Uma preocupação constante no meio técnico é a utilização de fosfatos naturais reativos nas áreas de plantio direto. Os fosfatos naturais reativos têm mostrado eficiência quando utilizados na forma pó. Já foram granulados, mas a eficiência agronômica vai depender de como foi feita esta granulação. O fosfato natural reativo, quando granulado, aplicado diretamente no solo, deve voltar rapidamente à forma de pó pelo contato com a umidade do solo. Nessas condições, a área de contato com os ácidos do solo, com as secreções ácidas liberadas pelas raízes das plantas, com os micro organismos do solo, é maior, o que aumenta a solubilização e liberação de fósforo disponível para as plantas. Como essa disponibilidade é
progressiva e contínua, a planta vai encontrar fósforo durante todo o ciclo. Sabemos que a maioria dos solos brasileiros são ácidos, altamente intemperizados, apresentando deficiência de P e uma alta fixação que o torna pouco disponível para as plantas. Estima-se que do fósforo aplicado no solo, apenas 15 a 25% é disponível para as plantas. Por isto é que se empregam maiores quantidades de P, para manter as altas produtividades. No Brasil, há um predomínio da aplicação dos fosfatos solúveis em água em relação aos fosfatos naturais, entre eles os reativos. Entre os fosfatos naturais, temos os de origem vulcânica e os de origem sedimentar. Os de origem sedimentar são mais brandos, friáveis, e não precisam ser tratados quimicamente para solubilizar o seu fósforo. Como o solo não é apenas o suporte das plantas, mas é um meio vivo, dinâmico, contendo ácidos fracos, grande atividade dos micro organismos, esse solo desempenha o papel da indústria em solubilizar o fósforo. Os fosfatos de origem sedimentar são bastante reativos. No mercado comum europeu, os fosfatos naturais reativos são distinguidos pelo simples fato de que, no mínimo, 55% do seu P2O5 total seja solúvel num extrator: o ácido fórmico a 2% relação 1:100. No quadro abaixo, o "Ciclo dos Fosfatos Naturais Reativos" no solo:
progressiva e contínua, a planta vai encontrar fósforo durante todo o ciclo. Sabemos que a maioria dos solos brasileiros são ácidos, altamente intemperizados, apresentando deficiência de P e uma alta fixação que o torna pouco disponível para as plantas. Estima-se que do fósforo aplicado no solo, apenas 15 a 25% é disponível para as plantas. Por isto é que se empregam maiores quantidades de P, para manter as altas produtividades. No Brasil, há um predomínio da aplicação dos fosfatos solúveis em água em relação aos fosfatos naturais, entre eles os reativos. Entre os fosfatos naturais, temos os de origem vulcânica e os de origem sedimentar. Os de origem sedimentar são mais brandos, friáveis, e não precisam ser tratados quimicamente para solubilizar o seu fósforo. Como o solo não é apenas o suporte das plantas, mas é um meio vivo, dinâmico, contendo ácidos fracos, grande atividade dos micro organismos, esse solo desempenha o papel da indústria em solubilizar o fósforo. Os fosfatos de origem sedimentar são bastante reativos. No mercado comum europeu, os fosfatos naturais reativos são distinguidos pelo simples fato de que, no mínimo, 55% do seu P2O5 total seja solúvel num extrator: o ácido fórmico a 2% relação 1:100. No quadro abaixo, o "Ciclo dos Fosfatos Naturais Reativos" no solo:
O que significa a relação 1:100?
A relação 1:100 significa 1 grama de fosfato reagindo com 100 ml de ácido.
Cumprida essa exigência, o fosfato é considerado eficiente e liberado para comercialização. Os fosfatos sedimentares são mais reativos que os fosfatos brasileiros. Esses últimos, por sua vez, são mais duros, mais cristalizados, que requerem o tratamento, na indústria, com ácidos fortes (sulfúrico, fosfórico) para torná-los solúveis em água e disponibilizar o fósforo para as plantas.
Os fosfatos solúveis em água (superfosfatos), quando aplicados no solo, liberam imediatamente o fósforo para as plantas. O que não é aproveitado pelas plantas, sofre a fixação pelos compostos de ferro e de alumínio.
Os latossolos têm uma alta capacidade de reter fósforo em formas de baixa disponibilidade.. O que aconteceria num solo sob sistema de plantio direto? Como neste sistema não há revolvimento do solo, acredita-se que o efeito residual dos fosfatos solúveis em água seria maior, enquanto que os fosfatos naturais apresentariam uma menor solubilização. Por outro lado, nos solos sob plantio direto, a camada superficial possui acúmulo de matéria orgânica e resíduos vegetais que podem promover a solubilização dos fosfatos naturais.
Com a finalidade de analisar a eficiência dos fertilizantes fosfatados em Latossolo Bruno sob plantio direto, Fontoura, S.M.V e outros, estudaram a eficiência agronômica do superfosfato triplo e dois fosfatos naturais reativos (Arad e Gafsa) na produtividade de dois ciclos trienais de um sistema de rotação de cultura, no Paraná. Chegaram à conclusão de que o fosfato solúvel em água é mais eficiente que os fosfatos naturais em solos sob plantio direto. O efeito imediato e residual foi maior nos solúveis. Concluíram, também, que no sistema de plantio direto não há necessidade de aplicação de fertilizantes fosfatados para a obtenção de alta produtividade, se o solo apresentar teores altos de P. Com exceção de plantas muito exigentes em P, como a cevada, que apresentou aumento na produtividade quando o fósforo foi adicionado.
As funções do P para as plantas
O P do solo e eficiência
Fosfatagem do solo pelo teor de argila
Ciclo dos fosfatos naturais
As reações dos fertilizantes fosfatados e o solo
Tipos e obtenção dos fertilizantes fosfatados
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