A acidez do solo se caracteriza pela presença de alumínio (Al) e/ou manganês (Mn) em quantidades elevadas, que limitam o crescimento das plantas e, consequentemente, a produção das mesmas. Mas, para saber em que nível de acidez está o solo, e a quantidade de calcário necessária para neutralizá-la, a análise do solo é importante para conhecê-la, bem como os teores de nutrientes presentes no solo, que são essenciais ao
crescimento e produção dos vegetais. Entretanto, fazer a análise, pelo simples fato de fazê-la, é uma conduta errada tomada pelo produtor. A amostra de solo coletada tem que ser representativa da área que vai ser implantada ou onde as culturas já estão formadas. Temos visto casos de produtores que mandam coletar a amostra de solo, sem nenhuma informação, sem nenhum treinamento para os seus empregados. Então, eles tiram de qualquer ponto da área, às vezes uma única amostra, a qualquer profundidade, e depois enviam para o laboratório que vai analisar aquilo que recebeu. Em contrapartida, os resultados são incorretos, a calagem e adubação vão ser feitas em quantidades errôneas. O resultado é que as plantas não respondem à calagem e nem à adubação ou, em certos pontos da área, poderá haver uma supercalagem ou uma calagem deficiente. O proprietário rural deve se responsabilizar e acompanhar as retiradas das amostras de solo. Caso não saiba fazê-la, deve solicitar o acompanhamento de um técnico.
crescimento e produção dos vegetais. Entretanto, fazer a análise, pelo simples fato de fazê-la, é uma conduta errada tomada pelo produtor. A amostra de solo coletada tem que ser representativa da área que vai ser implantada ou onde as culturas já estão formadas. Temos visto casos de produtores que mandam coletar a amostra de solo, sem nenhuma informação, sem nenhum treinamento para os seus empregados. Então, eles tiram de qualquer ponto da área, às vezes uma única amostra, a qualquer profundidade, e depois enviam para o laboratório que vai analisar aquilo que recebeu. Em contrapartida, os resultados são incorretos, a calagem e adubação vão ser feitas em quantidades errôneas. O resultado é que as plantas não respondem à calagem e nem à adubação ou, em certos pontos da área, poderá haver uma supercalagem ou uma calagem deficiente. O proprietário rural deve se responsabilizar e acompanhar as retiradas das amostras de solo. Caso não saiba fazê-la, deve solicitar o acompanhamento de um técnico.
A calagem proporciona uma série de vantagens para o cafeeiro:
- Elevação do pH do solo;
- Melhor aproveitamento dos nutrientes do solo;
- Neutralização do alumínio trocável e insolubilização do manganês, o qual em altas concentrações é tóxico para as plantas;
- Melhora a atividade dos microorganismos do solo e aumenta a decomposição da matéria orgânica, com a consequente liberação de nutrientes;
- Maior resistência do cafeeiro à estiagem pelo maior desenvolvimento do sistema radicular das plantas, em área e em profundidade.
Existem vários critérios para recomendação da calagem.
Interpretação da análise do solo - calagem no cafeeiro
Quanto à quantidade, a recomendação é não passar de 5 t/ha/ano de calcário. Caso a necessidade seja maior que 5 t/ha, deve-se parcelar a aplicação em dois anos. Em solos arenosos, a aplicação não deve ser maior que 3 t/ha/ano. Em solos deficientes de magnésio, a preferência é por um calcário dolomítico, que contém mais de 12% de óxido de magnésio (MgO).
Interpretação da análise do solo - calagem no cafeeiro
Quanto à quantidade, a recomendação é não passar de 5 t/ha/ano de calcário. Caso a necessidade seja maior que 5 t/ha, deve-se parcelar a aplicação em dois anos. Em solos arenosos, a aplicação não deve ser maior que 3 t/ha/ano. Em solos deficientes de magnésio, a preferência é por um calcário dolomítico, que contém mais de 12% de óxido de magnésio (MgO).
