terça-feira, 23 de junho de 2009

A importância dos Micronutrientes

As deficiências de micronutrientes devem ser corrigidas antes que elas apareçam. Devem ser aplicados fontes de micronutrientes mais cedo e misturadas com uma fonte de nitrogênio, pois os resultados são melhores.

Boro - este micronutriente tem papel importante na divisão celular, formação dos frutos, metabolismo dos carboidratos, das proteínas, viabilidade do polem. Os sintomas de deficiência de boro em algumas espécies são:
1. alfafa - o crescimento da planta é prejudicado, a produção de sementes é pequena e as folhas apresentam uma coloração amarelo brilhante.
2. pêssego - os brotos terminais morrem, as folhas têm as bordas enroladas e os botões mortos.
3. maçã - apresenta tecidos duros e enrugados, interna e externamente.
4. citros - as quedas dos frutos são em grande proporções e amarelecimento das nervuras das folhas.
5. algodão - queda excessiva de botões florais.
6. amendoim - cascas deformadas e com pontos pretos.
O baixo nível de umidade diminui a disponibilidade do boro. Os boratos de sódio são as principais fontes de boro. O excesso de boro aplicado no solo é prejudicial às plantas. Nos solos arenosos com baixo teor de matéria orgânica aparecem deficiências de boro.
O boro é importante para o cafeeiro pois influi no crescimento e no pegamento da florada. Mas o boro em excesso ele causa toxidez severa nas plantas jovens de café devido à pequena área foliar que elas apresentam. As plantas apresentam folhas manchadas de verde-amarelado e, em casos graves, aparecem manchas escuras e até queima total das bordas das folhas. O teor adequado de boro nas folhas é de 40 a 80 ppm e na toxidez este teor é maior do que 200 ppm. Devido a baixa translocação do boro, passado a toxidez, as folhas novas que crescem já o fazem de maneira normal. Nos cafezais, a dose indicada de boro é de 2 a 6 kg/ha. No plantio pode-se usar de 2 a 5 gramas por cova ou metro de sulco.
A correção das deficiências se faz com o produto Borax usando 20 kg/ha ou por via foliar usando o ácido bórico (H3BO3).
O boro é absorvido pelas plantas na forma de H3BO3.

Cobre - é um dos nutrientes necessário à formação da clorofila. O clima influi na disponibilidade de cobre. Altas temperaturas e altos níveis de umidade são desfavoráveis à liberação do cobre pela matéria orgânica do solo. Os sintomas de deficiência de cobre nas plantas são:
1. citros - surgem folhas amarelas e os ramos novos morrem.
2. cereais - folhas amareladas nas bordas, pontas secas e torcidas.
3. milho - amarelecimento entre as nervuras das folhas.
4. verduras - morte das folhas.
O cobre reage com a matéria orgânica formando compostos que não estão disponibilizados para as plantas imediatamente. Em solos com alto teor de matéria orgânica, as deficiências de cobre aumentam e a reposição deve ser feita anualmente. Existe incompatibilidade quando são mituradas fontes de cobre com os fertilizantes. As formas insolúveis de cobre podem melhorar a sua solubilidade quando incorporadas aos adubos granulados (NPK no grão). Os fosfatos de amônio, presentes nos fertilizantes fluidos, reagem com o sulfato de cobre formando compostos insolúveis.
Para corrigir as deficiências provocadas pelo cobre, recomenda-se a aplicação de sulfato de cobre (CuSO4) na faixa de 5 a 10 kg/ha.
As plantas absorvem o cobre na forma de íon Cu²+.

Ferro - sua deficiência aparece melhor em solos calcários, principalmente em citros, cereais, feijões, frutas, nozes e gramados. Sua baixa quantidade no solo acarreta uma baixa produção de clorofila. Os sintomas de deficiência são o aparecimento de um amarelecimento entre as nervuras de folhas novas. No sorgo, quando a deficiência é muito grande, as folhas se apresentam quase brancas. Estas deficiências são combatidas com aplicações foliares. No caso de deficiências muito severas deve-se mudar o tipo de cultura para uma mais tolerante. No RS é comum nas lavouras de arroz irrigado aparecerem "toxidez de ferro".
Em solos oxidados, a forma de absorção é o íon Fe³+. As plantas excretam substãncias orgânicas que reduzem o Fe³+ para Fe²+ que também é a forma mais comum de absorção.
A correção das deficiências se faz com sulfato de ferro (FeSO4) ou quelatos.

