É Possível Tolerância Zero para as perdas de Nutrientes no solo?
É impossível adotar-se uma "tolerância zero" para as perdas dos nutrientes aplicados através das adubações. Mas, é possível minimizá-las manejando as quantidades recomendadas pela análise do solo, conforme as condições do solo, do clima, etc. O certo é manejar as aplicações dos fertilizantes levando em conta a fertilidade do solo e as reais necessidades de cada cultura. Cada cultura tem uma necessidade diferente em termos de NPK. Portanto, a recomendação de fazer uma análise de solo antes de plantar. Conhecer o solo, sua fertilidade, seu conteúdo em
nutrientes, aplicar os fertilizantes nas dosagens recomendadas, conhecer o tipo de solo, as condições de clima, é meio caminho para minimizar estas perdas.
nutrientes, aplicar os fertilizantes nas dosagens recomendadas, conhecer o tipo de solo, as condições de clima, é meio caminho para minimizar estas perdas.
Podemos encontrar 4 formas de perdas dos nutrientes dos fertilizantes aplicados ao solo.
1. Lixiviação - os nutrientes são lixiviados através do perfil do solo. O nitrato (NO3) sendo muito solúvel é pouco retido nos coloides do solo e muito sensível à lixiviação. Nos solos ricos em fósforo, uma parte do nitrato pode ser lixiviado pelas águas de drenagem. O potássio, em solos arenoso, é facilmente lixiviado para as camadas mais profundas do solo;
2. Erosão - um solo sem proteção contra a erosão, ou um solo descoberto, é muito propício à erosão provocada pelas águas da chuva ou pela ação dos ventos. Um solo submetido à erosão, constitui-se numa fonte de perdas de toneladas de terra a qual contém matéria orgânica e os nutrientes aplicados na fertilização, sendo carregada pelas águas das chuvas, empobrecendo e diminuindo a fertilidade;
3. Volatilização - são as perdas para o ar na forma de gases. A ureia aplicada na superfície, sem incorporação, submetida a seca e ao calor, perde até 20% do seu valor como fertilizante. Por isso, não se recomenda aplicar a ureia em época de seca ou nas horas mais quentes do dia. Na compostagem, o produtor deve cobrir com lona o produto para evitar as perdas de N-amoniacal;
4. Desnitrificação - nos solos pesados, compactados e mal drenados, o nitrato se transforma em N2O. Esta forma não é absorvida pelos vegetais.
O produtor deve pensar em minimizar estas perdas. O nitrogênio não se acumula no solo de uma cultura para outra. Estando disponível, ele deve ser absorvido rapidamente pelas plantas. Caso contrário ele será perdido pelas formas descritas acima e será, também, imobilizado pelos micro-organismos. Por isto a recomendação de parcelar 1/3 da aplicação por ocasião da semeadura e o restante 30-40 dias após conforme a cultura.
Nos solos arenosos, a aplicação de potássio deve ser parcelada conforme a recomendação dos órgãos oficiais para cada cultura.
O fósforo tem melhor eficiência em solos corrigidos, sem acidez. Para evitar a retrogradação - quando o fósforo volta à forma tricálcica, insolúvel, não aproveitada imediatamente pelas plantas - o produtor deve evitar aplicar calcário e fosfatos solúveis em água, os dois juntos. Esperar um período de 30 dias, após a calagem, para aplicar o adubo fosfatado solúvel.
Nos solos arenosos, a aplicação de potássio deve ser parcelada conforme a recomendação dos órgãos oficiais para cada cultura.
O fósforo tem melhor eficiência em solos corrigidos, sem acidez. Para evitar a retrogradação - quando o fósforo volta à forma tricálcica, insolúvel, não aproveitada imediatamente pelas plantas - o produtor deve evitar aplicar calcário e fosfatos solúveis em água, os dois juntos. Esperar um período de 30 dias, após a calagem, para aplicar o adubo fosfatado solúvel.
muito bom!
ResponderExcluirOlá, estou com uma grande duvida na utilização de nitrogênio em meu cafezal, se utilizo a ureia comum com 45% de N ou a ureia protegida com S, de liberação lenta com 29% de N.
ResponderExcluirVoce pode usar um dos dois. A vantagem da liberação lenta é não disponibilizar de imediato o N.
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