Os nematoides são vermes que provocam graves lesões no sistema radicular das plantas.
As plantas infestadas apresentam um comprometimento na sua capacidade de absorver a água e os nutrientes. São conhecidos os nematoides de cistos, de galhas e de lesões radiculares. Os nematoides infestam várias culturas, como soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, café e outras. No caso da soja, existem mais de cem espécies de nematoides, com cinquenta gêneros, pelo mundo.
1 - Nematoides de cistos - Heterodera glycines.
Estes nematoides causam sérios problemas às lavouras de soja, com perdas na produtividade de 10 a 70%. São transportados em torrões de solo que acompanham os grãos de soja, da colheita até o transporte para o porto marítimo. O preparo do solo favorece que o vento os transporte para outras lavouras. O agricultor deve evitar o plantio da soja na beira de estradas e o plantio de sementes de gramíneas contaminadas com terra. O plantio direto, o cultivo mínimo, é uma forma de minimizar a movimentação do solo.
Observando-se uma lavoura de soja pode-se confundir os sintomas causados pelos nematoides de cistos com os sintomas causados pela deficiência de ferro, por deficiências nutricionais e de água, pelo uso de herbicidas ou por doenças. Nas infestações por nematoides de cistos, as plantas são menos vigorosas, amareladas, raquíticas e as fileiras de soja demoram para fechar as entrelinhas. Todavia, nas lavouras infestadas,pelo verme dos cistos, as plantas permanecerão sempre raquíticas, enquanto que se for um déficit de água, as plantas se recuperarão com as chuvas ou irrigação. Os sintomas de clorose, causada por deficiência de ferro, aparecem durante o crescimento da soja e antes do florescimento (folhas amareladas com nervuras verdes). Já o sintoma de amarelecimento das folhas provocado pelo nematoide dos cistos ocorre mais tarde, na época da floração ou após a mesma: começa pelas margens das folhas atingindo toda a planta. As raízes, atacadas pelos nematoides, são raquíticas, há uma diminuição do número de nódulos responsáveis pela fixação biológica do N do ar e o favorecimento da entrada de outras doenças. As raízes infestadas apresentam cistos e fêmeas adultas que podem ser vistos a olho nu, o que caracteriza a infestação do nematoide dos cistos. O ciclo de vida do nematoide dos cistos apresenta os estágios de ovo, juvenil e adulto, e podem durar de 24 a 30 dias, no verão. A infestação das raízes é feita pela forma juvenil, a qual penetra nas mesmas e se movimenta em direção ao tecido vascular. Por sua vez, as fêmeas se alimentam e incham, e ficam expostas na superfície das raízes. Os machos migram para fora da raiz: no solo, eles fertilizam as fêmeas e morrem. As fêmeas produzem ovos e morrem. O corpo da fêmea cheio de ovos é que recebe a denominação de "cistos". Os cistos, que podem conter até quatrocentos ovos, são desalojados das raízes e ficam livres no solo.
Observando-se uma lavoura de soja pode-se confundir os sintomas causados pelos nematoides de cistos com os sintomas causados pela deficiência de ferro, por deficiências nutricionais e de água, pelo uso de herbicidas ou por doenças. Nas infestações por nematoides de cistos, as plantas são menos vigorosas, amareladas, raquíticas e as fileiras de soja demoram para fechar as entrelinhas. Todavia, nas lavouras infestadas,pelo verme dos cistos, as plantas permanecerão sempre raquíticas, enquanto que se for um déficit de água, as plantas se recuperarão com as chuvas ou irrigação. Os sintomas de clorose, causada por deficiência de ferro, aparecem durante o crescimento da soja e antes do florescimento (folhas amareladas com nervuras verdes). Já o sintoma de amarelecimento das folhas provocado pelo nematoide dos cistos ocorre mais tarde, na época da floração ou após a mesma: começa pelas margens das folhas atingindo toda a planta. As raízes, atacadas pelos nematoides, são raquíticas, há uma diminuição do número de nódulos responsáveis pela fixação biológica do N do ar e o favorecimento da entrada de outras doenças. As raízes infestadas apresentam cistos e fêmeas adultas que podem ser vistos a olho nu, o que caracteriza a infestação do nematoide dos cistos. O ciclo de vida do nematoide dos cistos apresenta os estágios de ovo, juvenil e adulto, e podem durar de 24 a 30 dias, no verão. A infestação das raízes é feita pela forma juvenil, a qual penetra nas mesmas e se movimenta em direção ao tecido vascular. Por sua vez, as fêmeas se alimentam e incham, e ficam expostas na superfície das raízes. Os machos migram para fora da raiz: no solo, eles fertilizam as fêmeas e morrem. As fêmeas produzem ovos e morrem. O corpo da fêmea cheio de ovos é que recebe a denominação de "cistos". Os cistos, que podem conter até quatrocentos ovos, são desalojados das raízes e ficam livres no solo.