Manganês - está presente, também, na clorofila, na produção de carboidratos e no metabolismo do nitrogênio nas plantas. A quantidade de manganês influencia a de ferro na planta. Altos níveis de manganês reduzem os níveis de ferro. Os cereais, os feijões, o milho são muito sensíveis à deficiência de manganês. Os sintomas de deficiência são semelhantes a do ferro. A aplicação de fontes de manganês deve ser feita cedo pois os resultados são melhores do que quando ela se manifesta nas folhas. Deve-se preferir as pulverizações foliares. As fontes orgânicas de manganês são mais eficientes do que as inorgânicas. O manganês tem grande afinidade pelo ferro natural do solo tendendo a substituí-lo. Por isto deve-se preferir os sulfatos ou óxidos em solos com alto teor de ferro. No RS é muito comum a toxidez de manganês em solos ácidos.
O manganês é absorvido pelas plantas na forma de íon Mn²+.

Molibdênio - é importante para a fixação de nitrogênio (N) pelas bactérias do gênero risóbio, que vivem nos nódulos das raízes de leguminosas e no metabolismo do N nas plantas. Os sintomas de deficiência são semelhantes às apresentadas pelo nitrogênio. As crucíferas sofrem bastante com a falta de molibdênio (Mo). A deficiência, nestas culturas, se caracteriza por folhas longas, estreitas e irregulares - é chamada de "chicote". Na soja, alfafa e trevos, a deficiência de Mo torna-se muito séria. Nos citros aparecem pontos amarelos nas folhas e se a deficiência for muito severa estes pontos amarelos morrem e as folhas caem. A deficiência de molibdênio é comum em solos ácidos e muito lixiviados. A calagem corrige facilmente esta falta de molibdênio. Entretanto, o excesso de molibdênio é tóxico para os animais e plantas em germinação, além de prejudicar a absorção e as translocações do ferro pelas plantas.
A correção das deficiências se faz utilizando o molibdato de amônio de 0,5 a 1,0 kg/ha.
O molibdênio é absorvido pelas plantas na forma de HMoO4.

Zinco - em solos com baixo teor de zinco (Zn) disponível a aplicação de fosfatados deve ser feita em cobertura total. A aplicação em sulcos ou ao lado das fileiras acarreta deficiências deste micronutriente. A rotação de culturas pode favorecer o aparecimento de sintomas de deficiência. O zinco é importante no desenvolvimento dos botões florais, na produção de grãos e sementes, bem como influi na velocidade de maturação das plantas e sementes. Os sintomas de deficiência em algumas culturas são:
1. leguminosas - aparecimento de pontos pequenos de coloração bronzeada nas folhas mais velhas.
2. frutas - há um crescimento retardado dos brotos terminais, formação de roseta de ramos, folhas estreitas e amarelas entre as nervura.
3. milho - aparecimento de listas amarelas nos dois lados das folhas, no meio, iniciando nas folhas velhas.
4. sorgo - a produção de grãos é reduzida drasticamente.
As aplicações de fontes de zinco serão feitas cedo no solo e nas folhas. A realização desta prática , antes de aparecerem os sintomas, é importante para garantir altas produtividades das culturas e boas safras.
As deficiências de zinco são combatidas com a aplicação de sulfato de zinco (ZnSO4) na faixa de 5 a 10 kg/ha.
As plantas absorvem o zinco na forma de íon Zn²+.

