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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Adubação da Cultura do Milho

O milho responde muito bem à correção da acidez e à aplicação de nutrientes através dos fertilizantes. A medida que aumenta a produção, as exigências de N e K são maiores; depois o Ca, Mg e P. É muito importante que o produtor de milho atente para o fato de aplicar no solo as técnicas modernas a fim de obter altas produções em suas lavouras que compensem os gastos com os insumos aplicados, mão de obra, investimentos, e principalmente a remuneração do seu trabalho. Hoje não se pode pensar mais em aventurar na lavoura: temos sementes de alta capacidade de produção desde que os produtores utilizem e apliquem as técnicas modernas, orientados por agrônomos e técnicos.
Nitrogênio (N):
É o nutriente mais absorvido pela planta de milho. Sua deficiência limita a produtividade. Entretanto, o N está sujeito a uma série de perdas: volatilização, desnitrificação, lixiviação. A sua eficiência na utilização pelas plantas é de 60%, motivada por estas perdas.
O nitrogênio (N), como o fósforo (P), é mais exigido na fase de desenvolvimento e no período de formação da espiga; a menor absorção se verifica no período compreendido entre a emissão do pendão e o início da formação da espiga. O importante são os solos apresentarem alto teor de matéria orgânica. Solos com baixos teores de matéria orgânica apresentam baixas produções ou torna-se oneroso a compensação com maiores quantidades de adubos nitrogenados. A mineralização da matéria orgânica, a reciclagem de resíduos de culturas e a aplicação de fertilizantes nitrogenados minerais ou orgânicos são as fontes de fornecimento de N para o milho. Podemos reduzir as aplicações de N se contarmos com bons teores de matéria orgânica no solo: para isto devemos dar ênfase à rotação de culturas; a integração lavoura-pecuária; a cobertura verde, etc. O plantio do milho sobre a palhada, de culturas anteriores, contribui para economia na aplicação de nitrogenados.
Para se determinar a quantidade de N recomendada para o milho deve-se levar em consideração o teor de matéria orgânica do solo, e a expectativa de produtividade.





O produtor deve planejar a sua lavoura: o essencial do negócio é a rentabilidade; deve-se levar em conta: os riscos; a ocorrência de geadas; a utilização de híbridos de alto potencial produtivo; a fertilidade do solo nas camadas de 0-20 e 20-40. Isto tudo satisfeito e havendo condições favoráveis, pode o produtor pensar em doses de N superiores a 150 kg/ha.
Para evitar a lixiviação, recomenda-se parcelar as doses de N nas seguintes condições:
1) solos arenosos – baixa matéria orgânica, baixa fertilidade, mal drenados:
até 30 kg/ha de N no plantio, e cobertura no estádio de duas a quatro folhas (V2-V4)
2) solos com menores perdas de N:
antecipar até 45 kg/ha de N; adubação de base na semeadura, e adubação de cobertura no estádio (V2-V4).
O milho, por remover grandes quantidades de N, precisa de adubação de cobertura com nitrogenados. E o milho responde à aplicação de nitrogenados com altas produções. A adubação nitrogenada antecipada deve ser feita no mesmo dia da semeadura para evitar perdas por lixiviação. A adubação em cobertura deve ser realizada até o estágio de 4 folhas, pois é nesta fase que se define o potencial produtivo do milho. Para a produção de cada 1.000 kg de grãos são exportados 16 kg/ha de N.
A adubação em cobertura do milho sequeiro deve ser feita com 40 a 80 kg/ha. Nas culturas irrigadas, devido às condições favoráveis para altas produtividades, deve-se aplicar de 100 a 150 kg/ha.

Fósforo:
O fósforo (P) é limitante à produção em solos da Região dos Cerrados. As exigências de P são menores que as de N e K. Mas sabe-se que do P aplicado ao solo, a planta aproveita de 15 a 25% devido à fixação do P no solo.

