quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Por que as Pastagens Morrem?

O que é degradação de pastagens?

A degradação de pastagens caracteriza-se por perda de vigor e produtividade da forrageira. Pastagens mal manejadas degradam. Isto vai afetar a produção, o desempenho econômico do gado e termina com a degradação do solo, pela falta de um manejo adequado. Uma pastagem é chamada de degradada quando há plantas invasoras ou solo descoberto. A escolha de uma forrageira de qualidade, adaptada à região, a adoção de práticas conservacionistas, o manejo dos animais e a correção e adubação do solo são as armas que o produtor rural deve empregar para o aumento da produção e uma maior longevidade das pastagens.
A degradação das pastagens pode ser evitada com a utilização de técnicas melhoradas para aumento da produção. Mas é possível recuperar ou renovar uma pastagem. Recuperar uma pastagem consiste em manter a mesma espécie forrageira para restabelecer a produção. Renovar uma pastagem consiste na introdução de uma nova espécie forrageira para restaurar a produção. Tanto a recuperação como a renovação podem ser efetuadas de forma direta ou indireta. Acessando o site abaixo é possível a obtenção de maiores informações sobre a recuperação ou renovação de pastagens nas suas diferentes formas.

Os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) são muito eficientes na recuperação ou renovação de pastagens.

Com este sistema ILPF há um aumento da fertilidade do solo, com melhoria nas propriedades físicas, químicas e biológicas, melhor controle de pragas e doenças, controle das ervas daninhas e melhor sustentabilidade da agropecuária.
O plantio direto de pastagem anual ou lavouras na recuperação e renovação de pastagens é recomendado quando estas perdem vigor ou apresentam queda de produtividade, no início da degradação, quando a fertilidade do solo for ideal e a ocorrência de pragas e doenças não constitui uma limitação ao plantio de grãos e pastos.
A Brachiaria brizantha possui baixa resistência ao estresse hídrico, bem como os solos onde cresce apresentam, nas épocas de chuvas, um escorrimento superficial da água, reduzindo a infiltração no perfil do solo. As pastagens mais antigas sofrem mais, fato este aumentado pela falta de manejo e recuperação da fertilidade do solo, ataque de pragas e doenças e déficit hídrico.
A ocorrência de pragas é responsável pela morte das pastagens. A praga que causa maiores prejuízos é a cigarrinha-das-pastagens que ataca as espécies de brachiárias, principalmente a brachiária decubens, em solos com pobreza de nutrientes ou onde não é feita a reposição dos mesmos, em pastagens mal manejadas ou com alto pisoteio ou pastejo baixo. O combate das cigarrinhas deve iniciar quando for constatado o número de 20 a 25 ninfas/m². Nas épocas de chuva o levantamento da existência desta praga deve ser feito a cada 15 dias. Existe o controle biológico feito com o fungo "Metarhizium anisopliae" ou a introdução de gramíneas resistentes às cigarrinhas, o manejo para ajuste da lotação de animais evitando que sobre pasto, ou o controle químico com orientação e supervisão técnica.
As lagartas consomem as folhas, mas são de fácil controle. O ataque de fungos do solo às pastagens de braquiarão tem levado à morte as pastagens, principalmente em solos argilosos de difícil drenagem, pelo excesso de umidade.
Para a recuperação de pastagens degradadas, o  Programa ABC - Agricultura de Baixo Carbono -  possui recursos da ordem de R$ 3 bilhões para estimular as propriedades agrícolas  na busca da sustentabilidade. Entre as diversas linhas de financiamento, a Recuperação de Pastagens Degradadas é uma delas. A proposta é recuperar 15 milhões de hectares de pastos degradados com a utilização de manejo adequado e adubação, visando uma redução de 83 a 104 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente/ano, até 2020. O programa ABC visa, também, dar incentivo para a formação de sistemas produtivos como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) com um aumento de área de 4 milhões de hectares e uma redução de 18 a 22 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente/ano. Resta o produtor procurar sua agência bancária e lançar mão destas linhas de financiamento e manter uma agricultura sustentável na sua propriedade.
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