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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Depreciações no Custo de Produção


Já abordamos, em publicação anterior, o custo de produção. Uma dúvida que surge bastante é sobre a rubrica depreciação. Quais os fatores que devem ser considerados e como calculá-las. Os imóveis, máquinas e equipamentos agrícolas, que são utilizados pelo agricultor, sofrem depreciação no decorrer do tempo. Então, é necessário o cálculo dessa depreciação. Esses bens têm uma vida útil.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Os Custos de Produção


Na determinação dos custos existem duas categorias: os custos explícitos e implícitos. Entende-se por custos explícitos aqueles concernentes ao produtor no decorrer da exploração da atividade, ou seja, os gastos efetuados com fertilizantes, defensivos e outros insumos, mão-de-obra, trabalhos de máquinas e animais, juros do crédito rural, impostos, etc. Os custos implícitos são aqueles referentes às depreciações de benfeitorias, máquinas e implementos, remuneração do capital fixo e da terra. São custos não efetuados no processo de produção, mas que devem ser considerados no

terça-feira, 22 de junho de 2010

A Lei dos Retornos Decrescentes na Agricultura

Em virtude dos solos brasileiros, em geral, apresentarem características de acidez acentuada e de baixa fertilidade, com pobreza de nutrientes indispensáveis às plantas, são necessárias práticas de calagem e fertilização, recomendadas pelos técnicos, a fim de que o produtor rural consiga obter altas produtividades. Sem isto, as lavouras estão fadadas à baixas produtividades.
Os órgãos de pesquisa brasileira vem trabalhando há anos no aprimoramento das tabelas para que elas representem o ideal nas recomendações de nutrientes para as diversas culturas, visando o aumento da produtividade com economicidade. Em suma, que os nutrientes aplicados através da fertilização, aliado a

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A Contabilidade nas Operações Rurais

Um aspecto que considero importante na agropecuária é a contabilidade. Todo o produtor deve fazê-la para ter uma idéia real do que gasta e recebe com o desenvolvimento do processo de produção. A idéia de somente gastar e receber sem saber se os resultados são bons ou ruins, e se está tendo lucro com o empreendimento, não pode ser mais aceita nos dias de hoje. Encontramos no Gestópole um excelente artigo do Sr. Carlos José Pedrosa - Contabilidade e Consultoria - que orienta muito bem o produtor rural a lançar mão da contabilidade na sua propriedade. Pode ser o marco inicial para trilhar este caminho. Abaixo transcrevemos o referido artigo de Carlos José Pedrosa que gentilmente autorizou a sua publicação no blog.

A contabilidade nas operações rurais
Autor Carlos José Pedrosa - C. J. Pedrosa Consultoria

