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segunda-feira, 14 de junho de 2021

Calcular uma Nova Formulação de Fertilizante pela Mistura de Outras Duas.

 Acontece frequentemente que o produtor rural tem na sua propriedade quantidades de adubos minerais que sobraram da safra passada. Então, vem a pergunta "qual nova formulação ele vai obter com a mistura de formulações com garantias diferentes"? O produtor não quer perder estas sobras bem como quer saber o que ele poderá aplicar no solo para atender a uma recomendação preconizada pelo seu consultor técnico. Vamos supor que este produtor tem no galpão 18 toneladas de um adubo 02-20-10 e mais 10 toneladas de um outro

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Importância dos Nutrientes para as Plantas

 

Todo produtor busca um maior rendimento na exploração das lavouras na sua propriedade. As plantas, no entanto, são exigentes no consumo de nutrientes. As suas necessidades, em termos de alimentação, devem ser satisfeitas pela quantidade de nutrientes que elas vão encontrar no solo. Solos com alta fertilidade vão responder com maior produtividade das lavouras. O contrário, solos de baixa fertilidade vão proporcionar baixos rendimentos. O produtor visa ter lucro no seu empreendimento de maneira que os custos fixos e de produção sejam cobertos pela produção e ter o esperado "lucro". Para isto, o bom produtor vai se preocupar

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Importância das Raízes das Plantas, Porta de Entrada dos Nutrientes

Quando se olha uma árvore, uma flor, a gente se encanta com a sua beleza, com o seu crescimento, com a produção, mas não se dá valor a um elemento que faz parte dela: a raiz. É claro, talvez, porque ela está escondida no solo.
Em geral, a solução do solo é muito baixa em teores de nutrientes. Mas são estes nutrientes que irão promover o crescimento da planta, sua folhagem verde, sua produção de grãos, frutos e flores. Esta solução fraca possui bilhões de íons advindos de complexos de trocas e por difusão. A disponibilidade de nutrientes depende, além

terça-feira, 14 de julho de 2015

Liberação de Nutrientes na Solução do Solo

imagem adaptada:http://www.lesbeauxjardins.com

Solução do solo é a fase líquida onde estão dispostos os nutrientes essenciais que serão absorvidos pelas plantas através do seu sistema radicular. Portanto, na solução do solo temos íons (soluto) e água (solvente).
Complexo argilo-húmico é a reserva de nutrientes do solo de grande importância, pois tendo cargas negativas retém os nutrientes (carga positiva) essenciais às plantas. Pelo processo de troca, estes nutrientes passam para a solução do solo sendo absorvidos pelas plantas.                   

Vamos supor duas fases:

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Excesso ou Deficiência de Nutrientes no Solo Limita a Produção

A planta necessita de 16 elementos nutritivos para completar seu ciclo de vida e fornecer produções importantes que tragam lucro para o produtor rural. Destes, 13 nutrientes não podem faltar na solução nutritiva do solo com objetivo de atender as necessidades das plantas. A ausência de apenas um deles é suficiente para limitar a produção. É a famosa Lei de Liebig. O solo pode estar bem provido de nutrientes, mas se, por exemplo, o zinco estiver deficiente, a produção da planta vai ser limitada ao fornecimento de zinco. Por outro lado, o excesso de um deles pode provocar toxicidade com sérios prejuízos ao desenvolvimento e à produção das plantas. A

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Apostar na Ciclagem de Nutrientes


Quando observamos árvores se desenvolverem muito bem, com alto vigor, em solos caracterizados como pobres em macronutrientes, ricos em óxidos de ferro e de alumínio, nos vem a pergunta: "Como estas árvores podem se desenvolver tão bem nestes tipos de solos? Ora no interior da floresta encontramos todo os tipos de resíduos vegetais como folhas, galhos, ramos caídos no chão, etc. Estes materiais são ricos em carbono e nutrientes que submetidos à decomposição pelos microorganismos do solo, liberam os nutrientes. Os fungos micorriza contribuem na absorção destes nutrientes  pelas plantas. Na  camada  de 0 - 20 cm  de  profundidade

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Disponibilidade e Importância dos Nutrientes para as Plantas



No solo, a disponibilidade de nutrientes depende de três fatores: fator quantidade, fator intensidade e fator capacidade tampão. O conceito de cada um é o seguinte: 
1) Fator quantidade ou lábil é a capacidade que tem o solo de disponibilizar nutrientes, ou seja, aquela porção do total que é colocada a disposição da planta durante o seu ciclo de vida.
2) Fator intensidade é aquela porção de nutriente que está presente na solução do solo e que pode ser disponível para a planta, a qualquer

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Percentagens de Saturação de Cátions na Fertilidade do Solo


Muito se pergunta sobre os diversos cálculos para conhecer as percentagens de saturação dos cátions trocáveis encontrados na Capacidade de Troca de Cátions - CTC a pH 7.0, da percentagem se saturação por bases ou V% e a percentagem se saturação por Alumínio (Al³). São cálculos importantes para se conhecer o nível de fertilidade de um solo. A população mundial está crescendo. A produção de alimentos deverá ter um acréscimo significativo para fazer frente a este crescente da população. Para produzir mais é necessário práticas agrícolas sustentáveis

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Análise do Extrato de Saturação do Solo


