel e mais móvel que o calcário e fornece nutrientes como o Ca e S para as plantas, corrige áreas sódicas e é um ótimo condicionador para estercos reduzindo as perdas de N por volatilização. Na correção das áreas sódicas, o Ca do gesso substitui o sódio (Na) adsorvido à argila com formação de sulfato de sódio que é móvel no solo. Por ser mais solúvel que o calcário, o gesso corrige a acidez do solo mais rapidamente além de liberar cálcio para absorção pelas plantas e desenvolver o sistema radicular com grandes benefícios para os cultivos. O gesso pode ser utilizado nas áreas de depósito da vinhaça as quais apresentam excesso de potássio. Neste caso, haverá formação de sulfato de potássio que é bastante móvel no perfil do solo. A aplicação e incorporação do gesso, com irrigação, promove uma substituição do potássio (K) adsorvido aos coloides do solo pelo cálcio (Ca) contido no subproduto. O gesso deve ser usado quando a amostragem de 20-40 cm apresentar teores de Ca menor que 0,5 cmolc/dm³ ou 5,0 mmolc/dm³, alumínio (Al) maior que 0,5 cmolc/dm³ ou 5,0 mmolc/dm³, saturação por alumínio (m%) maior que 30% e saturação por bases (V%) menor que 35%. No cálculo da necessidade de gesso busca-se atingir V2 = 50%. na camada de 20-40 cm.
NG = (V2-V1)T / 100  
NG (t/ha) = (50-V1).T / 100
Os valores V1, T são os encontrados nos resultados de análise das amostras colhidas na profundidade de 20-40 cm.A fosfatagem é uma prática que proporciona maiores volumes de P no solo, mas o problema é a maior fixação. Esta prática promove um melhor desenvolvimento radicular das plantas com melhor absorção dos nutrientes e da água do solo. Pelo desenvolvimento, as raízes vão mais longe, explorando um maior volume de solo, encontrando nutrientes e água para suportar melhor os períodos de estiagem. Os produtores devem buscar as recomendações de um técnico quanto às necessidades e quantidades de fósforo nos canaviais.
Na adubação verde preferir sempre uma leguminosa devido a fixação do nitrogênio do ar pelas bactérias fixadoras que vivem em simbiose nas raízes. Isto faz com que a adubação nitrogenada seja dispensada. A utilização da adubação verde assegura um melhor controle e menor perdas de solo carregado de nutrientes, pela erosão. A incidência de ervas daninhas é diminuída.
Quanto à adubação orgânica, os dois principais resíduos orgânicos da cana-de-açúcar são a torta de filtro e a vinhaça. A torta de filtro é rica em P2O5 e CaO e é utilizada na cana planta, em toda a área, nas dosagens de 30 a 60 t/ha. A torta substitui, total ou parcialmente, a adubação fosfatada, sempre procurando verificar a dosagem de P2O5 recomendada.
A vinhaça é empregada na cana soca fornecendo todo o K2O e parte de N. O restante do N deve ser aplicado em cobertura através dos adubos nitrogenados existentes no mercado.
Quanto à adubação de plantio, deve ser processada através da análise do solo. No sulco usa-se P e K. O nitrogênio (N) é aplicado na dose de 30 a 40 kg/ha. Se foi feita a rotação de culturas com uma leguminosa, dispensa-se o uso deste nutriente. A ureia aplicada em solos cobertos por palhada provoca perdas elevadas de N por volatilização de 50 a 94%. A chuva ou a irrigação com vinhaça pode reduzir esta taxa, pois arrastam o fertilizante para as profundidades do solo diminuindo a volatilização. O sulfato de amônio não sofre grandes perdas por volatilização mas a desnitrificação se faz presente. Quanta à palhada, as altas relações C/N, C/P e C/S indicam uma baixa de nutrientes N, P e S, e a planta responderá à adubação nitrogenada.
Vitti recomenda em solos com menos de 25% de argila, usar 100 a 150 kg/ha de P2O5 em toda a área e 100 kg/ha de P2O5 no sulco de plantio. Já em solos arenosos, aplicar 100 kg/ha de K2O no sulco de plantio e o restante em cobertura.
Na adubação da cana soca, para cada tonelada de colmos esperada, aplicar a dose de 1 kg/ha de N. Se a produção esperada é de 100 toneladas de colmos, aplicar 100 kg/ha de N. Quanto ao K, aplicar quantidades de acordo com a produção esperada e conforme os teores do nutriente nas amostragens de solos das soqueiras. Manter a relação N:K2O de 1:1 ou 1:1,5.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O arroz e feijão irrigados

