segunda-feira, 13 de julho de 2009

A água do Solo - Parte II

Na postagem anterior, Parte I verificamos ocomportamento da água no solo, a necessidade de um melhor desenvolvimento do sistema radicular, a capacidade da planta e do solo em reter água. Na Parte II, teremos a oportunidade de analisarmos os mecanismos de transporte e absorção dos nutrientes do solo.

Como se verifica a absorção e transporte de íons.

1. Interceptação pelas raízes ou “captação pelas raízes”
. Depende do desenvolvimento do sistema radicular da planta que, por sua vez, depende de um nível adequado de umidade. Ela é importante para os nutrientes não móveis como o cálcio e o magnésio. Este mecanismo se verifica quando a raiz cresce e encaminha os nutrientes que são absorvidos. A interceptação de raízes facilita a ação dos outros mecanismos de transporte: a difusão e o fluxo de massa.

2. Fluxo de massa. Se verifica quando o nutriente é carregado de um local de maior potencial de água para um de menor potencial, próximo das raízes. Existe um potencial de água no solo maior que aquele junto à raiz. A transpiração da planta é que causa esta diferença de potencial e que acarreta o movimento de massa da água em direção à raiz carregando os íons que se encontram na solução do solo. O fluxo de massa segue o fluxo de absorção e perda de água da planta. Resulta das perdas de quantidades de água pelas folhas, sendo ponto de partida para uma complexa série de “gradientes de concentração” desde a superfície das folhas até chegar à superfície do sistema radicular. Os nitratos e sulfatos são exemplos de nutrientes absorvidos por este mecanismo.

3. Difusão. O nutriente entra em contato com a raiz ao passar de uma zona de maior concentração para uma de menor concentração, próxima à raiz. O fósforo e o potássio estão firmemente adsorvidos ao solo e, consequentemente, em baixo teor na solução do solo. A difusão passa a ser o mecanismo de transporte. Ocorre quando a absorção é superior à chegada do nutriente à superfície da raiz. Cria-se um gradiente de concentração que proporciona a difusão dos nutrientes. Na presença da água, os íons que estão mais longe são arrastados para mais perto. Este processo é mais rápido em solos com umidade. Se o teor de umidade decresce no solo, a absorção de fósforo, pelas pequenas plantas de milho, é reduzida. A aplicação de fertilizantes em áreas úmidas do solo, ocupadas pelas raízes, provoca uma melhora na absorção dos nutrientes em relação à aplicação em um solo seco. Por isto, a vantagem de incorporar o fertilizante com aração, e coberturas seguidas de irrigação ou tempo para chuva.

A fertilização adequada aliada a outras técnicas corretas, aumenta a produtividade das culturas por unidade de água disponível, por uma série de fatores:
a. o crescimento inicial das plantas é melhorado e com isto a área foliar aumenta e uma melhor fotossíntese;
b. o desenvolvimento do sistema radicular é maior, com raízes mais profundas que vão buscar água a maiores profundidades no solo além de suportar melhor os períodos de seca;
c. aumento da cobertura vegetal que torna menores as perdas por escorrimento (erosão), facilitando uma maior infiltração de água.
d. acelera a maturidade das plantas e com isto faz com que o período que ficarão dependentes de água seja menor.

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