O extrato de saturação do solo nada mais é do que a solução do solo. A solução do solo, além de fornecer água para as plantas, carrega os nutrientes necessários às plantas e essencial para as trocas entre as raízes e a parte sólida do solo. Coletadas as amostras, elas são enviadas ao laboratório de análise do solo. Lá, é adicionada água ao solo até atingir o ponto máximo de saturação, obtendo-se uma pasta ou "pasta de saturação". A quantidade de água depende da textura do solo. Solos

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Interação entre os Nutrientes das Plantas

Os nutrientes aplicados no solo estão propensos à interações que podem prejudicá-los na absorção pela planta. Individualmente, a ação deles pode ser satisfatórios, com resposta da planta em produção, mas em conjunto causam deficiências para a planta.  Na absorção dos nutrientes é afetada por fatores como: antagonismo, inibição e sinergismo. 
Antagonismo é quando um nutriente diminui a absorção do outro, podendo até diminuir a toxidez de um deles. 
Inibição, quando a presença de um nutriente em excesso inibe a absorção

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cálculo de Mistura de Fertilizantes

As formulações de fertilizantes são produzidas nas indústrias obedecendo às quantidades de matérias-primas necessárias para fornecerem os nutrientes que serão garantidos no registro do produto. As formulações, para serem comercializadas, devem obedecer às normas preconizadas pela Legislação de Fertilizantes e terem o seu respectivo registro no órgão oficial. Os nutrientes são garantidos em percentagem de nitrogênio (N), de fósforo (P2O5) e de potássio (K2O). Nas formulações podem ser adicionados  os  micronutrientes  com  suas  garantias. As  formulações de

terça-feira, 27 de julho de 2010

Fórmulas Similares de Fertilizantes

As tabelas de recomendação de adubação, nos diversos Estados brasileiros, para diferentes culturas, são baseadas nos níveis de N, P, K do solo, conhecidos pelo resultado da análise de uma amostra média de terra representativa da lavoura. As quantidades dos principais nutrientes vêm expressas em N, P2O5 e K2O. por outro lado, as formulações de adubos expressam os teores de P e K em P2O5 e K2O, respectivamente. Assim, para uma lavoura de feijão, por exemplo, as recomendações seriam, por hectare: 20 kg N, 80 kg de P2O5 e 40 kg de K2O. " Qual seria a fórmula, ou fórmulas, de fertilizante mineral que forneceria estas quantidades exatas?"

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Adubação da Citricultura no Estado do ACRE

Na citricultura é importante a adoção de práticas que visem dar condições essenciais ao desenvolvimento das mudas, e, consequentemente, a maior produção de frutas por árvore. No preparo da cova, a adubação é necessária para assegurar o fornecimento de nutrientes indispensáveis ao crescimento das árvores. As covas devem ter as dimensões de 60x60x60 cm e devem ser preparadas com antecedência de 30 dias antes do plantio. A adubação na cova é feita com a seguinte mistura:

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Fertilidade do Solo e Nutrição das Plantas

A fertilidade é a principal característica de um solo. As plantas precisam de dezesseis elementos para completar seu ciclo de vida. Destes, três são retirados do ar - carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O); os outros treze nutrientes essenciais elas retiram do solo para o seu crescimento e produção de frutos, grãos, forragens, etc.

terça-feira, 2 de março de 2010

Absorção dos Nutrientes da Solução do Solo

A solução do solo, na maior parte deles, apresenta uma baixa concentração de nutrientes; nesta solução fraca passa bilhões de íons por complexos de trocas, e por processos de difusão, com a finalidade de por à disposição das raízes das plantas, os nutrientes necessários desde o seu desenvolvimento até a formação de grãos e frutos. A absorção dos nutrientes pelas raízes possui dois modos: ativo e passivo.

Passivo
Consiste na difusão dos nutrientes, que se movem na direção de altas para baixas concentrações.

Ativo
É mais complicado que o modo passivo, pois depende de energia despendida pelas plantas. Aqui a necessidade de oxigênio no solo é fundamental; uma falta de oxigênio compromete a produção de energia pelas raízes limitando a absorção de nutrientes. Isto prevalece em solos inundados. O milho, em solos inundados, mesmo com uma alta disponibilidade de nitrogênio no solo, apresenta deficiência  deste nutriente.
O potássio, em solos cultivados com alfafa, a má drenagem causa deficiência deste nutriente.
As baixas temperaturas dos solos também limitam a produção de energia, e, consequentemente, aparecem deficiências de fósforo ou zinco.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Adubação do Café

