Assuntos técnicos sobre fertilidade do solo, análise do solo, interpretação análise do solo, adubação, calagem, culturas em geral, fertilidade do solo, meio ambiente e agricultura sustentável.
quarta-feira, 14 de março de 2012
Irrigação Subterrânea
quarta-feira, 7 de março de 2012
Incentivo à Irrigação no Rio Grande do Sul
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Sem Irrigação, Seca causa Prejuízos aos Agricultores Gaúchos
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Irrigação nas Pequenas e Médias Propriedades

quinta-feira, 4 de novembro de 2010
A Água de Irrigação Quanto à Salinidade e Sodicidade

terça-feira, 2 de novembro de 2010
Cuidados no Uso da Água para Irrigação das Lavouras

terça-feira, 28 de setembro de 2010
Correção de artigo sobre La Niña
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Efeito La Niña e o Aumento da Irrigação das Culturas
terça-feira, 6 de julho de 2010
As Emissões de Metano no Arroz Irrigado
Caro colega Gismonti
terça-feira, 13 de abril de 2010
As Vantagens da Fertirrigação
terça-feira, 7 de julho de 2009
A água do Solo - Parte I
O solo é um meio dinâmico sujeito às transformações químicas e bioquímicas dissolvendo matérias que farão parte da solução do solo. Esta solução fornece água para as raízes e é importante o processo de troca de nutrientes entre o sistema radicular e o sistema sólido. No solo, os nutrientes estão dissolvidos na forma de íons positivos (cátions) e íons negativos (ânions). Entre os cátions temos H+, Ca²+, Mg²+, K+ e os micronutrientes Fe²+, Mn²+, e o Al³+. O Fe³+ pode se apresentar parcialmente hidrolisado em FeOH. Os ânions presentes são: HCO³¯, CO3²¯, HSO4¯, Cl¯. As plantas desenvolvem melhor em solos com pH entre 6-6,5. Num solo ácido deve ser feita a correção da acidez com calcário.

