terça-feira, 19 de julho de 2011

Correção do Solo Total e Gradual

Os solos do Brasil, em geral, são deficientes em fósforo e potássio. Nestes solos, torna-se importante a correção do nível destes nutrientes para permitir um bom desenvolvimento e uma melhor expectativa de produção das culturas. Em alguns Estados, é recomendada a correção total visando elevar os níveis de fósforo (fosfatagem) e potássio do solo até o teor crítico. O teor crítico é um valor obtido pela pesquisa de vários cultivos, por vários anos, até a obtenção de um rendimento, na média, de 90% (85 a 95%) do rendimento máximo econômico da cultura. Este ponto crítico é o limite inferior da faixa "alta". Numa postagem anterior
abordamos sobre ponto crítico que o leitor poderá relê-la.
Quando os níveis de fósforo e potássio são de muito baixo a médio, a resposta das plantas à aplicação de fertilizantes fosfatados e potássicos é muito maior em termos de rendimento por área. Quando os teores destes nutrientes, no solo, estão nas faixas  alto ou muito alto, as chances de resposta das culturas à aplicação de fertilizantes é pequena ou quase nula. Neste caso, a adubação de manutenção é feita com a adição de quantidades de nutrientes retirados pelas culturas (grãos ou massa verde) mais as perdas que se verificam no sistema de cultivo.
A adubação de correção pode ser "Total ou Gradual".
1- Correção Total:
É bastante usada quando os teores de fósforo e potássio são deficientes nos solos. É um investimento alto, que deve estar disponível no momento, o prazo de pagamento deve ser maior quando se obtém crédito rural. Mas é um investimento que traz um retorno em termos de produtividade e que se faz a cada 3 a 5 anos, dependendo do manejo utilizado. O fertilizante deve ser aplicado todo de uma só vez. Por isto é chamada correção total. Quando os teores de P e K são altos ou muito altos, não se faz a correção do solo. A prática é somente aplicar as quantidades de manutenção ou repor os nutrientes exportados pelas culturas. A correção visa aumentar os níveis de P e K no solo, melhorando a fertilidade e criando um campo propício ao desenvolvimento das plantas que recebem, anualmente, a adubação de manutenção ou de reposição. Na correção do solo, os teores recomendados de fósforo (fosfatagem) e de potássio são maiores na faixa muito baixo, menor na faixa baixo e menor ainda na faixa médio. A finalidade é elevar os teores de P e K até o teor crítico.
2 - Correção Gradual:
Consiste na aplicação de P e K em dois cultivos. Quando os teores de P e K estão compreendidos nas faixas muito baixo e baixo, a dose recomendada de P e K deve ser aplicada 2/3 no primeiro, e 1/3 no segundo cultivo. Quando o teor de P e K está inserido na faixa médio, a adubação de correção de P e K deve ser feita, totalmente, no primeiro cultivo. Por que? Porque a dose recomendada é muito pequena. Além desta correção de P e K, deve ser feita a adição de quantidade necessária para cada cultura e conforme a recomendação das tabelas oficiais de cada Estado.
Na correção, os fertilizantes devem ser aplicados a lanço. No sistema convencional, procede-se à incorporação destes fertilizantes aplicados a lanço. No sistema de plantio direto, os fertilizantes podem ser aplicados a lanço ou na linha de semeadura e mantidos na superfície do solo.
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2 comentários:

  1. olá fiz uma aplicação de 100 kg de cloreto logo após o plantio do milho, mas no outro dia ocorreu uma chuva de 80 mm , vou perder muito por lixiviação ? meu solo é de 45 % de argila ..

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    1. isto depende: solo arenoso a lixiviação é maior. Solos desprotegidos ou sujeitos à erosão haverá perdas. É muito difícil quantificar, a planta mostrará os sintomas se houver deficiência de potássio.

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