Notícias dão conta que os cafeicultores dos cerrado mineiro diminuíram em 30% a adubação tendo em vista o aumento dos fertilizantes. O produtor que em 2007 pagava de 900 a 1.000,00 por tonelada de adubo, em 2008 teve que desembolsar de 1.500 a 1.600,00 para adquirir a mesma tonelada. Para 2009 a projeção de redução de safra gira entorno de 30%. E isto vai influir nos anos subseqüentes. Na adubação de um hectare de café, o produtor gasta 1,8 t de adubo. Segundo Pierre Vilela, da FAEMG, em 2005, o produtor para comprar uma tonelada de adubo precisava de 2,7 sacas de café. Em 2007, 3 sacas e em 2008, 4,2 sacas.
É claro que a planta adubada corretamente, com as necessidades de nutrientes por ela exigidas, responde com altas produtividades. Por outro lado, altas produtividades exportam mais nutrientes. Então, esta diminuição de 30% no emprego de fertilizantes refletir-se-á na safra e, conseqüentemente, nas safras seguintes chegando a um empobrecimento do solo se outras medidas não forem tomadas. Outros cafeicultores estão reduzindo os custos com fertilizantes usando a palha do café. Esta palha é rica em nitrogênio (N) e potássio (K). Obtém-se cerca de 8% de palha vinda da produção de café. A economia com fertilizantes químicos chega a 10%. Mas sempre é necessária uma análise do solo para aplicar a quantidade correta.
Na adubação do cafezal, o fósforo (P) é o principal nutriente, indispensável durante todo o ciclo da planta. Entretanto, este nutriente, nos solos ácidos sofre com a fixação e se liga ao ferro e alumínio formando compostos insolúveis não aproveitados pelas plantas. Daí a necessidade da calagem para liberar este fósforo tornando-o disponível para a planta. O baixo teor de matéria orgânica contribui, também, porque em condições normais a mineralização da matéria orgânica é importante para liberar fósforo disponível para a planta. Como o fósforo é importante na formação do sistema radicular, dizem que é importante aplicar o fósforo via radicular. Entretanto, como fonte de fósforo, não se usa em sua totalidade o superfosfato simples porque ele contém, além deste nutriente, mais o enxofre. Mas para não onerar os custos, os cafeicultores preferem usar uma fonte alternativa de enxofre (S). O sulfato de amônio é outra fonte de enxofre. Mas este fertilizante acidifica o solo. Os cafezais, na sua maior parte, estão situados em solos ácidos. Além da acidez são carentes em cálcio (Ca) e magnésio (Mg). O uso em grandes quantidades de sulfato de amônio contribui para acidificar mais estes solos. É preciso um equilíbrio. O desequilíbrio pode influir na eficiência dos fertilizantes e diminui consideravelmente a produtividade do cafezal.
No sul de Minas, no período de outubro a março é que a planta aproveita melhor os nutrientes quando a adubação é feita de 3 a 4 vezes. Os adubos nitrogenados que apresentam as maiores perdas por lixiviação devem ser aplicados em intervalos de 40-60 dias. Quanto ao potássio (K), duas aplicações são suficientes. Em solos arenosos, o potássio deve ser parcelado com o nitrogênio. O fósforo pode ser aplicado em uma única vez, como no caso da fosfatagem.

Adubação do PlantioDeve ser feita conforme o resultado da análise do solo. Por exemplo:
Para uma recomendação de 40 g/cova de fósforo e 20 g/cova de potássio temos uma relação 00-40-20. Dividindo-se a relação por 20 teremos uma relação simplificada 0-2-1. Multiplicando por 10, a fórmula encontrada é 00-20-10. A quantidade é encontrada dividindo-se a recomendação de fósforo (40 g) pelo teor do nutriente na fórmula (20) e multiplicando por 100. Chega-se a uma dose de 200 g/cova desta formulação. Adiciona-se até 1 g/cova de boro (B) e até 2 g/cova de zinco.
Conforme o teor de matéria orgânica no solo, aplica-se esterco de curral em L/cova.
Matéria orgânica <> 20 g/kg – 2 L/cova.

PegamentoProcede-se a adubação de cobertura utilizando-se 4 g/planta de N (10 g de uréia) de 2 a 3 aplicações, no período chuvoso. Isto é importante, pois a aplicação em períodos secos, com estiagem, provoca perdas de nitrogênio para o ar. Ou utilizar sulfato de amônio pois as perdas de N são bem menores, mas há o perigo de acidificar o solo pelas reposições continuadas. O adubo é aplicado ao redor da planta a uma distância de 10 cm do caule.

Primeiro ano após o plantioAplicar 6 g/planta de N (15 g de uréia) e mais 4 g/planta de K (7 g de cloreto de potássio por 2 ou 3 vezes, no período chuvoso. Em vez de utilizar os fertilizantes simples (uréia, cloreto de potássio), pode-se utilizar os fertilizantes em misturas. Neste caso, seria utilizada a fórmula 15-00-10 na base de 40 g/planta por aplicação.

Segundo ano e sucessivos
Aplica-se o dobro da recomendação para o primeiro ano. Neste caso, 80 g/planta da fórmula 15-00-10 por aplicação.

