Em anos de estiagem, os comentários sobre a irrigação voltam a ser debatidos. A importância, a necessidade, etc... são a tônica sobre irrigação. Para produzir, os vegetais necessitam de diferentes quantidades de m³ de água. O feijão chega a 2.000m³, o milho 850m³, o trigo 1.500m³ e a cana de 100 a 150m³ de água. A produtividade das culturas é bem maior quando recebem água na hora certa do que aquelas que não são irrigadas. As culturas de ciclo curto são beneficiadas com a irrigação em tempos de excassez ou deficiência de chuvas.
No município de Santo Ângelo, nas Missões, numa lavoura de milho assistida tecnicamente pela EMATER-RS, dentro do Programa Estadual de Irrigação, a produção obtida foi de 180 sacos/ha. Isto é relevante se comparado com a produção das lavouras que sofreram com a estiagem que apresentam uma produtividade de 20 a 30 sacos/ha, principalmente nas lavouras semeadas no tarde. Por outro lado, a soja apresenta vagens mal formadas e grãos chochos. O COMEA – Comissão Municipal de Estatísticas Agropecuárias estima que a produção média alcançada na soja será de 39 sacos/ha. No milho, a estimativa é de 35 sacos/ha. Antes, na estiagem estavam colhendo 12 sacos/ha. Com girassol, a produtividade média é de 1.680 kg/ha. Esta melhora se deve a ocorrência de chuvas periódicas no município. Já os agricultores que cultivaram a soja com tecnologia estão conseguindo 45 sacos/ha. Este fato se deve, também, ao uso de defensivos no combate às pragas e doenças. Em Santo Ângelo a área plantada com soja é de 35.000 ha, com milho 7.000 ha e girassol, 300 ha.
No município de Ijuí, as perdas atingem a 25 milhões de reais. A produção leiteira caiu 30 a 40%. Os produtores estão usando a silagem de inverno para alimentar o gado pela falta de pastagens e água o que está onerando a produção. Em Porto Alegre, o reflexo disto é a venda de 1 litro de leite a R$ 1,80 – 1,90, nos supermercados. A tendência são estes custos aumentarem ainda mais com a chegada do inverno pela falta de feno e silagem. No milho para silagem as perdas atingem 80% enquanto no grão elas são de 30%. Na soja, a quebra de produção é de 20%.
Em Carazinho, a quebra na produção leiteira é de 50% pela falta de pastagens. No milho, 30% e na soja 20%.
Em Chapada, as perdas com milho e soja são maiores atingindo 60%, enquanto na produção de leite é de 50%. Os pecuaristas estão com dificuldades pois as pastagens estão excassas, não conseguem semear o pasto porque não há umidade no solo e se chover as pastagens levarão 60 dias para estarem aptas para o gado. Como alimentos volumosos para o gado estão usando o pouco feno e silagem que resta. Precisam comprar mas as reservas de estoques, disponíveis no mercado, são muito pequenas.
Em Passo Fundo, a quebra da safra de soja é de 25%
http://www.pivotvalley.com.br/valley/mestre/UNICAMP.html
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