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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Azospirillum Substituindo Adubação Nitrogenada de Cobertura no Trigo


O trigo é uma planta que consome bastante nitrogênio, pois é responsável na formação de perfilhos, na formação de nós no início do alongamento. Pesquisas realizadas mostraram que a planta de trigo consome mais ou menos 50% do nitrogênio aplicado devido às perdas de N por lixiviação, desnitrificação e volatilização. Este problema representa perda de dinheiro no bolso do produtor. O adubo nitrogenado é caro para o produtor suportar estas perdas. A inoculação com bactérias do gênero Azospirillum ganha um papel predominante no desenvolvimento da planta.
Azospirillum são bactérias encontradas tanto no interior como na superfície de raízes

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Inoculante para a Planta de Trigo

O trigo vai ter inoculante. Trata-se do Masterfix Gramíneas, desenvolvido pela Stoller do Brasil, e que se destina à aplicação nas lavouras de trigo. O inoculante Masterfix é produzido com estirpes Abv5 e Abv6 da bactéria Azospirillum brasilense, que foram selecionadas pela Universidade Federal do Paraná e testadas pela Embrapa. Na forma de líquido apresenta alta eficiência no fornecimento de nitrogênio para gramíneas, como o trigo, milho e arroz. As bactérias já vinham sendo pesquisadas e desenvolvidas pela Stoller, há anos, e já têm registro no MAPA para as culturas de milho e arroz, desde 2009. No processo de fixação do nitrogênio do ar, as bactérias o transformam em forma prontamente assimilável pelas plantas, o amônio, durante todo o ciclo da planta. Com isto, os produtores poderão diminuir a aplicação de fertilizantes nitrogenados, quando feita a inoculação. Isto provoca uma redução nos custos de produção e uma agricultura mais sustentável e proteção ao meio ambiente.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Calagem e Adubação do Milho no RS e SC

A área plantada com milho no RS é de 1,28 milhão de hectares com uma produção de 5,1 milhões de toneladas alcançando uma produtividade média de 3.984 kg/ha. A FARSUL calcula que serão plantados na safra 2009/2010, 800 mil hectares; uma redução de 35%.
O baixo preço da saca de milho e a alta dos insumos estão desencorajando os produtores. Com isto, o milho vai ceder área para a soja que ganhará 500.000 para seu incremento. Há esperanças que a situação melhore nos próximos meses. O milho é uma cultura muito importante para o Estado: alimentação humana, e de animais (suinocultura e aves).

Calagem:
Os solos do Rio Grande do Sul são ácidos e para um bom desenvolvimento das plantas, que se traduza em aumento de rendimentos, é necessária a prática da calagem.
Leia mais sobre a determinação da calagem nos solos do RS.(clique aqui)

Adubação do Milho:

Nitrogênio (N):
No milho, o nitrogênio é recomendado em função do teor de matéria orgânica e da cultura antecedente.
Utiliza-se 15 kg/ha de N para cada expectativa de produção de 1.000 kg/ha. Se a cultura antecedente foi uma consorciação ou pousio utiliza-se a média de N recomendada para leguminosas e gramíneas, dentro de cada faixa de teor de matéria orgânica, e expectativa de produção.
As expectativas de rendimentos de 4, 6, 8 t/ha vão depender: do clima; disponibilidade de chuvas; semeadura em época ideal; alta densidade de plantas; irrigação; variedades de alto potencial de produção; correção da fertilidade do solo com todos os nutrientes aportados. Todas estas qualidades concorrem para uma expectativa de produção de mais de 8 t/ha.
Leia mais sobre inoculação de sementes de milho

Sistema convencional:
Recomenda-se de 10 a 30 kg/ha de N na semeadura, de acordo com a expectativa de rendimento; e o restante, em cobertura, quando as plantas apresentarem de 4 a 8 folhas; ou 40 a 60 cm de altura. Se o período for de chuvas e a dose de N for elevada, pode-se dividir a adubação de cobertura em duas partes com intervalo de 15 a 30 dias entre cada uma.

Sistema Plantio Direto (SPD):
Recomenda-se aplicar 20 a 30 kg/ha de N na semeadura quando for em resíduos de gramíneas, e 10 a 15 kg/ha de N quando o cultivo for em resíduos de leguminosas. Antecipando-se a adubação de cobertura com N para quando a planta possuir 4-6 folhas, consegue-se bons resultados. Quanto às fontes nitrogenadas, tanto o sulfato de amÔnio como a uréia proporcionaram rendimentos iguais, em aplicações superficiais. A escolha de uma ou outra fonte vai depender do custo da unidade de N de cada uma; a uréia tem 42-45% de N, e o sulfato de amônio 20% de N.