Terceiro ano e sucessivos
Seria a adubação de produção. Aqui, mais uma vez, chamo a atenção dos cafeicultores para realizarem a análise do solo e a análise de planta (foliar). A medida que se busca maiores produções de sacas/ha, a necessidade e a reposição de nutrientes aumenta. Existem tabelas de recomendação para os Estados produtores de café. Vamos supor que para uma produção de 50-60 sacas de café por hectare, as necessidades de nutrientes para um solo cuja análise foliar e do solo apresentaram os seguintes resultados:
N nas folhas – 27 g/kg
P – 8 mg/dm³
K – 0,17 cmolc/dm³. Em mmolc/dm³ seria 1,7
A recomendação técnica foi de 160 g/planta de N, 70 g/planta de P2O5 e 140 g/planta de K2O. Temos uma relação 160-70-140. Dividindo ela pelo menor número (70) teremos uma relação simplificada: 2,28-1-2. Multiplicando pelo coeficiente 8 chegamos a uma fórmula 18-8-16. Dividindo a recomendação, por exemplo, N (160) pelo N da fórmula (18) e multiplicando por 100, a dose será de 900 g/planta.
No caso de aplicar fertilizantes simples, as quantidade a serem usadas para os 160 N-70 P2O5-140 K2O seriam: 350 g de uréia, 150 g superfosfato triplo e 230 g de cloreto de potássio.
A adubação nitrogenada deve ser parcelada em 4 vezes e a com potássio em 2 vezes. Entretanto pode-se usar uma fórmula que contenha os dois nutrientes: NK. Ou seja, as necessidades são 160 N e 140 K2O.
Nitrogênio (N): 160 em 4 aplicações – 40 g/planta/aplicação
Potássio (K): 140 em duas aplicações – 70 g/planta/aplicação
Por aplicação temos: 40 N + 70 K2O. Dividindo por 70 teremos uma relação simplificada de 1-1,75. Multiplicando por um coeficiente 10, a fórmula será 10-00-18. A quantidade: 400 g/planta/aplicação.
As outras 2 de nitrogênio de 40 g por aplicação, seria 90 g/planta/aplicação de uréia.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Adubação Foliar - Parte I

No Brasil, os solos são variados de região para região o que resulta na deficiência de vários macros e micronutrientes importantíssimos para o desenvolvimento da planta. Estas deficiências podem ser agravadas pela aplicação de um nutriente que acentua ou induz a deficiência de outros. Por exemplo:
O excesso de cobre (Cu) afeta a disponibilidade de ferro (Fe).
O ferro e o manganês (Mn) ou o zinco (Zn) e o ferro são antagônicos um do outro.
O fósforo (P) em alto teor induz a deficiência de zinco.
O potássio (K) e o cálcio (Ca) em altos teores diminuem a absorção de boro (B).
Cobre e zinco, o cobre diminui a absorção de zinco.
Todavia a aplicação de um nutriente aumenta, em geral, a utilização e absorção de outros. Por exemplo:
Nitrogênio (N) – favorece a absorção dos micronutrientes. Zinco com nitrogênio aumentarão as concentrações de zinco nas folhas novas.
Magnésio (Mg) – em altos níveis favorece a absorção de fósforo.
Fósforo (P) – em altos níveis favorece a absorção de molibdênio (Mo).
Isto tudo parece complicar o diagnóstico e correção de deficiências. Por isto, torna-se necessário as análises de solo e planta

Quando usar o adubo foliar
1 – correção de deficiências – é uma maneira rápida, eficaz e os adubos foliares podem ser empregados, praticamente, em todas as culturas. Quando é detectada a deficiência, lança-se mão da adubação foliar que permite corrigir de maneira rápida o nutriente ou nutrientes que estão em falta para a planta;
2 – complementação da adubação via solo – usando macros e micros, sendo uma parte no solo. Os macronutrientes são aplicados via solo enquanto os micronutrientes são via foliar. As aplicações foliares são feitas em diferentes estágios de desenvolvimento da planta.
Cultivos anuais: na fase de crescimento usa-se nitrogênio (N)+fósforo (P). Na floração, usa-se fósforo (P). Na frutificação, usa-se o potássio (K);
3 – suplementação no estágio reprodutivo – no final do ciclo da planta a atividade das raízes diminui e há uma translocação de nutrientes das folhas para os grãos e frutos. A suplementar pode ser realizada mesmo que a planta não acuse deficiências ou mesmo depois do nutriente aplicado ao solo.
Os adubos foliares devem ser compatíveis com defensivos e fertilizantes. Os quelatos oferecem uma maior estabilidade, reduzem os riscos de fitotoxidez e melhoram a absorção dos nutrientes pelas folhas. Não formam depósitos ou precipitados ou ambos no fundo das embalagens. Os foliares utilizados corretamente, juntamente com a adubação no solo, proporcionam consideráveis aumentos de produção das culturas. Isto assegura uma maior eficiência dos adubos que disponibilizam o nutriente de acordo com o estágio de desenvolvimento da cultura. Além disto, as perdas de nutrientes são minimizadas. Os fertilizantes, simples ou em misturas, não fornecem todos os nutrientes que as plantas precisam para o seu crescimento e produção. Os micronutrientes, apesar de serem exigidos em pequenas quantidades, são indispensáveis ao desenvolvimento da planta e consequentemente a sua produtividade. Quem quer altas produções, eles não podem faltar no planejamento da adubação.
A adubação foliar tem a finalidade de fornecer às plantas os nutrientes que ela necessita, prontamente disponíveis, para corrigir as deficiências, sendo uma complementação da adubação aplicada ao solo, visando assegurar o desenvolvimento das plantas e as maior produtividade. Na adubação foliar utiliza-se, principalmente, os micronutrientes necessários para um desenvolvimento e produção das plantas. Diz-se que os micronutrientes empregados via solo não têm uma eficácia igual quando aplicados via foliar. Outra vantagem da adubação foliar é a aplicação do nutriente na hora que a planta o necessita. A “Lei do Mínimo” de Liebig, explica muito bem isto. A produção da planta é em função do menor teor do nutriente disponível para ela. Se dos 13 elementos que necessita e que são essenciais para a planta, se o zinco (Zn) estiver limitante, a produção vai ser limitada pelo zinco. Podem os outros nutrientes terem grandes quantidades, mas se um deles for limitante, a produção será de acordo com a limitada pelo nutriente em menor quantidade. Corrigindo-se a deficiência, a produção aumenta até encontrar outro nutriente em quantidade limitante. O uso da adubação foliar começou no século passado.
Na Parte II, abordaremos mais sobre a Adubação Foliar, vantagens e benefícios, aplicações e incompatibilidade. Para visualizar a Parte II, clique no link abaixo:
Adubação Foliar - Parte II  (clique aqui)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Eficiência dos Fertilizantes - Parte II - perdas de Fósforo e Potássio

