Os solos brasileiros são, em geral muito ácidos. Isto provoca uma limitação no desenvolvimento das culturas e, consequentemente, as produções por área são aquém das reais possibilidades da planta. E com isto, a disponibilidade de nutrientes para serem absorvidos pelas plantas é pequena. O Al³ e o Mn presentes nestes solos são tóxicos e prejudiciais às plantas. Chega-se a denominar o Al³ como "inimigo das plantas". A acidez diminui a população de micro-organismos do solo os quais são tão necessários na decomposição da matéria orgânica do solo. Nas leguminosas, a fixação simbiótica é diminuída em solos que apresentem um pH menor
Assuntos técnicos sobre fertilidade do solo, análise do solo, interpretação análise do solo, adubação, calagem, culturas em geral, fertilidade do solo, meio ambiente e agricultura sustentável.
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quinta-feira, 22 de abril de 2021
segunda-feira, 20 de maio de 2019
Analisando os Conceitos do Resultado da Análise do Solo
Matéria Orgânica do Solo (MOS)
A MOS, no resultado da análise do solo, é expressa em g/kg. Para converter este valor em % ou dag/kg:
g/kg / 10 = % ou dag/kg
dag/kg ou % x 10 = g/kg
Quanto tem de MOS um solo com 2 dag/kg ou 2 % ?
Considerando um ha de solo (10.000 m²) e uma camada arável de 20 cm (0,20 m) e uma densidade específica de 1,0 kg/dm³, teremos um volume de solo de:
terça-feira, 23 de janeiro de 2018
Fertilidade do Solo: Lembretes
Os solos dos cerrados possuem alta acidez e teores baixos de Ca e Mg. Na camada arável há uma pobreza de bases e altos teores de H e Al. Nesta condição, as plantas apresentam problemas no seu desenvolvimento, pois o sistema radicular formado é pouco desenvolvido e suas raízes absorvem menos água e nutrientes. Ocorre, então, baixas produtividade. A calagem, neste caso, torna-se um imperativo, pois além de corrigir a acidez, ela adiciona ao solo Ca e Mg. A preferência seria por um
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Plantas dão Indícios de um Solo Ácido ou Alcalino
As plantas que crescem numa lavoura podem dar sinais da acidez ou da alcalinidade do solo. Algumas plantas têm a necessidade de um solo ácido para se desenvolver. A assimilação do minerais pelas plantas tem maior eficiência numa determinada faixa de pH. É recomendada, então, a faixa ideal de pH entre 6 e 7. A batatinha exige um pH ao redor de 5,6 e não mais, para não desenvolver uma doença chamada murchadeira. A alfafa exige solos menos ácido para crescer.
Um solo muito alcalino bloqueia a assimilação do ferro (Fe) em plantas sensíveis à clorose. Por outro lado, um solo muito ácido é prejudicial ao desenvolvimento das
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Tipos de Corretivos da Acidez do Solo e suas Características

Calcário Agrícola
O calcário é o produto mais utilizado pelos agricultores na neutralização da acidez do
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Leitura do pH do Solo em Água e Cloreto de Cálcio
Os métodos de determinação do pH da acidez do solo são os mais variados. Existem laboratórios que fazem a determinação em pH em água, outros pH em CaCl2 0,01M. O Rio Grande do Sul e Santa Catarina utilizam o método SMP. O pH em água foi considerado durante muito tempo como o método padrão. O pH em água indica a acidez ativa. Portanto, surgiu o problema de que os ácidos fracos contidos no solo não apareciam na determinação do pH em água. Além disto, como as amostras de solo chegavam úmidas aos laboratórios, a concentração
terça-feira, 19 de junho de 2012
O pH na Análise do Solo
Interpretação da Análise do Solo (1)
O solo é considerado ácido quando possui muitos íons H+ (acidez ativa). Conhecendo-se a concentração de H+ na solução do solo pode-se calcular a CTC a pH 7,0 que junto com a percentagem de saturação por bases (V%) indica a necessidade de calagem. Nesta situação, há uma pobreza de cátions básicos trocáveis que estão adsorvidos nos coloides do solo. Um solo ácido, portanto, possui pobreza de nutrientes, alto teor de Al tóxico, excesso de Mn, alta deficiência de P e de alguns nutrientes. Existem vários
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
O pH do Solo e a Disponibilidade de Nutrientes
O pH do solo serve para avaliar as condições de um solo: ácido, neutro ou alcalino. A escala de pH vai do 1 ao 14, sendo 7 a neutralidade, abaixo de 7 a acidez e acima de 7 a alcalinidade. A faixa ideal de pH para o desenvolvimento das plantas é de 6,0 a 6,5. Os solos ácidos apresentam problemas para
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Como Ocorre a Acidificação dos Solos

