A principal ideia quando se aplicam fertilizantes é que eles vão adicionar nutrientes ao solo e que este, através das raízes, proverá a planta dos nutrientes necessários ao seu desenvolvimento vegetativo e à produção de grãos. Entretanto, quando aplicamos fertilizantes, inúmeras reações ocorrem entre os seus compostos e o solo. No caso dos fertilizantes nitrogenados, as reações mais importantes serão descritas a seguir:
Assuntos técnicos sobre fertilidade do solo, análise do solo, interpretação análise do solo, adubação, calagem, culturas em geral, fertilidade do solo, meio ambiente e agricultura sustentável.
terça-feira, 11 de maio de 2010
quinta-feira, 6 de maio de 2010
As Formas de Absorção de Nitrogênio pelas Plantas
As plantas usam duas formas de absorção de nitrogênio (N): o "nítrico - NO3-" e o "amoniacal - NH4+". A preferência é pela forma nítrica.
As vantagens e desvantagens de ambas formas são as seguintes:
terça-feira, 4 de maio de 2010
Tipos e Obtenção dos Fertilizantes Fosfatados
Na produção de fertilizantes fosfatados, a rocha fosfática é a matéria-prima essencial utilizada pelas indústrias. Como na rocha fosfatada o P2O5 é insolúvel em água, há necessidade de submetê-la ao ataque por ácidos fortes - "acidulação" - com a finalidade de tornar o fósforo solúvel em água e, assim, disponível para as plantas. É bom lembrar que existem rochas fosfatadas, como Arad, Carolina do Norte, Gafsa e
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Os Fertilizantes Nitrogenados
Os fertilizantes nitrogenados são produzidos, importados e comercializados no Brasil em grandes quantidades. Eles provêm da amônia que possui o nitrogênio na sua composição. E todo o nitrogênio vêm da atmosfera; o ar contém 82.000 toneladas de N para cada um hectare de superfície terrestre; é muito N.
terça-feira, 27 de abril de 2010
As Funções do Potássio para as Plantas
O potássio (K) desenvolve um papel vital em numerosas e importantes funções metabólicas da planta. O potássio é absorvido pela planta de duas maneiras: a primeira é a absorção do íon K+ da superfície das raízes por difusão, um processo que não requer energia despendida pela planta; o segundo processo envolve o transporte do íon K+ através da membrana da raiz e liberá-lo no interior da mesma; este processo requer energia que a planta obtém pela respiração.
Em solos deficientes, o potássio pode se esgotar em menos de um dia. Há necessidade de liberar potássio para a solução do solo. Este processo se dá pela troca de cátions, onde o potássio trocável cede o seu lugar e migra para a solução do solo; daí a necessidade de manter uma quantidade de potássio no solo.
Em solos deficientes, o potássio pode se esgotar em menos de um dia. Há necessidade de liberar potássio para a solução do solo. Este processo se dá pela troca de cátions, onde o potássio trocável cede o seu lugar e migra para a solução do solo; daí a necessidade de manter uma quantidade de potássio no solo.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
As Funções do Fósforo para as Plantas
O fósforo (P) é um dos dezesseis elementos essenciais à nutrição das plantas e um dos três macronutrientes primários. É absorvido do solo através das raízes nas formas de íons H2PO4= e HPO4-. O fósforo apresenta problemas de limitação nos solos por causa da "fixação", tornando-o indisponível para as plantas. Embora os solos tenham uma certa quantidade de fósforo, uma fração pequena é absorvida pelas culturas.
O fósforo é um componente vital da célula. Sem fósforo não há vida. Ele tem muitas funções na planta: estimula o crescimento e a formação do sistema radicular no início do desenvolvimento da planta; ele é responsável pelo arranque das plantas; pela maturidade; e ajuda na formação das sementes. Dentro da célula existem funções que são características do fósforo: ele influencia a utilização dos açúcares e amido; é um armazenador de energia; acelera a atividade das enzimas importantes no processo de respiração; ele exerce influência no processo de fotossíntese. O primeiro passo na respiração é a combinação de açúcar e fósforo: é a "fosforilação".