Na postagem Parte I sobre a Eficiência dos Fertilizantes em relação às perdas de nutrientes no solo, comentamos sobre o Nitrogênio: Ciclo do N, processos que ocorrem no solo, perdas do nutriente. Vamos prosseguir, nesta postagem, comentando as perdas de fósforo e o potássio.
Para acessar o artigo Eficiência dos fertilizantes - Parte I - perdas de nitrogênio 
(Clique aqui)

O FÓSFORO:
Dos três macronutrientes primários (NPK) exigidos pelas plantas, o fósforo é absorvido em pequenas quantidades. Mas sua presença no solo é indispensável para o crescimento e produção de grãos e frutos. Afirma-se que quando as plantas atingirem 25% da altura total, elas já armazenaram 78% de suas necessidades totais em fósforo. Isto explica porque deve haver um suprimento adequado de fósforo no momento que as plantas começam a germinar, particularmente em plantas de ciclo curto. Os fertilizantes fosfatados, sob a forma solúvel em água, reagem, no solo, com o ferro, alumínio, argilas, matéria orgânica, formando compostos insolúveis não aproveitáveis pelas plantas. Por isto, uma cultura aproveita apenas 15 a 30% do fósforo aplicado como fertilizante. Isto explica o porquê das fórmulas de fertilizantes (NPK) apresentarem o teor, relacionado ao fósforo, em maior quantidade se as plantas exigem pequenas quantidades deste nutriente. Por exemplo: a fórmula 5-30-25 é um adubo NPK contendo 5% de nitrogênio (N), 30% de fósforo (P) e 15% de potássio (K). Nesta fórmula, o maior nutriente em quantidade é o fósforo (P=30). Por que? Como vimos as plantas aproveitam de 15 a 30% do fósforo aplicado no solo. Portanto, a necessidade de se utilizar fórmulas com altas concentrações de fósforo para liberar aquela quantidade que a planta necessita para o seu desenvolvimento até à maturação. O restante do fósforo que foi fixado no solo será liberado com aplicações de calcário (calagem).

Lavagem do P: no solo, o fósforo é pouco móvel pois é firmemente retido não sofrendo com a percolação. Mesmo em campos irrigados, a água de drenagem apresenta valores de fósforo que não excedem a 1 mg/dm3. Sendo assim, as perdas de fósforo por percolação são desprezíveis.

Erosão: é a responsável pelas maiores perdas de fósforo. Na erosão, verifica-se perdas de matéria orgânica e partículas coloidais com fósforo. Além do fósforo, outros nutrientes, como o nitrogênio e o potássio, sofrem grandes perdas pelo carregamento do solo onde estão contidos.

Fósforo fixado: – é aquela forma de fósforo mineral que se encontra combinada a outros elementos como cálcio, ferro e alumínio, formando compostos não assimiláveis pelas plantas. Esta fixação depende das condições inerentes a cada solo e pode ocorrer com maior ou menor intensidade. É um problema muito sério em solos ácidos. A calagem é uma das formas de minimizar a fixação. Os íons OH, gerados pela reação do calcário no solo, ocupam o lugar dos íons de P liberando o nutriente para a solução do solo. As argilas, do tipo caulinitas, com relação 1:1 (sílica e alumínio) contribuem para a fixação do fósforo. A taxa de recuperação do P pelas culturas é baixa (15 a 30%).
Fósforo imobilizado: é aquela forma de fósforo que se apresenta na fórmula orgânica não assimilável pelas plantas. Este fósforo torna-se disponível para a planta pela mineralização da matéria orgânica.
Fósforo adsorvido: é aquela fração de fósforo que se encontra preso ao complexo coloidal do solo tornando-se disponível através de trocas com as raízes.
Fósforo assimilável:– é aquela parte de fósforo que se encontra diluído na solução do solo sendo facilmente absorvida pelas plantas.
Fósforo disponível  =  fósforo adsorvido  +  fósforo assimilável
CICLO DOS FOSFATOS SOLÚVEIS


