A partir do resultado da análise do solo, o agricultor se depara com a recomendação de adubação. O objetivo dessa recomendação é elevar o teor dos nutrientes do solo, de maneira que a planta encontre os nutrientes em quantidades satisfatórias para alcançar altos rendimentos. Três são os tipos de adubação que o agricultor vai encontrar: a adubação de correção, a adubação de manutenção e a adubação de reposição. As tabelas oficiais de
recomendação de adubação são divididas em faixas, que variam de Estado para Estado brasileiro, onde podemos visualizar faixas de nutrientes muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto. Alguns reduzem o número de faixas adotando outra classificação. As faixas "muito baixo e baixo" representa a maior parte dos solos brasileiros, ou seja, solos pobres em nutrientes. A faixa "médio" é onde encontramos o teor crítico que corresponde a 90% do rendimento máximo da cultura. O ponto crítico corresponde ao teor máximo do nutriente nessa faixa. Por exemplo, uma tabela mostra que a faixa médio tem um teor de P variando de 8 a 12 mg/dm³. Esse valor de 12 mg/dm³ é o ponto crítico. A seguir, à faixa alta corresponde um valor de P entre 12,1 e 18 mg/dm³. Essa faixa é considerada a adequada para uma adubação de manutenção. Então, temos três tipos de adubação:
recomendação de adubação são divididas em faixas, que variam de Estado para Estado brasileiro, onde podemos visualizar faixas de nutrientes muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto. Alguns reduzem o número de faixas adotando outra classificação. As faixas "muito baixo e baixo" representa a maior parte dos solos brasileiros, ou seja, solos pobres em nutrientes. A faixa "médio" é onde encontramos o teor crítico que corresponde a 90% do rendimento máximo da cultura. O ponto crítico corresponde ao teor máximo do nutriente nessa faixa. Por exemplo, uma tabela mostra que a faixa médio tem um teor de P variando de 8 a 12 mg/dm³. Esse valor de 12 mg/dm³ é o ponto crítico. A seguir, à faixa alta corresponde um valor de P entre 12,1 e 18 mg/dm³. Essa faixa é considerada a adequada para uma adubação de manutenção. Então, temos três tipos de adubação:
1. Adubação de Correção
A adubação de correção é prevista para aqueles solos que estão com os níveis de fósforo ou potássio muito baixo ou baixo ou médio, sendo imperativo a recomendação dessa adubação para elevar os níveis dos nutrientes P e K até o ponto crítico. Isso faz com que a fertilidade do solo seja aumentada, criando condições ideais para o desenvolvimento das plantas e aumento de produtividade. Nessas faixas, a planta responde muito melhor à adubação. A adubação de correção deve ser feita a cada três anos, quando uma nova análise vai demonstrar o nível de fertilidade do solo, se há necessidade de uma nova correção com quantidades menores de fertilizantes. Essa adubação é considerada como um investimento e, para isso, o agricultor deve ter recursos próprios ou creditícios. O fertilizante será aplicado de uma só vez. É a chamada Correção Total. Como a quantidade de fertilizantes aplicada é muito grande, em solos arenosos, pelas perdas de nutrientes por lixiviação, deve-se preferir a Correção Gradual. Nesse caso, a correção gradual pode ser feita em dois cultivos, sendo 2/3 no primeiro e 1/3 no segundo.
2. Adubação de Manutenção
Na faixa alto é que vamos aplicar a adubação de manutenção que compreende as perdas de nutrientes e as retiradas pela cultura. As perdas podem representar 20 a 30% das exportações pelos grãos. A adubação de manutenção é feita a cada plantio da cultura, desde que seja feita a adubação de correção.
3. Adubação de Reposição
A adubação de reposição se refere à retirada de P e K pelos grãos ou pela matéria seca. Entretanto, essa adubação só deve ser feita quando os teores de nutrientes no solo estejam na faixa muito alto. Nesse caso, o solo tem uma boa fertilidade e a reposição é o suficiente. Nas demais faixas, os teores de nutrientes não permitem que se faça somente uma adubação de reposição, pois haverá queda de produtividade. Porém, mesmo com os teores de nutrientes na faixa muito alto, é interessante uma quantidade menor de fertilizante no plantio. A planta vai se beneficiar disso.
Na Figura 1. está representada as diversas faixas de nutrientes no solo preconizadas pela pesquisa oficial de cada Estado, os tipos de adubação, a determinação do ponto crítico e a faixa adequada (alto) da adubação de manutenção.
Lembramos que a calagem é importantíssima naqueles solos que apresentam pH menor que 5,5, ou conforme pH exigido pela cultura, até atingir uma faixa ideal de pH entre 6 e 6,5 onde os nutrientes apresentam melhor disponibilidade para absorção pelas plantas.
O pH do solo e a disponibilidade de nutrientes
O pH do solo e a disponibilidade de nutrientes
Para melhor exemplificação, vamos considerar uma tabela de Interpretação de Análise do Solo, no Estado do Paraná, para os nutrientes fósforo (P) e potássio (K).
