Na Parte I abordamos sobre a importância da adubação foliar na correção de deficiências, os tipos de adubação via folha e a lei do mínimo. Continuaremos, nesta parte II, a tecer comentários sobre a importância desta prática que vem crescendo ano a ano o interesse dos produtores pela adoção da mesma.
Leia a parte 1 desse artigo em:
Adubação foliar - Parte 1
Na adubação foliar, dois mecanismos se processam:
1) penetração do nutriente através da cutícula para o interior da folha. Isto se faz de maneira rápida. É a “fase passiva”.
2) o nutriente penetra no interior da célula. É um processo demorado. É a “fase ativa”.
A menor quantidade de ceras presentes na cutícula favorece a absorção dos nutrientes. As cutículas devem estar bem hidratadas. Substâncias lipoidais penetram mais facilmente nas folhas mais velhas. A absorção de nutrientes é mais intensa nas folhas novas do que nas folhas adultas e velhas.
Em relação aos nutrientes, a mobilidade dos mesmos é um dos fatores que influi na absorção de nutrientes:
Íons móveis; sódio (Na), nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), enxofre (S), cloro (Cl).
Íons parcialmente móveis: os micronutrientes - zinco (Zn), cobre (Cu), ferro (Fe), molibdênio (Mo) e manganês (Mn).
Íons imóveis: cálcio (Ca) e magnésio (Mg).
Vantagens x benefícios da adubação foliar
1) dosagem precisa – traz importantes benefícios como: menor custo na aplicação; não há desperdício de nutrientes; a aplicação é homogênea; melhor aproveitamento dos nutrientes;
2) maior uniformidade na aplicação – a lavoura apresenta-se mais homogênea; o ponto de maturação torna-se igual; e maior produtividade são os benefícios desta vantagem;
3) redução na mão-de-obra – importantes benefícios como a diminuição de custos; aplicação simultânea com herbicidas fungicidas e inseticidas.
No emprego dos fertilizantes foliares deve-se levar em consideração uma série de cuidados quanto às condições de aplicação:
Os fertilizantes foliares devem ser aplicados:
1) em dias frescos e nublados;
2) de manhã cedo e no final da tarde;
3) quando as plantas estiverem túrgidas. Quando há boa disponibilidade de água no solo, a planta mantém as células túrgidas favorecendo a penetração dos nutrientes via foliar;
4) depois da irrigação.
Os fertilizantes foliares não devem ser aplicados:
1) em dias claros e quentes;
2) nas horas mais quentes do dia;
3) quando as plantas estão murchas;
4) antes da irrigação.
O uso de agentes molhantes ou adesivos melhoram a cobertura das pulverizações sobre a superfície das folhas.
Os surfactantes são substâncias que adicionadas às soluções, suspensões ou emulsões, diminuem as tensões interfaciais e funcionam como estabilizadores das mesmas. São usados em pequenas quantidades (0,1 a 2 %). Entre eles encontramos:
Espalhantes – diminuem o ângulo de contato da água com a superfície das folhas.
Molhantes – promovem um contato maior da solução com a superfície das folhas. É o caso do uso de sabões, detergentes, lecitina de soja.
Adesivos – têm as propriedades dos molhantes mas de maneira mais acentuada. Eles formam um película protetora impedindo que a solução escorra.
Humectantes – dificultam a evaporação da água.
Dispersantes – são usados como estabilizadores de suspensões sólidas em água. É o caso da lecitina de soja.
Emulsionantes – também são estabilizadores de emulsões de óleo e água.
Efeito do pH
O pH do solo além de influir na absorção de nutrientes pode agir na disponibilidade dos mesmos. O fósforo é absorvido pela planta em pH ácido como H2PO4-, enquanto os íons HPO4-² e PO4-³ em pH alcalino.
Fontes de nutrientesLeia a parte 1 desse artigo em:
Adubação foliar - Parte 1
Na adubação foliar, dois mecanismos se processam:
1) penetração do nutriente através da cutícula para o interior da folha. Isto se faz de maneira rápida. É a “fase passiva”.
2) o nutriente penetra no interior da célula. É um processo demorado. É a “fase ativa”.
A menor quantidade de ceras presentes na cutícula favorece a absorção dos nutrientes. As cutículas devem estar bem hidratadas. Substâncias lipoidais penetram mais facilmente nas folhas mais velhas. A absorção de nutrientes é mais intensa nas folhas novas do que nas folhas adultas e velhas.