Das fontes de nitrogênio (N) usadas na adubação de arroz e feijão irrigados, nos cerrados, não houve diferenças significativas entre a aplicação de uréia e sulfato de amônio. A uréia, por sua maior concentração de N (45%) leva vantagens do ponto de vista econômico, ou seja, custo/benefício. O custo do kg de N é muito mais barato na uréia. Para se calcular o custo do kg do nutriente contido num determinado produto segue-se as seguintes etapas:
1ª Etapa: devemos conhecer o custo de cada produto colocado na propriedade;
2ª Etapa: devemos conhecer as garantias do nutriente em cada produto, lembrando que o teor expresso do nutriente em porcentagem (%) significa para 100 kg. Por exemplo: a uréia está com uma garantia de 45% de N. Isto significa que em 100 kg de produto teremos 45 kg de N. Em 1 tonelada de uréia, isto é, 1.000 kg teremos 450 kg de N.
Por sua vez, o sulfato de amônio está sendo vendido com uma garantia de 20% de N. Em 100 kg teremos 20 kg de N. Em 1.000 kg teremos 200 kg de N;
3ª Etapa: devemos saber quanto custa a uréa e o sulfato de amônio colocado na propriedade do cliente, ou seja, preço CIF;
4ª Etapa: para saber o custo da unidade de N dos dois produtos, basta dividir o preço da tonelada de cada produto pela respectiva quantidade de N contido nestes 1.000 kg.
kg N = preço tonelada produto / quantidade de N na tonelada.
Deve-se levar em conta na adubação nitrogenada, o histórico da área, ou seja a cutura precedente, sua quantidade de biomassa e sua relação C/N
. No caso da cultura precedente seja uma gramínea, as exigências de nitrogênio serão bem maiores do que se fosse uma leguminosa. As gramíneas têm uma relação C/N maior. As leguminosas têm a capacidade de fixar o nitrogênio do ar através de bactérias do gênero risóbio que vivem em simbiose com as raízes das plantas. As leguminosas têm uma relação C/N menor e com isto podem disponibilizar mais N para a cultura posterior. Por isto é que se busca que a cultura antecedente ao plantio de lavouras de arroz e feijão irrigados seja uma leguminosa.
Quanto ao fósforo e potássio basear-se nas recomendações dos laboratórios e orgãos de pesquisa a fim de suprir o solo com as doses adequadas que garantam alcançar as produtividades esperadas. A análise do solo é importante para indicar os teores destes nutrientes no solo e ser base para a reposição dos mesmos buscando um perfeito desenvolvimento da cultura.
Devido ao baixo teor natural dos micronutrientes, nos solos de cerrados, é importante, na adubação, a inclusão dos mesmos e não pode ser esquecida. O importante é prevenir antes o aparecimento de deficiências destes micronutrientes. Uma análise de solo vai nos dar condições de verificar a fertilidade destes solos e suprir as deficiências naturais de maneira correta.
O arroz tolera mais a acidez do solo. Mas isto não quer dizer que devemos dispensar a aplicação de corretivos. Pelo contrário, o cálcario dolomítico é importante como fonte de cálcio (Ca) e magnésio (Mg). A correção da acidez de maneira inadequada tem contribuido para a redução dos micronutrientes. As deficiências de zinco (Zn) e ferro (Fe) são as mais comuns em arroz quando plantado após feijão e soja. O calcário aplicado em excesso eleva o pH do solo tornando menor a disponibilidade dos micronutrientes. "A medida que aumenta o pH diminui a disponibilidade dos micronutrientes". Recomenda-se a aplicação de calcário para manter o pH na faixa de 5,8 - 6,0 para culturas precedentes como milho, soja, feijão que são exigentes em Ca e Mg.
Para maior resistência às doenças, como a bruzone, está sendo estudada a aplicação de silício (Si) na forma de silicatos. Além de diminuir o grau de severidade da doença tem proporcionado aumento no crescimento da planta.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Os macronutrientes secundários

O cálcio, o magnésio e o enxofre são macronutrientes importantes para o crescimento e produção das culturas. O cálcio e o magnésio estão presentes no calcário dolomítico e são indispensáveis na correção da acidez do solo. Já o enxofre (S) tem um efeito primordial em solos alcalinos.

