quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Saturação de Potássio (K) da CTC a pH 7,0 com KCl

Com a aplicação, em adubação corretiva, em toda a área, de cloreto de potássio com um teor de 60% de K2O, podemos calcular que esta adubação contribuiu para aumentar o teor de potássio no solo e saturar de potássio a CTC a pH 7,0 a uma determinada percentagem.
Seja um solo que apresenta o valor T igual a 7,2 cmolc/dm³ e o teor de potássio é de 0,08 cmolc/dm³. Foram empregados, neste solo, como adubação corretiva por hectare, a quantia de 400 kg de cloreto de potássio que possui 60% de K2O.


Vamos calcular quanto de K2O fornece os 400 kg de KCl (cloreto de potássio)
Em 100 kg KCl temos .......60 kg K2O
400 kg KCl teremos ................. X .......
X = (400 x 60) / 100 = 240 kg K2O
Por outro lado, considerando os pesos atômicos do potássio K=39 e do oxigênio O= 16 (arredondamos), calcularemos quantos g/ha de potássio (K) representa os 240 kg de K2O.
K2O ------------------ K2
(39x2) + 16 --------- (39x2)
em 94 kg K2O .......... 78 kg K
em 240 kg K2O ............ X.....
X = (94 x 240) / 78 = 199 kg/ha K = 199.000 g K/ha
Considerando que 1 hecatre de solo à profundidade 0-20 cm tem 2.000³ ou 2.000.000 dm³:
199.000 g k ........ 2.000.000 dm³
..........X...........................1 dm³
X = (1 x 199.000) /2.000.000 = 0,0995 g/dm³ K
cmolc/dm³ K = peso atômico (g)/valência/100
cmolc/dm³K = 39 g/1/100 = 0,039 g/dm³

1 cmolc/dm³ K ..................0,39 g/dm³
..........X..............................0,0995 g/dm³
X = (0,0995 x 1) / 0,39 = 0,25 cmolc/dm³ K
Como o solo já tem 0,08 cmolc/dm³ K ele ficou com 0,33 cmolc/dm³ (0,25+0,08).
Para saber que percentagem da CTC foi saturada com potássio:
Em 7,2 cmolc/dm³ ................. 0,08 cmolc/dm³ K
............ X ....................................0,33 cmolc/dm³ K
X = (0,33 x 7,2) / 0,08 = 4,58%

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Compostagem - Manter a Relação C/N

No processo de compostagem é necessário conhecer os teores de nitrogênio (N) e carbono (C) de cada um dos resíduos utilizados; para determinar-se a relação C/N. Sabe-se que os microorganismos aproveitam 30 partes de carbono para 1 parte de nitrogênio. Por isto, é que se diz que a relação C/N de 30:1 é a mais indicada para a mistura. Mas nem todo material orgânico é aproveitado pelos microorganismos: eles aproveitam 10 partes de carbono para a sua biomassa e as outras 20 partes são perdidas na forma de gás carbônico, no processo de respiração. A relação inicial de 30:1 acaba caindo para 10:1. A prática é combinar materiais com C/N alta com materiais de relação C/N baixa.
Para se calcular quantas partes de material rico em carbono devem ser colocadas para cada parte de material rico em nitrogênio, utiliza-se a fórmula abaixo:
Onde:
Nn = % de N do material rico em N;
Cn = % de carbono (C) do material rico em N;
Nc = % de N do material rico em carbono;
Cc = % percentagem de carbono do material rico em carbono

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Cálculo da Quantidade de Fertilizantes Orgânicos - Sólidos e Líquidos

As cascas de café, por serem ricas em nutrientes, devem retornar ao cafezal; elas contêm, para cada um quilo de cascas, 15 g N, 0,1 g P e 25 g de K.
Os materiais orgânicos utilizados no plantio devem ter sua relação C/N avaliada. Materiais ricos em carbono conduzem a uma falta de nitrogênio se não for utilizada uma fonte nitrogenada. Nos materiais orgânicos, os nutrientes, com exceção do potássio (K), estão na forma orgânica. É preciso uma decomposição e mineralização da matéria orgânica para liberar estes nutrientes para o solo. Por outro lado, a absorção de nutrientes pela planta, também é lenta. Isto é vantajoso porque não são necessárias adubações parceladas, e as perdas de nutrientes, por lixiviação, é bem menor.
Os materiais orgânicos devem ser analisados antes de aplicá-los na lavoura, porque varia de espécie para espécie, os teores de nutrientes; assim como os materiais oriundos de animais. A relação C/N é importante para sabermos o estágio provável de mineralização da matéria orgânica. Os fertilizantes orgânicos podem ser sólidos ou líquidos. Para calcular as necessidades dos mesmos utilizamos as fórmulas a baixo:
1) Fertilizantes orgânicos sólidos:

NFO = necessidade de fertilizante orgânico sólido aplicado ou a aplicar em kg/ha; g/planta;
A = quantidade de nutriente aplicado ou a aplicar em kg/ha ou g/planta;
B = teores de matéria seca MS % do fertilizante orgânico;
C = teor do nutriente na MS (%);
D = índice de conversão dos nutrientes, conforme tabela abaixo.



