terça-feira, 19 de outubro de 2010

As Vantagens dos Fertilizantes Fluidos

As Usinas de Cana são as grandes produtoras de fertilizantes fluidos, cujo consumo, no Brasil, vem aumentando nos últimos anos. Os fertilizantes fluidos são soluções ou suspensões que contêm um ou mais nutrientes do solo. Os fertilizantes fluidos apresentam uma série de vantagens:
1. Economia na mão-de-obra
A aplicação é feita através de bombas centrífugas e mangueiras, sendo de fácl manuseio. Exige apenas um aplicador. Portanto, não é preciso grande número de trabalhadores;

2. Fácil armazenamento
O armazenamento é feito em tanques, não havendo necessidade de estruturas de armazéns, como nos fertilizantes sólidos.
3. Aplicação mais uniforme
Não há problemas de empedramento, segregação, sacaria rasgada, deteriorada, como nos sólidos. A aplicação dos fertilizantes fluidos, na lavoura, é mais uniforme. Devido à sua homogeneidade na aplicação, as operações na lavoura são mais rápidas e permitem um plantio de maior área, no dia.
4. Compatíveis
Os fertilizantes fluidos são de grande compatibilidade e permitem a adição de micronutrientes, herbicidas e defensivos.
5. Menores perdas de fertilizantes
6. Menor custo na produção final

Os cuidados na aplicação dos fertilizantes fluidos são com relação a Amônia anidra que precisa ser incorporada mais profunda no solo, para evitar as perdas por volatilização: os sulcos devem ser fechados para evitar esta perda. Os fertilizantes fluidos podem ser aplicados na área total da lavoura, antes ou após plantio. Barras pulverizadoras podem aplicar o produto somente nas linhas de plantio. Utilizado na água de irrigação, os fertilizantes fluidos podem ser aplicados por infiltração, aspersão ou gotejamento. A irrigação por gotejamento proporciona uma economia de 80% na água utilizada. No sistema convencional, a perda de água, por evaporação, é de 70%. A economia de água é proporcional à de energia. Mais água, mais energia.
As matérias-primas utilizadas nas formulações de fertilizantes são:
1. Nitrogenadas
É o caso da uréia, sulfato de amônio e nitrato de amônio. Quanto á solubilidade, o nitratode amônio é o que apresenta a taxa mais alta; a uréia é média e o sulfato de amônio é a mais baixa. Por isto é que não se usa muito o sulfato de amônio na formulação de fertilizantes fluidos. Pode-se usar, também, fertilizantes nitrogenados-fosfatados, como os fosfatos de amônio, que fornecem NP. A limitação das soluções nitrogenadas é a temperatura ambiente. Em regiões muito frias, há formação de cristais. A amônia anidra possui 82% de N e deve ser armazenada em tanques de ferro ou aço. Pode ser misturada com nitrato de amônio e uréia para a produção de fertilizantes fluidos.
2. Fosfatadas
As rochas fosfatadas brasileiras - Pato de Minas, Araxá, etc - e o ácido fosfórico são as matérias primas mais utilizadas no preparo dos fertilizantes fluidos. O ácido fosfórico possui, em média, 52% de P2O5. O armazenamento e transporte do ácido fósforico deve ser feito em tanques de aço inoxi ou fibra de vidro. O ferro e o aço são facilmente atacados pelo ácido. Como as rochas fosfatadas brasileiras são de baixa reatividade, a reação com o ácido fosfórico ou sulfúrico (acidulação) serve para a obtenção de produtos solúveis tornando o seu fósforo prontamente disponível para as plantas.
3. Potássicos
O cloreto de potássio é a fonte mais usada e a mais econômica. Ele possui 60% de K2O. Entretanto, existem outros sais de potássio para serem utilizados na preparação de fertilizantes fluidos: o sulfato de potássio que tem 50% de K2O, o sulfato duplo de potássio e magnésio que tem 21% de K2O e 11% de Mg, e o nitratode potássio com 44% de K2O e 13% de N. Quando for utilizado o cloreto de potássio, a escolha deve ser pelo tipo "standard" que possue cristais menores que facilitam a estabilização da suspensão.

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