Em relação aos nutrientes, a mobilidade dos mesmos é um dos fatores que influi na absorção de nutrientes:
Íons móveis; sódio (Na), nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), enxofre (S), cloro (Cl).
Íons parcialmente móveis: os micronutrientes - zinco (Zn), cobre (Cu), ferro (Fe), molibdênio (Mo) e manganês (Mn).
Íons imóveis: cálcio (Ca) e magnésio (Mg).
Vantagens x benefícios da adubação foliar
1) dosagem precisa – traz importantes benefícios como: menor custo na aplicação; não há desperdício de nutrientes; a aplicação é homogênea; melhor aproveitamento dos nutrientes;
2) maior uniformidade na aplicação – a lavoura apresenta-se mais homogênea; o ponto de maturação torna-se igual; e maior produtividade são os benefícios desta vantagem;
3) redução na mão-de-obra – importantes benefícios como a diminuição de custos; aplicação simultânea com herbicidas fungicidas e inseticidas.
No emprego dos fertilizantes foliares deve-se levar em consideração uma série de cuidados quanto às condições de aplicação:
Os fertilizantes foliares devem ser aplicados:
1) em dias frescos e nublados;
2) de manhã cedo e no final da tarde;
3) quando as plantas estiverem túrgidas. Quando há boa disponibilidade de água no solo, a planta mantém as células túrgidas favorecendo a penetração dos nutrientes via foliar;
4) depois da irrigação.
Os fertilizantes foliares não devem ser aplicados:
1) em dias claros e quentes;
2) nas horas mais quentes do dia;
3) quando as plantas estão murchas;
4) antes da irrigação.
O uso de agentes molhantes ou adesivos melhoram a cobertura das pulverizações sobre a superfície das folhas.
Os surfactantes são substâncias que adicionadas às soluções, suspensões ou emulsões, diminuem as tensões interfaciais e funcionam como estabilizadores das mesmas. São usados em pequenas quantidades (0,1 a 2 %). Entre eles encontramos:
Espalhantes – diminuem o ângulo de contato da água com a superfície das folhas.
Molhantes – promovem um contato maior da solução com a superfície das folhas. É o caso do uso de sabões, detergentes, lecitina de soja.
Adesivos – têm as propriedades dos molhantes mas de maneira mais acentuada. Eles formam um película protetora impedindo que a solução escorra.
Humectantes – dificultam a evaporação da água.
Dispersantes – são usados como estabilizadores de suspensões sólidas em água. É o caso da lecitina de soja.
Emulsionantes – também são estabilizadores de emulsões de óleo e água.
Efeito do pH
O pH do solo além de influir na absorção de nutrientes pode agir na disponibilidade dos mesmos. O fósforo é absorvido pela planta em pH ácido como H2PO4-, enquanto os íons HPO4-² e PO4-³ em pH alcalino.
Ácidos – ácido fosfórico e ácido bórico.
Hidróxidos – hidróxido de cálcio.
Quelatos – quelatos de ferro (Fe-EDTA).
Óxidos – óxido de zinco e óxido manganoso (MnO).
Nos solos com alto teor de manganês, o ferro encontra-se em baixa disponibilidade. Fazer pulverizações com zinco.
Em citros as deficiências de zinco são corrigidas com aplicações de compostos de zinco.
No café, em solos argilosos, as deficiências de zinco são corrigidas com sulfato de zinco.
A adubação foliar é uma forma mais eficiente de corrigir deficiências de ferro (Fe) em solos alcalinos.
INCOMPATIBILIDADE
Chama-se incompatibilidade de fertilizantes a utilização de dois ou mais materiais que produzam uma deterioração de suas propriedades físicas e/ou químicas, diminuindo a eficiência dos mesmos.
Prezado Professor,
ResponderExcluirPrimeiramente gostaria de agradecê-lo por compartilhar conosco conhecimentos tão importantes e de forma tão clara e didática.
Tenho uma dúvida a respeito de recomendação de adubação foliar. Com base nos resultados de análise foliar, qual a melhor maneira de recomendar essa adubação? Caso subtrairmos o teor adequado do teor presente nas folhas, a adubação será suficiente? Quanto a mais devemos adicionar do nutriente para que haja eficiência, mas não toxicidade? Há algum material que o senhor conheça com tais recomendações?
Muito obrigada!