2. Nematoides de galhas - Meloidogyne javanica, Meloidogyne incognita
São transportados por meio de mudas, estacas enraizadas e tubérculos, como acontecia, antigamente, com as mudas de cafeeiro. A obtenção de uma qualidade das mudas vendidas, sejam, ornamentais, frutíferas, espécies florestais, deve ser uma preocupação constante do agricultor para evitar a disseminação da praga.
3. Nematoides de lesões - Pratylenchus brachyurus
Não existem variedades de soja resistentes a este nematoide. Por isto a importância da rotação de culturas. Para isto, o agricultor deve evitar o cultivo sucessivo de soja-milho safrinha; deve aguardar um período entre a colheita da soja e o plantio do milho. Na ausência de hospedeiro, a população de nematoides cai bastante. O Platylenchus brachyurus, responsável pelas lesões radiculares, é originário do Cerrado e ataca as culturas de soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, café, dificultando o seu controle. A área infestada com Platylenchus apresenta-se com buracos na lavoura. As plantas não desenvolvem, não crescem, deixando áreas de solo descobertas. Aparecem, também, as "reboleiras" com manchas amareladas, na lavoura, retardando o crescimento das plantas.
4. Nematoides reniformes - Rotylenchulus reniformis
As plantas infestadas apresentam um porte pequeno, mas sem amarelecimento. As raízes não apresentam nem galhas nem fêmeas visíveis a olho nu: somente argila aderida à superfície.
ROTAÇÃO/SUCESSÃO DE CULTURAS
Os nematoides são considerados pragas do solo de difícil erradicação. Para controlá-los, as ações mais eficientes são a rotação/sucessão de culturas ou a utilização de variedades resistentes.
Os nematoides são considerados pragas do solo de difícil erradicação. Para controlá-los, as ações mais eficientes são a rotação/sucessão de culturas ou a utilização de variedades resistentes.
A "Rotação de Culturas" é recomendada quando não existem variedades resistentes e/ou os níveis populacionais de nematoides estão muito altos. A escolha da cultura, para a rotação, vai depender do resultado nematológico, pois existem culturas resistentes a um tipo de nematoide, e não resistentes a outros. O algodão é resistente ao M. javanica e ao H. glycines, mas suscetível ao M. incognita e ao P. brachyurus. Na soja, a cultura mais usada, como rotação, é o milho. Este cereal é resistente ao nematoide de cistos (H. glycines) mas suscetível ao nematoide de lesões (Platylenchus). Em áreas infestadas com nematoide de cistos (H. glycines), o milho é o mais indicado como rotação, no verão, e como sucessão na safrinha. O milho pode ser usado, também, como rotação/sucessão com a soja no controle do nematoide de galhas. Entretanto, deve-se levar em consideração que apenas 25% dos híbridos de milho são resistentes ao M. javanica, e apenas 1% ao M. incognita, ambos de galhas. Por isto, a importância de identificar a espécie de Meloidogyne que está infestando o solo, a variedade de milho híbrido e sua resistência. No final da colheita deve ser feita uma verificação do nível populacional do nematoide.