Fósforo (P) e Potássio (K)
No RS+SC, as recomendações de adubação em fósforo e potássio são estabeleciads para dois cultivos sucessivos: milho depois trigo; trigo depois soja; soja depois trigo. No caso do milho, as recomendações são estabelecidas para expectativas de produção de 4, 6 e 8 t/ha. A partir de 4 t/ha, acrescenta-se 15 kg/ha de P2O5 e 10 kg/ha de K2O para cada 1.000 kg de expectativa de rendimento. Elaboramos, abaixo, uma tabela onde o milho é plantado no 1° cultivo e novamente em sucessão, no 2° cultivo.


Na tabela abaixo, temos dois cultivos sucessivos: milho, no 1° cultivo; e trigo no 2° cultivo. Há, ainda, as necessidades de N, P2O5 e K2O em kg/ha e as fórmulas similares que podem ser utilizadas; elas fornecem as mesmas quantidades de nutrientes, apenas variando na quantidade de aplicação. A expectativa de produção de milho é de 6 t/ha, e a do trigo de 2 t/ha.


Após dois anos, uma nova análise de solo deve ser feita para verificar as condições de fertilidade do solo. É muito importante!.

Leia mais sobre "como calcular fórmulas similares"

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A Qualidade dos Inoculantes

A produtividade da soja aumentou muito nos últimos anos graças à recomposição da fertilidade do solo; à utilização de fertilizantes compostos e micronutrientes; ao aparecimento de variedades mais produtivas; ao uso de fungicidas e inseticidas; isto se traduz em maior aporte de nitrogênio. Daí a necessidade da indústria de buscar inoculantes com maior concentração de bactérias.
As bactérias do gênero Rhysobium têm a propriedade de fixar o nitrogênio do ar (N2) em amoníaco e assim ser aproveitado pelas plantas das famílias das leguminosas: as plantas, por sua vez, o transformam em proteínas; e proteína é nitrogênio; os grãos de soja possuem mais de 40% de proteína. Este processo simbiótico se chama " Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN)".
A simbiose, entre a planta e as bactérias, promove a formação de nódulos nas raízes das leguminosas, como é o caso da soja. As leguminosas fornecem hidratos de carbono para os microorganismos; estes fornecem o nitrogênio necessário para a formação de proteínas.
Este processo, fornecendo nitrogênio para as plantas, dispensa o uso total ou parcial de fertilizantes nitrogenados, e diminuindo os custos de produção da lavoura. Por outro lado, o aporte de nitrogênio faz com que as plantas aumentem a sua produção: porque a soja responde muito bem em produtividade ao aporte de nitrogênio.
Mas para se conseguir estes resultados são necessárias técnicas de inoculação, que devem ser aplicadas para se obter a máxima eficiência dos inoculantes:

  1. alta concentração de bactérias sobre as sementes - hoje a tecnologia industrial permite obter mais de 10 bilhões de bactérias por mL de inoculante;


  2. usar estirpes com alta capacidade de fixar biologicamente mais nitrogênio do ar e incorporar ao solo - graças à seleção de estirpes, consegue-se produzir inoculantes com alto grau de eficiência das bactérias;


  3. manter sobrevivente o maior número de bactérias que vão promover maior quantidade de nódulos nas raízes - o uso de protetores bacterianos têm garantido alta sobrevivência das bactérias sobre as sementes, protegendo-as de condições desfavoráveis; graças a estes protetores já é possível inocular as sementes vários dias antes do plantio. Além disto: uma maior aderência das bactérias nas sementes; maior umectação das células bacterianas; maior nutrição com fontes energéticas e minerais que alongam a vida das bactérias.

Hoje a qualidade dos inoculantes no Brasil é muito boa: no início da década de 80 foi elaborada a primeira legislação: a concentração mínima era de 100 milhões de bactérias por gramo, no momento da produção, e 10 milhões no fim do prazo de validade. Na década de 90, uma nova legislação exigia a esterilização da turfa, e elevando a concentração mínima para um bilhão de bactérias por gramo. Por outro lado, a pesquisa nacional busca estirpes de risóbio cada vez mais eficientes.
A ANPII (Associação Nacional de Produtores e Importadores de Inoculantes) quer no próximo ano, um processo de certificação de inoculantes produzidos pelas empresas. Dentro de dois a três anos, todo o inoculante comercializado terá um selo de qualidade que garantirá que o agricultor está usando, em sua lavoura, um produto de grande qualidade.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Inoculação das Sementes de Milho e Arroz