Essa tabela tem quatro faixas de classificação dos teores de P e três faixas de K. Qual o ponto crítico para o P e para o K ?. Pelo que vimos acima, o ponto crítico é o teor máximo da faixa médio. No caso do fósforo (P), a faixa médio possui os valores de 2,1 a 4,5 mg/dm³ de P. O ponto crítico de P é 4,5 mg/dm³. Em relação ao potássio (K), a faixa médio apresenta os teores de 0,11 a 0,30 cmolc/dm³. O ponto crítico é 0,30 cmolc/dm³. Portanto, os valores máximos da faixa médio.
Nas faixas baixo e médio de P e K a adubação de correção deve ser realizada.
A faixa alta seria a faixa adequada para a aplicação da adubação de manutenção de PK.
A faixa muito alto seria utilizada para a aplicação da adubação de reposição,
Olá, gostaria de sendo possível um exemplo ou uma dica de como fazer a interpretação da analise do solo com base no equilíbrio total de cargas. desde ja agradeço
ResponderExcluirLeia o artigo abaixo:
Excluirhttp://agronomiacomgismonti.blogspot.com.br/2012/02/ponto-de-carga-zero-pcz.html
Professor, sou fã do seu trabalho e, desde já, agradeço pelas excelentes informações e postagens.
ResponderExcluirAproveitando a oportunidade, gostaria de tirar uma dúvida. Digamos que, na minha análise de solo, o K=0,30 cmolc dm-3 e minha CTC a pH 7,0 (T) seja igual a 11,00 cmolc dm-3. Pelos valores ditos, imaginemos que queiramos a elevação da saturação do K para 4%, por exemplo. Dito isto, procuramos 0,44 cmolc dm-3 de K ((4%(sat.K) x 11,00(T))/100) cujo acréscimo ao solo será de 0,14 cmolc dm-3 ((0,44 cmolc dm-3 - 0,30 cmolc dm-3(análise)). Assim, iremos precisar de 109 kg ha-1 de K equivalente a 131,30 kg ha-1 de K2O ((109*94,2)/78,2); utilizando o cloreto de potássio (58% de K2O), teremos finalmente 226 kg ha-1 a ser aplicado como corretivo para o K.
Enfim professor, gostaria de saber se o meu raciocínio está correto. Além disso, gostaria de saber como eu devo fazer a adubação de correção com o K, ou seja, se é em área total (a lanço) ou localizada (linha de plantio ou por planta, no caso de cultivos já estabelecidos).
Agradeço pelas informações. Abraço!
OK. Correto. Você tem que consultar o manual de recomendação de calagem e adubação para seu Estado e verificar quais as indicações de correção e adubação com potássio, levando em conta a cultura explorada.
ExcluirProfessor, bom dia. Não fui exatamente claro quando perguntei quanto à forma de aplicação do K. Vamos lá, então.
ExcluirAlém do valor da sat. de K mencionado anteriormente (4% da T), eu também queira elevar as saturações de Ca e Mg, uma vez que meu solo apresenta saturações de 26,36 % de Ca e 13,64% para o Mg, ou seja, abaixo das saturações desejadas (60-70% para Ca e 10-20% para Mg).
Utilizando a mesma lógica que fiz para aumentar a sat. de K mensionada acima, além de uma postagem do senhor relacionada quanto à associação de calcários para elevação da saturação, encontrei 4,47 t ha-1 de calcário calcítico, considerando as saturações pra Ca=55%, Mg=15%, além da já citada para K, resultando na soma de 74% para SB.
Nesse sentido, farei a aplicação da calagem 90 dias antes do plantio, a lanço e em área total. Ainda sobre esta aplicação da calagem e, considerando a dose acima de 4 t ha-1, faremos a aplicação da metade da dose antes da aração e a outra metade após a aração e antes de gradear (considerando a profundidade de incorporação a 20 cm). Assim, voltando a aplicação do K, tenho visto que o intervalo entre a calagem e a adubação de correção para K deve ser de 30 a 60 dias. Entretanto, não encontrei nada falando sobre como deve ser aplicado ao solo e gostaria que o senhor comentasse sobre.
Mais uma vez, agradeço pela atenção dispensada. Abraço.
Att.,
ALYSSON SOBREIRA.
Quando vc fala de calcário calcítico vc quer dizer dolomítico? Porque você dá as garantia de MgO de 15%. Se realmente vc vai usar o dolomítico ou amistura dele com calcítico, o caminho é este.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirProfessor, como a adubação de manutenção só pode ser feita depois da adubação corretiva. Tem como fazer as duas juntas caso precise plantar de imediato ?
ResponderExcluirA adubação corretiva deve ser feita no mínimo 30 dias antes do plantio. É um tempo para o fosfato e o potássico reagirem no solo e melhorar a fertilidade do mesmo. Você pode fazê-la com a adubação de manutenção, mas tenha em mente que o resultado esperado será menor do que seria conseguido fazendo de acordo com a recomendação.
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