Potássio (K):
O potássio, após o N, é o segundo nutriente mais absorvido pelas plantas. Como nos demais Estados da Região Central, o teor deste nutriente, no solo, é pequeno: insuficiente para suprir as quantidades exigidas pelas culturas em sucessão. O milho também responde muito bem à aplicação de potássio (K). Aplica-se de 120 a 150 kg/ha de K2O. Em solos arenosos, a aplicação de doses superiores a 80 kg/ha de K2O, recomenda-se parcelar: metade da dose no plantio, e a outra metade junto com a adubação de cobertura nitrogenada. O potássio (K) é importante no período de 30 a 40 dias de desenvolvimento quando se verifica a máxima absorção; daí a necessidade de K como arranque neste período.



Enxofre (S):
Os solos do MS e dos Cerrados são deficientes em enxofre (S). A diminuição dos teores de matéria orgânica; o uso contínuo de fertilizantes cujas matéria primas apresentam pouco ou nenhum S; as quantidades extraídas pelas culturas contribuem para esta deficiência do nutriente no solo. Para se verificar a necessidade de enxofre é preciso fazer a análise do solo nas camadas de 0-20 e 20-40 porque este nutriente é muito móvel no solo e se acumula nas camadas mais profundas
A manutenção é feita com 5 kg de S para cada 1.000 kg de grãos de milho como expectativa de produção.
Micronutrientes:
No Brasil, o zinco (Zn) é o mais limitante à produção: principalmente na Região Central, em vegetação de cerrado. No caso de correção de deficiências, utiliza-se, via foliar, 400 l/ha de solução a 0,5% de sulfato de zinco neutralizada, com 0,25% de cal extinta.
As aplicações de calagens de maneira superficial (0-10 cm) ou rasa têm proporcionado problemas de deficiências de manganês (Mn).

Fonte: Embrapa. Fundação MS

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Adubação do Café

Notícias dão conta que os cafeicultores dos cerrado mineiro diminuíram em 30% a adubação tendo em vista o aumento dos fertilizantes. O produtor que em 2007 pagava de 900 a 1.000,00 por tonelada de adubo, em 2008 teve que desembolsar de 1.500 a 1.600,00 para adquirir a mesma tonelada. Para 2009 a projeção de redução de safra gira entorno de 30%. E isto vai influir nos anos subseqüentes. Na adubação de um hectare de café, o produtor gasta 1,8 t de adubo. Segundo Pierre Vilela, da FAEMG, em 2005, o produtor para comprar uma tonelada de adubo precisava de 2,7 sacas de café. Em 2007, 3 sacas e em 2008, 4,2 sacas.
É claro que a planta adubada corretamente, com as necessidades de nutrientes por ela exigidas, responde com altas produtividades. Por outro lado, altas produtividades exportam mais nutrientes. Então, esta diminuição de 30% no emprego de fertilizantes refletir-se-á na safra e, conseqüentemente, nas safras seguintes chegando a um empobrecimento do solo se outras medidas não forem tomadas. Outros cafeicultores estão reduzindo os custos com fertilizantes usando a palha do café. Esta palha é rica em nitrogênio (N) e potássio (K). Obtém-se cerca de 8% de palha vinda da produção de café. A economia com fertilizantes químicos chega a 10%. Mas sempre é necessária uma análise do solo para aplicar a quantidade correta.
Na adubação do cafezal, o fósforo (P) é o principal nutriente, indispensável durante todo o ciclo da planta. Entretanto, este nutriente, nos solos ácidos sofre com a fixação e se liga ao ferro e alumínio formando compostos insolúveis não aproveitados pelas plantas. Daí a necessidade da calagem para liberar este fósforo tornando-o disponível para a planta. O baixo teor de matéria orgânica contribui, também, porque em condições normais a mineralização da matéria orgânica é importante para liberar fósforo disponível para a planta. Como o fósforo é importante na formação do sistema radicular, dizem que é importante aplicar o fósforo via radicular. Entretanto, como fonte de fósforo, não se usa em sua totalidade o superfosfato simples porque ele contém, além deste nutriente, mais o enxofre. Mas para não onerar os custos, os cafeicultores preferem usar uma fonte alternativa de enxofre (S). O sulfato de amônio é outra fonte de enxofre. Mas este fertilizante acidifica o solo. Os cafezais, na sua maior parte, estão situados em solos ácidos. Além da acidez são carentes em cálcio (Ca) e magnésio (Mg). O uso em grandes quantidades de sulfato de amônio contribui para acidificar mais estes solos. É preciso um equilíbrio. O desequilíbrio pode influir na eficiência dos fertilizantes e diminui consideravelmente a produtividade do cafezal.
No sul de Minas, no período de outubro a março é que a planta aproveita melhor os nutrientes quando a adubação é feita de 3 a 4 vezes. Os adubos nitrogenados que apresentam as maiores perdas por lixiviação devem ser aplicados em intervalos de 40-60 dias. Quanto ao potássio (K), duas aplicações são suficientes. Em solos arenosos, o potássio deve ser parcelado com o nitrogênio. O fósforo pode ser aplicado em uma única vez, como no caso da fosfatagem.