1. O fosfato solúvel em água em contato com a solução do solo, solubiliza-se tornando-se imediata e totalmente disponível. Parte deste fósforo fica diluído na solução do solo e parte fica adsorvido ao complexo coloidal (argilas), por troca iônicas com OH-;
2. Nossos solos sendo ácidos apresentam elevados teores de ferro, e alumínio e outras bases e, portanto, grande parte do fósforo disponível é fixada, formando compostos de ferro e alumínio insolúveis;
3. Parte do fósforo disponível é absorvida pelos vegetais e pelos microorganismos do solo para obterem a energia para viverem. Temos, então, o fósforo imobilizado;
4. O fósforo fixado poderá voltar a ser disponível pela ação dos ácidos orgânicos provenientes da mineralização da matéria orgânica e pela acidez livre do solo (H+), pelas secreções ácidas das raízes e pelo gás carbônico do ar do solo;
5. Com a morte dos microorganismos do solo e dos restos de culturas, o fósforo imobilizado pode tornar-se, novamente, disponível para as plantas pelo processo de mineralização da matéria orgânica. O número de microorganismos no solo é grande. Apenas em 1 grama de solo encontramos de milhares a milhões de fungos, bactérias, algas e protozoários, etc...Nesta ação de desdobramento da matéria orgânica do solo pelos microorganismos, resultam ácidos fracos ( acético, cítrico, fórmico e outros) os quais podem solubilizar as formas de fósforo fixado. Parte do fósforo é aproveitado pelos microorganismos e parte fica disponível na solução do solo para ser absorvida pelas plantas ou ser novamente fixada.

Retrogradação do P:

ocorre em solos com alto teores de cálcio (Ca). O fósforo do fertilizante é convertido em fosfato tricálcico de baixa disponibilidade para as plantas. É como se o fósforo do fertilizante voltasse à forma de rocha fosfatada. A indústria de fertilizantes utiliza a rocha fosfatada para a obtenção de superfosfatos (fosfatos acidulados) pelo ataque dos ácidos sulfúrico e fosfórico, com a finalidade de transformar o fósforo insolúvel em fósforo disponível para as plantas. O fósforo retrogrado não é perdido mas sua disponibilidade torna-se lenta.

O POTÁSSIO:
Fixação do K: o potássio (K) não reage no solo como fósforo. O potássio está presente na solução do solo ou adsorvido aos coloides. Nos processos de troca, ele é deslocado das posições de trocas dos colóides do solo e ingressa na solução do solo onde é absorvido pelas plantas. Algumas argilas têm a capacidade de fixar o potássio. Este K fixado pode ser trocado por outros cátions.

Lavagem do K:
na solução do solo o K é móvel e sujeito às perdas por lavagem. Entretanto, como a concentração de K na solução do solo é muito baixa, as perdas por lavagem são muito pequenas. Exceto em solos arenosos e de baixa capacidade de retenção de cátions (CTC), onde elas são maiores.

CONCLUSÃO:
Em função de todos os processos que comentamos nas postagens I e II, de todas as perdas sofridas pelos macronutrientes NPK, foi estimada um percentual de aproveitamento dos nutrientes, com fatores específicos para cada um, conforme quadro abaixo:


Das quantidades ne NPK aplicadas no solo, coloca-se duas vezes mais N, de três a cinco vezes mais P2O5 e 1,5 vezes mais K2O.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Cana-de-açúcar - Nutrientes e adubação (2)

Na Parte I tivemos a oportunidade de comentar a extração e exportação de nutrientes do colmo e folhas da cana-de-açúcar, a importância dos mesmos, as deficiências dos macros e micronutrientes, a necessidade da correção do solo.
Cana-de-açúcar - Nutrientes e adubação (Parte 1)

A recomendação de calcário para a cana planta, no Estado de São Paulo, baseia-se na percentagem de saturação por bases (V%).
NC = (V2 - V1) T / PRNT, onde
V2 = % saturação por bases que se quer atingir (60%)
V1 = % saturação por bases conforme análise do solo
T = capacidade de troca de cátions em cmolc/dm³
NC = necessidade de calcário em t/ha
Para quem não se lembra:
T = S + (H+Al) em cmolc/dm³
S = Ca+Mg+K em cmolc/dm³
1 cmolc/dm³ = 10 mmolc/dm³
Por exemplo: V1 = 12% ; V2 = 60% ; T = 15 cmolc/dm³ ; PRNT = 80, logo
NC = (60-27) x 15 / 80 = 6, 18 t/ha