De qualquer forma, a análise do solo e foliar são muito importantes para determinar os teores de micronutrientes no solo e nas folhas para corrigir as deficiências. Vale, antes de tudo, a aplicação preventiva, na época do plantio, com a utilização de fertilizantes que têm os micronutrientes incorporados no mesmo grão para um melhor aproveitamento pelas plantas. É preferível colocar antes do que remediar depois, com possíveis decréscimos na produção das culturas.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Os macronutrientes secundários

O cálcio, o magnésio e o enxofre são macronutrientes importantes para o crescimento e produção das culturas. O cálcio e o magnésio estão presentes no calcário dolomítico e são indispensáveis na correção da acidez do solo. Já o enxofre (S) tem um efeito primordial em solos alcalinos.

Cálcio - este nutriente ajuda a aumentar a produtividade das culturas pelo melhor crescimento das raízes, aumento da atividade microbiana, aumento da disponibilidade de molibdênio (Mo) e a absorção de alguns nutrientes. O aumento da área das raízes favorece uma melhor absorção de nutrientes que estão disponíveis numa área maior de solo. O cálcio reduz a solubilidade e a toxidez do manganês, cobre e alumínio. As plantas bem supridas de cálcio suportam melhor a toxidez causada pelo alumínio. O calcário é a principal fonte de cálcio junto com o gesso. A deficiência de cálcio provoca uma má formação dos grãos e folhas novas enroladas no milho. Os sintomas de deficiência deste nutriente se manifesta pelo desenvolvimento de um sistema radicular pequeno, as raízes ficam escuras e apodrecem. Como é pouco móvel na planta aparecem sintomas de deficiência nas folhas jovens. Daí a necessidade de um suprimento de cálcio contínuo pelo solo. Os solos argilosos apresentam maiores teores de cálcio do que os solos arenosos. Para os solos ácidos recomenda-se o calcário e para os solos alcalinos, o gesso (sulfato de cálcio) ou fertilizantes que apresentam os nutrientes no grão (NPK no grão) que contenham o cálcio para liberação rápida. O cálcio é absorvido na forma Ca²+.

Magnésio - o teor de magnésio no solo é menor que o de cálcio. Por ser muito solúvel está sujeito às perdas por lixiviação. O magnésio faz parte da clorofila. Sua deficiência provova um amarelecimento entre as nervuras das folhas velhas. No algodão, aparece uma cor avermelhada entre as nervuras verdes. Em forragens pobres de magnésio, os animais sofrem a "tetania dos pastos". Sua deficiência é mais nítida em solos ácidos.