Adubação do PlantioDeve ser feita conforme o resultado da análise do solo. Por exemplo:
Para uma recomendação de 40 g/cova de fósforo e 20 g/cova de potássio temos uma relação 00-40-20. Dividindo-se a relação por 20 teremos uma relação simplificada 0-2-1. Multiplicando por 10, a fórmula encontrada é 00-20-10. A quantidade é encontrada dividindo-se a recomendação de fósforo (40 g) pelo teor do nutriente na fórmula (20) e multiplicando por 100. Chega-se a uma dose de 200 g/cova desta formulação. Adiciona-se até 1 g/cova de boro (B) e até 2 g/cova de zinco.
Conforme o teor de matéria orgânica no solo, aplica-se esterco de curral em L/cova.
Matéria orgânica <> 20 g/kg – 2 L/cova.

PegamentoProcede-se a adubação de cobertura utilizando-se 4 g/planta de N (10 g de uréia) de 2 a 3 aplicações, no período chuvoso. Isto é importante, pois a aplicação em períodos secos, com estiagem, provoca perdas de nitrogênio para o ar. Ou utilizar sulfato de amônio pois as perdas de N são bem menores, mas há o perigo de acidificar o solo pelas reposições continuadas. O adubo é aplicado ao redor da planta a uma distância de 10 cm do caule.

Primeiro ano após o plantioAplicar 6 g/planta de N (15 g de uréia) e mais 4 g/planta de K (7 g de cloreto de potássio por 2 ou 3 vezes, no período chuvoso. Em vez de utilizar os fertilizantes simples (uréia, cloreto de potássio), pode-se utilizar os fertilizantes em misturas. Neste caso, seria utilizada a fórmula 15-00-10 na base de 40 g/planta por aplicação.

Segundo ano e sucessivos
Aplica-se o dobro da recomendação para o primeiro ano. Neste caso, 80 g/planta da fórmula 15-00-10 por aplicação.