Vitti & Mazza apresentam uma fórmula para o cálculo da necessidade de calagem (NC) levando em consideração os resultados das amostras colhidas de 0-20 cm e de 20-40 cm.
NC = (V2-V1)CTC¹ + (V2-V1)CTC² / PRNT
CTC¹ = T¹ = capacidade de troca de cátions da camada de solo de 0-20 cm
CTC² = T² = capacidade de troca de cátions da camada 20-40 cm
Nesta fórmula, a NC t/ha seria a quantidade de calcário para aplicar na camada de 0-40 cm de solo.Luz & Martins, citados por Vitti, apresentam a seguinte fórmula para a cana planta.
NC = (V2-V1)CTC¹ /PRNT + 1/2(V2-V1)CTC² /PRNT
A NC encontrada em t/ha é para a incorporação do calcário na camada de 0-40 cm.
A COPERSUCAR, recomenda para solos arenosos a seguinte fórmula para encontrar a NC.
NC = 3 - (Ca+Mg) x 100 / PRNT
NC = t/ha para a camada de 0-20 cm.
Na cana soca, Vitti & Mazza indicam a seguinte fórmula para calcular a necessidade de calagem.
NC t/ha = (V2-V1)T / PRNT . A dose máxima deve ser de 3 t/ha.Na fabricação do superfosfato simples, há uma grande produção de um subproduto - o gesso ou sulfato de cálcio dihidratado. O gesso é mais solúvel e mais móvel que o calcário e fornece nutrientes como o Ca e S para as plantas, corrige áreas sódicas e é um ótimo condicionador para estercos reduzindo as perdas de N por volatilização. Na correção das áreas sódicas, o Ca do gesso substitui o sódio (Na) adsorvido à argila com formação de sulfato de sódio que é móvel no solo. Por ser mais solúvel que o calcário, o gesso corrige a acidez do solo mais rapidamente além de liberar cálcio para absorção pelas plantas e desenvolver o sistema radicular com grandes benefícios para os cultivos. O gesso pode ser utilizado nas áreas de depósito da vinhaça as quais apresentam excesso de potássio. Neste caso, haverá formação de sulfato de potássio que é bastante móvel no perfil do solo. A aplicação e incorporação do gesso, com irrigação, promove uma substituição do potássio (K) adsorvido aos coloides do solo pelo cálcio (Ca) contido no subproduto. O gesso deve ser usado quando a amostragem de 20-40 cm apresentar teores de Ca menor que 0,5 cmolc/dm³ ou 5,0 mmolc/dm³, alumínio (Al) maior que 0,5 cmolc/dm³ ou 5,0 mmolc/dm³, saturação por alumínio (m%) maior que 30% e saturação por bases (V%) menor que 35%. No cálculo da necessidade de gesso busca-se atingir V2 = 50%. na camada de 20-40 cm.
NG = (V2-V1)T / 100  
NG (t/ha) = (50-V1).T / 100
Os valores V1, T são os encontrados nos resultados de análise das amostras colhidas na profundidade de 20-40 cm.A fosfatagem é uma prática que proporciona maiores volumes de P no solo, mas o problema é a maior fixação. Esta prática promove um melhor desenvolvimento radicular das plantas com melhor absorção dos nutrientes e da água do solo. Pelo desenvolvimento, as raízes vão mais longe, explorando um maior volume de solo, encontrando nutrientes e água para suportar melhor os períodos de estiagem. Os produtores devem buscar as recomendações de um técnico quanto às necessidades e quantidades de fósforo nos canaviais.
Na adubação verde preferir sempre uma leguminosa devido a fixação do nitrogênio do ar pelas bactérias fixadoras que vivem em simbiose nas raízes. Isto faz com que a adubação nitrogenada seja dispensada. A utilização da adubação verde assegura um melhor controle e menor perdas de solo carregado de nutrientes, pela erosão. A incidência de ervas daninhas é diminuída.
Quanto à adubação orgânica, os dois principais resíduos orgânicos da cana-de-açúcar são a torta de filtro e a vinhaça. A torta de filtro é rica em P2O5 e CaO e é utilizada na cana planta, em toda a área, nas dosagens de 30 a 60 t/ha. A torta substitui, total ou parcialmente, a adubação fosfatada, sempre procurando verificar a dosagem de P2O5 recomendada.
A vinhaça é empregada na cana soca fornecendo todo o K2O e parte de N. O restante do N deve ser aplicado em cobertura através dos adubos nitrogenados existentes no mercado.
Quanto à adubação de plantio, deve ser processada através da análise do solo. No sulco usa-se P e K. O nitrogênio (N) é aplicado na dose de 30 a 40 kg/ha. Se foi feita a rotação de culturas com uma leguminosa, dispensa-se o uso deste nutriente. A ureia aplicada em solos cobertos por palhada provoca perdas elevadas de N por volatilização de 50 a 94%. A chuva ou a irrigação com vinhaça pode reduzir esta taxa, pois arrastam o fertilizante para as profundidades do solo diminuindo a volatilização. O sulfato de amônio não sofre grandes perdas por volatilização mas a desnitrificação se faz presente. Quanta à palhada, as altas relações C/N, C/P e C/S indicam uma baixa de nutrientes N, P e S, e a planta responderá à adubação nitrogenada.
Vitti recomenda em solos com menos de 25% de argila, usar 100 a 150 kg/ha de P2O5 em toda a área e 100 kg/ha de P2O5 no sulco de plantio. Já em solos arenosos, aplicar 100 kg/ha de K2O no sulco de plantio e o restante em cobertura.
Na adubação da cana soca, para cada tonelada de colmos esperada, aplicar a dose de 1 kg/ha de N. Se a produção esperada é de 100 toneladas de colmos, aplicar 100 kg/ha de N. Quanto ao K, aplicar quantidades de acordo com a produção esperada e conforme os teores do nutriente nas amostragens de solos das soqueiras. Manter a relação N:K2O de 1:1 ou 1:1,5.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Cana-de-açúcar - Nutrientes e adubação (I)

A planta executa os processos de extrair e exportar nutrientes. Extrair ou extração é a quantidade de nutrientes que ela precisa para o seu desenvolvimento desde a germinação até a produção. Exportar ou exportação é a quantidade de nutrientes que fica retido em suas partes verdes ou na palhada.
G.Vitti cita a tabela de Orlando F° que dá uma ideia da quantidade de nutrientes macros e micros extraídos e exportados por 100 toneladas de colmos de cana-de-açúcar.
Como o P e o K nos fertilizantes estão expressos em P2O5 e K2O teremos que transformá-los:
Para transformar P em P2O5 multiplica-se P por 2,29.
P2O5 __________ P2
(31x2) + 16x5______31x2
142 ________ 62 = 142/62 = 2,29
Para transformar K em K2O
K2O ___________ K2
39x2 + 16 ________ 39x 2
94 ________ 78 = 94/78 = 1,20

