sexta-feira, 23 de julho de 2010

O Estado do Ceará Incentiva o Cultivo Protegido

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado (SDA), em parceria com a Coordenação de Desenvolvimento da Agricultura Familiar, e do Instituto Agropólos, executam um "projeto piloto" beneficiando seis famílias das comunidades de Ibiapara e Vaquejador, com o cultivo protegido e energia solar. O projeto está sendo desenvolvido desde novembro de 2009, e os agricultores estão produzindo alimentos de qualidade utilizando energia renovável. Isto garante segurança alimentar e uma maior renda para as famílias que fazem parte do projeto. Culturas como, milho, feijão, pepino, tomate, pimentão, e frutas como manga, goiaba, laranja, tangerina, maracujá e outras, estão sendo comercializadas e incluídas na merenda escolar. A mão-de-obra é
da comunidade que recebe as orientações dos técnicos da Ematerce. As hortaliças são adquiridos pelos moradores da própria comunidade e o excedente será comercializada no mercado local. A Prefeitura Municipal conseguiu um local no Mercado Central, com banca e barracas padronizadas, para a venda dos alimentos. Oportuna esta intervenção da Prefeitura criando condições para que as famílias vendam sua produção. Isto me lembra início da década de 70, quando trabalhava na Extensão Rural em Nova Prata/RS, os jóvens de 10 a 20 anos, pertencentes aos Clubes 4S, desenvolviam um projeto de hortaliças e a produção, duas vezes por semana, era vendida na cidade. A Prefeitura Municipal de Nova Prata mandou construir uma tenda, no centro da cidade, que tornou-se o ponto de venda dos produtos.
Voltando ao projeto do cultivo protegido do Ceará, foram implantadas nove placas com o objetivo de captar a energia solar e que movimenta a irrigação dos cultivos. O painel solar aciona uma eletrobomba que distribui a água por gotejamento. Foi construído, também, um galpão coberto por tela (estufa) e uma caixa d´água. O cultivo protegido é feito em estufas de plástico. Com este método de cultivo, o Estado do Ceará visa aumentar a produção de hortaliças e reduzir a aplicação de defensivos. Em cinco anos, pretende exportar hortaliças para a Europa, produzidas sob cultivo protegido. Segundo o Instituto Agropólos, na serra da Ibiapaba, a plantação de tomate chega a 500 ha e a de pimentão, 400 ha. A técnica do cultivo protegido é utilizada por 37 produtores da região entre 38 ha de tomate e 7 ha de pimentão.

5 comentários:

  1. Caro Colega

    Ora aqui está uma iniciativa digna de todos os elogios. É caso para dizer que,de uma cajadada, matam-se vários coelhos. O primeiro,é a energia solar,que,de certo ponto de vista, tão desperdiçada tem sido,ela, que não merecia,uma vez que sem Sol,nada feito. Entre os que se têm lembrado mais dEle,como sabe,tem sido Potugal,mas também a Espanha e a Alemanha. A Alemanha até conta produzir toda a sua electricidade em 2050 a partir da energia solar.
    O segundo,que inclui mais uns tantos,que estão bem expressos no seu texto,são as hortaliças e as frutas,de incontáveis qualidades,onde pontificam os antioxidantes,de virtudes bem conhecidas.

    Estão,pois,de parabéns,o Estado do Ceará,e o Colega ,por divulgar tão meritória iniciativa.

    Agradecido por ter deixado passar o atrevimento,
    desejo-lhe muito boa saúde.

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  2. Caro Colega

    Desculpe,mas trata-se de uma emenda. Não é a partir de energia solar,mas renovável,em que a solar terá,provavelmente, forte representação,que a Alemanha produzirá toda a sua electricidade em 2050.

    Mais uma vez as minhas desculpas,com os meus agradecimentos e os votos de boa saúde.

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  3. Caro Colega

    Muito obrigado pela rápida emenda. A memória,por vezes,claudica,sintoma de alguma carência,talvez de boro,quem sabe. Esta sugestão é intencional. É que,figurando o boro entre os seus marcadores,parece ter algum interesse deixar-lhe aqui uma lembrança de uma carência de boro em videiras.