Terceiro ano e sucessivos
Seria a adubação de produção. Aqui, mais uma vez, chamo a atenção dos cafeicultores para realizarem a análise do solo e a análise de planta (foliar). A medida que se busca maiores produções de sacas/ha, a necessidade e a reposição de nutrientes aumenta. Existem tabelas de recomendação para os Estados produtores de café. Vamos supor que para uma produção de 50-60 sacas de café por hectare, as necessidades de nutrientes para um solo cuja análise foliar e do solo apresentaram os seguintes resultados:
N nas folhas – 27 g/kg
P – 8 mg/dm³
K – 0,17 cmolc/dm³. Em mmolc/dm³ seria 1,7
A recomendação técnica foi de 160 g/planta de N, 70 g/planta de P2O5 e 140 g/planta de K2O. Temos uma relação 160-70-140. Dividindo ela pelo menor número (70) teremos uma relação simplificada: 2,28-1-2. Multiplicando pelo coeficiente 8 chegamos a uma fórmula 18-8-16. Dividindo a recomendação, por exemplo, N (160) pelo N da fórmula (18) e multiplicando por 100, a dose será de 900 g/planta.
No caso de aplicar fertilizantes simples, as quantidade a serem usadas para os 160 N-70 P2O5-140 K2O seriam: 350 g de uréia, 150 g superfosfato triplo e 230 g de cloreto de potássio.
A adubação nitrogenada deve ser parcelada em 4 vezes e a com potássio em 2 vezes. Entretanto pode-se usar uma fórmula que contenha os dois nutrientes: NK. Ou seja, as necessidades são 160 N e 140 K2O.
Nitrogênio (N): 160 em 4 aplicações – 40 g/planta/aplicação
Potássio (K): 140 em duas aplicações – 70 g/planta/aplicação
Por aplicação temos: 40 N + 70 K2O. Dividindo por 70 teremos uma relação simplificada de 1-1,75. Multiplicando por um coeficiente 10, a fórmula será 10-00-18. A quantidade: 400 g/planta/aplicação.
As outras 2 de nitrogênio de 40 g por aplicação, seria 90 g/planta/aplicação de uréia.

terça-feira, 23 de junho de 2009

A importância dos Micronutrientes

As deficiências de micronutrientes devem ser corrigidas antes que elas apareçam. Devem ser aplicados fontes de micronutrientes mais cedo e misturadas com uma fonte de nitrogênio, pois os resultados são melhores.

Boro - este micronutriente tem papel importante na divisão celular, formação dos frutos, metabolismo dos carboidratos, das proteínas, viabilidade do polem. Os sintomas de deficiência de boro em algumas espécies são:
1. alfafa - o crescimento da planta é prejudicado, a produção de sementes é pequena e as folhas apresentam uma coloração amarelo brilhante.
2. pêssego - os brotos terminais morrem, as folhas têm as bordas enroladas e os botões mortos.
3. maçã - apresenta tecidos duros e enrugados, interna e externamente.
4. citros - as quedas dos frutos são em grande proporções e amarelecimento das nervuras das folhas.
5. algodão - queda excessiva de botões florais.
6. amendoim - cascas deformadas e com pontos pretos.
O baixo nível de umidade diminui a disponibilidade do boro. Os boratos de sódio são as principais fontes de boro. O excesso de boro aplicado no solo é prejudicial às plantas. Nos solos arenosos com baixo teor de matéria orgânica aparecem deficiências de boro.
O boro é importante para o cafeeiro pois influi no crescimento e no pegamento da florada. Mas o boro em excesso ele causa toxidez severa nas plantas jovens de café devido à pequena área foliar que elas apresentam. As plantas apresentam folhas manchadas de verde-amarelado e, em casos graves, aparecem manchas escuras e até queima total das bordas das folhas. O teor adequado de boro nas folhas é de 40 a 80 ppm e na toxidez este teor é maior do que 200 ppm. Devido a baixa translocação do boro, passado a toxidez, as folhas novas que crescem já o fazem de maneira normal. Nos cafezais, a dose indicada de boro é de 2 a 6 kg/ha. No plantio pode-se usar de 2 a 5 gramas por cova ou metro de sulco.
A correção das deficiências se faz com o produto Borax usando 20 kg/ha ou por via foliar usando o ácido bórico (H3BO3).
O boro é absorvido pelas plantas na forma de H3BO3.