A transpiração é a água evaporada pela superfície das folhas e resulta em grandes perdas de água pelas plantas. O ciclo da água é do ar para o solo, para as plantas e de novo para o ar. A evaporação necessita de energia, pois um grama de água requer 580 calorias de energia. As plantas murcham quando as células das folhas e do caule não dispõem de água em quantidade suficiente para manter a turgidez das mesmas. O stresse provocado pela falta de água retarda o crescimento, restringe o alongamento e a divisão celular.
A evapo-transpiração é a transpiração pela planta e evaporação pelo solo. As perdas por evaporação pelo solo são estimadas em 25 a 50%. A transpiração é usualmente expressa como a relação entre a quantidade de água transpirada pela planta para cada unidade de peso produzida de matéria seca da parte aérea. Esta relação varia de 125 a 550 kg de água por quilo de matéria seca.
As plantas não têm capacidade de armazenar água. Os cactos contrariam esta regra. Ela depende da capacidade do solo de reter água. Os solos têm um limite máximo e mínimo de armazenar água disponível para as plantas. O limite superior (máximo) é chamado “capacidade de campo” e é expressa como um percentual de peso do solo. A capacidade de campo é a quantidade de água que o solo seco retém 48 horas após ser molhado. É a água que sobra após a drenagem. O limite inferior (mínimo) é o "ponto de murchamento permanente" que é a porcentagem de umidade na qual as plantas murcham definitivamente. A água está tão presa ao solo que as plantas não têm capacidade de absorvê-la, em quantidades suficientes, para sobreviver. A faixa entre a capacidade de campo e o ponto de murchamento expressa a “disponibilidade” ou a “capacidade de retenção de água” do solo. Os diversos solos possuem propriedades que afetam esta capacidade como: textura, estrutura do solo, o teor de argilas, o teor de matéria orgânica e outras. A capacidade de retenção de água aumenta à medida que aumenta o teor de matéria orgânica e de silte.
A água de irrigação deve ser usada de maneira eficiente. A produção de um quilo de peso seco de plantas, precisa de centenas de quilos de água. Entretanto, esta necessidade de água é menor quando a produtividade aumenta através da fertilização, práticas agrícolas de acordo com a tecnologia, controle de pragas e doenças, uso de variedades com alta capacidade de produção, etc.
Uso eficiente de água = produção da cultura / evapo-transpiração da cultura
A produção da cultura pode ser alterada enquanto a evapo-transpiração é uma constante. A evapo-transpiração é, em geral, determinada pela quantidade de água disponível e a quantidade de energia calorífica recebida durante um período de crescimento. A quantidade de água disponível é a água do solo mais precipitações. Portanto, a produtividade da cultura é que vai determinar a eficiência do uso da água.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
RS - Danos causados pela estiagem ao produtor rural
Em anos de estiagem, os comentários sobre a irrigação voltam a ser debatidos. A importância, a necessidade, etc... são a tônica sobre irrigação. Para produzir, os vegetais necessitam de diferentes quantidades de m³ de água. O feijão chega a 2.000m³, o milho 850m³, o trigo 1.500m³ e a cana de 100 a 150m³ de água. A produtividade das culturas é bem maior quando recebem água na hora certa do que aquelas que não são irrigadas. As culturas de ciclo curto são beneficiadas com a irrigação em tempos de excassez ou deficiência de chuvas.
No município de Santo Ângelo, nas Missões, numa lavoura de milho assistida tecnicamente pela EMATER-RS, dentro do Programa Estadual de Irrigação, a produção obtida foi de 180 sacos/ha. Isto é relevante se comparado com a produção das lavouras que sofreram com a estiagem que apresentam uma produtividade de 20 a 30 sacos/ha, principalmente nas lavouras semeadas no tarde. Por outro lado, a soja apresenta vagens mal formadas e grãos chochos. O COMEA – Comissão Municipal de Estatísticas Agropecuárias estima que a produção média alcançada na soja será de 39 sacos/ha. No milho, a estimativa é de 35 sacos/ha. Antes, na estiagem estavam colhendo 12 sacos/ha. Com girassol, a produtividade média é de 1.680 kg/ha. Esta melhora se deve a ocorrência de chuvas periódicas no município. Já os agricultores que cultivaram a soja com tecnologia estão conseguindo 45 sacos/ha. Este fato se deve, também, ao uso de defensivos no combate às pragas e doenças. Em Santo Ângelo a área plantada com soja é de 35.000 ha, com milho 7.000 ha e girassol, 300 ha.
No município de Ijuí, as perdas atingem a 25 milhões de reais. A produção leiteira caiu 30 a 40%. Os produtores estão usando a silagem de inverno para alimentar o gado pela falta de pastagens e água o que está onerando a produção. Em Porto Alegre, o reflexo disto é a venda de 1 litro de leite a R$ 1,80 – 1,90, nos supermercados. A tendência são estes custos aumentarem ainda mais com a chegada do inverno pela falta de feno e silagem. No milho para silagem as perdas atingem 80% enquanto no grão elas são de 30%. Na soja, a quebra de produção é de 20%.
Em Carazinho, a quebra na produção leiteira é de 50% pela falta de pastagens. No milho, 30% e na soja 20%.
Em Chapada, as perdas com milho e soja são maiores atingindo 60%, enquanto na produção de leite é de 50%. Os pecuaristas estão com dificuldades pois as pastagens estão excassas, não conseguem semear o pasto porque não há umidade no solo e se chover as pastagens levarão 60 dias para estarem aptas para o gado. Como alimentos volumosos para o gado estão usando o pouco feno e silagem que resta. Precisam comprar mas as reservas de estoques, disponíveis no mercado, são muito pequenas.
Em Passo Fundo, a quebra da safra de soja é de 25%
http://www.pivotvalley.com.br/valley/mestre/UNICAMP.html