quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Programa ABC Incentiva uma Agricultura Sustentável

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA disponibiliza mais de R$ 3,15 bilhões para o Programa ABC - Agricultura de Baixo Carbono, na safra 2011/2012, incentivando o plantio direto na palha. O plantio é feito com a semeadura direta na palhada da cultura anterior, sem revolver o solo, sem utilização de arados e grades. Somente na cova ou sulco de semeadura ou plantio é que ocorre o revolvimento do solo. A adoção da rotação de culturas, consorciação ou sucessão é fundamental para o sucesso da técnica. Na rotação de culturas a escolha de plantas com grande quantidade de biomassa
é muito importante. No Cerrado, devido as altas temperaturas, a decomposição dos resíduos é mais rápida tornando difícil a manutenção da palhada na superfície do solo. A recomendação é o uso de variedades precoces que permitam uma safra seguida de safrinha, segundo Arminda Moreira de Carvalho, pesquisadora da Embrapa Cerrados, o que permite manter o solo coberto por muito mais tempo. Nas pesquisas, as braquiárias são as que têm se destacado junto com o feijão-bravo-do-Ceará. O objetivo da pesquisa é buscar espécies vegetais que suportem o período seco, mantenham o solo coberto e favoreçam a reciclagem de nutrientes.
Programa ABC
O Programa ABC foi criado em 2010 para incentivar e conceder recursos para os agricultores adotarem técnicas agrícolas modernas e sustentáveis. O objetivo é a redução dos gases de efeito estufa, ou seja, gás carbônico (CO2), gás metano (CH4) e óxido nitroso (NO2). Com uma agricultura mais sustentável, com aumento da produção agrícola e pecuária, a garantia de mais Renda ao produtor, mais Alimentos para a população e aumento da Proteção do meio ambiente. Os produtores rurais e as Cooperativas poderão obter financiamentos de até R$ 1 milhão, com taxas de 5,5% a.a. e prazo de pagamento de 5 a 15 anos.Para obter o financiamento é necessário as providências abaixo:
1 - procurar sua agência bancária e informar-se no que diz respeito à "aptidão ao crédito", documentação para encaminhamento da proposta e garantias;
2 -  elaborar projeto técnico por um profissional habilitado. É obrigatório a identificação do imóvel e da área total. O projeto deve conter o croqui descritivo e histórico de utilização da área beneficiada. O produtor rural deve apresentar análise do solo e a respectiva recomendação feita por técnico habilitado. O ponto georreferenciado por GPS ou outro instrumento de aferição na parte central da propriedade rural é outro item importante. O plano de manejo agropecuário, agroflorestal ou florestal da área deve constar no projeto;
3 - apresentar proposta de financiamento com os documentos informados pelo banco e o projeto técnico. O projeto precisa ser assinado por profissional habilitado, de instituição pública ou privada, conforme modelo definido pelo Ministério da Agricultura. O produtor rural deve comprovar a disponibilidade de renda para quitar as parcelas de financiamento;
4 - ao fim de cada quatro anos, contados da data de liberação da primeira parcela até a liquidação do financiamento, o produtor rural deve apresentar relatório técnico com informações sobre a implementação do projeto e a caracterização da área
Fontes: CNA  e   www.agricultura.gov.br (desenvolvimento sustentável - Projeto ABC)
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