Uma alternativa para a sustentabilidade da agricultura
Os sistemas de agrofloresta são classificados em três tipos:
Os sistemas de agrofloresta são classificados em três tipos:
B. silvipastoril - são as árvores consorciadas com pastagens e/ou animais;
C. agrossilvipastoril - são as árvores consorciadas com lavouras, pastagens e/ou animais.
O sistema agrossilvipastoril deu origem, atualmente, ao Sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.
O que é o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF)?
O ILPF é um sistema que consiste, dentro de uma propriedade
rural, na exploração de grãos, carne, leite e madeira. Com o ILPF, o agricultor pode plantar milho para grão ou silagem, pode fazer a renovação de pastagens e plantar eucalipto. O eucalipto produz mourão, carvão, postes, escoras e serve como sombra e quebra-ventos, para proteção dos animais no campo. O produtor que adotar o sistema beneficiar-se-á de três fontes de renda: da produção de grãos a curto prazo, da produção de leite e carne a médio prazo, e da produção de madeira a longo prazo. O sistema ILPF promove uma melhoria na fertilidade do solo, aumento de matéria orgânica no solo, maior eficiência da adubação, reciclagem de nutrientes e aproveitamento dos resíduos das culturas.
rural, na exploração de grãos, carne, leite e madeira. Com o ILPF, o agricultor pode plantar milho para grão ou silagem, pode fazer a renovação de pastagens e plantar eucalipto. O eucalipto produz mourão, carvão, postes, escoras e serve como sombra e quebra-ventos, para proteção dos animais no campo. O produtor que adotar o sistema beneficiar-se-á de três fontes de renda: da produção de grãos a curto prazo, da produção de leite e carne a médio prazo, e da produção de madeira a longo prazo. O sistema ILPF promove uma melhoria na fertilidade do solo, aumento de matéria orgânica no solo, maior eficiência da adubação, reciclagem de nutrientes e aproveitamento dos resíduos das culturas.
É um sistema fundamental para a sustentabilidade da agricultura, com redução dos custos devido a menor utilização de fertilizantes. O ILPF surgiu da dificuldade dos produtores de conseguirem palhada para o plantio direto e dos altos custos para recuperar pastagens degradadas. As espécies milheto, aveia, sorgo e braquiárias plantadas após a soja dão origem à forragens de alto valor nutritivo, de baixo custo, que alimentam o gado, nos períodos de seca, e os resíduos são utilizados como palhada.
Recuperação de pastagens degradadas
O sistema ILPF viabiliza a recuperação de pastagens degradadas. É aproveitada a calagem e correção do solo realizadas no plantio das culturas econômicas, como milho, soja e outras. Depois, estas áreas são utilizadas para formação de pastagens de alta qualidade e valor nutritivo, cujos resíduos são usados como palhada para o plantio direto. A lavoura permite a recuperação de pastagens degradadas, e a pastagem se beneficia do residual de adubo da lavoura, da reciclagem de nutrientes, e a floresta sequestra carbono e dá proteção aos animais.
O plantio do eucalipto é feito em linhas mais espaçadas, 9 a 10 m, e nas entrelinhas são semeadas culturas de ciclo anual, ou seja, soja, milho, arroz, etc, por um período de 1 a 3 anos. Isto serve para amortizar os custos de implantação da floresta. Após é implantada a pastagem nas entrelinhas do eucalipto, quando a sombra das árvores impedem o bom desenvolvimento das lavouras de grãos. A partir do sétimo ano, a floresta já começa a produzir madeira.
Com o ILPF há uma maior infiltração da água das chuvas e maior sequestro de carbono. O ILPF é um tipo de serviço ambiental praticado pelo agricultor rural.
Quais são as vantagens do sistema ILPF?
O sistema ILPF apresenta uma série de vantagens tanto para o produtor como para o solo e meio ambiente:
1. Com baixo custo, o produtor rural pode recuperar pastagens degradadas;
2. Permite a produção de pasto, forragens para os períodos de seca, produção de grãos e palhada para o plantio direto;
3. Aumenta a eficiência dos fertilizantes, pois o produtor pode diminuir a quantidade em virtude da reciclagem de nutrientes que se verifica das camadas mais profundas para as camadas superficiais do solo;
4. Permite combater a monocultura que tantos prejuízos causa ao solo. Com isto reduz a degradação do solo e há um melhor controle de pragas e doenças;
5. Ajuda na redução dos custos das atividades agrícola e pecuária, bem como na implantação da floresta;
6. Arborização de pastagens e proteção dos animais, com a formação de sombreamento e quebra-ventos;
7. Aumenta a renda do produtor, pois ele tem lavoura, pecuária e florestas para comercializar seus produtos, ou seja, grãos, leite e carne, e madeira;
8. Maior produtividade das lavouras, da pecuária e da floresta;
9. Produção de madeira através de um manejo ecologicamente correto;
10. Menor tempo de ociosidade da terra. Segundo a Embrapa, se o produtor planta somente soja, ele mantém suas terras 42% do tempo ocupadas, no período de um ano; se ele planta soja, depois milho safrinha com capim, para pastagem ou palhada, passa ocupar a terra 92% do tempo.
O sistema ILPF pode ser utilizado em qualquer área dos Biomas brasileiros, adaptando-se a cada um deles. Não existe tamanho de propriedade definido para a implantação do ILPF. As pequenas propriedades podem adotar o sistema.
É claro, que o sistema ILPF exige investimentos, como os custos na aquisição de animais para recria, mas é um sistema com grandes vantagens sobre o sistema tradicional. É a forma do agricultor ocupar suas terras, produzir mais e de forma sustentável, com benefícios ao meio ambiente e ter renda diferenciada que pode ser útil no caso de perdas, por exemplo, das lavouras por condições adversas do clima. Mas não basta apenas implantar o sistema. O agricultor deve buscar informações técnicas, participar de cursos, treinamentos e dias de campo, ter a assistência técnica ao seu lado, procurar os órgãos de pesquisa e visitar os vizinhos que adotaram o sistema ILPF, para troca de experências.
Em Minas Gerais o ILPF cresceu 80% desde 2008. Os agricultores contam com ajuda da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais e do Serviço de Extensão Rural (Emater/MG), recebendo calcário, adubos, sementes de milho e de braquiária. As propriedades possuem pastagens degradadas.
O Estado do Paraná utiliza bastante o sistema ILPF conseguindo ótimos resultados na redução dos gases de efeito estufa e uma maior produtividade agrícola. Neste Estado, o sistema ILPF aumentou a produtividade das pastagens entre 15 e 20% e elevou a renda bruta do produtor rural em mais de 500% ao ano.
O Programa ABC - Agricultura de Baixo Carbono tem recursos de R$ 3,15 bilhões para investimentos na implantação de sistemas ILPF e para o Plantio Direto na Palha, com juros baixos e prazo longo. O produtor rural deve procurar sua agência bancária e se informar sobre o assunto. O produtor pode financiar até R$ 1 milhão com juros de 5,5% a.a. prazo de até 15 anos com 8 anos de carência.
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