Cálcio - este nutriente ajuda a aumentar a produtividade das culturas pelo melhor crescimento das raízes, aumento da atividade microbiana, aumento da disponibilidade de molibdênio (Mo) e a absorção de alguns nutrientes. O aumento da área das raízes favorece uma melhor absorção de nutrientes que estão disponíveis numa área maior de solo. O cálcio reduz a solubilidade e a toxidez do manganês, cobre e alumínio. As plantas bem supridas de cálcio suportam melhor a toxidez causada pelo alumínio. O calcário é a principal fonte de cálcio junto com o gesso. A deficiência de cálcio provoca uma má formação dos grãos e folhas novas enroladas no milho. Os sintomas de deficiência deste nutriente se manifesta pelo desenvolvimento de um sistema radicular pequeno, as raízes ficam escuras e apodrecem. Como é pouco móvel na planta aparecem sintomas de deficiência nas folhas jovens. Daí a necessidade de um suprimento de cálcio contínuo pelo solo. Os solos argilosos apresentam maiores teores de cálcio do que os solos arenosos. Para os solos ácidos recomenda-se o calcário e para os solos alcalinos, o gesso (sulfato de cálcio) ou fertilizantes que apresentam os nutrientes no grão (NPK no grão) que contenham o cálcio para liberação rápida. O cálcio é absorvido na forma Ca²+.

Magnésio - o teor de magnésio no solo é menor que o de cálcio. Por ser muito solúvel está sujeito às perdas por lixiviação. O magnésio faz parte da clorofila. Sua deficiência provova um amarelecimento entre as nervuras das folhas velhas. No algodão, aparece uma cor avermelhada entre as nervuras verdes. Em forragens pobres de magnésio, os animais sofrem a "tetania dos pastos". Sua deficiência é mais nítida em solos ácidos.

Enxofre - a matéria orgãnica do solo é a maior fonte de enxofre (S), bem como o íon sulfato presente no complexo de trocas. O enxofre é absorvido pelas plantas como íon sulfato (SO3). O enxofre contido na atmosfera é uma das maiores fontes . Em solos com pH acima de 7,0 o enxofre não é facilmente aproveitado pelas plantas. Ele precipita-se como sulfato de cálcio insolúvel. Sua deficiência nas folhas é semelhante à do nitrogênio, com um amarelo pálido ou verde suave. O enxofre pode ser fornecido pelo óxido de enxofre, do ar, que entra nas folhas pelos estômatos. O enxofre ajuda a desenvolver enzimas, promove a nodulação para a fixação do N do ar pelas leguminosas, melhora a qualidade das sementes e é a fonte de proteínas e aminoácidos, como cistina, cisteína e metionina.
O superfosfato simples, além do fósforo, contém , também, enxofre na sua composição com um teor de 10-12% . O gesso, que é um sub-produto da fabricação do super simples, apresenta 12-18% de enxofre. Recomenda-se combinar a aplicação em cobertura de N e S conjuntamente. Existe no mercado nacional, fertilizantes que são a combinação de uréia com uma fonte de enxofre para ser usado em cobertura. Esta mistura fertilizante garante benefícios pois há um melhor aproveitamento do nitrogênio (N) do que quando a uréia é aplicada isoladamente, diminui as perdas por volatilização do N e apresenta menor custo benefício por hectare.
No solo 90% do enxofre está na forma orgânica. Solos com baixa matéria orgânica apresentam deficiências de enxofre. Os solos no Brasil são de baixo teor de enxofre, possivelmente causado pelas altas produções da culturas, de modo contínuo, pelas queimadas que causam a volatilização do S, pela alta relação C/S que dificulta a mineralização. Na mineralização, muitos fungos e bactérias atuam no processo que é muito importante. A utilização da matéria orgânica pelos microorganismos pode ocorrer tanto em condições aeróbias, cujo produto final são SO4²- e condições anaeróbias com H2S. As formas de enxofre encontradas no ar como SO2, H2S e SO2²- são formas gasosas e fontes muito importantes de S para as plantas. A decomposição das plantas libera dióxido de enxofre na atmosfera que aumenta a acidez da água da chuva, conhecida como "chuva ácida".
As plantas de milho apresentam maior absorção radicular de enxofre do que as plantas de soja, além de reter grande parte deste nutriente na raíz. Davi José Silva e outros, concluiram através de pesquisas que as plantas de milho apresentam maior absorção radicular de S do que as plantas de soja, além de reter grande parte deste nutriente na raiz. No milho, o enxofre aplicado a uma folha é transportado para o caule e para as raízes. Na soja, o enxofre absorvido tanto pela raiz quanto pela folha é transportado, em maior proporções, para as folhas superiores redistribuindo para outras partes da planta.
Em solos bem drenados, formas reduzidas são oxidadas a SO4²-, forma inorgânica e absorvida pelo sistema radicular. Porém as formas reduzidas, os sulfetos e H2S são importantes nos solos alagados e anaeróbios. Em condições de má drenagem existe o acúmulo de sais solúveis de enxofre. Nos solos alcalinos ou calcários existe as formas insolúveis.
As entradas de S no solo se dá através das chuvas e irrigação, pela mineralização das formas orgânicas, pelo intemperismo das rochas, e através dos fertilizantes.
As saidas de S do solo se verifica pela emissão de gases, pela adsorção, pela erosão, pela lixiviação, pela imobilização e pela absorção pelas plantas.