terça-feira, 25 de outubro de 2011

Plantio Direto para Sustentabilidade da Agricultura

O plantio direto vem crescendo no Brasil. Os produtores rurais estão preferindo este sistema por ser mais rentável que o sistema convencional. No sistema convencional há necessidade de preparo da terra, com a utilização de arado e grades, que causam, com os anos, uma compactação do solo, reduzindo a produtividade das culturas. Os custos com a utilização de combustíveis é muito maior no sistema convencional, além de
custos extras com replantio.
O plantio direto na palha contribui para a sustentabilidade da agricultura, pois não revolvendo o solo evita futuros problemas para o produtor. O menor uso de fertilizantes e defensivos e a manutenção da palha no controle da erosão contribuem para evitar prejuízos para o meio ambiente. Sem estes problemas, a agricultura sustentável garantirá produção de grãos e frutos por muitos anos.
Como os solos brasileiros são muito ácidos e pobres em nutrientes, entre eles fósforo e potássio, há necessidade de elevar a fertilidade antes de implantar o plantio direto. A elevação do pH do solo, com a consequente neutralização do alumínio tóxico, a fosfatagem, a correção de potássio e a adição de cálcio e magnésio são fundamentais. A análise representativa do solo é imprescindível para avaliar a fertilidade e fazer as devidas correções. O calcário deve ser incorporado uma metade da dose na aração e outra metade na gradagem. A escolha do calcário deve ser levada em conta para o sucesso da calagem. Isto tudo antes da implantação do sistema de plantio direto. Como o cálcio não se move facilmente no solo, a aplicação de gesso agrícola pode fazer o papel de carregar o cálcio para as camadas mais profundas e neutralizar o alumínio tóxico pelo ação dos íons sulfato.
Na colheita, utilizar um picador e distribuidor de palha.
A rotação de culturas é outra prática que não deve ser esquecida pelo produtor rural. A rotação pode ser feita com a adubação verde no inverno ou verão, com a finalidade de produzir palha. A adubação verde pode ser intercalada com as culturas econômicas. A palha espessa facilita o controle de ervas daninhas, pois impede a passagem da luz e a germinação das sementes daninhas. A adubação verde com leguminosas proporciona a liberação de nitrogênio (N) que irá beneficiar a cultura seguinte. O tremoço e a crotalária, que são utilizados como adubação verde conforme a região, cultivados antes podem beneficiar o milho com nitrogênio.
O estado do Paraná foi o pioneiro na implantação do plantio direto na palha. São 5 milhões de hectares. No Brasil, a área atinge 30 milhões de hectares.
O produtor rural que deseja adotar o plantio direto na sua propriedade deve, antes, se especializar no assunto. O produtor não pode ser um aventureiro no plantio direto. Precisa entendê-lo bem, pois são necessários conhecimentos de processos integrados de controle de ervas daninhas e entender bem o manejo da palha. Serviços de assistência técnica, órgãos de pesquisa, extensão rural, associações de plantio direto devem ser procurados para obter informações e recomendações sobre a implantação e manejo do plantio direto na palha.
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