O nitrogênio (N) é o nutriente mais absorvido pelas plantas. O solo não tem condições de suprir totalmente as plantas com o nutriente. Entra em jogo, então, a fertilização nitrogenada, vários compostos químicos, com diferentes teores de N, que vão adicioná-lo ao solo para suprir as plantas que completarão o seu ciclo de vida. Entretanto, a aplicação de fertilizantes nitrogenadas é cara. Por isto, a tentativa da pesquisa em diminuir as quantidades dos mesmos. As leguminosas, por sua vez, têm a propriedade de fixar o nitrogênio atmosférico (N2), através da simbiose com bactérias fixadoras que formam nódulos nas raízes dessas plantas. Mas é necessário fazer a
inoculação das sementes com os produtos 'inoculantes" específicos para cada cultura. A ação dessas bactérias é imprescindível porque a planta não assimila o N2.
inoculação das sementes com os produtos 'inoculantes" específicos para cada cultura. A ação dessas bactérias é imprescindível porque a planta não assimila o N2.
Os resíduos vegetais e de animais são fontes de nitrogênio. Pela decomposição desses resíduos, o nitrogênio é liberado para a solução do solo.
As plantas podem absorver o nitrogênio tanto na forma N-NO3 como na forma N-NH4. O N-NH4 sob a ação de micro-organismos se transforma em N-NO3. Há uma preferência das plantas pela absorção do N-NO3, com exceção do arroz irrigado. A forma N-NO3 é facilmente lixiviada no solo. Em solos inundados o N-NO3 dos fertilizantes nitratos é lixiviado.
O nitrogênio no solo sofre perdas: lixiviação, erosão, os processos de desnitrificação e volatilização e, é claro, as retiradas pelas culturas no seu ciclo do crescimento à produção. A ureia é muito suscetível à volatilização quando empregada na forma de cobertura, pois o aquecimento da superfície do solo, em dias muito quentes, faz com que o seu N seja volatilizado. Por isso, a recomendação de não fazer cobertura com ureia nos períodos de estiagem e quentes, sendo preferível aplicá-la nas horas mais frescas do dia e depois fazer a irrigação, ou antes da ocorrência clara de chuva.
Da quantidade de N absorvida pelas plantas, em torno de 50% é exportado pelos grãos, enquanto o restante é encontrado nos resíduos vegetais. Essa parte do N que permanece no solo encontra-se na forma inorgânica, devendo ser mineralizado, pela ação dos micro-organismos, para ser liberado e reaproveitado pelas plantas.
Os solos que apresentam alto teor de matéria orgânica podem retardar a absorção do N e outros nutrientes que estão contidos no material orgânico. Nesse caso, a aplicação do nitrogênio pode ser utilizada pelos micro-organismos e ser devolvido algum tempo depois, quando ocorre a liberação para a solução do solo. Nesse espaço de tempo pode haver um comprometimento da produtividade da cultura por uma aplicação insuficiente de N.
Uma questão que merece atenção é de que haverá resposta à aplicação de nitrogênio, na maioria dos solos brasileiros, quando houver suficiente fósforo (P) disponível no solo. Nos solos pobres de P, o sucesso da adubação nitrogenada vai depender da correção do teor de P.
Na incorporação no solo de resíduos vegetais, a relação C/N tem uma grande importância para promover a disponibilidade de N. A imobilização e a mineralização vão aparecer de acordo com essa relação. Ou seja:
a) Relação C/N > 30:1 - haverá um predomínio do processo de imobilização. A decomposição dos resíduos vegetais será mais demorada. Deve-se, então, adicionar aos resíduos uma fonte nitrogenada para estimular a decomposição. A imobilização faz com que um alto teor de N no solo não esteja disponível para as plantas porque os resíduos(palha) sendo ricos em carbono (C) e pobres em nitrogênio (N), os micro organismos do solo que vão decompô-los precisarão de mais nitrogênio. Como a palha é pobre em N, os micro organismos vão buscar, também, o N contido no solo;
b) Relação C/N entre 20-30:1 - equilíbrio entre a imobilização e a mineralização;
c) Relação C/N < 20% - predomínio da mineralização.
Professor,
ResponderExcluirGostaria que o Sr mencionasse mais sobre inoculação de leguminosas.