Quando há deficiência de fósforo, o crescimento da planta é retardado e o P é translocado para o interior da planta. Ele move-se dos tecidos mais velhos para os mais novos o que, externamente, se traduz numa característica de "fome", sinal que o fósforo está deficiente, e com um arroxeado das folhas - diz-se que o milho está "roxo de fome"; uma coloração verde clara ocasionada pela deficiência de clorofila devido à deficiência de clorofila.
As plantas jovens absorvem o fósforo mais rapidamente, o que permite um cresciemento rápido e intenso das raízes em ambientes com níveis adequados do nutriente. Afirma-se que quando as plantas atingirem 25% da altura total, elas já armazenaram 78% de suas necessidades totais em fósforo. Isto explica porque se recomenda um suprimento adequado de fósforo no momento que elas começam a germinar, particularmente em plantas de ciclo curto.
No complexo de armazenagem e de estrutura no interior da planta, existem os fosfolipídios e as nucleoproteínas. Os fosfolipídios são substâncias parecidas com gordura e são extremamente elevados em termos de valor de energia e atuam como materiais de armazenamento. A semente é o órgão de armazenamento da planta; aqui a energia do açúcar e do amido fabricados é condensada em alimentos de energia altamente concentrada.
As nucleoproteínas são substâncias muito semelhantes às proteínas e ocorrem no interior de ambos núcleos das células vivas e dentro do citoplasma das mesmas. Uma vez que estes compostos ocorrem na "sede da hereditariedade" - os cromossomos - parece que o fósforo está relacionado à reprodução das plantas e animais.
O segundo grande grupo de compostos de fósforo orgânico são aqueles importantes no metabolismo da planta. Eles são, também, complexos e contêm grandes quantidades de energia; desempenham, por sua vez, uma papel primordial na vida da planta; a energia destes compostos é facilmente transferida de um para outro; isto é relevante na transformação do açúcar em amido no interior da planta. O fósforo, também, é importante na produção de aminoácidos. Os organismos, no seu processo de crescimento, necessitam de proteínas; elas contêm carbono, hidrogênio, oxigênio, e nitrogênio; em muitos casos, podem ocorrer conteúdos de fósforo e enxofre.
Os sintomas de deficiência de fósforo nas culturas são mais difíceis de reconhecer do que àqueles relativos ao nitrogênio e ao potássio. Um dos sintomas de deficiência de P é o atraso na produção; isto é devido a uma divisão celular insuficiente. A adubação fosfatada tende a contrabalançar a nitrogenada, e acelerar a maturidade da planta. Aplicações de fósforo são extremamente importantes para estimular o desenvolvimento inicial das raízes bem como aprofundá-las no solo. Entretanto, no solo, o fósforo aplicado enfrenta sérios problemas devido à "fixação". Os fertilizantes fosfatados solúveis em água reagem, no solo, com o ferro, alumínio, argilas, matéria orgânica, formando compostos insolúveis não aproveitáveis pelas plantas. Do fósforo aplicado ao solo, a planta aproveita de 15 a 25%; o restante é fixado fortemente pela acidez do solo. Isto explica porque as fórmulas de fertilizantes NPK apresentam o teor relacionado ao fósforo em maior quantidade, quando as plantas o exigem em pequenas quantidades. Portanto, nestas fórmulas, há uma liberação de fósforo suficiente para as exigências das plantas durante o seu ciclo, de acordo com as recomendações baseadas na análise do solo. Aquela parte de fósforo que foi fixada será liberada com a correção do solo pela calagem.
Como o fósforo é pouco móvel no solo, ele não sofre com a percolação e as perdas são desprezíveis. Entretanto, a erosão é a principal causa de perdas de fósforo contido na matéria orgânica e partículas coloidais.
A aeração do solo é necessária ao crescimento das plantas e para a absorção dos nutrientes. É importante, também, na decomposição da matéria orgânica do solo, que é uma das fontes de fósforo. A compactação do solo reduz a aeração e o espaço poroso das raízes. Isto reduz a absorção de fósforo, e, consequentemente, afeta o crescimento das plantas. Além disto, a compactação impede que as raízes ocupem um maior volume de solo limitando o acesso aos nutrientes. O aumento da umidade do solo, até níveis ótimos, faz com que o fósforo se torne mais disponível. Por outro lado, o excesso de umidade reduz a aeração do solo. Temperaturas adequadas facilitam a decomposição da matéria orgânica. Porém quando elas são muito altas ou muito baixas, limitam a absorção do fósforo.
