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segunda-feira, 15 de junho de 2009

A importância do trio NPK

O nitrogênio (N) é um dos componentes dos aminoácidos ocupando o centro das moléculas de proteínas. Faz parte, também, da clorofila. Junto com o magnésio (Mg) são os únicos componentes da clorofila, que provém do solo. O nitrogênio (N) é o responsável pelo desenvolvimento vegetativo. Um suprimento generoso de N ocasiona um crescimento vigoroso da planta. Este nutriente tem um papel importante na divisão celular. Se a divisão celular diminuir de velocidade ou mesmo parar, o mesmo acontecerá com o número de folhas verdes expostas à luz solar. E, é óbvio, a planta com uma menor área foliar irá produzir menos. A adubação com nitrogênio (N) é importante pois melhora a qualidade dos grãos, aumenta a produtividade e o teor de proteína. Quando o nitrogênio é aplicado em excesso e a planta não consegue aproveitá-lo totalmente, ela acumula este nutriente sob forma não protéica. O acúmulo pode levar a uma intoxicação de N nítrico (NO3-) principalmente em plantas jovens ou aquelas que estão sofrendo com uma seca ou em solos deficientes de fósforo e potássio. A deficiência de nitrogênio, como acontece com a de magnésio, provoca uma clorose ou amarelecimento das folhas. É o sinal do baixo contéudo de clorofila.
O fósforo (P) apesar de ser aproveitado em pequenas quantidades pela planta, ele não pode faltar ou ser deficiente no solo pois prejudica o crescimento da cultura. Como o nitrogênio, ele é importante na divisão celular. Na fotossíntese, ele tem uma função vital, tanto na utilização dos açúcares quanto do amido. Este nutriente apresenta uma grande mobilidade dentro da planta. Em casos de deficiência, ele migra dos tecidos velhos para os novos. As plantas jovens absorvem o fósforo muito rápidamente. Em níveis adequados de fósforo, as raízes têm um crescimento rápido e intenso. Dizem que quando a planta atingiu 25% de sua altura total, ela já consumiu 78% do fósforo que ela necessita. Isto caracteriza a real necessidade de suprir a planta com quantidades adequadas de fósforo, principalmente nas culturas de ciclo curto. As temperaturas baixas do solo reduzem a absorção de fósforo. A presença de nitrogênio amoniacal (NH3+) aumenta a absorção do fósforo favorecendo o desenvolvimento do sistema radicular. A deficiência de fósforo se caracteriza por um avermelhamento das folhas e do talo, quando as plantinhas tem menos de 30 cm de altura, como é no caso do milho. Dizemos que o milho está "roxo de fome". Quando a absorção de fósforo é menor que as necessidades, verifica-se um acúmulo de açúcar nos tecidos das plantas favorecendo a formação de um pigmento chamado antocianina que dá o colorido às folhas. Mas devemos tomar cuidado quando atribuir o avermelhamento à deficiência de fósforo. A baixa temperatura, os estragos causados por insetos às raízes e às folhas, ação dos ventos e do granizo, e danos às raízes, são responsáveis pela planta apresentar um avermelhamento das folhas. É importante as análises do solo e foliar para determinar se a deficiência é relativa ao fósforo.
O potássio (K) é também importante para as plantas. Ele se desloca no interior da planta na forma de cátion positivo (K+). Embora as culturas exijam grandes quantidades de K, a solução do solo pode apresentar pequenas quantidades. Por isto, a necessidade de uma liberação constante do íon K+ para a solução do solo. O potássio trocável, que se encontra ligado à partículas minerais, vai para a solução do solo pela troca de cátions. A regeneração do potássio se dá a partir de formas de potássio não trocável da fração de solo. O potássio não forma compostos, como fazem o nitrogênio e o fósforo. Ele age livremente no interior da planta. Ele é importante para a formação de frutos de qualidade e resistência das plantas ao frio e às doenças. Ele age na translocação do açúcar e é necessário para a formação de aminoácidos e proteínas. Plantas bem supridas de potássio resistem mais ao murchamento. Plantas mal supridas de potássio, não resistem ao acamamento. Caules fracos ocorrem quando o nível de nitrogênio é alto e o do potássio é baixo.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Cálculo de quantas unidades de Ca e Mg foram aplicadas ao solo pela calagem

A aplicação de 6 toneladas de calcário/ha com teores de 39% CaO e 12% de MgO corresponderia a quantos cmolc/+/dm³ de Ca²+ e a quantos cmolc /dm³ de Mg ?