Enxofre - a matéria orgãnica do solo é a maior fonte de enxofre (S), bem como o íon sulfato presente no complexo de trocas. O enxofre é absorvido pelas plantas como íon sulfato (SO3). O enxofre contido na atmosfera é uma das maiores fontes . Em solos com pH acima de 7,0 o enxofre não é facilmente aproveitado pelas plantas. Ele precipita-se como sulfato de cálcio insolúvel. Sua deficiência nas folhas é semelhante à do nitrogênio, com um amarelo pálido ou verde suave. O enxofre pode ser fornecido pelo óxido de enxofre, do ar, que entra nas folhas pelos estômatos. O enxofre ajuda a desenvolver enzimas, promove a nodulação para a fixação do N do ar pelas leguminosas, melhora a qualidade das sementes e é a fonte de proteínas e aminoácidos, como cistina, cisteína e metionina.
O superfosfato simples, além do fósforo, contém , também, enxofre na sua composição com um teor de 10-12% . O gesso, que é um sub-produto da fabricação do super simples, apresenta 12-18% de enxofre. Recomenda-se combinar a aplicação em cobertura de N e S conjuntamente. Existe no mercado nacional, fertilizantes que são a combinação de uréia com uma fonte de enxofre para ser usado em cobertura. Esta mistura fertilizante garante benefícios pois há um melhor aproveitamento do nitrogênio (N) do que quando a uréia é aplicada isoladamente, diminui as perdas por volatilização do N e apresenta menor custo benefício por hectare.
No solo 90% do enxofre está na forma orgânica. Solos com baixa matéria orgânica apresentam deficiências de enxofre. Os solos no Brasil são de baixo teor de enxofre, possivelmente causado pelas altas produções da culturas, de modo contínuo, pelas queimadas que causam a volatilização do S, pela alta relação C/S que dificulta a mineralização. Na mineralização, muitos fungos e bactérias atuam no processo que é muito importante. A utilização da matéria orgânica pelos microorganismos pode ocorrer tanto em condições aeróbias, cujo produto final são SO4²- e condições anaeróbias com H2S. As formas de enxofre encontradas no ar como SO2, H2S e SO2²- são formas gasosas e fontes muito importantes de S para as plantas. A decomposição das plantas libera dióxido de enxofre na atmosfera que aumenta a acidez da água da chuva, conhecida como "chuva ácida".
As plantas de milho apresentam maior absorção radicular de enxofre do que as plantas de soja, além de reter grande parte deste nutriente na raíz. Davi José Silva e outros, concluiram através de pesquisas que as plantas de milho apresentam maior absorção radicular de S do que as plantas de soja, além de reter grande parte deste nutriente na raiz. No milho, o enxofre aplicado a uma folha é transportado para o caule e para as raízes. Na soja, o enxofre absorvido tanto pela raiz quanto pela folha é transportado, em maior proporções, para as folhas superiores redistribuindo para outras partes da planta.
Em solos bem drenados, formas reduzidas são oxidadas a SO4²-, forma inorgânica e absorvida pelo sistema radicular. Porém as formas reduzidas, os sulfetos e H2S são importantes nos solos alagados e anaeróbios. Em condições de má drenagem existe o acúmulo de sais solúveis de enxofre. Nos solos alcalinos ou calcários existe as formas insolúveis.
As entradas de S no solo se dá através das chuvas e irrigação, pela mineralização das formas orgânicas, pelo intemperismo das rochas, e através dos fertilizantes.
As saidas de S do solo se verifica pela emissão de gases, pela adsorção, pela erosão, pela lixiviação, pela imobilização e pela absorção pelas plantas.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Cuidados na aplicação dos Agrotóxicos - Parte II

Durante as etapas de preparo, aplicação e pós aplicação o trabalhador deve seguir uma série de passos tão importantes para a sua proteção e de outras pessoas, animais, fontes de água e meio ambiente como um todo.

Cuidados nas aplicações:A – Cuidados antes das aplicações:· a manipulação do produto deve ser feita ao ar livre;
· mantenha o rosto afastado e evite inalar o produto;
· verifique se os equipamentos estão em perfeitas condições;
· use equipamentos de proteção individual – EPIs tanto na manipulação como na aplicação de produtos;
· após a manipulação, todo o EPI deve ser recolhido, descontaminado e guardado limpo.

B – Cuidados durante as aplicações;· não pulverizar árvores estando debaixo delas;
· não aplique agrotóxicos em locais onde estiverem pessoas ou animais desprotegidos;
. não aplique agrotóxicos nas proximidades de fontes de água;
· não fazer aplicações contra o sentido do vento.

C – Cuidados após as aplicações:
· respeite o intervalo entre as aplicações;
· respeite o período de carência;
· não lave os equipamentos de aplicação em riachos, lagos, rios, açudes e outras fontes de água;
· evite o escorrimento da água de lavagem dos equipamentos para locais usados por pessoas e animais;
· tomar banho com bastante água e sabão;
· lavar os equipamentos de proteção diariamente.

Período de carência:Também chamado "Intervalo de Segurança". O período de carência é o número de dias entre a última aplicação do produto agrotóxico e a colheita. Deve ser respeitado este prazo para evitar que os alimentos colhidos fiquem com resíduos e venham causar prejuízos às pessoas e aos animais. Por exemplo, se numa cultura a última aplicação do produto foi em 1º de março e a carência é de 10 dias, a colheita só poderá ser realizada após 13 de março.
É ilegal a comercialização de produtos destinados à alimentação que apresentem resíduos além do permitido pelo Ministério da Saúde. A colheita poderá ser apreendida e destruída. Além deste prejuízo, o agricultor poderá ser multado e submetido a processo judicial. Para evitar isto, o agricultor deve consultar um Engenheiro-Agrônomo que lhe indicará o melhor produto, período de carência e quais os equipamentos de proteção individual que deverão ser usados.

