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quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Encontrar a Relação C/N Ideal na Mistura de Três Resíduos Orgânicos

Já fizemos anteriormente uma publicação de como determinar a relação C/N de dois produtos " encontrando a relação C/N ideal na compostagem " Utilizando dois resíduos orgânicos na preparação do composto. Para saber mais acesse aqui. São vários estes resíduos, como você pode ver alguns deles no quadro aqui anexado. Nesta mistura de resíduos orgânicos devemos buscar uma relação C/N próxima de 30/1, ou seja 30 partes de carbono para 1 parte de N. Para isto, utiliza-se resíduo orgânico rico em carbono e resíduo rico em nitrogênio

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Importância dos Adubos Orgânicos na Agricultura

fertilizante organomineral granulado

Os fertilizantes organominerais vem aumentando a sua participação no mercado a cada ano. Nestes, a liberação de fósforo da fração orgânica é de 50% na primeira safra, enquanto o potássio é liberado 100%. Os produtos orgânicos têm uma importância muito grande na agricultura porque promovem:

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Fome de Nitrogênio

A relação C/N indica a capacidade de um produto orgânico de se decompor, ação esta feita pelos micro-organismos do solo. Estes micro-organismos precisam de nitrogênio. Uma relação C/N > 25 indica uma maior quantidade de carbono (C) em relação ao nitrogênio (N). Neste caso, os micro-organismos precisam de nitrogênio e eles vão buscar nas reservas do solo. Então, em lugar de liberar N eles vão esgotar as reservas do solo. É o que chamamos "fome de nitrogênio".
Ao contrário, quando a relação C/N < 25, os micro-organismos vão liberar nitrogênio em grande quantidade que ficará à disposição das plantas. Diz-se que eles consomem

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Quanto libera de N mineralizado, anualmente, cada 1% de MOS?

A incorporação de adubos verdes contribui para aumentar a MOS
A relação C/N nos dá uma indicação da capacidade de um produto orgânico em se decompor. Os micro-organismos do solo são os responsáveis pela degradação do material orgânico e eles têm necessidade de nitrogênio (N). Uma relação C/N maior que 25 significa que há muito carbono C) em relação ao nitrogênio (N). Neste caso, os micro-organismos do solo vão esgotar as reservas do solo, em lugar de liberá-lo. Quando a relação C/N é menor que 25, os micro-organismos vão liberar o N tornando-o disponível para as plantas. Os resíduos de palha apresentam alta relação C/N, o que faz com que a sua decomposição consoma muito N. Quando se quer aproveitar os resíduos vegetais, as plantas devem ser cortadas antes do amadurecimento, pois a mineralização é maior quando elas são ainda jovens, já que a relação C/N aumenta à medida que elas se aproximam da maturidade.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Conhecer o N total na Derminação da Relação C/N do Solo

A relação C/N é um índice que permite avaliar o grau de evolução da matéria orgânica do solo ou a importância de sua mineralização. Permite, também, avaliar a atividade biológica do solo e a capacidade de produzir formas nitrogenadas assimiláveis. A C/N do solo é perto de 10 e acima de 12 é uma indicação de carbono em excesso. As aplicações de resíduos com relações C/N muito altas leva mais tempo para decompor os resíduos e um maior consumo de nitrogênio para buscar o equilíbrio da C/N do solo.
A relação C/N do solo ou dos resíduos vegetais ou

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Aproveitamento de Resíduos Orgânicos no Meio Rural


A propriedade rural possui diversos resíduos orgânicos que, se bem aproveitados e manejados, são fornecedores de nutrientes que vão proporcionar aumentos na produção de grãos e frutos, além de melhorar as condições físicas, químicas e biológicas do solo. Este é o lado positivo da utilização dos resíduos orgânicos. O lado negativo é que se não forem bem manuseados e curtidos constituem-se em fontes de risco para o meio ambiente, principalmente, em relação aos

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Encontrando a Relação C/N Ideal na Compostagem

