A prática de se utilizar plantas com a finalidade de descontaminação das áreas agrícolas, chama-se de "fitorremediação". Para o sucesso da fitorremediação, as plantas usadas devem ter tolerância aos contaminantes, capacidade de removê-los e extraí-los, e mineralizá-los no ambiente.
Vários mecanismos fazem parte da fitorremediação, a saber:
1. Fitoestimulação - também chamada de rizodegradação, consiste no fato das raízes liberarem exsudatos como, aminoácidos e polissacarídeos, que estimulam a atividade dos microorganismos do solo, e estes, por
sua vez, degradam os contaminantes do solo. Na fitoestimulação há um aumento do pH do solo, na região das raízes, que é influenciado pela liberação dos exsudatos, pela absorção de nutrientes e pela fixação biológica do nitrogênio do ar - N2, tornando mais acelerada a fitorremediação dos herbicidas. Na fitoestimulação, as plantas devem apresentar um sistema radicular denso, formado de raízes profundas que cubram uma grande área de contato;
sua vez, degradam os contaminantes do solo. Na fitoestimulação há um aumento do pH do solo, na região das raízes, que é influenciado pela liberação dos exsudatos, pela absorção de nutrientes e pela fixação biológica do nitrogênio do ar - N2, tornando mais acelerada a fitorremediação dos herbicidas. Na fitoestimulação, as plantas devem apresentar um sistema radicular denso, formado de raízes profundas que cubram uma grande área de contato;
2. Fitoestabilização - neste caso, os contaminantes são estabilizados no solo, controle da erosão e lixiviação, e são convertidos em formas menos solúveis;
3. Fitoextração - consiste na absorção dos contaminantes pelas raízes das plantas, sendo aí armazenados, ou são transportados e acumulados nas partes aéreas das plantas. Os metais presentes também são encontrados no solo e podem provocar toxicidade para as plantas. Neste caso, se utiliza para a fitorremediação, a técnica de fitoextração. Ou seja, se usam plantas acumuladoras de metais pesados para extraírem os poluentes inorgânicos. A pesquisa tem usado o feijão-de-porco e a crotalária como fitoextratores. A conclusão é que o feijão-de-porco tem maior capacidade para a fitoextração e que os nódulos de fixação do nitrogênio do ar não são afetados em presença de um metal pesado, o cádmio (Cd). O feijão-de-porco é, também, um ótimo extrator de chumbo (Pb). Já a crotalária não pode ser indicada como planta fitoextratora.
Mas a propriedade de fitoextração não é somente das leguminosas. O silício (Si) apresenta a característica de tornar a planta mais resistente à toxidez provocada pelos metais pesados. Ele acumula os metais nas raízes e impede a sua transferência para outras partes da planta, evitando a contaminação. Considera-se, então, o silício como um extrator. As gramíneas têm uma maior capacidade de acumular silício, como a cana-de-açúcar: a cana absorve muito silício e torna-se tolerante aos metais pesados. O milho tem papel idêntico. O nabo forrageiro acumula grande quantidade de metais na parte aérea, e tem o maior índice de translocação de cádmio. O nabo forrageiro é uma das espécies indicada para fitoextração. A aveia preta apresenta efeito insignificante, sendo limitante a sua aplicação na fitorremediação. Na fitoextração, é importante a alta absorção, translocação e acumulação dos contaminantes. São fitoextratoras, também, as brássicas e o girassol;
4. Fitovolatilização - os contaminantes absorvidos pelas raízes das plantas são convertidos em formas menos tóxicas e liberadas para a atmosfera. Neste caso, as plantas têm que ter alta capacidade de transpiração;
5. Fitodegradação - consiste na degradação dos contaminantes diretamente nas células vegetais, por meio de enzimas. Na fitodegradação é importante que as plantas tenham um sistema radicular bem desenvolvido e denso, com raízes compridas, e um maior número de enzimas de degradação. Como exemplo de fitodegradação temos as plantas do gênero Populus.
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