Cobre - é um dos nutrientes necessário à formação da clorofila. O clima influi na disponibilidade de cobre. Altas temperaturas e altos níveis de umidade são desfavoráveis à liberação do cobre pela matéria orgânica do solo. Os sintomas de deficiência de cobre nas plantas são:
1. citros - surgem folhas amarelas e os ramos novos morrem.
2. cereais - folhas amareladas nas bordas, pontas secas e torcidas.
3. milho - amarelecimento entre as nervuras das folhas.
4. verduras - morte das folhas.
O cobre reage com a matéria orgânica formando compostos que não estão disponibilizados para as plantas imediatamente. Em solos com alto teor de matéria orgânica, as deficiências de cobre aumentam e a reposição deve ser feita anualmente. Existe incompatibilidade quando são mituradas fontes de cobre com os fertilizantes. As formas insolúveis de cobre podem melhorar a sua solubilidade quando incorporadas aos adubos granulados (NPK no grão). Os fosfatos de amônio, presentes nos fertilizantes fluidos, reagem com o sulfato de cobre formando compostos insolúveis.
Para corrigir as deficiências provocadas pelo cobre, recomenda-se a aplicação de sulfato de cobre (CuSO4) na faixa de 5 a 10 kg/ha.
As plantas absorvem o cobre na forma de íon Cu²+.

Ferro - sua deficiência aparece melhor em solos calcários, principalmente em citros, cereais, feijões, frutas, nozes e gramados. Sua baixa quantidade no solo acarreta uma baixa produção de clorofila. Os sintomas de deficiência são o aparecimento de um amarelecimento entre as nervuras de folhas novas. No sorgo, quando a deficiência é muito grande, as folhas se apresentam quase brancas. Estas deficiências são combatidas com aplicações foliares. No caso de deficiências muito severas deve-se mudar o tipo de cultura para uma mais tolerante. No RS é comum nas lavouras de arroz irrigado aparecerem "toxidez de ferro".
Em solos oxidados, a forma de absorção é o íon Fe³+. As plantas excretam substãncias orgânicas que reduzem o Fe³+ para Fe²+ que também é a forma mais comum de absorção.
A correção das deficiências se faz com sulfato de ferro (FeSO4) ou quelatos.

Manganês - está presente, também, na clorofila, na produção de carboidratos e no metabolismo do nitrogênio nas plantas. A quantidade de manganês influencia a de ferro na planta. Altos níveis de manganês reduzem os níveis de ferro. Os cereais, os feijões, o milho são muito sensíveis à deficiência de manganês. Os sintomas de deficiência são semelhantes a do ferro. A aplicação de fontes de manganês deve ser feita cedo pois os resultados são melhores do que quando ela se manifesta nas folhas. Deve-se preferir as pulverizações foliares. As fontes orgânicas de manganês são mais eficientes do que as inorgânicas. O manganês tem grande afinidade pelo ferro natural do solo tendendo a substituí-lo. Por isto deve-se preferir os sulfatos ou óxidos em solos com alto teor de ferro. No RS é muito comum a toxidez de manganês em solos ácidos.
O manganês é absorvido pelas plantas na forma de íon Mn²+.

Molibdênio - é importante para a fixação de nitrogênio (N) pelas bactérias do gênero risóbio, que vivem nos nódulos das raízes de leguminosas e no metabolismo do N nas plantas. Os sintomas de deficiência são semelhantes às apresentadas pelo nitrogênio. As crucíferas sofrem bastante com a falta de molibdênio (Mo). A deficiência, nestas culturas, se caracteriza por folhas longas, estreitas e irregulares - é chamada de "chicote". Na soja, alfafa e trevos, a deficiência de Mo torna-se muito séria. Nos citros aparecem pontos amarelos nas folhas e se a deficiência for muito severa estes pontos amarelos morrem e as folhas caem. A deficiência de molibdênio é comum em solos ácidos e muito lixiviados. A calagem corrige facilmente esta falta de molibdênio. Entretanto, o excesso de molibdênio é tóxico para os animais e plantas em germinação, além de prejudicar a absorção e as translocações do ferro pelas plantas.
A correção das deficiências se faz utilizando o molibdato de amônio de 0,5 a 1,0 kg/ha.
O molibdênio é absorvido pelas plantas na forma de HMoO4.