Muitas vezes, o produtor rural tem na sua propriedade, uma série de resíduos orgânicos que podem ser utilizados na preparação do composto. A compostagem vai dar origem a um produto final que pode ser aplicado como adubo orgânico nas lavouras. São as tortas de mamona, estercos de gado, de aves e suínos, bagaço de cana, torta usina de cana, capim jaraguá, palha de café, etc. Ele pode misturar dois destes resíduos procurando obter uma relação C/N próxima de 30:1, Para a obtenção, ele deve mistura um resíduo rico em nitrogênio (N) com um resíduo rico em carbono (C). Os resíduos ricos em carbono aumentam muito a relação C/N, e a formação do composto é mais demorada. Se for usado mais resíduo rico em nitrogênio, a relação C/N diminui e há perdas do nitrogênio não aproveitado pelos microorganismos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Importância e o Manejo da Adubação Orgânica

O produtor, para elevar os níveis de fertilidade do solo, tem lançado mão da aplicação de fertilizantes minerais. Estes, entretanto, representam uma parcela grande nos custos de produção. Até o mês de agosto de 2010, a indústria de fertilizantes entregou 2,7 milhões de toneladas de fertilizantes, segundo a ANDA - Associação Nacional Difusão do Adubo. Considerado o melhor agosto de 2007, as entregas totalizam, no período de janeiro a agosto, 13,6 milhões de toneladas, ou seja, 2,4% a mais que igual período em 2009.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Os Tipos de Adubos Orgânicos

Os adubos orgânicos são originados de resíduos de plantas e de animais. Os adubos orgânicos podem ser simples ou mistura entre eles. Já o composto é obtido através de processos físicos, químicos, físico-químico e biológicos. Os organo-minerais são misturas de orgânicos e fertilizantes minerais.
Os adubos orgânicos simples são aqueles originados de plantas e de animais. Neste tipo temos os estercos de bovinos e suínos, camas de aviários, torta de mamona, turfa, linhita. Um cuidado especial é com a utilização de estercos e plantas que apresentem partes comestíveis pela população humana, pois eles têm, quando no estado fresco, microorganismos que podem causar doenças. Sua utilização só é permitida

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Compostagem - Manter a Relação C/N

No processo de compostagem é necessário conhecer os teores de nitrogênio (N) e carbono (C) de cada um dos resíduos utilizados; para determinar-se a relação C/N. Sabe-se que os microorganismos aproveitam 30 partes de carbono para 1 parte de nitrogênio. Por isto, é que se diz que a relação C/N de 30:1 é a mais indicada para a mistura. Mas nem todo material orgânico é aproveitado pelos microorganismos: eles aproveitam 10 partes de carbono para a sua biomassa e as outras 20 partes são perdidas na forma de gás carbônico, no processo de respiração. A relação inicial de 30:1 acaba caindo para 10:1. A prática é combinar materiais com C/N alta com materiais de relação C/N baixa.
Para se calcular quantas partes de material rico em carbono devem ser colocadas para cada parte de material rico em nitrogênio, utiliza-se a fórmula abaixo:
Onde:
Nn = % de N do material rico em N;
Cn = % de carbono (C) do material rico em N;
Nc = % de N do material rico em carbono;
Cc = % percentagem de carbono do material rico em carbono

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Cálculo da Quantidade de Fertilizantes Orgânicos - Sólidos e Líquidos

As cascas de café, por serem ricas em nutrientes, devem retornar ao cafezal; elas contêm, para cada um quilo de cascas, 15 g N, 0,1 g P e 25 g de K.
Os materiais orgânicos utilizados no plantio devem ter sua relação C/N avaliada. Materiais ricos em carbono conduzem a uma falta de nitrogênio se não for utilizada uma fonte nitrogenada. Nos materiais orgânicos, os nutrientes, com exceção do potássio (K), estão na forma orgânica. É preciso uma decomposição e mineralização da matéria orgânica para liberar estes nutrientes para o solo. Por outro lado, a absorção de nutrientes pela planta, também é lenta. Isto é vantajoso porque não são necessárias adubações parceladas, e as perdas de nutrientes, por lixiviação, é bem menor.
Os materiais orgânicos devem ser analisados antes de aplicá-los na lavoura, porque varia de espécie para espécie, os teores de nutrientes; assim como os materiais oriundos de animais. A relação C/N é importante para sabermos o estágio provável de mineralização da matéria orgânica. Os fertilizantes orgânicos podem ser sólidos ou líquidos. Para calcular as necessidades dos mesmos utilizamos as fórmulas a baixo:
1) Fertilizantes orgânicos sólidos:

NFO = necessidade de fertilizante orgânico sólido aplicado ou a aplicar em kg/ha; g/planta;
A = quantidade de nutriente aplicado ou a aplicar em kg/ha ou g/planta;
B = teores de matéria seca MS % do fertilizante orgânico;
C = teor do nutriente na MS (%);
D = índice de conversão dos nutrientes, conforme tabela abaixo.