Aplicação aérea:A aviação agrícola é uma das mais modernas tecnologias de aplicação de agrotóxicos. Com a aviação agrícola é possível reduzir a quantidade de agrotóxicos. Além disto reduz em até 4 vezes o tempo de aplicação, com a vantagem de uma distribuição uniforme e não compacta o solo. Na aplicação motorizada há a desvantagem de compactar o solo.
1. é vedado a entrada e permanência de qualquer pessoa na área onde está sendo feita a pulverização aérea.

Higiene após a aplicação:A higiene feita habitualmente é importante para evitar contaminações. Os produtos químicos penetram no nosso corpo através da boca, pele, olhos e pela respiração. Roupas e equipamentos contaminados facilitam a absorção do produto pois estão em contato direto com a pele. Comer, beber e fumar durante as aplicações são outras formas de contaminação do produto através da boca pois as mãos estão contaminadas.
Procedimentos de higiene:
1) lave bem as mãos e o rosto antes de comer, beber e fumar;
2) lave as roupas usadas na aplicação separadas das roupas de uso pessoal da família;
3) tome banho, lavando bem o couro cabeludo, axilas, unhas, regiões genitais;
4) após o banho, use roupas limpas;
5) mantenha sempre a barba bem feita, unhas e cabelos cortados.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Cuidados na aplicação dos Agrotóxicos - Parte I

As lavouras estão sujeitas ao ataque de pragas, doenças, e plantas daninhas que se não forem controladas possibilitarão um decréscimo na produção, com prejuízos na colheita e ao produtor. Portanto, o sucesso deste controle depende da utilização de práticas corretas e uso adequado dos agrotóxicos.
Uma aplicação incorreta, além de “ botar produto fora “ poderá contaminar os trabalhadores e o meio ambiente.
Para garantir sucesso na colheita, o agricultor deve dar uma atenção especial aos equipamentos, adotando uma série de práticas:
1) manter os equipamentos sempre bem conservados. Isto além de poupar dinheiro com futuras manutenções permite que os mesmos funcionem de maneira correta;
2) fazer a revisão e manutenção periódica, substituindo mangueiras e bicos. Para manter a segurança dos trabalhadores a revisão e manutenção é muito imortante pois mangueiras quebradas causam desperdício da calda, além de provocar contaminação ao trabalhador e ao meio ambiente. Bicos mal regulados, sem funcionamento correto, acarretam pulverizações ineficientes e perdas de produto;
3) lave o equipamento após a aplicação e verifique o seu funcionamento. Os equipamentos devem ser lavados e testados logo após cada aplicação evitando a contaminação de outros trabalhadores, crianças e animais;
4) equipamentos com defeitos, vazamentos, devem ser descartados. É melhor substituí-los. Qualquer peça que apresente defeito deverá ser trocada. É preferivel trocá-las do que fazer remendos que poderão prejudicar a segurança do trabalhador, sua contaminação e casos graves de intoxicação;
5) ler o manual de instrução antes de usar. Muitos não gostam de ler manuais, mas é importante fazê-lo para um conhecimento completo do funcionamento do equipamento, suas revisões e manutenções;
6) saiba calibrar o pulverizador corretamente. Todo trabalhador deve ser treinado para saber lidar com o equipamento e saber calibrá-lo para obter uma perfeita aplicação e evitar perdas da calda;
7) não utilize pressão excessiva na bomba, pois poderá haver perda de calda. Aqui vai a importância de conhecer o manual para saber a pressão a ser usada bem como ler os rótulos dos produtos que dão as indicações corretas ;
8) use sempre água limpa para o preparo da calda. Para ter uma mistura homogênea não use água suja que contenha outros materiais que poderão prejudicar o funcionamento do equipamento e ocasionando o entupimento dos bicos;
9) nunca misture produtos incompatíveis. Use somente produtos que não dão problemas quando misturados. Leia o rótulo do produto que vai ser usado na aplicação e verifique com que substâncias ele é compatível.