terça-feira, 26 de julho de 2011
Calagem pelo Método Neutralização do Al e Ca+Mg

quinta-feira, 9 de junho de 2011
Neutralização da Acidez Subsuperficial

terça-feira, 31 de maio de 2011
Leguminosas Podem Acidificar o Solo

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Acidificação do Solo pelos Adubos Nitrogenados
Os solos podem ser originalmente ácidos, pobres em bases trocáveis. Há lixiviação de cátions como o Ca, Mg e K que são substituídos por H+ e Al+ trocável. Na absorção, a raiz troca cátions, presentes na solução do solo, por íons H+ ou OH-. Os adubos amoniacais e a uréia acidificam o solo, pois na nitrificação liberam H+. As colheitas removem cátions básicos do solo. Os fertilizantes são muito importantes para o aumento da produtividade das plantas. Eles são usados em larga escala pelos produtores. As plantas têm necessidade de nutrientes, presentes nas formulações químicas e orgânicas, para promoverem o seu desenvolvimento e produtividade.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Calagem e Micronutrientes na Cafeicultura

terça-feira, 31 de agosto de 2010
A Relação Ca:Mg do Solo e o Ideal para as Plantas
Os solos brasileiros, em geral, são ácidos e pobres em nutrientes. Neste caso, o cálcio e o magnésio podem apresentar teores muito baixos. São nutrientes importantes e necessários ao bom desenvolvimento das plantas, traduzindo-se em aumentos de produtividade. Eles guardam uma relação entre si, a chamada relação Ca:Mg. No caso da soja, a EMBRAPA preconiza uma relação Ca:Mg igual a 3,5. A literatura recomenda uma relação entre 3-5 como a ideal para a maioria das culturas. Entretanto, devemos ter em mente que o excesso de cálcio inibe a absorção de magnésio, e vice-versa. Além disto, o cálcio melhora a absorção do micronutriente Boro: porém, quanto mais cálcio é usado, mais boro é absorvido pela planta. Na escolha do corretivo, para neutralizar a acidez do solo, é imprescindível considerar a relação Ca:Mg do produto.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Necessidade de Calagem e Saturações de Ca e Mg