2) Fertilizantes orgânicos líquidos:

NFO = necessidade de fertilizante orgânico sólido aplicado ou a aplicar em kg/ha; g/planta;
C = concentração do nutriente no fertilizante orgânico em m³/ha ou L/planta
D = índice de conversão dos nutrientes.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Cana-de-açúcar - Nutrientes e adubação (2)

Na Parte I tivemos a oportunidade de comentar a extração e exportação de nutrientes do colmo e folhas da cana-de-açúcar, a importância dos mesmos, as deficiências dos macros e micronutrientes, a necessidade da correção do solo.
Cana-de-açúcar - Nutrientes e adubação (Parte 1)

A recomendação de calcário para a cana planta, no Estado de São Paulo, baseia-se na percentagem de saturação por bases (V%).
NC = (V2 - V1) T / PRNT, onde
V2 = % saturação por bases que se quer atingir (60%)
V1 = % saturação por bases conforme análise do solo
T = capacidade de troca de cátions em cmolc/dm³
NC = necessidade de calcário em t/ha
Para quem não se lembra:
T = S + (H+Al) em cmolc/dm³
S = Ca+Mg+K em cmolc/dm³
1 cmolc/dm³ = 10 mmolc/dm³
Por exemplo: V1 = 12% ; V2 = 60% ; T = 15 cmolc/dm³ ; PRNT = 80, logo
NC = (60-27) x 15 / 80 = 6, 18 t/ha

