O nitrogênio é um nutriente importante para o desenvolvimento e crescimento das plantas. O nitrogênio se encontra na atmosfera, e o ar contém 82 mil toneladas de N para cada hectare. Mas, este N não pode ser absorvido diretamente pelas plantas. A exceção se verifica para as leguminosas que têm a propriedade de fixar o nitrogênio do ar, através das bactérias fixadoras que existem em simbiose nas raízes. Hoje, já encontramos inoculantes específicos para trigo, milho, arroz que estão sendo lançados no mercado, ou ainda em pesquisa. Portanto, para as demais culturas, existe a necessidade da aplicação de fertilizantes nitrogenados. Cabe à indústria química de fertilizantes sintetizar este N do ar para a produção de amônia, que é o ponto de partida para a fabricação dos adubos nitrogenados.
A fixação do N do ar com o hidrogênio (H) à temperatura elevada produz amônia (NH3) anidra, livre de água. O gás natural é a maior fonte de H na produção de amônia. A amônia possui 82% de N. As plantas aproveitam o N nas formas nítrica (NO3) e amoniacal (NH4).
A fixação do N do ar com o hidrogênio (H) à temperatura elevada produz amônia (NH3) anidra, livre de água. O gás natural é a maior fonte de H na produção de amônia. A amônia possui 82% de N. As plantas aproveitam o N nas formas nítrica (NO3) e amoniacal (NH4).
Forma de absorção N-nítrica (NO3)
É a forma preferida de absorção pelos vegetais. A forma nítrica é absorvida pelos microorganismos do solo. Como não é absorvida rapidamente pelo solo, o N-nítrico movimenta-se livremente, o que ocasiona perdas por lixiviação ou por erosão. Nos solos alagados, o N-nítrico sofre o processo de desnitrificação com perdas de N para o ar. O processo é o seguinte:
As culturas e os fertilizantes provocam emissões de NO2- para a atmosfera: no milho, as emissões são dez vezes maiores do que no feijão; nos fertilizantes, a uréia apresenta maiores perdas de NO2- para atmosfera do que o sulfato de amônio.
Forma de absorção N-amoniacal (NH4+)
A forma N-amoniacal é fixada pelos microorganismos e facilmente absorvida pelo solo. Pode ser absorvida pelos minerais do solo tornando-se indisponível para as plantas. Em temperaturas maiores que 10 °C sofre o processo de nitrificação, convertendo-se em NO3-. Nos solos com pH maior que 7,0 a amônia é perdida pelo processo de volatilização. O N-amoniacal tem que ser hidrolisado dando origem à amônia. Por sua vez, a amônia é nitrificada e depois desnitrificada. Pela nitrificação, a amônia (NH3), sob ação das bactérias nitrossomonas, produz o nitrito (NO2-) mais H+. O nitrito, pela ação das bactérias nitrobacter, produz o NO3-.
A nitrificação tem um efeito acidificante do solo porque libera H+. Quando se aplica sulfato de amônio, que possui a forma N-amoniacal, é necessário aplicar 5 kg de carbonato de cálcio para cada 1 kg de N-amoniacal aplicado. Por exemplo, o sulfato de amônio tem 20% de N-amoniacal. Em cada 100 kg de sulfato de amônio temos 20 kg de N-amoniacal. Os 5 kg de carbonato de cálcio se refere a um produto com PRNT 100%. Se utilizarmos um calcário com PRNT de 80%, precisamos fazer a correção da quantidade. Ou seja dividir 100 pelo PRNT do produto que está sendo usado. O fator de correção do calcário com PRNT 80% é:
A nitrificação tem um efeito acidificante do solo porque libera H+. Quando se aplica sulfato de amônio, que possui a forma N-amoniacal, é necessário aplicar 5 kg de carbonato de cálcio para cada 1 kg de N-amoniacal aplicado. Por exemplo, o sulfato de amônio tem 20% de N-amoniacal. Em cada 100 kg de sulfato de amônio temos 20 kg de N-amoniacal. Os 5 kg de carbonato de cálcio se refere a um produto com PRNT 100%. Se utilizarmos um calcário com PRNT de 80%, precisamos fazer a correção da quantidade. Ou seja dividir 100 pelo PRNT do produto que está sendo usado. O fator de correção do calcário com PRNT 80% é:
f = 100/80 ou seja, f= 1,25
Então, 5 kg x 1,25 = 6,25 kg.
Neste caso, a recomendação seria de 6,25 kg de calcário para cada 1 kg de N-amoniacal aplicado. Logo, para cada 100 kg de sulfato de amònio (20 kg N-amoniacal) precisamos:20 kg N-amoniacal x 6,25 kg calcário = 125 kg de calcário.
A prática de irrigação, após a aplicação de uréia, pode incorporá-la no solo e diminuir as perdas por volatilização da amônia. Mas, no caso da forma N-nítrica adicionada, ela seria lixiviada. No arroz irrigado, as perdas de N por lixiviação e desnitrificação são maiores. Neste caso, a uréia (N-amídico) e o sulfato de amônio seriam os fertilizantes recomendados na adubação de cobertura. Na escolha da fonte de N, nítrica ou amoniacal, deve-se levar em conta uma série de fatores, como as condições climáticas, tipo de solo, prática de irrigação, custo da unidade de N dos fertilizantes nitrogenados, e outros.
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