2) Fertilizantes orgânicos líquidos:

NFO = necessidade de fertilizante orgânico sólido aplicado ou a aplicar em kg/ha; g/planta;
C = concentração do nutriente no fertilizante orgânico em m³/ha ou L/planta
D = índice de conversão dos nutrientes.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Adubação do Maracujazeiro para o Rio de Janeiro - Parte 3

Esta é a terceira postagem que publicamos sobre a adubação do maracujá; nela vamos abordar o Estado do Rio de Janeiro. Na “Adubação do Maracujazeiro – Parte 1 – foi comentada a adubação para os Estados da Bahia e São Paulo; na “Adubação do Maracujazeiro – Parte 2 – foi a vez da adubação para o Estado de Minas Gerais.
O maracujá responde muito bem à adubação, sendo o nitrogênio e o potássio os nutrientes absorvidos em maiores quantidades pela cultura. Chamamos a atenção do produtor, mais uma vez, para a análise do solo,

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Adubação do Maracujazeiro para Minas Gerais - parte 2

Na postagem O Maracujá (1) aborda as adubações para os Estados da Bahia e São Paulo. Através de tabelas, as recomendações foram feitas em quantidades de fertilizantes – uréia, supersimples e cloreto de potássio - de acordo com a análise do solo.
Nesta publicação “O Maracujá (2)” vamos tecer considerações sobre o Estado de Minas Gerais. O maracujazeiro absorve grandes quantidades de nutrientes: o nitrogênio (N) ao redor de 205 kg/ha/ano; o potássio (K2O), 221 kg/ha/ano. Por outro lado, a exportação destes nutrientes pelos frutos é a seguinte: nitrogênio, 44 kg/ha; o potássio, 89 kg/ha.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Adubaçao do Maracujazeiro na Bahia e São Paulo - Parte 1

A planta de maracujá prefere solos areno-argilosos, com pH entre 5,0 e 6,5, temperaturas médias de 25-26 °C, e uma precipitação pluviométrica anual de 800 a 1.750 mm, bem distribuídos mensalmente. Além disto, para florescer, requer uma luminosidade de onze horas diárias. Se plantado em abril/junho, floresce em setembro e a colheita começa em  novembro. O maracujazeiro  responde bem à adubação. O nitrogênio e o

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Postagens sobre Adubação do Maracujazeiro

Atendendo várias solicitações de leitores, estaremos publicando no período de 15 a 22 deste mês, três postagens sobre adubação do maracujazeiro:
Dia 15 - adubação para os Estados da Bahia e São Paulo;
Dia 17 - adubação para o Estado de Minas Gerais;
Dia 22 - adubação para o Estado do Rio de Janeiro.
Esperamos atingir nossos objetivos e que os prezados leitores gostem dos mesmos e que sirvam de informações para os mesmos.
BlogBlogs.Com.Br

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Utilização do KCl para Saturar em K a CTC a pH 7,0

A adubação corretiva com potássio serve para saturar a CTC a pH 7,0 de um solo com este nutriente. Muito importante quando se quer elevar a saturação com potássio através de uma adubação corretiva. Para isto precisamos calcular a quantidade de cloreto de potássio (KCl) por hectare.
Seja um solo que apresenta uma CTC a pH 7,0 (T) de 6,25 cmolc/dm³. O teor de potássio (K) é de 0,06 cmolc/dm³ e queremos saturar esta CTC em 4% de K.
Em 100% corresponde .....6,25 cmolc/dm³
4% corresponderá ------------- X -------
X = (4 x 6,25) /100 = 0,25 cmolc/dm³ de K
Ora o solo já tem 0,06 cmolc/dm³ de K. Falta acrescentar (0,25-0,06) = 0,19 cmolc/dm³ de K.
cmolc/dm³ = peso atômico (g)/valência/100
cmolc/dm³ K = 39/1/100 = 0,39 g/dm³ = 390 mg/dm³
1 cmolc/dm³ K corresponde ..........0,39 mg/dm³
0,19 cmolc/dm³ K corresponderá a .......... X .........
x= (0,19x0,39)/1 = 0,074 g/dm³ de K
Sabemos que 1 ha de solo na profundidade de 0-20 cm tem 2.000 m³ de terra = 2.000.000 dm³.
Então, 0,074 g de K corresponde ........1 dm³
..............X g de K corresponderá........2.000.000 dm³
X= (2.000.000) x 0,074) / 1 = 148.000 g/ha K ou 148 kg/ha de K
Temos que transformar, agora K em K2O. Vamos utilizar o peso atômico do potássio que é 39 e do oxigênio 16 (arredondamos).
K2O --------------- K2
(39x2) + 16------(39x2)
em 94 kg/ha K2O temos 78 kg/ha de K
--------X -------------- 148 kg/ha K
X = (148 x 94) / 78 = 178,35 kg/ha de K2O
Resta agora calcular a quantidade de KCl a ser utilizada. O cloreto de potássio tem 60% de K2O.
Em 100 kg KCl temos .........60 kg de K2O
-----X kg KCl teremos...... 178,35 kg de K2O
X = (178,35 X 100) / 60 = 297,5 arredondando 300 kg/ha de KCl