Assim sendo, na tabela ao lado temos o total de 19 P. Logo, 19 X 2,29 = 43 kg/ha de P2O5  Quanto ao potássio (K), teremos 174 X 1,20 = 210 kg/ha de K2O.
Na instalação do canavial, na adubação de plantio usa-se mais fósforo (P2O5) e potássio (K2O) e menos nitrogênio. As coberturas serão de K2O  Por sua vez, na cana soca, usa-se mais nitrogênio (N) e potássio (K2O) e menos fósforo (P2O5).
Deve ser feita a calagem da área de modo a se atingir V= 60%. A fosfatagem deve ser realizada quando o teor de P é menor que 15 mg/dm³ e CTC menor que 6 cmolc/dm³. No sulco de plantio, o trio N-P2O5-K2O deve ser aplicado conforme a recomendação técnica baseada na amostragem do solo, mais aplicação de micronutrientes e uma adubação orgânica. Em cobertura usa-se K2O quando a recomendação ultrapassar a 100 kg/ha. As coberturas de N devem ser feitas eventualmente.
Na cana soca, utiliza-se cobertura NPK com baixas quantidades de P2O5  Os micronutrientes são aplicados via foliar e a ureia adicionada ao molibdênio.
Como toda planta cultivada em solos deficientes de um ou mais nutrientes, a cana-de-açúcar apresenta, também, sintomas de deficiências nutritivas. As deficiências são:
Nitrogênio: são reconhecidas pelo amarelecimento geral das folhas que inicia pelas folhas mais velhas. Os colmos são mais finos.
Fósforo: inicia-se nas folhas mais velhas que diminuem de tamanho. Há uma clorose avermelhada com morte das folhas. O crescimento da planta é reduzido. O sistema radicular é pouco desenvolvido não suportando períodos de seca.
Potássio: aparece nas folhas mais velhas uma mistura de áreas verde-claras e escuras, clorose nas bordas e áreas necróticas. O teor de açúcar no colmo é baixo.
Cálcio: surge nas folhas mais novas. As folhas ficam esbranquiçadas, enroladas e com uma necrose escura nas pontas. Muitas vezes, a deficiência de cálcio é originária de uma aplicação de vinhaça em excesso. A vinhaça é rica em potássio que compete pela absorção de cálcio.
Magnésio: aparecem manchas amareladas e longas entre as nervuras das folhas mais velhas.
Enxofre: há uma clorose generalizada das folhas jovens.
Boro: as folhas apresentam manchas cloróticas estriadas. Há morte da gema terminal. A incidência de Fusarium é maior. As folhas do topo se amarram umas às outras.
Cobre: aparecem clorose nas folhas mais jovens e pequenas manchas verde-escuras. As folhas caem e aparecem touceiras.
Manganês: estriamento ao longo das nervuras e folhas mais finas.
Zinco: há uma redução de crescimento dos entrenós, as nervuras das folhas com clorose e o crescimento do topo paralisa.

A correta aplicação da quantidade de nutrientes vai se basear nos indícios de fertilidade do solo demonstrados pelos resultados de análises deste solos. Na cana planta a melhor época para retirada de amostra de solo é três meses antes do plantio. As amostras devem ser retiradas nas profundidades de 0 - 20 cm e de 20 - 40 cm. A área deve ser percorrida em zig-zag e colendo-se de 15 a 20 sub-amostras. Na cana soca, a melhor época é logo após o corte. As amostras de solo devem ser retiradas de 20-25 cm da linha. Deve-se cuidar isto porque amostras retiradas na linha super estimarão os teores de P e K. As amostras retiradas nas entre-linhas super estimarão os resultados de Ca e Mg e os valores de soma de bases (S) e saturação por bases (V%). Por outro lado, os valores de P e K serão subestimados.
A calagem fornece cálcio e magnésio. O cálcio promove um maior desenvolvimento do sistema radicular e com isto as raízes das plantas vão buscar mais longe os nutrientes do solo e as plantas suportam melhor os períodos de estiagem e veranicos. Pela calagem, os nutrientes são melhor disponibilizados numa faixa de pH de 6 a 6,5. A fixação do fósforo é amenizada porque o ferro (Fe), o alumínio (Al) e o manganês (Mn) que são tóxicos para as plantas, são menos disponibilizados formando compostos insolúveis que não são aproveitados pelas plantas. A palhada possui fósforo e com a mineralização da matéria orgânica este nutriente é liberado para as plantas. Este fósforo húmico é fracamente retido pelo solo. A fixação do nitrogênio do ar pelas bactéria do gênero Beijerinckia têm uma atividade maior quando o pH situa-se entre 5,5 - 6,0. Assim sendo, há liberação de nitrogênio (N) em grandes quantidades para as plantas. Por isto, a recomendação de N em cana planta é em doses baixas. Os toletes usados devem ter alta quantidade de açúcar que fornece energia para as bactérias. Com a calagem, a compactação do solo é menor porque o cálcio tem um efeito de agregação. E, com isto, a calagem, por todos os fatores descritos antes, propicia um aumento da produtividade de cana-de-açúcar.