O fósforo está intimamente relacionado a outros nutrientes principais, como o nitrogênio, na nutrição das culturas. As proteínas, que contêm quantidades apreciáveis de nitrogênio, não sintetizam em plantas deficientes de fósforo. Na pecuária as espécies forrageiras que crescem devido as suas proteínas, em condições adequadas de fertilização com N e P, terão alto valor alimentar para os animais com reflexos diretos na produção de carne e leite.
OUTROS ASSUNTOS
O Ciclo dos Fosfatos Naturais
O fósforo é um componente vital da célula. Sem fósforo não há vida. Ele tem muitas funções na planta: estimula o crescimento e a formação do sistema radicular no início do desenvolvimento da planta; ele é responsável pelo arranque das plantas; pela maturidade; e ajuda na formação das sementes. Dentro da célula existem funções que são características do fósforo: ele influencia a utilização dos açúcares e amido; é um armazenador de energia; acelera a atividade das enzimas importantes no processo de respiração; ele exerce influência no processo de fotossíntese. O primeiro passo na respiração é a combinação de açúcar e fósforo: é a "fosforilação".
Quando há deficiência de fósforo, o crescimento da planta é retardado e o P é translocado para o interior da planta. Ele move-se dos tecidos mais velhos para os mais novos o que, externamente, se traduz numa característica de "fome", sinal que o fósforo está deficiente, e com um arroxeado das folhas - diz-se que o milho está "roxo de fome"; uma coloração verde clara ocasionada pela deficiência de clorofila devido à deficiência de clorofila.
As plantas jovens absorvem o fósforo mais rapidamente, o que permite um cresciemento rápido e intenso das raízes em ambientes com níveis adequados do nutriente. Afirma-se que quando as plantas atingirem 25% da altura total, elas já armazenaram 78% de suas necessidades totais em fósforo. Isto explica porque se recomenda um suprimento adequado de fósforo no momento que elas começam a germinar, particularmente em plantas de ciclo curto.
No complexo de armazenagem e de estrutura no interior da planta, existem os fosfolipídios e as nucleoproteínas. Os fosfolipídios são substâncias parecidas com gordura e são extremamente elevados em termos de valor de energia e atuam como materiais de armazenamento. A semente é o órgão de armazenamento da planta; aqui a energia do açúcar e do amido fabricados é condensada em alimentos de energia altamente concentrada.
As nucleoproteínas são substâncias muito semelhantes às proteínas e ocorrem no interior de ambos núcleos das células vivas e dentro do citoplasma das mesmas. Uma vez que estes compostos ocorrem na "sede da hereditariedade" - os cromossomos - parece que o fósforo está relacionado à reprodução das plantas e animais.
O segundo grande grupo de compostos de fósforo orgânico são aqueles importantes no metabolismo da planta. Eles são, também, complexos e contêm grandes quantidades de energia; desempenham, por sua vez, uma papel primordial na vida da planta; a energia destes compostos é facilmente transferida de um para outro; isto é relevante na transformação do açúcar em amido no interior da planta. O fósforo, também, é importante na produção de aminoácidos. Os organismos, no seu processo de crescimento, necessitam de proteínas; elas contêm carbono, hidrogênio, oxigênio, e nitrogênio; em muitos casos, podem ocorrer conteúdos de fósforo e enxofre.
Os sintomas de deficiência de fósforo nas culturas são mais difíceis de reconhecer do que àqueles relativos ao nitrogênio e ao potássio. Um dos sintomas de deficiência de P é o atraso na produção; isto é devido a uma divisão celular insuficiente. A adubação fosfatada tende a contrabalançar a nitrogenada, e acelerar a maturidade da planta. Aplicações de fósforo são extremamente importantes para estimular o desenvolvimento inicial das raízes bem como aprofundá-las no solo. Entretanto, no solo, o fósforo aplicado enfrenta sérios problemas devido à "fixação". Os fertilizantes fosfatados solúveis em água reagem, no solo, com o ferro, alumínio, argilas, matéria orgânica, formando compostos insolúveis não aproveitáveis pelas plantas. Do fósforo aplicado ao solo, a planta aproveita de 15 a 25%; o restante é fixado fortemente pela acidez do solo. Isto explica porque as fórmulas de fertilizantes NPK apresentam o teor relacionado ao fósforo em maior quantidade, quando as plantas o exigem em pequenas quantidades. Portanto, nestas fórmulas, há uma liberação de fósforo suficiente para as exigências das plantas durante o seu ciclo, de acordo com as recomendações baseadas na análise do solo. Aquela parte de fósforo que foi fixada será liberada com a correção do solo pela calagem.
