No Rio grande do Sul, a área plantada com arroz é ao redor de um milhão de hectares e uma produtividade média de 7.500 kg/ha. O município maior produtor é Santa Vitória do Palmar - no Sul do Estado - com mais de 56 mil hectares e uma produtividade média de 7 mil quilos; segue Arroio Grande com 40 mil hectares e 6.700 kg/ha; Viamão com mais de 23 mil e produtividade de 6.040 kg/ha. Nesta Parte I vamos abordar sobre a calagem, necessidade de enxofre, micronutrientes e toxidez por ferro.
Solos submersos favorecem a disponibilidade de nutrientes; tantos os contidos no solo como os provenientes de adubos, isto é, fósforo (P), cálcio (Ca) e potássio (K). A eliminação da acidez para um pH próximo de 6,0-6,5 e a eliminação do Al³ trocável, são outros fatores da inundação de terras onde é cultivado o arroz irrigado. Apesar disto, os solos do Rio Grande do Sul são de fertilidade natural baixa o que requer a aplicação de fertilizantes para maior rendimento das lavouras de arroz.
A análise do solo é imprescindível para o êxito do empreendimento. Entretanto, muitas vezes, estas amostras não condizem com a realidade da situação da área; são tiradas de qualquer jeito e não são representativas. Por este motivo os resultados são errôneos, e, logicamente, as recomendações de adubação também o são.
A Calagem:
Em solos submersos, se verifica o efeito da “autocalagem”.
A autocalagem apresenta uma série de benefícios:a) eliminação do alumínio (Al) tóxico;
b) eliminação da toxidez de manganês (Mn);
b) aumento da disponibilidade de P e outros nutrientes;
c) aumento da atividade dos microorganismos.
Mas como o arroz irrigado é semeado em solo seco, e somente inundado 30 dias após a emergência das plantas, recomenda-se o uso do calcário segundo o índice SMP – pH 5,5. No sistema de cultivos com sementes pré-germinadas ou de transplantio de mudas, dispensa-se a aplicação de calcário; a inundação já deixa o solo corrigido e as plantas encontram melhores condições para o seu crescimento. A calagem é importante quando o solo apresentar deficiências de cálcio (Ca) e magnésio (Mg). O calcário dolomítico – que contém cálcio e magnésio – é o mais apropriado para atender estas deficiências. Quando solo apresentar teores de Ca de 2,5 cmolc/dm³, e magnésio de 0,5 cmolc/dm³, é recomendada a aplicação de 1 t/ha de calcário dolomítico.
A calagem, propriamente dita, apresenta benefícios também:a) promove o desenvolvimento do arroz no período entre a semeadura e a inundação;
b) fornece Ca e Mg;
c) promove parcial solubilização do ferro (Fe) cujos efeitos tóxicos começam a aparecer com a utilização das variedades modernas;
d) benefício para as outras culturas em rotação.
O calcário deve ser aplicado na camada de 0-20 cm, três meses antes do plantio.
O Enxofre (S):
Em solos pobres de matéria orgânica, de argila, de teores de S na análise do solo indicando menos que 10 mg/dm³, devem-se utilizar fertilizantes que contém enxofre (sulfato de amônio), aplicando-se até um máximo de 20 kg/ha.
Os Micronutrientes:Nos solos do RS, a resposta ao micronutrientes é muito baixa. Quando a deficiência for constatada devem-se fazer aplicações por via foliar.
Solos submersos favorecem a disponibilidade de nutrientes; tantos os contidos no solo como os provenientes de adubos, isto é, fósforo (P), cálcio (Ca) e potássio (K). A eliminação da acidez para um pH próximo de 6,0-6,5 e a eliminação do Al³ trocável, são outros fatores da inundação de terras onde é cultivado o arroz irrigado. Apesar disto, os solos do Rio Grande do Sul são de fertilidade natural baixa o que requer a aplicação de fertilizantes para maior rendimento das lavouras de arroz.
A análise do solo é imprescindível para o êxito do empreendimento. Entretanto, muitas vezes, estas amostras não condizem com a realidade da situação da área; são tiradas de qualquer jeito e não são representativas. Por este motivo os resultados são errôneos, e, logicamente, as recomendações de adubação também o são.