Preliminarmente, vamos recordar o seguinte:
Se a análise não informa o valor da soma de bases (SB), o cálculo é este:
SB = K+Ca+Mg+Na expressa em cmolc ou mmolc/dm³. Todos os elementos têm que estar expressos na mesma unidade.
Se a análise não informa o valor da CTC efetiva (t), o cálculo é este:
quinta-feira, 8 de abril de 2010
A Acidez do Solo - Ativa e Potencial
Um dos fatores limitantes ao desenvolvimento das culturas é a acidez do solo. Os solos brasileiros são, em geral, solos ácidos e com baixa disponibilidade de nutrientes necessários ao maior rendimento das lavouras. Portanto, uma prática, que ser torna necessária, é a correção desta acidez criando condições melhores tanto na fertilidade do solo como nas plantas. O alumínio (Al) e o manganês (Mn) são tóxicos devido a maior solubilidade nos solos ácidos. A acidez diminui a população de microorganismos que são responsáveis pela decomposição da matéria orgânica.
terça-feira, 23 de março de 2010
Cálculo da Calagem pelos Métodos Saturação por Bases e Alumínio
Na postagem Interpretação da Análise do Solo - Conceitos Básicos (clique aqui para ler), abordamos os cálculos da soma de bases (S), das CTC's efetiva e a pH 7,0 (potencial), da saturação por bases (V%), da saturação por ácidos (M%), e saturação por alumínio (m%). Vimos que a necessidade de calagem pode ser calculada pelos métodos saturação por bases e pela neutralização do Al. Abaixo, vamos mostrar as fórmulas adotados em alguns Estados brasileiros, com exceção do Rio Grande do Sul e Santa Catarina onde a quantidade de calcário é determinada através
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
A Calagem nos Pomares de Citros
Os pomares de citros também se situam em solos com baixa fertilidade: baixo teor de matéria orgânica; solos, como em Sergipe, em que predomina as argilas caulinitas, 1:1, de baixa reatividade; deficiências de fósforo (P). Na maioria dos pomares não há adubação e, consequentemente, as produtividades são baixas.
Para elevar a produtividade, que traga lucro para o produtor, é necessário, primeiramente, conhecer os níveis de nutrientes do solo. Para isto é preponderante realizar uma análise do solo e análise foliar.
Os citros se desenvolvem melhor em solos com pH 6,0-6,5 e uma saturação por bases (V) de 60 a 65%. Além disto, o cálcio e o magnésio são importantes nutrientes para as plantas; daí a preferência por calcários dolomíticos. O teor de magnésio deve ser mantido, no mínimo, em 0,9 cmolc/dm3.
Coleta de amostras de solo:
A análise do solo serve para conhecer o nível de fertilidade de um solo, e assim recomendar corretamente os fertilizantes. Deve-se coletar o maior número de sub-amostras para que se tenha no final, após bem misturadas, uma amostra média representativa da área do pomar.
1) em pomares instalados: as amostras devem ser colhidas na área de projeção da copa das árvores. Para isto retirar amostras 60 dias após a última adubação, na profundidade de 0-20 cm; todavia, se a amostra de solo vai ser colhida com a finalidade de conhecer as limitações de nutrientes ao desenvolvimento das raízes, a profundidade deverá ser de 20-40 cm, pois com isto vai se buscar as deficiências de cálcio (Ca), e a presença de alumínio (Al).
2) na instalação dos pomares: divide-se a área em talhões, retirando-se cerca de 20 a 25 subamostras de cada um; misturadas bem vão originar uma amostra média que deverá refletir o estado de nutrição do solo. Na coleta das sub-amostras, a área deve ser percorrida em ziguezague.
Coleta de amostras para análise foliar:
As folhas devem ser coletadas em ramos com ou sem frutos. As folhas devem ser coletadas na altura média da planta – 1,6 a 1,8 m – em cada um dos quatro lados. Os frutos dos ramos devem ter quatro cm de diâmetro; deve ser colhida a 3ª folha depois do fruto e não pode estar danificada. Para cada dez hectares de um pomar homogêneo, coletar 25 amostras. As folhas coletadas são colocadas em um saco de papel e enviadas imediatamente ao laboratório; caso não for possível, guardá-las em um refrigerador no máximo três dias.
Calagem:
Estado de Sergipe:
Para calcular a necessidade de calagem (NC) usam-se os seguintes métodos:
1) Método do alumínio (Al) trocável e elevação dos teores da Ca e Mg
Como em Sergipe, os solos são de baixo teor de matéria orgânica, presença de argilas de baixa reatividade e presença de óxidos de ferro e alumínio, este método é o mais indicado, pois o alumínio é o principal causador da acidez destes solos. Por outro lado, este método, além de neutralizar o alumínio tocável, garante um aporte de Ca e Mg, no mínimo, 3 cmolc/dm³.