Vitti & Mazza apresentam uma fórmula para o cálculo da necessidade de calagem (NC) levando em consideração os resultados das amostras colhidas de 0-20 cm e de 20-40 cm.
NC = (V2-V1)CTC¹ + (V2-V1)CTC² / PRNT
CTC¹ = T¹ = capacidade de troca de cátions da camada de solo de 0-20 cm
CTC² = T² = capacidade de troca de cátions da camada 20-40 cm
Nesta fórmula, a NC t/ha seria a quantidade de calcário para aplicar na camada de 0-40 cm de solo.Luz & Martins, citados por Vitti, apresentam a seguinte fórmula para a cana planta.
NC = (V2-V1)CTC¹ /PRNT + 1/2(V2-V1)CTC² /PRNT
A NC encontrada em t/ha é para a incorporação do calcário na camada de 0-40 cm.
A COPERSUCAR, recomenda para solos arenosos a seguinte fórmula para encontrar a NC.
NC = 3 - (Ca+Mg) x 100 / PRNT
NC = t/ha para a camada de 0-20 cm.
Na cana soca, Vitti & Mazza indicam a seguinte fórmula para calcular a necessidade de calagem.
NC t/ha = (V2-V1)T / PRNT . A dose máxima deve ser de 3 t/ha.Na fabricação do superfosfato simples, há uma grande produção de um subproduto - o gesso ou sulfato de cálcio dihidratado. O gesso é mais solúvel e mais móvel que o calcário e fornece nutrientes como o Ca e S para as plantas, corrige áreas sódicas e é um ótimo condicionador para estercos reduzindo as perdas de N por volatilização. Na correção das áreas sódicas, o Ca do gesso substitui o sódio (Na) adsorvido à argila com formação de sulfato de sódio que é móvel no solo. Por ser mais solúvel que o calcário, o gesso corrige a acidez do solo mais rapidamente além de liberar cálcio para absorção pelas plantas e desenvolver o sistema radicular com grandes benefícios para os cultivos. O gesso pode ser utilizado nas áreas de depósito da vinhaça as quais apresentam excesso de potássio. Neste caso, haverá formação de sulfato de potássio que é bastante móvel no perfil do solo. A aplicação e incorporação do gesso, com irrigação, promove uma substituição do potássio (K) adsorvido aos coloides do solo pelo cálcio (Ca) contido no subproduto. O gesso deve ser usado quando a amostragem de 20-40 cm apresentar teores de Ca menor que 0,5 cmolc/dm³ ou 5,0 mmolc/dm³, alumínio (Al) maior que 0,5 cmolc/dm³ ou 5,0 mmolc/dm³, saturação por alumínio (m%) maior que 30% e saturação por bases (V%) menor que 35%. No cálculo da necessidade de gesso busca-se atingir V2 = 50%. na camada de 20-40 cm.
NG = (V2-V1)T / 100  
NG (t/ha) = (50-V1).T / 100
Os valores V1, T são os encontrados nos resultados de análise das amostras colhidas na profundidade de 20-40 cm.A fosfatagem é uma prática que proporciona maiores volumes de P no solo, mas o problema é a maior fixação. Esta prática promove um melhor desenvolvimento radicular das plantas com melhor absorção dos nutrientes e da água do solo. Pelo desenvolvimento, as raízes vão mais longe, explorando um maior volume de solo, encontrando nutrientes e água para suportar melhor os períodos de estiagem. Os produtores devem buscar as recomendações de um técnico quanto às necessidades e quantidades de fósforo nos canaviais.
Na adubação verde preferir sempre uma leguminosa devido a fixação do nitrogênio do ar pelas bactérias fixadoras que vivem em simbiose nas raízes. Isto faz com que a adubação nitrogenada seja dispensada. A utilização da adubação verde assegura um melhor controle e menor perdas de solo carregado de nutrientes, pela erosão. A incidência de ervas daninhas é diminuída.
Quanto à adubação orgânica, os dois principais resíduos orgânicos da cana-de-açúcar são a torta de filtro e a vinhaça. A torta de filtro é rica em P2O5 e CaO e é utilizada na cana planta, em toda a área, nas dosagens de 30 a 60 t/ha. A torta substitui, total ou parcialmente, a adubação fosfatada, sempre procurando verificar a dosagem de P2O5 recomendada.
A vinhaça é empregada na cana soca fornecendo todo o K2O e parte de N. O restante do N deve ser aplicado em cobertura através dos adubos nitrogenados existentes no mercado.
Quanto à adubação de plantio, deve ser processada através da análise do solo. No sulco usa-se P e K. O nitrogênio (N) é aplicado na dose de 30 a 40 kg/ha. Se foi feita a rotação de culturas com uma leguminosa, dispensa-se o uso deste nutriente. A ureia aplicada em solos cobertos por palhada provoca perdas elevadas de N por volatilização de 50 a 94%. A chuva ou a irrigação com vinhaça pode reduzir esta taxa, pois arrastam o fertilizante para as profundidades do solo diminuindo a volatilização. O sulfato de amônio não sofre grandes perdas por volatilização mas a desnitrificação se faz presente. Quanta à palhada, as altas relações C/N, C/P e C/S indicam uma baixa de nutrientes N, P e S, e a planta responderá à adubação nitrogenada.
Vitti recomenda em solos com menos de 25% de argila, usar 100 a 150 kg/ha de P2O5 em toda a área e 100 kg/ha de P2O5 no sulco de plantio. Já em solos arenosos, aplicar 100 kg/ha de K2O no sulco de plantio e o restante em cobertura.
Na adubação da cana soca, para cada tonelada de colmos esperada, aplicar a dose de 1 kg/ha de N. Se a produção esperada é de 100 toneladas de colmos, aplicar 100 kg/ha de N. Quanto ao K, aplicar quantidades de acordo com a produção esperada e conforme os teores do nutriente nas amostragens de solos das soqueiras. Manter a relação N:K2O de 1:1 ou 1:1,5.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O arroz e feijão irrigados