A Calagem:
Em solos submersos, se verifica o efeito da “autocalagem”.
A autocalagem apresenta uma série de benefícios:a) eliminação do alumínio (Al) tóxico;
b) eliminação da toxidez de manganês (Mn);
b) aumento da disponibilidade de P e outros nutrientes;
c) aumento da atividade dos microorganismos.
Mas como o arroz irrigado é semeado em solo seco, e somente inundado 30 dias após a emergência das plantas, recomenda-se o uso do calcário segundo o índice SMP – pH 5,5. No sistema de cultivos com sementes pré-germinadas ou de transplantio de mudas, dispensa-se a aplicação de calcário; a inundação já deixa o solo corrigido e as plantas encontram melhores condições para o seu crescimento. A calagem é importante quando o solo apresentar deficiências de cálcio (Ca) e magnésio (Mg). O calcário dolomítico – que contém cálcio e magnésio – é o mais apropriado para atender estas deficiências. Quando solo apresentar teores de Ca de 2,5 cmolc/dm³, e magnésio de 0,5 cmolc/dm³, é recomendada a aplicação de 1 t/ha de calcário dolomítico.
A calagem, propriamente dita, apresenta benefícios também:a) promove o desenvolvimento do arroz no período entre a semeadura e a inundação;
b) fornece Ca e Mg;
c) promove parcial solubilização do ferro (Fe) cujos efeitos tóxicos começam a aparecer com a utilização das variedades modernas;
d) benefício para as outras culturas em rotação.
O calcário deve ser aplicado na camada de 0-20 cm, três meses antes do plantio.
O Enxofre (S):
Em solos pobres de matéria orgânica, de argila, de teores de S na análise do solo indicando menos que 10 mg/dm³, devem-se utilizar fertilizantes que contém enxofre (sulfato de amônio), aplicando-se até um máximo de 20 kg/ha.
Os Micronutrientes:Nos solos do RS, a resposta ao micronutrientes é muito baixa. Quando a deficiência for constatada devem-se fazer aplicações por via foliar.
A toxidez por ferro (Fe)
Em solos alagados acontece a redução do Fe³ para o Fe² promovendo a toxidez de ferro, pelo aumento da quantidade do nutriente na solução do solo. Há um acúmulo de Fe nas raízes (toxidez indireta), e, pela absorção concentra-se nas folhas (toxidez direta). Isto resulta na inibição e translocação dos nutrientes provocando um sintoma – o alaranjamento. Para reparar este problema devemos utilizar cultivares de arroz tolerantes à toxidez pelo ferro: IRGA 424, IRGA 425, são tolerantes; IRGA 414, resistente. A calagem prévia, para atingir pH 6,0, é outra forma de diminuir o problema.
A antecipação da aplicação de N – uma semana antes da diferenciação da panícula – contribui, também, para reduzir os efeitos da toxidez por ferro.
A utilização da irrigação intermitente pode, também, evitar o acúmulo de ferro.
Na próxima publicação "Calagem e Adubação do arroz irrigado no RS - Parte II", vamos comentar sobre adubação: os três macronutrientes primários - NPK - tabelas de recomendação e um exercício para por em prática os conhecimentos.
Em solos alagados acontece a redução do Fe³ para o Fe² promovendo a toxidez de ferro, pelo aumento da quantidade do nutriente na solução do solo. Há um acúmulo de Fe nas raízes (toxidez indireta), e, pela absorção concentra-se nas folhas (toxidez direta). Isto resulta na inibição e translocação dos nutrientes provocando um sintoma – o alaranjamento. Para reparar este problema devemos utilizar cultivares de arroz tolerantes à toxidez pelo ferro: IRGA 424, IRGA 425, são tolerantes; IRGA 414, resistente. A calagem prévia, para atingir pH 6,0, é outra forma de diminuir o problema.
A antecipação da aplicação de N – uma semana antes da diferenciação da panícula – contribui, também, para reduzir os efeitos da toxidez por ferro.
A utilização da irrigação intermitente pode, também, evitar o acúmulo de ferro.
Na próxima publicação "Calagem e Adubação do arroz irrigado no RS - Parte II", vamos comentar sobre adubação: os três macronutrientes primários - NPK - tabelas de recomendação e um exercício para por em prática os conhecimentos.
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