Regras importantes de proteção pessoal na aplicação do produto:1) é vedado a manipulação de quaisquer agrotóxicos por menores de 18 (dezoito) anos, por maiores de 60 (sessenta) anos e por gestantes;
2) o empregador deverá afastar a gestante das áreas de exposição direta e indireta tão logo saiba desta condição;
3) é vedado a manipulação de agrotóxicos que não estejam registrados e autorizados pelos orgãos governamentais competentes;
4) é vedado a manipulação de quaisquer agrotóxico em desacordo com a receita e as indicações do rótulo e bula do produto;
5) usar equipamentos de proteção individual – EPIs, sempre que for aplicar os produtos;
6) evite aplicações nas horas mais quentes do dia para diminuir a evaporação do produto e facilitar o uso de vestimentas e equipamentos de proteção;
7) não aplicar o produto contra o vento e não caminhar entre as plantações recém-tratadas;
8) não coma, não beba, não fume, durante a aplicação;
9) não desentupa os bicos com a boca;
10) mantenha as pessoas afastadas da área após a aplicação. Observe o período de reentrada.

Cuidados no manuseio dos agrotóxicos:
O preparo da calda é uma operação que exige muitos cuidados para o homem e meio ambiente, pois os agrotóxicos são manuseados à altas concentrações. Em geral, por falta de informação, o preparo da calda é feito próximo à fontes de captação de água como poços, rios lagos açudes, etc. Geralmente ocorrem escorrimentos e respingos que atingem o trabalhador, a máquina, o solo e o sistema hídrico. E com isto, a contaminação está feita atingindo aqueles que usarão a água.

Prepaaro da calda:O preparo da calda poderá ser feito pela adição direta do produto no tanque, ou através de uma pré-diluição. Quando forem usados produtos líquidos, podem ser adicionados diretamente no tanque com a quantidade de água desejada.
Para os produtos Pó Molhável, é recomendado fazer a diluição seguindo estas etapas:
1) dissolver o produto em pequena quantidade de água agitando até a completa mistura do mesmo;
2) despejar no tanque contendo 2/3 do volume de água a ser utilizada. Agitar e completar com água o volume total;
3) quando usar mais de um produto, seguir as recomendações de cada produto, individualmente.

“PREPARAR SOMENTE A QUANTIDADE DE CALDA NECESSÁRIA À APLICAÇÃO DE UM DIA DE TRABALHO” .

