A adubação é a reposição dos nutrientes para as plantas. Cada planta tem uma necessidade de nutrientes. A análise do solo vai nos dar um espelho das condições de fertilidade deste solo. De acordo com os nutrientes disponíveis no solo, a recomendação vai se basear em tabelas fornecidas pelos órgãos de pesquisa. Para visualizar as publicações Parte 1 e Parte 2, basta acessar os links abaixo:
Interpretação Análise do Solo - Parte 1
Interpretação Análise do Solo - Parte 2
1° PASSO
Precisamos saber o teor de nutrientes no solo. Quem vai nos dar isto é o resultado da análise do solo. Para cada Estado brasileiro existe uma tabela com a classificação dos teores de nutrientes no solo.
Interpretação Análise do Solo - Parte 1
Interpretação Análise do Solo - Parte 2
1° PASSO
Precisamos saber o teor de nutrientes no solo. Quem vai nos dar isto é o resultado da análise do solo. Para cada Estado brasileiro existe uma tabela com a classificação dos teores de nutrientes no solo.
Por hipótese, seja um resultado de análise que aponta:
P (resina) = 4 mg/dm3
K = 0,05 cmolc/dm3. Para se adequar à tabela acima devemos multiplicar este valor por 10 para termos em mmolc/dm3. Ou seja, 0,5 mmolc/dm3.
Verificamos que o solo desta análise se enquadra na 1ª. faixa onde os teores de N, P2O5 e K2O são, respectivamente, 20 – 80 – 60.
Agora devemos achar as fórmulas de fertilizantes que podem ser utilizadas.
Se dividirmos a recomendação 20-80-60 pelo menor número (20) teremos uma relação 1-4-3. Todas as fórmulas de fertilizantes que estejam nesta relação poderão ser usadas. O que vai diferenciar é a quantidade - quanto mais concentrada a fórmula menor a quantidade de adubo a ser aplicada. Para isto, multipliquemos toda relação por coeficientes:
x 5 = o resultado é uma fórmula 05-20-15
x 6 = 06-24-12
x 7 = 07-28-21
Qual a quantidade a aplicar de cada uma:
QF (kg/ha) = (dosagem recomendada / teor de nutriente na fórmula) x 100
QF = quantidade da fórmula de fertilizante em kg/ha
Dosagem recomendada do respectivo nutriente: ou N, ou P ou K
QF (kg/ha) = (20 / 5) x 100 = 400 kg/ha.
Com a fórmula 06-24-12 teremos QF (kg/ha) = (20 / 6) x 100 = 335 kg/ha
Com a fórmula 07-28-21 teremos QF (kg/ha) = (20 / 7) x 100 = 285 kg/ha
Nosso solo se enquadra na 1ª. faixa e as recomendações de N, P2O5 e K2O em kg/ha são 50-120-140. Se dividirmos pelo menor nutriente (50) teremos uma relação 1 – 2,4 – 2,8
Multiplicando esta relação por coeficientes teremos as seguintes fórmulas de fertilizantes:
x 7 = 07 – 16,8 – 19,6 arredondando teremos a fórmula 07 – 17 - 20
x 8 = 08 – 19,2 – 22,4 ou seja 08 – 20 – 22
x 9 = 09 – 21,6 – 25,2 ou seja 09 – 22 - 25
x 10 = 10 – 24 – 28
QF (kg/ha) = (50 / 10) x 100 = 500 kg/ha da fórmula 10-24-28
QF (kg/ha) = (50 / 7) x 100 = 715 kg/ha da fórmula 07-17-20 e assim por diante
Muitas vezes não conseguimos achar, no mercado, formulações com NPK igual ao que calculamos. Nestes casos, tenha em mente que é dada uma tolerância de ±10% . Além disto não podem ser comercializados fertilizantes sólidos NPK cuja soma dos três nutrientes é menor que 21. Para as misturas sólidas NP, PK, NK o mínimo é 18%.
Fórmula 04-10-06 soma = 20 (não pode ser comercializada)
Fórmula 00-08-08 soma = 16 (não pode ser comercializada)
Multiplicando esta relação por coeficientes teremos as seguintes fórmulas de fertilizantes:
x 7 = 07 – 16,8 – 19,6 arredondando teremos a fórmula 07 – 17 - 20
x 8 = 08 – 19,2 – 22,4 ou seja 08 – 20 – 22
x 9 = 09 – 21,6 – 25,2 ou seja 09 – 22 - 25
x 10 = 10 – 24 – 28
QF (kg/ha) = (50 / 10) x 100 = 500 kg/ha da fórmula 10-24-28
QF (kg/ha) = (50 / 7) x 100 = 715 kg/ha da fórmula 07-17-20 e assim por diante
Muitas vezes não conseguimos achar, no mercado, formulações com NPK igual ao que calculamos. Nestes casos, tenha em mente que é dada uma tolerância de ±10% . Além disto não podem ser comercializados fertilizantes sólidos NPK cuja soma dos três nutrientes é menor que 21. Para as misturas sólidas NP, PK, NK o mínimo é 18%.
Fórmula 04-10-06 soma = 20 (não pode ser comercializada)
Fórmula 00-08-08 soma = 16 (não pode ser comercializada)
As necessidades de N, P2O5 e K2O para o nosso solo, usado como exemplo, são 100-30-130. Relação 3,3 – 1 – 4,3 (divisão por 30).
x 6 = 19,2 – 06 – 25,8 ou 20 – 06 – 26
x 5 = 16,5 – 05 – 21,5 ou 16 – 05 – 22
Quantidade por hectare
QF (kg/ha) = (30 / 6) x 100 = 500 kg/ha de 20-06-26
QF (k/ha) = (30 / 5) x 100 = 600 kg/ha de 16-05-22
Não esqueçam da fórmula para encontrar as quantidades de adubo por hectare.
Espero ter atingido os objetivos de explanar de maneira fácil os conhecimentos nos 3 capítulos da "Interpretação de Análises de Solos". É só praticar. Qualquer dúvida, comentem ou peçam auxílio.
x 6 = 19,2 – 06 – 25,8 ou 20 – 06 – 26
x 5 = 16,5 – 05 – 21,5 ou 16 – 05 – 22
Quantidade por hectare
QF (kg/ha) = (30 / 6) x 100 = 500 kg/ha de 20-06-26
QF (k/ha) = (30 / 5) x 100 = 600 kg/ha de 16-05-22
Não esqueçam da fórmula para encontrar as quantidades de adubo por hectare.
Espero ter atingido os objetivos de explanar de maneira fácil os conhecimentos nos 3 capítulos da "Interpretação de Análises de Solos". É só praticar. Qualquer dúvida, comentem ou peçam auxílio.