Zinco - em solos com baixo teor de zinco (Zn) disponível a aplicação de fosfatados deve ser feita em cobertura total. A aplicação em sulcos ou ao lado das fileiras acarreta deficiências deste micronutriente. A rotação de culturas pode favorecer o aparecimento de sintomas de deficiência. O zinco é importante no desenvolvimento dos botões florais, na produção de grãos e sementes, bem como influi na velocidade de maturação das plantas e sementes. Os sintomas de deficiência em algumas culturas são:
1. leguminosas - aparecimento de pontos pequenos de coloração bronzeada nas folhas mais velhas.
2. frutas - há um crescimento retardado dos brotos terminais, formação de roseta de ramos, folhas estreitas e amarelas entre as nervura.
3. milho - aparecimento de listas amarelas nos dois lados das folhas, no meio, iniciando nas folhas velhas.
4. sorgo - a produção de grãos é reduzida drasticamente.
As aplicações de fontes de zinco serão feitas cedo no solo e nas folhas. A realização desta prática , antes de aparecerem os sintomas, é importante para garantir altas produtividades das culturas e boas safras.
As deficiências de zinco são combatidas com a aplicação de sulfato de zinco (ZnSO4) na faixa de 5 a 10 kg/ha.
As plantas absorvem o zinco na forma de íon Zn²+.

De qualquer forma, a análise do solo e foliar são muito importantes para determinar os teores de micronutrientes no solo e nas folhas para corrigir as deficiências. Vale, antes de tudo, a aplicação preventiva, na época do plantio, com a utilização de fertilizantes que têm os micronutrientes incorporados no mesmo grão para um melhor aproveitamento pelas plantas. É preferível colocar antes do que remediar depois, com possíveis decréscimos na produção das culturas.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Os nutrientes das plantas (5) - Manganês (Mn),Molibdênio (Mo) e Zinco (Zn)


Micronutrientes
Manganês (Mn):
O manganês (Mn) é importante na produção de clorofila, de carboidratos e no metabolismo do nitrogênio. O manganês influencia o nível de ferro na planta. Altos níveis de manganês reduzem os níveis de ferro.
Os sintomas de deficiência de manganês são semelhantes aos do ferro, ou seja, folhas verdes com amarelecimento entre as nervuras.
O manganês é absorvido na forma de Mn++.

Molibdênio (Mo):
O molibdênio tem um papel significativo para a fixação do nitrogênio pelas bactérias, no caso das leguminosas. Atua, também, no metabolismo do nitrogênio na planta. O sintoma de deficiência é igual àquela do nitrogênio – folhas amareladas.
O excesso de molibdênio pode ser tóxico para os animais e para as sementes em germinação prejudicando a absorção e translocação de ferro pela planta.
O molibdênio é absorvido pela planta na forma de MoO4‾ ‾.

Zinco (Zn):
O zinco é fundamental para a síntese das proteínas, desenvolvimento das partes florais, produção de grãos e sementes e maturação precoce das plantas.
Em solos com baixo teor de zinco, a aplicação de fertilizantes fosfatados nos sulcos ou ao lado das fileiras das plantas induzem a deficiência de zinco. A aplicação dos fosfatados em cobertura total não afetou a disponibilidade do zinco.
O zinco é absorvido pela planta na forma de Zn++.

INTERAÇÃO ENTRE OS NUTRIENTES:

Excesso de cobre - afeta a disponibilidade do ferro
Ferro e manganês - são antagônicos
Zinco e ferro - são antagônicos
Potássio e cálcio - em altas doses diminui a absorção de boro
Aplicação de nitrogênio - aumenta a utilização e absorção de micronutrientes
Aplicação de magnésio - em altos níveis favorece a absorção de fósforo
Aplicação de fósforo - em altos níveis favorece a absorção de Molibdênio