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A importância do trio NPK

O nitrogênio (N) é um dos componentes dos aminoácidos ocupando o centro das moléculas de proteínas. Faz parte, também, da clorofila. Junto com o magnésio (Mg) são os únicos componentes da clorofila, que provém do solo. O nitrogênio (N) é o responsável pelo desenvolvimento vegetativo. Um suprimento generoso de N ocasiona um crescimento vigoroso da planta. Este nutriente tem um papel importante na divisão celular. Se a divisão celular diminuir de velocidade ou mesmo parar, o mesmo acontecerá com o número de folhas verdes expostas à luz solar. E, é óbvio, a planta com uma menor área foliar irá produzir menos. A adubação com nitrogênio (N) é importante pois melhora a qualidade dos grãos, aumenta a produtividade e o teor de proteína. Quando o nitrogênio é aplicado em excesso e a planta não consegue aproveitá-lo totalmente, ela acumula este nutriente sob forma não protéica. O acúmulo pode levar a uma intoxicação de N nítrico (NO3-) principalmente em plantas jovens ou aquelas que estão sofrendo com uma seca ou em solos deficientes de fósforo e potássio. A deficiência de nitrogênio, como acontece com a de magnésio, provoca uma clorose ou amarelecimento das folhas. É o sinal do baixo contéudo de clorofila.
O fósforo (P) apesar de ser aproveitado em pequenas quantidades pela planta, ele não pode faltar ou ser deficiente no solo pois prejudica o crescimento da cultura. Como o nitrogênio, ele é importante na divisão celular. Na fotossíntese, ele tem uma função vital, tanto na utilização dos açúcares quanto do amido. Este nutriente apresenta uma grande mobilidade dentro da planta. Em casos de deficiência, ele migra dos tecidos velhos para os novos. As plantas jovens absorvem o fósforo muito rápidamente. Em níveis adequados de fósforo, as raízes têm um crescimento rápido e intenso. Dizem que quando a planta atingiu 25% de sua altura total, ela já consumiu 78% do fósforo que ela necessita. Isto caracteriza a real necessidade de suprir a planta com quantidades adequadas de fósforo, principalmente nas culturas de ciclo curto. As temperaturas baixas do solo reduzem a absorção de fósforo. A presença de nitrogênio amoniacal (NH3+) aumenta a absorção do fósforo favorecendo o desenvolvimento do sistema radicular. A deficiência de fósforo se caracteriza por um avermelhamento das folhas e do talo, quando as plantinhas tem menos de 30 cm de altura, como é no caso do milho. Dizemos que o milho está "roxo de fome". Quando a absorção de fósforo é menor que as necessidades, verifica-se um acúmulo de açúcar nos tecidos das plantas favorecendo a formação de um pigmento chamado antocianina que dá o colorido às folhas. Mas devemos tomar cuidado quando atribuir o avermelhamento à deficiência de fósforo. A baixa temperatura, os estragos causados por insetos às raízes e às folhas, ação dos ventos e do granizo, e danos às raízes, são responsáveis pela planta apresentar um avermelhamento das folhas. É importante as análises do solo e foliar para determinar se a deficiência é relativa ao fósforo.
O potássio (K) é também importante para as plantas. Ele se desloca no interior da planta na forma de cátion positivo (K+). Embora as culturas exijam grandes quantidades de K, a solução do solo pode apresentar pequenas quantidades. Por isto, a necessidade de uma liberação constante do íon K+ para a solução do solo. O potássio trocável, que se encontra ligado à partículas minerais, vai para a solução do solo pela troca de cátions. A regeneração do potássio se dá a partir de formas de potássio não trocável da fração de solo. O potássio não forma compostos, como fazem o nitrogênio e o fósforo. Ele age livremente no interior da planta. Ele é importante para a formação de frutos de qualidade e resistência das plantas ao frio e às doenças. Ele age na translocação do açúcar e é necessário para a formação de aminoácidos e proteínas. Plantas bem supridas de potássio resistem mais ao murchamento. Plantas mal supridas de potássio, não resistem ao acamamento. Caules fracos ocorrem quando o nível de nitrogênio é alto e o do potássio é baixo.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Agrotóxicos - Lavagem das Embalagens

A lavagem das embalagens é uma prática de grande importância em três aspectos: Segurança, Ambiente e Economia. Segurança no sentido de proteger pessoas e animais. Ambiente com a finalidade de proteger a natureza evitando a contaminação de rios, lagos, outras fontes de água e o solo. Economia visando aproveitar o produto até a última gota.
Há duas maneiras de fazer a lavagem das embalagens: a tríplice lavagem e a lavagem sob pressão.

Tríplice lavagem:

1. esvaziar completamente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador;
2.
colocar água limpa na embalagem até 1/4 do seu volume;
3.
tampar bem a embalagem e agitar durante 30 segundos;
4.
despejar a água de lavagem no tanque do pulverizador;
5.
repetir esta operação 3 vezes;
6.
inutilizar a embalagem plástica ou metálica perfurando o fundo da mesma.