Das fontes de nitrogênio (N) usadas na adubação de arroz e feijão irrigados, nos cerrados, não houve diferenças significativas entre a aplicação de uréia e sulfato de amônio. A uréia, por sua maior concentração de N (45%) leva vantagens do ponto de vista econômico, ou seja, custo/benefício. O custo do kg de N é muito mais barato na uréia. Para se calcular o custo do kg do nutriente contido num determinado produto segue-se as seguintes etapas:
1ª Etapa: devemos conhecer o custo de cada produto colocado na propriedade;
2ª Etapa: devemos conhecer as garantias do nutriente em cada produto, lembrando que o teor expresso do nutriente em porcentagem (%) significa para 100 kg. Por exemplo: a uréia está com uma garantia de 45% de N. Isto significa que em 100 kg de produto teremos 45 kg de N. Em 1 tonelada de uréia, isto é, 1.000 kg teremos 450 kg de N.
Por sua vez, o sulfato de amônio está sendo vendido com uma garantia de 20% de N. Em 100 kg teremos 20 kg de N. Em 1.000 kg teremos 200 kg de N;
3ª Etapa: devemos saber quanto custa a uréa e o sulfato de amônio colocado na propriedade do cliente, ou seja, preço CIF;
4ª Etapa: para saber o custo da unidade de N dos dois produtos, basta dividir o preço da tonelada de cada produto pela respectiva quantidade de N contido nestes 1.000 kg.
kg N = preço tonelada produto / quantidade de N na tonelada.
Deve-se levar em conta na adubação nitrogenada, o histórico da área, ou seja a cutura precedente, sua quantidade de biomassa e sua relação C/N
. No caso da cultura precedente seja uma gramínea, as exigências de nitrogênio serão bem maiores do que se fosse uma leguminosa. As gramíneas têm uma relação C/N maior. As leguminosas têm a capacidade de fixar o nitrogênio do ar através de bactérias do gênero risóbio que vivem em simbiose com as raízes das plantas. As leguminosas têm uma relação C/N menor e com isto podem disponibilizar mais N para a cultura posterior. Por isto é que se busca que a cultura antecedente ao plantio de lavouras de arroz e feijão irrigados seja uma leguminosa.
Quanto ao fósforo e potássio basear-se nas recomendações dos laboratórios e orgãos de pesquisa a fim de suprir o solo com as doses adequadas que garantam alcançar as produtividades esperadas. A análise do solo é importante para indicar os teores destes nutrientes no solo e ser base para a reposição dos mesmos buscando um perfeito desenvolvimento da cultura.
Devido ao baixo teor natural dos micronutrientes, nos solos de cerrados, é importante, na adubação, a inclusão dos mesmos e não pode ser esquecida. O importante é prevenir antes o aparecimento de deficiências destes micronutrientes. Uma análise de solo vai nos dar condições de verificar a fertilidade destes solos e suprir as deficiências naturais de maneira correta.
O arroz tolera mais a acidez do solo. Mas isto não quer dizer que devemos dispensar a aplicação de corretivos. Pelo contrário, o cálcario dolomítico é importante como fonte de cálcio (Ca) e magnésio (Mg). A correção da acidez de maneira inadequada tem contribuido para a redução dos micronutrientes. As deficiências de zinco (Zn) e ferro (Fe) são as mais comuns em arroz quando plantado após feijão e soja. O calcário aplicado em excesso eleva o pH do solo tornando menor a disponibilidade dos micronutrientes. "A medida que aumenta o pH diminui a disponibilidade dos micronutrientes". Recomenda-se a aplicação de calcário para manter o pH na faixa de 5,8 - 6,0 para culturas precedentes como milho, soja, feijão que são exigentes em Ca e Mg.
Para maior resistência às doenças, como a bruzone, está sendo estudada a aplicação de silício (Si) na forma de silicatos. Além de diminuir o grau de severidade da doença tem proporcionado aumento no crescimento da planta.