"Portanto, 300 kg/ha de Cloreto de Potássio, aplicado como adubação corretiva, em toda a área, vai elevar o teor de potássio no solo de 0,06 para 0,25 cmolc/dm³ promovendo uma saturação em potássio da CTC a pH 7,0 em 4%".

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Cálculo da Percentagem de Saturação de Cátions do Solo

Tendo a CTC a pH 7,0 e os teores Ca, Mg e K no solo, podemos calcular a percentagem de saturação destes cátions.

O solo apresenta uma CTC a pH 7,0 de 6,25 cmolc/dm³ e teores de Ca = 8; Mg = 2 e K = 9; estes expressos em mmolc/dm³. Como o valor T está expresso em cmolc/dm³, temos que transformá-lo em mmolc/dm³. Para isto basta multiplicá-lo por 10.
T = 6,25 cmolc/dm³ x 10 = 62,5 mmolc/dm³
% saturação de Ca = (100 x Ca) / T = (100x8) /62,5 = 12,8%

% saturação de Mg
= (100 x Mg) / T = (100 x 2) /62,5 = 3,2%

% saturação de K = (100 x K) / T = (100 x 9) / 62,5 = 14,4%
Vimos que a relação C/Mg é de 4:1. Na correção do solo devemos observar esta relação. O calcário a ser utilizado, de preferência um dolomítico que contém cálcio e magnésio; ou a mistura com um calcítico para manter a relação Ca/Mg.
Quanto ao potássio (K), a percentagem de saturação está baixa e deve ser aplicada, no solo, uma correção de potássio em toda área utilizando o cloreto de potássio.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Mamoeiro (2) - Adubação via Fertiirrigação

Na postagem "O Mamoeiro (1) - Calagem e Adubação via Solo" abordamos três tabelas de recomendação de nutrientes necessários e as quantidades de fertilizantes minerais para repor estes nutrientes. Nesta postagem vamos comentar a adubação via água (fertirrigação) e a periodicidade de aplicar os nutrientes durante o ciclo da planta. É claro que a consulta as Tabelas 1, 2 e 3 são necessárias.
A adubação por fertiirrigação tem uma série de vantagens: aplicação na hora que a planta necessita de um determinado nutriente; menores perdas de nutrientes por lixiviação, fixação e por volatilização.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Mamoeiro (1) - Calagem e Adubação via Solo


O Brasil é o maior produtor mundial de mamão; a produção é de 1,8 milhão de toneladas (IBGE-2007). Os Estados principais produtores são a Bahia, no extremo sul, e o norte do Espírito Santo. Os tipos mais cultivados são o comum, o papaya, e o formosa. O solo ideal para a cultura do mamão é aquele que apresenta uma textura areno-argilosa: solos com 15 a 35% de argila e 15% de areia; solos profundos, permeáveis e com bom teor de matéria orgânica. O pH deve estar em torno de 5,5 a 6,7. Os fatores climáticos que infuem no cultivo do mamão são: temperatura e umidade relativa do ar; disponibilidade de água durante todo o ciclo. A cultura desenvolve bem em regiões com temperaturas médias de 25 °C e limites entre 21 e 33 °C. A precipitação pluviométrica deve ser de 1.500 mm por ano e com boa distribuição todos os meses. Onde há sistema de irrigação pode ser plantado todo ano. Caso contrário, no período das chuvas, e dias nublados. O mamão é muito exigente em água, e o produtor deve ter um sistema de irrigação onde não há chuvas periódicas.