As plantas cultivadas são as melhores indicadoras da fertilidade do solo. O seu crescimento, as folhas, o aspecto saudável, a produção obtida, etc, são parâmetros para o agricultor avaliar se o solo possui boa fertilidade. A análise do solo nos dá uma ideia dessa fertilidade. Mas o solo não é um meio estático: ele possui propriedades físicas, biológicas e químicas. Portanto, outros fatores acontecem que podem embaraçar uma boa interpretação da análise do solo. Portanto, na recomendação de calagem e adubação, o agrônomo deve ter conhecimento do histórico da área, das quantidades de calcário e tipo do mesmo, das adubações aplicadas ao longo dos anos e as produções alcançadas. Isso é muito importante, como é importante saber se o
solo tem respondido às quantidades de adubos aplicados e se essa resposta é suficiente para o produtor obter lucro. Sabe-se que as aplicações de fertilizantes aumentam as produções, mas tem-se verificado que esses aumentos de produções, após um certo período, não são suficientes para aumentar o lucro: inicialmente, as produções crescem até um limite a partir do qual elas crescem menos ou não há mais resposta, à medida que vai se aumentando a quantidade de fertilizante.
Há casos, que os agricultores conseguem produzir mesmo sem aplicação de fertilizantes. Eles estão aproveitando a fertilidade natural do solo. Isso é perigoso, pois vai depauperando o solo, e no futuro começam as quedas de produção. Porque não há reposição de nutrientes. Só é retirado do solo o que as plantas precisam, mas não lhe é incorporado os nutrientes exportados pelas culturas durante o seu ciclo de vida. Então, as plantas mostram o real estado de fertilidade em que se encontra o solo. Surgem deficiências de nutrientes visíveis nas folhas, o sistema radicular não se desenvolve em área e profundidade, as plantas resistem menos à seca e, mal nutridas, são uma porta aberta para o ataque de pragas e doenças.
A superfície do solo contribui para a verificação da sua fertilidade. Uma superfície coberta de resíduos vegetais é um sinônimo de proteção do solo contra a erosão e ciclagem de nutrientes. Os nutrientes retirados são devolvidos ao solo e a proteção evita que as camadas de solo, com matéria orgânica e nutrientes, sejam carregadas pelas águas das chuvas. Um solo descoberto e com sintomas de erosão é uma imagem da baixa fertilidade do mesmo.
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No interior do solo, a gente pode verificar se existem minhocas e as galerias por elas formadas, a camada de matéria orgânica, etc. A observação da velocidade de decomposição dos restos vegetais é outra maneira de verificar a fertilidade do solo. Se a palha leva muito tempo para se decompor, durante o período vegetativo, é um sinal de que a vida microbiana do solo é pouco ativa.
Se torna importante que o agricultor assessorado pelo agrônomo busque uma tomada de posição com a adoção da rotação de culturas e a semeadura de adubos verdes. Essas práticas vão introduzir grandes melhorias na fertilidade do solo. A utilização de leguminosas, com a sua posterior incorporação no solo, trará excelentes vantagens no aumento da matéria orgânica do solo. Essas práticas contribuem para reduzir a quantidade aplicada de adubos nitrogenados, com altos reflexos na economia dos mesmos e na diminuição dos custos da lavoura.
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Adubação verde na melhoria da fertilidade do solo
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O produtor deve ter em mente a real necessidade de aumentar o húmus, a matéria orgânica do solo. As leguminosas são fontes de nitrogênio para o solo graças a propriedade de fixar o nitrogênio do ar através de bactérias fixadoras. As leguminosas incorporam no solo até 150 kg/ha de N. Isso é muito favorável às culturas seguintes.
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