    MAROMBA DO DOURO
    Uma antiga doença das vinhas do Douro,de arrastada solução. O seu tratamento só chegou por meados do século XX,por via de pesquisa feita pelo Eng.Agrónomo Humberto Francisco Dias,da Estação Agronómica Nacional.
    Tratava-se,afinal,de uma deficiência de boro,debelada por aplicações de bórax,ou seja,do tetraborato de sódio. Na altura,a seu pedido,foram feitas análises de folhas de videiras,com e sem maromba,de que,adiante,se indicam médias dos valores encontrados.
    Sem Maromba - Fósforo(%)-0,12;Potássio(%)-0,79;Cálcio(%)-2,61;Magnésio(%)-(0,52);
    Sódio(mg/kg)-9;Ferro(m/kg)-100;Manganês(mg/kg)-206;Boro(mg/kg)-17,9.
    Com Maromba - Fósforo-0,12;Potássio-0,70;Cálcio-2,33;Magnésio-0,49;Sódio-9;Ferro-111;
    Manganês-143;Boro-8,7.
    Os números apontavam,de facto, para uma carência de boro.

    Muito boa saúde,Caro Colega,e,mais uma vez,o meu obrigado pelas suas atenções.

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  4. Caro Colega

    Desculpe o não largar-lhe a porta. O seu texto Programa Agricultura de Baixo Carbono- Programa ABC integra-se,penso eu,no tema Sequestro de Carbono pelos Solos. Pois é de sequestro de carbono do solo que trata um artigo que vem na Revista Brasileira de Ciência do Solo,sequestro,precisamente,nos Biomas,a que se refere um outro texto seu,Projecto Biomas. Parece,assim,ter cabimento o lembrar esse excelente artigo-Potencial de Sequestro de Carbono em diferentes Biomas do Brasil,Rev.Bras.Ciên.Solo Vol.34 nº2 Viçosa março/abril 2010.

    Muito boa saúde,Caro Colega.

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  5. Caro Colega

    O que vem em vários dos seus marcadores,e o trabalho
    Alterações nas concentrações de fósforo em solos cultivados com arroz irrigado no Rio Grande do Sul
    Rev.Bras.Ciênc.Solo (online),2010,vol.34,n.2,pp.465-472,dispensava,inteiramente,a meia dúzia de linhas que adiante vão.

    TRANSFORMAÇÕES EM AMBIENTE REDUTOR
    Como se sabe,um ambiente redutor,isto é,um ambiente pobre em oxigénio,é caracterizado por cedência de electrões ou de átomos de hidrogénio. Quando se trata de solos,são várias as transformações que podem ocorrer,atingindo,entre outros,directamente,o ferro,o azoto,o carbono e o enxofre,e indirectamente,o fósforo.
    No caso do ferro,a forma trivalente passa a bivalente,o azoto de nitratos, ou de nitritos,passa a óxidos,e mesmo a azoto molecular,o enxofre de sulfatos passa a sulfuretos,com reflexos negativos,no que toca à sua solubilidade,o carbono de compostos diversos passa a metano,o fósforo que estava ligado ao ferro trivalente,à maneira de um precipitado,torna-se solúvel por estar associado ao ferro bivalente.
    Tudo isto, e mais alguma coisa, acontece com a cultura do arroz, quando feita em condições de submersão. Essa mais alguma coisa é,entre outros efeitos, o aumento de oxidrilos,provenientes,
    pelo menos,em parte,da libertação de átomos de hidrogénio da água. É a isto que se chama uma autocalagem,por ter um efeito idêntico ao de uma correcção da acidez do solo por correctivos da família da cal. Assim,esta cultura pode dispensar calagem,se feita em solos ácidos, tem a sua vida muito facilitada quanto às necessidades em fósforo,e, ao contrário,um tanto dificultada quanto às necessidades em azoto e enxofre.

    Deixando ao seu critério o destino delas,desejo-lhe muito boa saúde.

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