Nem todas as pessoas têm uma compreensão exata de como a contabilidade se insere no mundo dos negócios. Entretanto, é  uma  necessidade  imperiosa  para  quem  exerce  alguma  atividade, seja comercial,
industrial, bancária, de serviços, agrícola ou qualquer outra. Ao contrário do que muitos empresários pensam, contabilidade não é luxo nem é burocracia: é uma necessidade para qualquer empreendimento. No setor agro-pecuário, inclusive, a contabilidade é um imperativo para bem controlar as atividades e os resultados, seja uma grande propriedade, um minifúndio ao estilo catarinense, ou até mesmo um fundo de quintal. Onde quer que alguém explore alguma atividade produtiva, a contabilidade será uma ferramenta da maior importância para colocar em destaque como as operações estão se desenvolvendo e qual o custo dos itens produzidos.
Tomemos como exemplo uma empresa agropecuária, que bem poderá ser uma granja avícola e de suínos, uma produtora de hortaliças ou uma grande plantação de soja. É compreensível que, nessas condições, nossa empresa tenha suas atividades setorizadas (ou departamentalizadas), compreendendo atividade-meio e atividades-fim. Assim teremos os setores de apoio – como mecanização rural (tratores, grades, arados, etc.), irrigação (bombas e tubulações), transportes, oficinas (manutenção) e outros acaso necessários – e os setores mais especificamente ligados às atividades-fim, que serão as explorações agro-pecuárias. Nessas condições, esses setores serão tantos quantas forem as explorações. Assim poderemos ter a exploração agrícola, pecuária, avícola, suinícola, etc. A exploração pecuária precisa ser subdividida em corte, leite, produção de matrizes e reprodutores, etc. A exploração agrícola deverá destacar as espécies trabalhadas, como tomate, pimentão, cenoura, soja, arroz, milho, feijão, etc.
Todos os insumos utilizados em cada exploração deverão ser apropriados na respectiva conta, ou grupo de contas. Assim, as sementes, adubos, mudas e os fertilizantes e defensivos utilizados na lavoura de soja serão separados dos utilizados na lavoura de feijão, de milho ou de hortaliças. Cada atividade terá seus custos destacados das demais, de modo que uma não poderá se misturar com as outras. De igual modo, cada exploração agrícola utilizará diversos serviços de apoio, como mecanização, transporte, irrigação, etc. O custo desses serviços será rateado pelas explorações que os utilizaram, na proporção da utilização. Cada exploração pecuária, ou avícola, ou suinícola, utilizará insumos que lhes são própria, como vacinas e medicamentos diversos, ração, materiais de embalagem, etc. O somatório de todos os custos em determinado período indicará quanto custou a produção obtida.
A divisão do total dos custos pelo total de unidades produzidas – toneladas de soja, ou de feijão, ou de hortaliças de determinada espécie – indicarão o custo unitário. Esse será o custo de produção para essa espécie, que poderá ser soja, feijão, milho, frangos de corte, ovos, suínos, etc. Nesse ponto o produtor saberá exatamente quanto lhe custou cada unidade produzida: cada tonelada de soja, ou de milho, ou de feijão, ou cada frango, cada peru, cada dúzia de ovos, etc. Se quiser avançar um pouco, poderá adotar o custo-padrão e aí, terá um outro elemento para analisar seus custos e confronta-los com sua realidade, não apenas os custos incorridos, mas também todas as mutações que ocorrerem no empreendimento.
O agricultor necessitará manter algum controle, no mínimo para atender às exigências do imposto de renda, separando as informações de forma ordenada, por espécie e por período. Será o caso, entre outros, das safras fundadas, quando os custos irão sendo acumulados desde um determinado ano e a produção só ocorrerá no exercício seguinte ou em exercícios futuros. Por exemplo, uma lavoura de café, ou de laranja, que necessitam de vários anos para a plena produção. Também será o caso de adiantamentos recebidos por conta de entregas futuras, como o exige a escrituração do livro caixa da atividade rural. As vendas também deverão ser contabilizadas segundo os itens de produção: venda de soja, de milho, de feijão, de hortaliças, de frangos, de ovos, etc. Também será possível desdobrar as vendas segundo os prazos de pagamento, podendo ser à vista, a prazo – e a diversos prazos – etc.
O confronto dos custos com os preços de venda obtidos no mercado indicará a viabilidade ou não de continuar determinada exploração. A decomposição dos custos em todos os seus elementos fornecerá instrumentos para uma análise profunda: se esses custos são ou não imprescindíveis à operação. De igual modo, conhecendo os custos o produtor rural poderá saber se os preços de mercado são atrativos ou se não estão sequer cobrindo o custo da ração ou do fertilizante utilizado, como tem sido praxe em nosso País, onde geralmente o agricultor paga para produzir. Mas, para saber quanto está pagando, nosso herói agro-pecuário precisará da contabilidade agrícola. Sem esse instrumento, ele continuará às cegas, trabalhando e perdendo dinheiro, sem saber aonde quer chegar. Ou se realmente quer chegar!
Sobre o autor: Carlos José Pedrosa é catarinense de Biguaçu, radicado em Alagoas. Tem formação em contabilidade, sendo um profissional autônomo oriundo da iniciativa privada. Com mais de 40 anos de atuação em banco, na indústria siderúrgica, metalúrgica, mecânica e de laticínios, no comércio, no setor jornalístico, em estatal de abastecimento e no setor público.
http://www.cjpedrosaconsultoria.com/ 
cjpedrosa@cjpedrosaconsultoria.com