A adubação foliar é uma alternativa para o fornecimento de nutrientes para a planta na complementação ou na reposição, ou suprir as deficiências nutricionais em macro e micronutrientes. Os nutrientes são aplicados na forma solúvel e por meio de equipamentos, diretamente nas folhas das plantas. Entretanto, a adubação foliar não substitui, totalmente, a adubação de base. A aplicação de adubos minerais é essencial e não pode ser substituída pela foliar. A foliar é utilizada, como um complemento ou suplemento, na hora que a planta necessita de maiores quantidades ou o solo não os esteja liberando no momento.
Os estômatos da folha são responsáveis pela absorção de adubos foliares, embora a cutícula que a recobre permite a passagem de nutrientes. Para a penetração da solução nas folhas é necessário que ela molhe a superfície aplicada, que vai depender da tensão superficial do líquido. Para melhorar isto, utilizam-se substâncias chamadas de umectantes, molhantes, surfatantes ou espalhantes-adesivos que, pela ação adesiva, impedem que a solução escorra. Entretanto, a parte que escorre ou é lavada das folhas, pela água das chuvas, cai no solo e pode ser absorvida pelas raízes das plantas. A ação umectante permite que os íons dos nutrientes se mantenham mais tempo em contato com as folhas, impedindo a evaporação, o que torna maior a absorção. Existem duas fases de absorção: uma rápida que se caracteriza pela entrada da solução, pelos estômatos, indo até as células. É a fase não metabólica. Uma outra fase que pode durar algumas horas, a solução vai até os tecidos das plantas. É a fase metabólica de absorção. Existem uma série de fatores que favorecem a absorção. A luz é essencial para a absorção pela folha. Entretanto, deve-se evitar as horas mais quentes do dia. Na aplicação foliar, as folhas devem estar túrgidas e não murchas. A temperatura ideal para a operação é 21 ºC. Quanto à umidade do ar, ela sendo elevada favorece a manutenção das folhas túrgidas e, consequentemente, a distribuição melhor da solução e uma maior absorção. Os sais que fazem parte da solução devem apresentar alta solubilidade, pois influi na eficiência da adubação.Na escolha do adubo foliar deve-se levar em conta a fase de plantio. Na fase de brotação ou de crescimento, a escolha é por formulações com alta quantidade de N, em relação ao P e K. Na fase de floração, o P é importante e a escolha recairá sobre formulações com maior quantidade de P, em relação ao N e K. Na fase de produção, frutificação, a escolha deve ser sobre o K, que é elemento indispensável à formação de grãos e frutos, e recairá sobre formulações com alto K, em relação ao N e P.
Os biofertilizantes líquidos são uma alternativa, do ponto de vista orgânico, como adubação foliar. Os biofertilizantes fornecem nutrientes essenciais e outras substâncias orgânicas que facilitam a absorção de nutrientes e funcionam como repelentes, e até agindo sobre os patógenos, evitando doenças. Devido ao odor, afugentam as pragas. A presença de microorganismos vivos combatem os patógenos e melhoram a vida microbiana no solo. A desvantagem é que apresentam um custo mais alto. A urina de vaca é uma das melhores matérias-primas.
Nos citros, o Mn e o Zn devem ser aplicados via foliar. Pode-se incluir, na mistura, a uréia ou cloreto de potássio que ajudam a melhorar a absorção. A melhor época de aplicação é durante o estágio vegetativo das plantas, em 3 a 4 aplicações. Na fase de produção, a adubação foliar deve ter uma aplicação no final do florescimento e outra após a colheita. Nos citros, o boro deve ser aplicado via solo, pois os melhores resultados foram obtidos desta forma.
Deficiências de Mn têm sido encontradas em diversas culturas, como o milho e o citros. Vários fatores são apontados para a causa, como o cultivo mínimo e o aumento da adubação nitrogenada. A adubação foliar com Mn, por ser possível misturá-lo com defensivos, é a prática mais recomendada. Nos citros, a recomendação geral de adubação foliar é uma mistura contendo:
Zn - 500 a 1.000 mg/L
Mn - 300 a 700 mg/L
B - 200 a 300 mg/L
Cu - 600 a 1.000 mg/L
Uréia - 5 g/L
As recomendações mínimas são utilizadas como manutenção ou para evitar "queimaduras" nas folhas. As doses máximas são utilizadas quando se verificam sintomas visíveis de deficiências
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caro gastão tenho uma duvida no caso da adubação foliar de micronutrientes no cafeeiro! eu posso adubar quantas vezes no ano? e qual a melhores época? obrigado
ResponderExcluira adubação foliar deve ser precedida de uma análise foliar. As aplicações, no café, deve ser de 2 a 4 aplicações durante a fase vegetativa e produtiva, se determinada deficiências de micronutrientes.
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