A inoculação de sementes não é somente privilégio da soja. Outras sementes, como o milho, o trigo e o arroz podem ser inoculadas com bactérias que fixam o nitrogênio (N) do ar tornando-o disponível para as plantas. O processo foi desenvolvido pela EMBRAPA Soja, de Londrina - PR, em parceria com a Universidade Federal do Paraná - UFPR. O certo é que, além de aumentar a produtividade das lavouras, haverá uma economia decorrente do menor emprego de fertilizantes nitrogenados. A bactéria Azospirillum brasiliense promove, não somente a fixação de N, mas o crescimento das raízes através da produção de hormônios; e isto facilita uma maior absorção de água e de nutrientes.
A inoculação com Azospirillum brasiliense é feita com a aplicação do produto na forma sólida – turfa, ou na forma líquida, nas sementes. Há necessidade de cuidados com a temperatura e exposição ao solo, pois trata-se de organismos vivos. A inoculação não pode ser feita, também, juntamente com a aplicação de agrotóxicos. Na safra 2009/2010, o inoculante já poderá ser utilizado no arroz e no milho.
No Rio Grande do Sul foi demonstrado por Caio Vidor e Jessi Pereira que a inoculação do trigo, da aveia, antes da cultura da soja, com bactérias Bradyrhizobium aumentou a população desta bactéria no solo aonde não se plantava soja por mais de dez anos. Marcio Voss e José Renato Ben demonstraram que inoculando a aveia preta com Bradyrhizobium, em campo nativo e depois plantando soja em sucessão, a massa e número de nódulos eram em quantidades semelhantes às proporcionadas pela inoculação da soja. Agostinho Didonet e outros concluíram que a inoculação de sementes de variedades de arroz em Terras Altas com Azospirillum lipoferum Sp 59 e Azospirillum brasiliense Sp 245 provocou um aumento significativo no comprimento da raiz e no número de raízes secundárias.
A utilização de bactérias diazotróficas, como alternativa para a nutrição de N em diversas gramíneas, tem apresentado papel importante que deverá se confirmar nos próximos anos.
Em média, a soja deixa 27 kg/ha de N para a cultura seguinte. No RS, quando cultivado arroz irrigado após a soja, reduz-se a aplicação de nitrogênio em 30%.
Segundo a EMBRAPA, na soja, uma população de 1.200.000 bactérias por semente promove um acréscimo de 253 kg/ha em relação à semente não inoculada. Para chegar ao número de 1.200.000, a pesquisa observou que a produtividade das culturas vinham aumentando ano a ano; cada vez mais se produz maior quantidade de grãos; o consumo de N para atingir estas produtividades é cada vez maior; o emprego de fungicidas, inseticidas, micronutrientes nas sementes causa uma mortalidade das bactérias; então, há necessidade de se colocar um maior número de bactérias: e este número acima foi aprovado pela pesquisa em 2008. O número de bactérias por semente é função da concentração de bactérias por grama e da dosagem utilizada. A fórmula é a seguinte:
N° bactérias/semente = (Concentração x dose) / 350.000
Concentração: é aquela do inoculante
Dose: a recomendada pelo fabricante
350.000 = número médio de sementes por saco de 50 kg.

O nitrogênio atmosférico é indisponível para as plantas porque ele ocorre na forma de uma molécula com tríplice ligação: esta molécula é muito pouco reativa.
Para romper esta ligação há necessidade de grande quantidade de energia. Nas tempestades, quando ocorrem descargas elétricas na atmosfera, moléculas de N2 são rompidas, e o N, na forma de óxido, é levado pelas chuvas para o solo: a média do aporte de N é de 10 kg/ha. As bactérias diazotróficas possuem a capacidade de combinar N com amônia tornando-o disponível para as plantas. Estas bactérias têm enzimas – nitrogenase – que catalisam a reação.

Cuidados na inoculação
1) realizar a prática da inoculação à sombra;
2) quando não se usar produtos para o tratamento de sementes, umedecê-las com 200 a 300 ml de água por saca de 50 kg. Para aumentar a aderência, usar solução açucarada (10%);
3) semear o mais rápido: não passar de 18 h. Caso não for possível, aumentar a dose do inoculante. Se forem usados fungicidas ou micronutrientes nas sementes, semear rápido;
4) em solos com primeiro ano de plantio deve-se dobrar a dose do inoculante;
5) os sais de molibdênio (molibdato de sódio, ou molibdato de potássio), os sais de cobalto (sulfato ou cloreto) devem ser usados com muito cuidado porque causam uma taxa de mortalidade muito grande das bactérias: preferir formas compatíveis com as bactérias do inoculante e que existe no mercado; outra forma é aplicá-las via foliar;
6) os micronutrientes zinco, cobre, manganês, quando aplicados nas sementes, causam uma mortalidade quase total das bactérias, reduzindo a produtividade da lavoura;
7) evitar o emprego de doses elevadas de N no plantio porque reduzem a nodulação; como se diz: as bactérias ficam preguiçosas; caso for preciso usar N, a dosagem deve ser, no máximo, de 15 kg/ha;
8) o uso de grafite, para facilitar o fluxo das sementes, deve ser utilizado na dosagem recomendada; muitas vezes como é um produto barato, o produtor abusa de grandes quantidades: isto pode desidratar as bactérias e prejudicar a nodulação.