A rotação de culturas quebra o ciclo do nematoide diminuindo a sua população para a próxima safra. Se o agricultor não adotar a rotação, há o perigo do nematoide virar uma praga de difícil controle e de severos prejuízos à produtividade das plantas. Além disto, a palhada que fica no solo serve para controlar a praga, pois preserva os inimigos naturais, mantendo um eficiente equilíbrio biológico.
Outras culturas, como o milheto, braquiária, aveia, colonião, sorgo, podem ser utilizadas na sucessão com a soja, mas atentando aos cuidados apontados anteriormente para o milho.
O milho, as braquiárias, o sorgo e o nabo forrageiros, o sorgo granífero, o milheto, o girassol, reduzem a população do nematoide dos cistos (H. glycines); entretanto, aumentam a do nematoide das galhas (M. incognita); aumentam, também, a do nematoide das galhas (M. javanica), com exceção das braquiárias, do girassol e do sorgo e nabo forrageiros.
As braquiárias, os sorgos granífero e forrageiro, o milho e o algodão, aumentam a população de Platylenchus.
O milho serve de hospedeiro para a maioria dos nematoides que atacam a soja. Por isto, é recomendado um intervalo de trinta dias entre a colheita da soja e o plantio do milho safrinha. Os nematoides não tendo como se alimentar, morrem. O ideal seria uma safra sem a planta hospedeira.
Na rotação de culturas, o agricultor deve deixar de plantar soja no verão e usar uma planta que o nematoide não ataca.
Se numa área está ocorrendo infestação por nematoide de galha, deve plantar, como rotação, o algodão ou o amendoim.
Se for uma área com infestação por nematoide dos cistos, o agricultor pode plantar milho ou algodão ou uma gramínea.
Se for uma área infestada por nematoide de lesões radiculares já é mais difícil, porque são muitas as plantas hospedeiras, inclusive as ervas daninhas.
Se for uma área infestada por nematoide reniforme, a rotação de culturas é mais fácil: neste caso, não utilizar o algodão porque a planta é atacada por esta praga.
A crotalária é uma planta resistente aos nematoides, não hospedeira, e suas folhas têm uma função de nematicida. Além disto, a planta cria condições para o desenvolvimento de fungos, provocando um controle biológico dos nematoides.
A rotação da soja com as plantas não hospedeiras é uma alternativa de manejo, onde o nematoide Platylenchus vem atacando e causando prejuízos. O controle preventivo é uma das maneiras de combater o problema. Onde ocorrem as "reboleiras", estas devem ser mapeadas, analisado os níveis populacionais da praga, escolher os cultivares menos sensíveis e adotar a prática da rotação de culturas. A rotação é muito importante e, onde não é feita, a tendência é a situação se agravar seriamente, se o agricultor não tomar medidas preventivas; se não as tomar, a incidência de nematoides vai continuar e aumentar sempre.
Em solos argilosos, em regiões com boa distribuição de chuvas, solos com maior teor de matéria orgânica, é mais difícil perceber o ataque dos nematoides nas lavouras, porque os sintomas não são tão nítidos. Neste caso, o agricultor deve coletar amostras de solo e de raízes e enviá-las a um laboratório de nematologia.
Nas áreas de soja infestadas com nematoides, a solução é diminuir a população deles através da utilização de variedades resistentes e da rotação de culturas.
Araújo,Fabio Fernando & Bettiol,Wagner incorporando o lodo de esgoto no solo, na cultura da soja, observaram que este produto não interferiu no ciclo do nematoide dos cistos - Heterodora glycines - mas reduziu o número de ovos, por cistos, e, também, a reprodução de Meloidogyne javanica nas raízes da soja, usando a variedade BRS 133.
A variedade de soja BRS 282 - lançada pela EMBRAPA em 2008 - possui resistência aos nematoides de galhas, espécies M. javanica e M. incognita.
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