quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Exercício sobre Mistura de Superfosfatos

Muitas vezes o produtor tem fertilizante que sobrou de safras passadas e que podem ser usados, complementando-se as necessidades de nutrientes com a compra do mesmo fertilizante ou de outro que tenha o mesmo nutriente exigido. Claro que o custo benefício vai ser levado em consideração na hora da compra: ou o mesmo fertilizante ou misturá-lo com outro de maior concentração do nutriente.
Um produtor tem estocado na sua propriedade 360 sacos de superfosfato simples. Ele deseja fazer a correção do solo com a recomendação de 90 kg/ha de P2O5. A área total destinada à lavoura é de 180 hectares. A intenção é comprar o superfosfato triplo que possui 42% de P2O5, para completar as necessidades. Quantos sacos deverá comprar e qual a relação da mistura ?
Necessidade total de P2O5 = 180ha x 90 kg P2O5 = 16.200 kg P2O5
1) Fósforo (em P2O5) fornecido pelo superfosfato simples (SS):
360 sacos x 50 kg = 18.000 kg de SS = 18 t de SS
em 100 kg SS .................. 18 kg P2O5
em 18.000 kg SS ..................... X ......
X = (18.000 x 18) / 100 = 3.240 kg P2O5
Temos que complementar o P2O5
16.200 – 3.240 = 12.960 kg de P2O5
2) Utilizando o super triplo (ST) com 42% P2O5 100 kg ST .................. 42 kg P2O5
......X......................... 12.960 kg P2O5
X = (100 x 12.960) / 42 = 30.857 kg = 30,85 t de ST
Ou podemos fazer o cálculo já direto em toneladas pois 100 kg ST= 42 kg P2O5; 1.000 kg(1t) = 420 kg P2O5
1 t ST ............... 420 kg P2O5
......X...............12.960 kg P2O5
X = 30,85 toneladas de ST
A relação será: 30,85/18 = 1,71/1
"Para cada tonelada de SS, mistura-se 1,71 toneladas de ST. Ou, para cada saco de 50 kg de SS, 1,7 sacos de ST (85 kg)".

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cálculo da Dosagem de Vinhaça para Aplicação na Cana

A vinhaça é um subproduto da cana, rica em potássio (K), matéria orgânica, outros nutrientes como N, P, sulfatos e água. Cada litro de alcool produzido gera 14 litros de vinhaça. É um material corrosivo, mal cheiroso, e que carece de cuidados para não poluir o lençol freático. A concentração máxima de potássio no solo não poderá exceder 5% da CTC a pH 7,0. As áreas para aplicação de vinhaça não podem estar contidas nos domínios das Áreas de Preservação Permanente - APPs ou de Reserva legal ou nas áreas de proteção de poços. As áreas devem estar, ainda, afastadas um quilometro das áreas populacionais.
A dosagem de vinhaça a ser aplicada na cana-de-açúcar é conhecida pela fórmula:

QV = [(0,05 x CTC – Ksolo) x 3744 +185] / Kvinhaça

QV = quantidade de vinhaça em m³;
0,05 = 5% da CTC a pH 7,0;
CTC = valor da CTC a pH 7,0;
Ksolo = teor de potássio (K) na profundidade de 0,80 cm;
3744 = constante que transforma cmolc K/dm³ para kg K/ha na profundidade de 0,80 cm;
185 = kg de K2O extraído pela cultura por hectare e por corte;
Kvinhaça = teor de K na vinhaça expresso em kg K2O/m³.


quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Saturação de Potássio (K) da CTC a pH 7,0 com KCl

Com a aplicação, em adubação corretiva, em toda a área, de cloreto de potássio com um teor de 60% de K2O, podemos calcular que esta adubação contribuiu para aumentar o teor de potássio no solo e saturar de potássio a CTC a pH 7,0 a uma determinada percentagem.
Seja um solo que apresenta o valor T igual a 7,2 cmolc/dm³ e o teor de potássio é de 0,08 cmolc/dm³. Foram empregados, neste solo, como adubação corretiva por hectare, a quantia de 400 kg de cloreto de potássio que possui 60% de K2O.


Vamos calcular quanto de K2O fornece os 400 kg de KCl (cloreto de potássio)
Em 100 kg KCl temos .......60 kg K2O
400 kg KCl teremos ................. X .......
X = (400 x 60) / 100 = 240 kg K2O
Por outro lado, considerando os pesos atômicos do potássio K=39 e do oxigênio O= 16 (arredondamos), calcularemos quantos g/ha de potássio (K) representa os 240 kg de K2O.
K2O ------------------ K2
(39x2) + 16 --------- (39x2)
em 94 kg K2O .......... 78 kg K
em 240 kg K2O ............ X.....
X = (94 x 240) / 78 = 199 kg/ha K = 199.000 g K/ha
Considerando que 1 hecatre de solo à profundidade 0-20 cm tem 2.000³ ou 2.000.000 dm³:
199.000 g k ........ 2.000.000 dm³
..........X...........................1 dm³
X = (1 x 199.000) /2.000.000 = 0,0995 g/dm³ K
cmolc/dm³ K = peso atômico (g)/valência/100
cmolc/dm³K = 39 g/1/100 = 0,039 g/dm³

1 cmolc/dm³ K ..................0,39 g/dm³
..........X..............................0,0995 g/dm³
X = (0,0995 x 1) / 0,39 = 0,25 cmolc/dm³ K
Como o solo já tem 0,08 cmolc/dm³ K ele ficou com 0,33 cmolc/dm³ (0,25+0,08).
Para saber que percentagem da CTC foi saturada com potássio:
Em 7,2 cmolc/dm³ ................. 0,08 cmolc/dm³ K
............ X ....................................0,33 cmolc/dm³ K
X = (0,33 x 7,2) / 0,08 = 4,58%

