A cada ano de seca no RS, os comentários são sempre os mesmos: prejuízos nas lavouras, plantas com estresse hídrico, projeção de perda de grande parte da produção ou quase total. No RS, caso do milho, fala-se em perdas que chegam a 70 - 80% em alguns municípios. A soja está sofrendo e, se não chover nos próximos dias, as perdas serão muito grandes. Atualmente, no RS, as perdas de soja estão estimadas em 30%. Entretanto, em termos de irrigação, o avanço
da área, em relação à área total das lavouras, cresce lentamente. Em 2001, o Brasil irrigava apenas 6% de sua área cultivada e esta irrigação foi responsável por 16% da produção agrícola em toneladas e 35% do valor total da produção em reais. Veja-se que a irrigação é responsável pelo aumento de produção das lavouras. Lavouras irrigadas, contornando os períodos de seca, têm maior produtividade por área. Maior produção de grãos representa maior lucro para o produtor rural, mais dinheiro no bolso. Em 2006, a área irrigada aumentou para 4,45 milhões de hectares, que representa 7,4% da área total cultivada. No quadro a seguir, uma evolução da área irrigada no Brasil.
da área, em relação à área total das lavouras, cresce lentamente. Em 2001, o Brasil irrigava apenas 6% de sua área cultivada e esta irrigação foi responsável por 16% da produção agrícola em toneladas e 35% do valor total da produção em reais. Veja-se que a irrigação é responsável pelo aumento de produção das lavouras. Lavouras irrigadas, contornando os períodos de seca, têm maior produtividade por área. Maior produção de grãos representa maior lucro para o produtor rural, mais dinheiro no bolso. Em 2006, a área irrigada aumentou para 4,45 milhões de hectares, que representa 7,4% da área total cultivada. No quadro a seguir, uma evolução da área irrigada no Brasil.
As estimativas dizem que teremos uma população mundial de 7 bilhões até 2030. Para alimentar esta gente, o mundo terá que aumentar em até 220 milhões de hectares a área para produção de alimentos. Hoje, a área mundial explorada é de 1,53 trilhão de hectares. Este aumento da área cultivada para 1,75 trilhão de hectares, somente será possível se adotadas práticas agrícolas eficientes como manejo adequado solo, sementes de cultivares com potencial de produção, tolerantes à estiagem, resistentes à pragas e doenças e adaptadas às diferentes regiões, além da calagem e adubação, irrigação, recuperação de solos degradados, medidas para combater disperdícios de alimentos, proteção ao meio ambiente, uma agricultura sustentável com o compromisso dos Países em diminuir a emissão de gases de efeito estufa (GEE). Os governos terão um papel importante elaborando políticas de gestão dos recursos naturais.
A maior parte dos produtores acredita que a sorte vai ser diferente a cada ano. Vai chover, as plantas vão crescer e as produções serão maiores. Fé em Deus. Mas, a cada ano de seca o quadro é o mesmo. No ano seguinte voltam a plantar, na esperança que o clima vai ajudar. Implantar um sistema de irrigação, nem perspectivas. Poucos implantam o sistema.
No décimo levantamento da safra 2010/2011, a CONAB aponta uma produção brasileira de 162 milhões de toneladas de grãos. A safra foi considerada um novo recorde. É muito grão para os Estados se darem ao luxo de perderem safras, por condições climáticas não favoráveis. O reflexo disto é muito sério, pois sem renda o agricultor não compra no comércio. A indústria, por sua vez, não vende porque o comércio não compra. O Estado não arrecada impostos porque não há circulação de mercadorias em volume expressivo. Todos perdem. Existe o seguro de crédito que quita os valores financiados. Mas isto não é suficiente, pois o agricultor deixa de ter lucro, de recursos para sua subsistência e aumento patrimonial.
Crédito existe para isto. O Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem, o Moderinfra, possui uma linha de crédito para implantação da irrigação nas pequenas, médias e grandes propriedades rurais. A linha de crédito oferece recursos, no montante de R$ 1 bilhão, aos produtores interessados na irrigação das lavouras. Os juros são de 6,75% ao ano e prazo de até 12 anos.
Não se pode pensar em agricultura sustentável sem irrigação. O agricultor não pode mais esperar que as condições climáticas sejam favoráveis durante o ciclo vegetativo das culturas. É perda de tempo, de trabalho e de dinheiro. É por fora sementes, adubos e todos insumos utilizados para formação da lavoura. No final, sem geração de renda.
O Ministério da Agricultura, a Embrapa e o Inmet oferecem informações aos produtores rurais quanto ao zoneamento agroclimático, aproveitamento das águas das chuvas, cultivos adaptados à seca, características de solo e clima nas áreas de produção. O Governo do Rio Grande do Sul vai estabelecer uma campanha para adoção da irrigação e abertura de açudes pelos agricultores. Em Cristalina/GO a área irrigada atinge 45 mil hectares, com uso da água das chuvas em barragens, ou seja, armazenando água durante as chuvas para usá-la como irrigação em épocas de secas. Aliado à irrigação, o agricultor deve pensar na drenagem para evitar a salinização do solo. A assistência técnica não pode faltar ao agricultor no manejo da irrigação. Excesso de irrigação contribui para aumentar as despesas de energia e insumos, além de encharcar o solo, tornando-se um problema maior.
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professor boa tarde, o senhor pode me indicar o manual de calagem e adubação para o estado Piaui..,
ResponderExcluirgrato Olivan
Procure num órgão oficial: Embrapa, Secretaria da Agricultura, Universidade-laboratório de solos.
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