Nos cafezais em produção, o calcário deve ser aplicado antes das adubações, ou seja, 60 a 90 dias de antecedência. A necessidade de calagem deve ser ajustada em função do tamanho da área e da profundidade, esta, geralmente, de 5 a 7 cm. A incorporação de calcário, em lavouras perenes em produção, é um problema, devido aos danos causados à planta e ao sistema radicular, pelo uso de grade, arado e outros equipamentos, na tentativa de incorporar o corretivo na camada de solo de 0-20 cm. Os danos causados são uma porta aberta à entrada de doenças. Nestes cafezais, pela dificuldade de incorporar o calcário, pode-se lançar mão do gesso agrícola. O gesso move-se no solo com maior facilidade do que o calcário e, nesta mobilidade, leva consigo o cálcio à profundidade maior.. O gesso agrícola é recomendado quando a camada 20-40 cm apresentar uma ou mais destas situações:
1. Teor de cálcio (Ca) menor que 0,4 cmolc/dm³;
2. Alumínio (Al) maior que 0,5 cmolc/dm³;
3. Saturação por alumínio (m%) maior que 30%.
Alguns autores preconizam a aplicação de gesso agrícola quando a saturação de cálcio na CTC for menor que 60% e a percentagem de saturação por alumínio maior que 20%.
Para calcular a quantidade de gesso agrícola, o produtor deve usar a seguinte fórmula, segundo Souza et al.(1997):
DG (dose de gesso kg/ha)= 75 x teor de argila (%)
Existe uma outra fórmula para o cálculo da quantidade de gesso agrícola. Para isto, é necessário ter uma análise de solo da camada 20-40 cm. Calcula-se a necessidade de calagem (NC) para esta camada, não sendo necessária a sua aplicação nesta camada. Feito isto, parte-se para duas formas de cálculo:
Necessidade de gessagem (NG) e a quantidade de gesso agrícola (QG).
Necessidade de gessagem (NG) e a quantidade de gesso agrícola (QG).
NG (t/ha) = 0,30 x NC (camada 20-40)
Onde NC é a necessidade de calagem calculada pelos métodos utilizados na região.
Onde NC é a necessidade de calagem calculada pelos métodos utilizados na região.
QG (t/ha) = NG x (SC/100) x (PF/20)
onde SC é a área a ser coberta com gesso, ou seja, 100% para área total e 75% para aplicação em faixas. PF é a espessura da camada onde o gesso agirá, ou seja, PF = 20 para camada 20-40 cm e PF = 30 para a camada 30-60 cm.
Por exemplo: um solo que apresenta um V1 = 10%, uma CTC a pH 7,0 (T) igual a 6,54 cmolc/dm³, na camada 20-40 cm, calcular uma aplicação de gesso em faixas.
Cálculo da necessidade de calagem (NC) para a camada 20-40 cm, onde buscamos elevar a percentagem de saturação por bases (V2) para 50%.
NC (t/ha) = (V2-V1) x T / 100
NC (t/ha) = (50 - 10) x 6,54 / 100
NC = 2,6 t/ha
NG (t/ha) = 0,30 x 2,6
NG = 0,78 t/ha
QG (t/ha) = 0,78 x (75/100) x (20/20)
QG (t/ha) = 0,78 x 0,75 x 1
QG = 0,585 t/ha, ou seja,
QG = 585 kg/ha
QG = 585 kg/ha
Algumas variedades de café não são sensíveis à toxidez do alumínio. Para alguns pesquisadores, a saturação por alumínio (m%) de 30%, na camada 0-20 cm, não prejudica o desenvolvimento das raízes e da planta. A toxidez por alumínio provoca redução na absorção de cálcio (Ca), magnésio (Mg) e fósforo (P). No caso da aplicação de fertilizantes fosfatados, o fósforo (P) contido neles é fixado pelo alumínio formando fosfatos de alumínio que são insolúveis e não aproveitáveis pela planta. Quando se faz a calagem e a adubação, há uma modificação na fertilidade da camada superficial do solo. Entretanto, a camada subsuperficial continua apresentando alta saturação por alumínio e baixa saturação por bases. Nesta camada verifica-se redução do sistema radicular, em área e em profundidade, principalmente nas variedades mais sensíveis à toxidez por alumínio. Por isto, é boa prática analisar o solo da camada abaixo de 20 cm de profundidade.
Muito Obrigado por esta ajuda, estava precisando. abraços
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