quinta-feira, 20 de maio de 2010

Adubação da Citricultura no Estado do ACRE

Na citricultura é importante a adoção de práticas que visem dar condições essenciais ao desenvolvimento das mudas, e, consequentemente, a maior produção de frutas por árvore. No preparo da cova, a adubação é necessária para assegurar o fornecimento de nutrientes indispensáveis ao crescimento das árvores. As covas devem ter as dimensões de 60x60x60 cm e devem ser preparadas com antecedência de 30 dias antes do plantio. A adubação na cova é feita com a seguinte mistura:
10 a 20 litros de esterco curtido de gado
5 a 10 litros de esterco de aves
200g de superfosfato simples
50 a 100g de silicato de cálcio e de magnésio
Caso o produtor não tenha feito a correção da acidez do solo, através da calagem em toda a área, deve incluir, na adubação da cova, a quantidade de um quilo de calcário dolomítico. No enchimento da cova coloca-se, primeiro, a terra retirada da superfície e depois acrescenta-se a terra retirada do subsolo, quando da abertura da cova.
A preferência no plantio de mudas deve ser dada ao início do período chuvoso e em dias nublados. Cuidar para não enterrar demasiadamente o colo da muda para evitar a incidência da doença "gomose".
A adubação tem início 30 a 40 dias após o plantio da muda. A adubação deve ser feita em cobertura utilizando uma mistura de 50g de uréia (N) e 30g de cloreto de potássio (K2O) para cada muda. O ideal é o produtor proceder à análise do solo e à análise foliar para ter uma idéia da fertilidade do solo e do estado nutricional das plantas. É claro  que a determinação da  quantidade de adubo  vai depender da produtividade esperada.
Em virtude das condições de clima e do regime de chuvas do Estado do Acre são recomendadas duas adubações por ano: a primeira no início do período chuvoso e a segunda no final das chuvas.
Na primeira adubação utiliza-se todo o fósforo (P2O5) recomendado pelo técnico, e mais a metade da dose para nitrogênio (N) e para o potássio (K2O). Na segunda aplicação utiliza-se a dosagem restante dos adubos. Quando for usada a irrigação, a aplicação de fertilizantes pode ser parcelada e feita nas épocas de maior exigência pelas plantas.
Segundo Ribeiro (1989), a seguir a tabela de adubação dos cítricos para o Estado do Acre, a partir do segundo ano e de acordo com o plano das duas adubações citadas anteriormente. Esta tabela foi adaptada por nós para dar opção, ao produtor, da recomendação de fórmulas prontas de fertilizantes que irão propiciar as mesmas quantidades de nutrientes em relação às matérias-primas indicadas por Ribeiro.
A adubação deve ser feita na projeção da copa, espalhando-se os adubos em uma faixa de 50 cm. A partir do 9° ano, os fertilizantes são espalhados em toda a área. Os nutrientes cálcio (Ca) e magnésio Mg) serão fornecidos pela calagem. Para isto levar em conta a recomendação da necessidade de calagem pela análise do solo. A preferência deve ser por um calcário dolomítico que possui, na sua composição, os nutrientes cálcio e magnésio. Com relação aos micronutrientes, os maiores problemas são as deficiências de zinco (Zn), manganês (Mn) e boro (B). São recomendadas até duas pulverizações por ano da mistura abaixo, segundo Coelho (1993).
300g de sulfato de zinco
200g de sulfato de manganês
100ml de ácido bórico
500g de uréia
100 litros de água.
A uréia é adicionada porque facilita a absorção, pelas folhas, dos micronutrientes.

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