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Compostagem - Manter a Relação C/N

No processo de compostagem é necessário conhecer os teores de nitrogênio (N) e carbono (C) de cada um dos resíduos utilizados; para determinar-se a relação C/N. Sabe-se que os microorganismos aproveitam 30 partes de carbono para 1 parte de nitrogênio. Por isto, é que se diz que a relação C/N de 30:1 é a mais indicada para a mistura. Mas nem todo material orgânico é aproveitado pelos microorganismos: eles aproveitam 10 partes de carbono para a sua biomassa e as outras 20 partes são perdidas na forma de gás carbônico, no processo de respiração. A relação inicial de 30:1 acaba caindo para 10:1. A prática é combinar materiais com C/N alta com materiais de relação C/N baixa.
Para se calcular quantas partes de material rico em carbono devem ser colocadas para cada parte de material rico em nitrogênio, utiliza-se a fórmula abaixo:
Onde:
Nn = % de N do material rico em N;
Cn = % de carbono (C) do material rico em N;
Nc = % de N do material rico em carbono;
Cc = % percentagem de carbono do material rico em carbono

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Cálculo da Quantidade de Fertilizantes Orgânicos - Sólidos e Líquidos

As cascas de café, por serem ricas em nutrientes, devem retornar ao cafezal; elas contêm, para cada um quilo de cascas, 15 g N, 0,1 g P e 25 g de K.
Os materiais orgânicos utilizados no plantio devem ter sua relação C/N avaliada. Materiais ricos em carbono conduzem a uma falta de nitrogênio se não for utilizada uma fonte nitrogenada. Nos materiais orgânicos, os nutrientes, com exceção do potássio (K), estão na forma orgânica. É preciso uma decomposição e mineralização da matéria orgânica para liberar estes nutrientes para o solo. Por outro lado, a absorção de nutrientes pela planta, também é lenta. Isto é vantajoso porque não são necessárias adubações parceladas, e as perdas de nutrientes, por lixiviação, é bem menor.
Os materiais orgânicos devem ser analisados antes de aplicá-los na lavoura, porque varia de espécie para espécie, os teores de nutrientes; assim como os materiais oriundos de animais. A relação C/N é importante para sabermos o estágio provável de mineralização da matéria orgânica. Os fertilizantes orgânicos podem ser sólidos ou líquidos. Para calcular as necessidades dos mesmos utilizamos as fórmulas a baixo:
1) Fertilizantes orgânicos sólidos:

NFO = necessidade de fertilizante orgânico sólido aplicado ou a aplicar em kg/ha; g/planta;
A = quantidade de nutriente aplicado ou a aplicar em kg/ha ou g/planta;
B = teores de matéria seca MS % do fertilizante orgânico;
C = teor do nutriente na MS (%);
D = índice de conversão dos nutrientes, conforme tabela abaixo.



2) Fertilizantes orgânicos líquidos:

NFO = necessidade de fertilizante orgânico sólido aplicado ou a aplicar em kg/ha; g/planta;
C = concentração do nutriente no fertilizante orgânico em m³/ha ou L/planta
D = índice de conversão dos nutrientes.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Adubação do Maracujazeiro para o Rio de Janeiro - Parte 3

Esta é a terceira postagem que publicamos sobre a adubação do maracujá; nela vamos abordar o Estado do Rio de Janeiro. Na “Adubação do Maracujazeiro – Parte 1 – foi comentada a adubação para os Estados da Bahia e São Paulo; na “Adubação do Maracujazeiro – Parte 2 – foi a vez da adubação para o Estado de Minas Gerais.
O maracujá responde muito bem à adubação, sendo o nitrogênio e o potássio os nutrientes absorvidos em maiores quantidades pela cultura. Chamamos a atenção do produtor, mais uma vez, para a análise do solo,

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Adubação do Maracujazeiro para Minas Gerais - parte 2

Na postagem O Maracujá (1) aborda as adubações para os Estados da Bahia e São Paulo. Através de tabelas, as recomendações foram feitas em quantidades de fertilizantes – uréia, supersimples e cloreto de potássio - de acordo com a análise do solo.
Nesta publicação “O Maracujá (2)” vamos tecer considerações sobre o Estado de Minas Gerais. O maracujazeiro absorve grandes quantidades de nutrientes: o nitrogênio (N) ao redor de 205 kg/ha/ano; o potássio (K2O), 221 kg/ha/ano. Por outro lado, a exportação destes nutrientes pelos frutos é a seguinte: nitrogênio, 44 kg/ha; o potássio, 89 kg/ha.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Adubaçao do Maracujazeiro na Bahia e São Paulo - Parte 1

A planta de maracujá prefere solos areno-argilosos, com pH entre 5,0 e 6,5, temperaturas médias de 25-26 °C, e uma precipitação pluviométrica anual de 800 a 1.750 mm, bem distribuídos mensalmente. Além disto, para florescer, requer uma luminosidade de onze horas diárias. Se plantado em abril/junho, floresce em setembro e a colheita começa em  novembro. O maracujazeiro  responde bem à adubação. O nitrogênio e o

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Postagens sobre Adubação do Maracujazeiro

Atendendo várias solicitações de leitores, estaremos publicando no período de 15 a 22 deste mês, três postagens sobre adubação do maracujazeiro:
Dia 15 - adubação para os Estados da Bahia e São Paulo;
Dia 17 - adubação para o Estado de Minas Gerais;
Dia 22 - adubação para o Estado do Rio de Janeiro.
Esperamos atingir nossos objetivos e que os prezados leitores gostem dos mesmos e que sirvam de informações para os mesmos.
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