NC (t/ha) = 3 x Al x f (1)NC (t/ha) = 2 x [3-(Ca²+Mg²)] x f (2)
f = fator de correção do PRNT do calcário utilizado. As recomendações de calagem são para um calcário que tenha 100% de PRNT. Quando o calcário comprado não tem este valor de PRNT deve-se fazer a correção. Logo se usa f= 100/PRNT.
Calculada as duas fórmulas (1) e (2), utiliza-se, como recomendação, a dose mais elevada.2) Método de saturação por bases (V%):
NC = (V2-V1) x T x f
T = capacidade de troca de cátions a pH 7,0
Para citros, o V2 deve ser de 70% na profundidade de 0-10 cm.
Modo de aplicação do calcário:
1) em pomares implantados, o calcário deve ser distribuído em toda área e incorporado através de gradagem superficial.
2) na implantação de pomares, o calcário deve ser distribuído em toda a área antes de ser feita a aração e a gradagem.
Quantidade de calcário por cova:Pode-se, também, misturar parte do calcário à terra da cova.
Exemplo: tamanho da cova 40 cm x 40 cm x 40 cm (LxAxP)
40x40x40 = 64.000 cm³ = 0,064 m³
O volume de 1 ha na profundidade de 10 cm é:
10 cm = 0,1m ; 1 ha = 100 m x 100 m = 10.000 m²
10.000 m² x 0,1 m = 1.000 m³
Se a calagem recomenda 3.000 kg/ha, a quantidade por cova será:
Em 1.000 m³ --------- 3.000 kg
0,064 m³-------------------X----
X = 0,064 x 3.000 / 1.000 = 0,192 kg = 192 g/cova
Se o calcário usado tem um PRNT de 80% devemos fazer a correção do mesmo. f = 80/100 = 1,25
Então: 192 g x 1,25 = 237,5 g/cova
Utilização do gesso agrícola:
A acidez superficial apresenta alta saturação por Al³, e baixos teores da Ca² nas camadas mais profundas. Isto limita o desenvolvimento radicular da árvore. O recomendado é a utilização de gesso agrícola para corrigir a acidez superficial, pois há uma percolação, junto com a água das chuvas, dos íons Ca² e SO4². Pesquisadores, como Alvarez, indicam o uso de gesso na proporção de 25% da necessidade de calcário. Se for recomendado 4 t/ha de calcário, usa-se 1 t/ha de gesso agrícola para a camada de 10 cm. Como se busca melhorar as condições do solo até a profundidade de 40 cm, a quantidade de gesso será de quatro vezes mais, ou seja, 4 t/ha. Entretanto, em solos com menos de 20% de argilas de baixa reatividade e com baixos teores de matéria orgânica, a quantidade de gesso não deve ultrapassar 2.000 kg/ha.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Hortaliças - Cálculo da adubação recomendada
As hortaliças são exigentes em nutrientes os quais devem estar disponíveis no solo. São plantas que esgotam o s
olo pois toda ela é colhida por inteiro. As adubações nitrogenadas contribuem para reacidificar o solo. Por isto, torna-se necessário um controle desta acidez através de análises de solos mais frequentes. A reaplicação do calcário é indispensável quando o pH do solo for menor que 6,0 e/ou V% menor que 80. A preferência deve ser para um calcário dolomítico que contém cálcio (Ca) e magnésio (Mg) e incorporado na profundidade de 20 cm de solo. A adubação pode ser feita em toda a área ou em sulcos. Para calcular a quantidade de adubo utiliza-se fórmulas conforme abaixo:
Cálculo da quantidade em g/m²: as recomendações de adubos são feitas em kg/ha. Para transformar em g/m² basta dividir a dose recomendada por 10.
Exemplo: 600 kg/ha de adubo 8-24-12 ; 600/10 = 60 g/m²
200 kg/ha de P2O5 = 200/10 = 20 g/m²
150 kg/ha de K2O = 150/10 = 15 g/m²
Cálculo para o plantio em camalhões: a adubação é feita em sulcos antes da confecção dos camalhões. Neste caso, transforma-se a recomendação de kg/ha para g/m linear de sulco. A fórmula é a seguinte:
g/m linear de sulco = (kg/ha*e) / 10
e = espaçamento entre camalhões, em metro
Exemplo: 600 kg/ha de 8-24-12; espaçamento (e) entre sulcos: 0,80 metro
g/m linear de sulco = (600 x 0,80) / 10 = 4,8 g/m linear.
Cálculo da quantidade em g/m²: as recomendações de adubos são feitas em kg/ha. Para transformar em g/m² basta dividir a dose recomendada por 10.
Exemplo: 600 kg/ha de adubo 8-24-12 ; 600/10 = 60 g/m²
200 kg/ha de P2O5 = 200/10 = 20 g/m²
150 kg/ha de K2O = 150/10 = 15 g/m²
Cálculo para o plantio em camalhões: a adubação é feita em sulcos antes da confecção dos camalhões. Neste caso, transforma-se a recomendação de kg/ha para g/m linear de sulco. A fórmula é a seguinte:
g/m linear de sulco = (kg/ha*e) / 10
e = espaçamento entre camalhões, em metro
Exemplo: 600 kg/ha de 8-24-12; espaçamento (e) entre sulcos: 0,80 metro
g/m linear de sulco = (600 x 0,80) / 10 = 4,8 g/m linear.
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