domingo, 12 de maio de 2019

Tenho a Análise do Solo. E Agora? O Que Faço?

Se você fez a análise do solo é sinal que você quer visualizar a estrutura físico-química deste solo e dar os passos para recuperar sua fertilidade. A análise do solo, feita de maneira correta, é o primeiro passo para quem quer adotar as técnicas modernas e viáveis da agricultura consciente e partir para um aumento da produção.
No Brasil, os solos se caracterizam, em geral, por serem ácidos e pobres em nutrientes. O desmatamento deu origem à novas áreas de terras que, quando exploradas, apresentavam rendimentos satisfatórios. E assim, ano após ano sem reposição de nutrientes, até que os solos começaram a dar sinais de empobrecimento e de exaustão refletindo-se na queda da produção por área. Em

terça-feira, 3 de julho de 2018

Cálculo de Adubação em g/metro linear

No processo de recomendação de adubação, a tônica é utilizar a unidade de superfície kg/ha. Mas muitas vezes, como acontece na olericultura ou em jardins, o objetivo é conhecer a quantidade por metro quadrado (m²). Neste caso, o cálculo é simplesmente dividir a quantidade por 10 para se obter a quantidade em g/m².
Por exemplo: 500 kg/ha divididos por 10  = 50 g/m².
A expressão g/m² é aplicada em sistemas encanteirados, pois a adubação é feita somente na área superficial dos canteiros.

Entretanto, é comum a recomendação em sulcos, Neste caso, transforma-se a adubação kg/ha em g/metro linear (g m/linear).A fórmula utilizada é:

g/m linear de sulco = (Q x E)/10


Onde Q = quantidade de adubo em kg/ha;
E = espaçamento em metros (m).
Por exemplo: uma recomendação de 350 kg/ha e um espaçamento entre sulcos de 45 cm.
Ora, 45 cm = 0,45 m.
g/m linear de sulco = (350 x 0,45)/10
g/m linear de sulco = (157,5)/10
g/m linear de sulco = 15,75 g/m linear
Num sulco de 100 m:
15,75g x 100 = 1575g ou 1,575kg.

NOTA: lembre-se de transformar o espaçamento na unidade metro.

Leia também " cálculo da quantidade de adubo por sulco e cova " Clique aqui

terça-feira, 26 de junho de 2018

Limites de Tolerância para Deficiências em Fertilizantes Minerais - IN 46/2016


A IN 46/2016 de 22 de novembro modifica os limites aceitáveis em deficiências constatadas em fertilizantes minerais simples, complexos e mistos. Quando um fertilizante simples é comercializado, a indústria produtora expressa uma garantia do nutriente em pontos percentuais que atenda à sua garantia registrada no MAPA. Por exemplo, o superfosfato é comercializado com uma garantia de 18%, isto significa que ele possui 18% de P2O5. Quando se faz uma análise deste fertilizante é comum apresentar variações de percentuais, para cima ou para baixo. Para evitar abusos na

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Fertilidade do Solo: Lembretes


Os solos dos cerrados possuem alta acidez e teores baixos de Ca e Mg. Na camada arável há uma pobreza de bases e altos teores de H e Al. Nesta condição, as plantas apresentam problemas no seu desenvolvimento, pois o sistema radicular formado é pouco desenvolvido e suas raízes absorvem menos água e nutrientes. Ocorre, então, baixas produtividade. A calagem, neste caso, torna-se um imperativo, pois além de corrigir a acidez, ela adiciona ao solo Ca e Mg. A preferência seria por um

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Quanto libera de N mineralizado, anualmente, cada 1% de MOS?

A incorporação de adubos verdes contribui para aumentar a MOS
A relação C/N nos dá uma indicação da capacidade de um produto orgânico em se decompor. Os micro-organismos do solo são os responsáveis pela degradação do material orgânico e eles têm necessidade de nitrogênio (N). Uma relação C/N maior que 25 significa que há muito carbono C) em relação ao nitrogênio (N). Neste caso, os micro-organismos do solo vão esgotar as reservas do solo, em lugar de liberá-lo. Quando a relação C/N é menor que 25, os micro-organismos vão liberar o N tornando-o disponível para as plantas. Os resíduos de palha apresentam alta relação C/N, o que faz com que a sua decomposição consoma muito N. Quando se quer aproveitar os resíduos vegetais, as plantas devem ser cortadas antes do amadurecimento, pois a mineralização é maior quando elas são ainda jovens, já que a relação C/N aumenta à medida que elas se aproximam da maturidade.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Como Calcular os Níveis Críticos de P, S e Zn em Função do P-rem

A disponibilidade do fosfato e do sulfato não é uma forma muito simples de determinar, pois depende de como eles ocorrem no solo. Uma série de extratores são utilizados para determinar a solubilidade do fósforo. Por isto, as análises de solo são importantes para a recomendação de uma correta adubação. Para avaliar o P disponível no solo são usadas soluções extratoras. Um método muito usado de

terça-feira, 28 de março de 2017

Partindo das Quantidades de Matérias-Primas, Encontrar uma Formulação

Muitas vezes tentamos encontrar uma formulação de fertilizante químico que reponha exatamente as quantidades de nutrientes que nos foram recomendadas. Mas nem sempre conseguimos obter uma formulação que adicione as reais necessidades de nutrientes. Outras vezes, partimos para calcular separadamente as quantidades de N, P2O5 e K2O, usando as respectivas matérias-primas para atingir as quantidades reais

quinta-feira, 23 de março de 2017

Quanto cada 1% de CaO e MgO do Calcário Adiciona em Ca e Mg ao Solo


Existe uma maneira de calcular rapidamente quanto cmolc/dm³ de Ca e Mg serão adicionados pelo calcário ao solo agrícola. A recomendação normal de calagem é a aplicação de tantas toneladas de calcário por hectare, com um PRNT de 100% e incorporado na camada de 0-20 cm de solo. Cada 1% de CaO e de MgO, numa tonelada de calcário/ha, incorporado na camada de 0-20 cm, adiciona, respectivamente, 0,01783 cmolc Ca/dm³ e 0,0248 cmolc Mg/dm³ ao solo..

Assim, fica fácil saber quanto destes nutrientes será adicionado ao solo por um

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Solos Alcalinos - Como Baixar o pH.


A recuperação de solos alcalinos é mais difícil e leva mais tempo quando comparada à neutralização de solos ácidos. Segundo KIEHL (1979) a pluviosidade baixa acarreta o acúmulo de sais de Ca, de Mg, de K, e carbonato de sódio, de maneira a saturar o complexo coloidal, dando origem à alcalinidade dos solos. Estes solos são característicos das regiões áridas e semiáridas. Segundo o mesmo KIEHL, o solo torna-se alcalino quando a maior parte das cargas negativas dependentes de pH estão saturadas por bases. Estas desalojam o H+ que passa para a solução do solo. Portanto, as bases tomam conta da solução do solo.
Num solo alcalino, pH acima de 8, há a ocorrência de carbonato de cálcio e magnésio

quarta-feira, 2 de março de 2016

Calcários com Mesma Reatividade Podem Reagir Diferentemente no Solo

Quando compramos um calcário queremos que ele tenha velocidade para reagir no solo, ou seja, a rapidez que ele neutraliza a acidez do solo. Chamamos a isto REATIVIDADE DO CALCÁRIO ou de um corretivo. Os calcários possuem determinadas TAXA DE REATIVIDADE, de acordo com as suas frações granulométricas, que vão determinar a ação do mesmo no solo num período de 3 meses, expressa em percentagem (%). Para isto se utiliza peneiras de acordo com as