terça-feira, 2 de junho de 2009

A Relação C/N

Em áreas de plantio direto é comum o uso de plantas com a finalidade de cobrir o solo. Portanto, as plantas subsequentes são beneficiadas com esta prática. Tem-se verificado que as leguminosas possuem a relação C/N menor na parte aérea, liberam nitrogênio na sua decomposição, beneficiando as plantas em cultivos posteriores. Já as gramíneas, como a aveia preta, apresentam uma relação C/N maior o que sugere a adição de nitrogênio para a decomposição de sua palha.
As leguminosas que são fixadoras do nitrogênio do ar, graças ao rizóbio presente em nódulos nas raízes, são de decomposição mais rápida e com uma relação C/N próxina de 20. As gramíneas, pelo contrário, são de decomposição mais lenta e apresentam uma taxa C/N maior porque o conteúdo de nitrogênio (N) presente na massa verde é mais baixo.
O plantio continuado de uma mesma cultura, na mesma área, acarreta uma série de problemas tais como: queda na produtividade, aparecimento de ervas daninhas, maior ocorrência de doenças e pragas e a degradação do solo. No caso das doenças, os patógenos permanecem no solo atacando as novas plantas. Daí a necessidade de ser feita a rotação de culturas. A melhor prática é plantar soja e milho seguido de gramíneas. Em alguns locais, a rotação de culturas torna-se uma prática econômica.
Algumas plantas, como a ervilhaca, que têm a capacidade de fixar o nitrogênio do ar, chega a fornecer 90 kg/ha de N. Outras espécies, que não são fixadoras de N, apresentam raízes maiores e retiram o nutriente das camadas mais profundas do solo. Pela decomposição, devolvem este N ao solo nas camadas superficiais.
As plantas usadas na coberura do solo apresentam uma série de vantagens:
  1. diminuição do uso de herbicidas, pois há um controle sobre as ervas daninhas que não conseguem sobreviver;
  2. retém mais a umidade do solo;
  3. aumentam a matéria orgânica do solo pela decomposição da palha;
  4. maior controle de pragas e doenças pois o ciclo dos patógenos e insetos é interrompido com o plantio de espécies que não os hospedam;
  5. reduzem a erosão do solo pois a lavagem das camadas superficias, pela ação das chuvas, é dificultada;
  6. proporcionam melhoria das condições físico, químicas e biológicas do solo pelo aumento da matéria orgânica;
  7. reduzem a perda de nutrientes das camadas superficiais, pela ação das chuvas, em solos que sofrem com a erosão.
Mineralização da Matéria OrgãnicaPara que o N orgânico seja aproveitado pelas plantas é preciso que os microorganismos do solo promovam a mineralização da matéria orgânica. Os microorganismos do solo utilizam o nitrogênio (N) como energia e o carbono (C) oriundo dos restos vegetais para formarem tecidos do próprio corpo. O nitrogênio (N) excedente será liberado para o solo e colocado à disposição das plantas para o seu desenvolvimento e produção. Seria, por exemplo, o caso do milho em sucessão que aproveitaria este nitrogênio. " O N orgânico para ser mineralizado tem que ser primeiro imobilizado pelos microorganismos ".A relação C/N determinará o processo de decomposição, mineralização e disponibilidade de nitrogênio (N) para as plantas. Ela não é constante em todo o processo de desenvolvimento das culturas, mas varia com a idade das plantas. Restos vegetais que apresentam alta relação C/N, como o caso do azevém, aveia preta, centeio, sorgo granífero e o forrageiro, milheto e outras gramíneas, são de decomposição lenta e a liberação de N é menor por causa da mineralização lenta e a cultura em sucessão poderá não aproveitar todo o nitrogênio (N) que seria disponibilizado. O uso de palhada de braquiária, por ter uma relação C/N muito alta, não traz nenhuma vantagem no fornecimento do nutriente (N), apesar de contribuir para a cobertura do solo. Há o aparecimento de um inseto, o "bezouro cinza", que ataca as plantinhas de milho, quando cultivdo em sucessão, diminuindo a população de plantas e, consequentemente, a produtividade. O nabo forrageiro, como cultura de inverno, pode ajudar na redução populacional do bezouro cinza. Os custos com a dessecação da braquiária é mais onerosa pois necessita de 4 a 5 vezes mais dose, por aplicação, do que a usada quando se trata do nabo forrageiro. A dessecação do nabo forrageiro requer 1 l/ha de produto específico. Talvez, para áreas novas, na implantação do sistema de plantio direto, a braquiária possa ser utilizada.

Vamos supor um agricultor que tem na sua propriedade materiais como "húmus e alfafa. Ele quer estabelecer, na formação de um composto, uma relação C/N maior que 30:1. O húmus tem uma relação C/N 10:1 enquanto a alfafa 14:1. Juntando os dois materiais chega-se a uma relação C/N 12:1 (10 + 14 dividido por 2). Para chegar aos 30:1 ou mais, o agricultor terá que usar um produto rico em carbono (C) . Ele consegue isto com restos de cana-de-açúcar que tem uma relação C/N de 50:1 ou palha de aveia que tem uma relação C/N igual a 80:1. Se misturar o húmus e alfafa com os restos de cana vai conseguir uma relação C/N igual a 31:1 (12 + 50 dividido por dois. Se misturar o húmus e alfafa com a palha de aveia a relação C/N será de 46:1 (12 + 80 dividido por 2). O agricultor deve providenciar na análise dos materiais que tem na propriedade para um conhecimento melhor dos teores da relação C/N presente nos produtos.