Como o fósforo é pouco móvel no solo, ele não sofre com a percolação e as perdas são desprezíveis. Entretanto, a erosão é a principal causa de perdas de fósforo contido na matéria orgânica e partículas coloidais.
A aeração do solo é necessária ao crescimento das plantas e para a absorção dos nutrientes. É importante, também, na decomposição da matéria orgânica do solo, que é uma das fontes de fósforo. A compactação do solo reduz a aeração e o espaço poroso das raízes. Isto reduz a absorção de fósforo, e, consequentemente, afeta o crescimento das plantas. Além disto, a compactação impede que as raízes ocupem um maior volume de solo limitando o acesso aos nutrientes. O aumento da umidade do solo, até níveis ótimos, faz com que o fósforo se torne mais disponível. Por outro lado, o excesso de umidade reduz a aeração do solo. Temperaturas adequadas facilitam a decomposição da matéria orgânica. Porém quando elas são muito altas ou muito baixas, limitam a absorção do fósforo.
O fósforo está intimamente relacionado a outros nutrientes principais, como o nitrogênio, na nutrição das culturas. As proteínas, que contêm quantidades apreciáveis de nitrogênio, não sintetizam em plantas deficientes de fósforo. Na pecuária as espécies forrageiras que crescem devido as suas proteínas, em condições adequadas de fertilização com N e P, terão alto valor alimentar para os animais com reflexos diretos na produção de carne e leite.
OUTROS ASSUNTOS
O Ciclo dos Fosfatos Naturais
terça-feira, 20 de abril de 2010
As Funções do Nitrogênio para as Plantas
O nitrogênio (N) é o nutriente responsável para o crescimento das plantas, para a produção de novas células e tecidos. O nitrogênio promove a formação de clorofila, que é um pigmento verde encontrado nas folhas e que captura a energia do sol. A clorofila combina CO2 + H2O formando açúcares, que a planta necessita para o seu crescimento e produção de grãos e frutos. A clorofila é composta de carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N) e magnésio (Mg); destes, somente o nitrogênio e o magnésio são oriundos do solo. As plantas deficientes em N apresentam as folhas com uma coloração verde-pálida ou amarelada devida à falta de clorofila.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Fertilidade do Solo e Nutrição das Plantas
A fertilidade é a principal característica de um solo. As plantas precisam de dezesseis elementos para completar seu ciclo de vida. Destes, três são retirados do ar - carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O); os outros treze nutrientes essenciais elas retiram do solo para o seu crescimento e produção de frutos, grãos, forragens, etc.
terça-feira, 13 de abril de 2010
As Vantagens da Fertirrigação
A fertirrigação, muito utilizada na fruticultura, no mundo inteiro, apresenta uma série de vantagens:
aplicação da quantidade e concentração de um nutriente necessário à planta;
aplicação de outros produtos como fungicidas, herbicidas;
aplicação de misturas de fertilizantes e/ou fertilizantes líquidos que tenham, na sua composição, os micronutrientes;
aplicação de nutrientes de acordo com as necessidades das plantas, evitando-se as dosagens excessivas de fertilizantes no solo, e a lixiviação de nutrientes;
quinta-feira, 8 de abril de 2010
A Acidez do Solo - Ativa e Potencial
Um dos fatores limitantes ao desenvolvimento das culturas é a acidez do solo. Os solos brasileiros são, em geral, solos ácidos e com baixa disponibilidade de nutrientes necessários ao maior rendimento das lavouras. Portanto, uma prática, que ser torna necessária, é a correção desta acidez criando condições melhores tanto na fertilidade do solo como nas plantas. O alumínio (Al) e o manganês (Mn) são tóxicos devido a maior solubilidade nos solos ácidos. A acidez diminui a população de microorganismos que são responsáveis pela decomposição da matéria orgânica.
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