quinta-feira, 7 de março de 2013

Reposição de Fósforo e Potássio em Solos com Teores Elevados


A adubação de reposição deve ser feita somente quando os teores de nutrientes estão enquadrados na faixa muito alto, nas tabelas de recomendação de calagem e adubação propostas pelos órgãos de pesquisa. Não se deve pensar em adubação de reposição nas faixas de teores mais baixos. A adubação de reposição visa adicionar ao solo os nutrientes retirados pelos grãos e massa seca. Portanto, devemos conhecer os teores de nutrientes exportados pelas culturas. Geralmente, quando os teores dos nutrientes estão acima do ponto crítico, a
resposta das plantas à adubação é muito pequena. Neste caso, a adubação de reposição será o suficiente, pois a planta sempre responde à fertilização. Para conhecer o ponto crítico, os tipos de adubações recomendadas, já escrevemos sobre isso em "Adubações Recomendadas na Interpretação da Análise do Solo".
Um solo com 550 g/kg de argila, possui 20 mg/dm³ de P e 0,40 cmolc/dm³ de K, onde queremos fazer a adubação de reposição na soja. Esse valor de P e K estão enquadrados, numa tabela de recomendação de adubação, na faixa "muito alto". Na literatura, encontramos  para cada 1.000 kg de grãos de soja, os teores exportados pela soja de 15 kg/ha de P2O5 e 20 kg/ha de K2O.

Qual a quantidade de P2O5 e K2O  para repor (adubação de reposição) em relação a uma produção de 3.000 kg/ha?
15 kg x 3 = 45 kg/ha de P2O5
E a quantidade exportada de K2O?
3 x 20 = 60 kg/ha K2O.
Essa adubação de reposição (45 kg/ha de P2O5 e 60 kg/ha de K2O) será realizada quando os teores de fósforo e potássio no solo estiverem enquadrados na faixa "muito alto".

Quando os teores de fósforo e potássio estão na faixa "alto" ou "bom" a adubação de manutenção será recomendada. Nessa adubação de manutenção devemos considerar as perdas que se verificam nos sistemas, sendo de 20 a 50% no sistema convencional e 20 a 30% no sistema de plantio direto.
A adubação de manutenção leva em conta a reposição dos nutrientes exportados pela cultura mais as perdas do sistema. Já a adubação de reposição considera somente a reposição dos nutrientes exportados pela cultura.
Nas tabelas que classificam os teores de nutrientes apenas em três faixas, recomendo que utilizem a faixa "alto" para a adubação de manutenção e quando os teores de P e K ultrapassem essa faixa utilizar a adubação de reposição.

1. Quantidade de fósforo e potássio para manutenção:
No sistema convencional, vamos adotar uma média de 35% e no plantio direto 25%.
Então, no convencional teremos:
45 + 35% = 60 kg/ha de P2O5.
60 + 35% = 80 kg/ha de K2O
No sistema de plantio direto:
45 + 25% = 56 kg/ha de P2O5.
60 x 25% = 75 kg/ha de K2O

Qual a quantidade de fertilizante que será aplicado ?
Fósforo:
Em 100 kg supersimples temos .............. 18 kg de P2O5
Em  X  kg de supersimples teremos......... 24 kg/ha de P2O5
X = (24 x 100) / 18 
X = 133 kg/ha de superfosfato simples no sistema convencional.

Em 100 kg supersimples temos .............. 18 kg de P2O5
Em  X  kg de supersimples teremos......... 20 kg/ha de P2O5
X = (20 x 100) / 18 
X = 110 kg/ha de superfosfato simples no sistema plantio direto.

Potássio

Em 100 kg cloreto de potássio temos .............. 60 kg de K2O
Em  X  kg de cloreto de potássio teremos......... 80 kg/ha de K2O
X = (80 x 100) / 60
X = 133 kg/ha de cloreto de potássio no sistema convencional.

Em 100 kg cloreto de potássio temos .............. 60 kg de K2O
Em  X  kg de cloreto de potássio teremos.........75 kg/ha de K2O
X = (75 x 100) / 60
X = 125 kg/ha de cloreto de potássio no sistema plantio direto.No caso de utilizar o superfosfato triplo, substituir os 18 kg por 42 kg de P2O5.

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