Já sabemos (ver postagens anteriores) que em 1 tonelada aplicada de calcário, cada 1% de CaO corresponde o fator 0,01783. Então,39 x 0,01783 = 0,69537 cmolc Ca²+/dm³.
Como são 6 toneladas,
6 x 0,69537 = 4,17 cmolc /dm³ Ca²Em relação ao MgO, para cada 1% de MgO corresponde o fator 0,0248.
12 x 0,0248 = 0,2976 cmolc /dm³ Mg²+
Como são 5 toneladas: 6 x 0,2976 = 1,78 cmolc /dm³ Mg²+
As fórmulas abaixo também podem ser usadas e darão os mesmos resultados, quando a aplicação de calcário for maior de 1 tonelada :

cmolc Ca²+/dm³ = teor de CaO %/t x (n) x 0,01783
cmolc Mg²/dm³ = teor de MgO %/t x (n) x 0,0248


onde (n) = quantidade de calcário em toneladas.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Os nutrientes das plantas (3) - Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S)



Macronutrientes Secundários

Cálcio (Ca):

É outro macronutriente importante para as plantas. É chamado macronutriente secundário junto com o magnésio (Mg) e o enxofre (S).

Os efeitos indiretos do cálcio são tão importantes quanto o seu papel como nutriente. O cálcio promove a redução da acidez do solo, melhora o crescimento das raízes, aumento da atividade microbiana, aumento da disponibilidade de molibdênio (Mo) e de outros nutrientes. O cálcio reduzindo a acidez do solo, diminui a toxidez do alumínio (Al), cobre (Cu) e manganês (Mn). Plantas que apresentam altos teores de cálcio resistem melhor a toxidez destes elementos.
As vagens chochas na soja e as folhas enroladas no milho são sintomas de deficiência de cálcio.
O cálcio existe tanto na forma de cátion como parte insolúvel dos minerais do solo. As formas disponíveis Ca++ são adsorvidas nos colóides do solo. Pela troca de cátions, elas passam para a solução do solo e depois são absorvidas pelas plantas.
O calcário e o gesso são as principais fontes de cálcio e são, também, condicionadores de solos. Além destes, existem fertilizantes que contém na sua composição o cálcio como o superfosfato simples com 18-20% de cálcio, o superfosfato triplo com 12% e outros conforme quadro que apresentamos no Capítulo da Legislação Brasileira de Fertilizantes.

Magnésio (Mg):

Outro importante macronutriente secundário. O magnésio apresenta, no solo, teores menores do que o cálcio porque é mais solúvel e sujeito, então, às perdas por lixiviação. O magnésio é fornecido sob a forma de íons Mg++ pelo sistema de troca do solo. O magnésio, como o nitrogênio, é parte da clorofila e sua deficiência aparece com um amarelecimento entre as nervuras das folhas mais velhas.
A forma disponível é a Mg++ adsorvida aos colóides do solo. Pela troca de cátions, o íon Mg++ passa para a solução do solo.

Enxofre (S):

O enxofre contido na atmosfera é uma das maiores fontes deste nutriente. As deficiência de enxofre são parecidas com as do nitrogênio – folhas amarelo-pálido. O enxofre faz parte das proteínas e é absorvido em grandes quantidades.
No solo, a maior fonte de enxofre é a matéria orgânica e no íon (SO4‾) contido no sistema de trocas do solo.
O enxofre é absorvido pelas plantas na forma (SO4‾) altamente sujeita às perdas por lixiviação.