Lavagem sob pressão:

1. esta lavagem só pode ser realizada em pulverizadores com acessórios adaptados para esta finalidade;
2.
encaixar a embalagem vazia no local apropriado do funil instalado no pulverizador;
3. a
cionar o mecanismo para liberar o jato de água limpa direcionando para todas as paredes internas da embalagem durante 30 segundos;
4.
transferir a água de lavagem para o tanque do pulverizador;
5.
inutilizar a embalagem de plástico ou metálica perfurando o fundo da mesma.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Aos meus leitores

Recebi um e-mail do amigo leitor Jose Hispaniel me perguntando da possibilidade de publicar artigos seus, de amigos e de outros leitores, fotos e narrar experiências dentro dos assuntos pertinentes a este blog, dentro das possibilidades. Gostaria de aproveitar o blog para responder pois assim atingirei a todos os meus leitores. Será um prazer ter estes artigos, fotos e experiências e será respeitado o crédito do autor. É muito importante compartilharmos nossos conhecimentos com outras pessoas. Uma ótima sugestão. Estou ansioso aguardando.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Os fertilizantes na produção de alimentos

No Livro do Gênese, no Capítulo Nono, quando a arca de Noé estacionou, após o dilúvio, a principal preocupação de Noé foi alimento - e plantou um vinhedo.
Em 1955, na zona rural de Geórgia -EUA, um produtor fez um telefonema. O telefonema era diferente porque seu telefone e dos vizinhos recebiam sua energia do sol. A eletricidade era fornecida por uma bateria solar. Esta bateria possuia 432 discos de silício e amarzenava energia suficiente em dois dias para alimentar, por dois meses, toda a comunidade. Pela fotossíntese as folhas verdes, como os discos de silício, captam energia do sol. Portanto, convertem a energia do sol em energia química que pode ser usada por homens e animais. Num complexo de reações físico-químicas, as plantas convertem a luz solar em açúcar e, mais tarde, em proteínas, gorduras, amido e celulose. O hidrogênio e o oxigênio, sob forma de água, chegam através das raízes e mais 13 elementos nutritivos essencias para suprir a planta durante o seu desenvolvimento e produção. Pelos estômatos, que são pequeníssimos poros existentes nas folhas, o gás carbônico do ar penetra nas folhas e fornece à planta carbono (C) e oxigênio (O).
Em 1776, um inglês, Joseph Priestley, publicou uma descoberta de como as plantas podiam restaurar o oxigênio de um ar viciado. Ele primeiro queimou uma vela em um jarro invertido, até que esta se apagou quando todo oxigênio foi consumido. Ele então colocou um ramo de hortelã no interior do jarro e em 10 dias podia suportar novamente uma vela acesa. Entretanto, a quantidade de dióxido de carbono está aumentando e pode atingir níveis perigosíssimos. Resta saber como poderemos fazer para que as plantas consumam mais gás carbônico e produzam mais oxigênio. Portanto uma luta na preservação das plantas para manter este equilíbrio e possibilitar a vida na terra.
O primeiro estudo sobre solo e as necessidades das plantas surgiu em 1868 com a publicação de um livro "Como as plantas crescem" por Samuel William Johnson , que foi aluno de Liebig. Johnson estudava a nutrição analisando as cinzas provenientes da queima das plantas. Ele determinou que as plantas precisam de grandes quantidades de fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Os nutrientes eram expressos sob a forma de óxidos, fato que continua até os dias de hoje. Ele dizia que o sódio podia substituir o potássio em beterrabas. Justis von Liegig empregava a física e a química no estudo das plantas. Liebig foi autor da "lei dos mínimos". Esta lei diz que o crescimento das plantas é limitado pelo nutriente que estiver presente em menor quantidade. Este fato é ilustrado até hoje por um barril onde uma das suas tábuas está cortada simbolizando o nutriente que está faltando. Isto que dizer que podemos fornecer à planta os nutrientes que ela precisa, mas se um dos nutrientes estiver em quantidade insuficiente, ele vai limitar a fertilidade. Nesta época muitos solos estavam esgotados. Era difícil obter-se esterco de animais e o guano era muito caro. Os solos eram muito ácidos e nas áreas secas não havia irrigação. A produção de alimentos era pequena. No final do século XIX surgiram os fertilizantes mas o problema era o controle de qualidade. Produtos eram vendidos de forma inadequada levando a necessidade da criação de um controle de qualidade que foi a base do que hoje existe.
Em 1855 a empresa Baugh e Filhos produziram o superfosfato simples. Esta empresa foi a pioneira da indústria de fertilizantes. Hoje em dia os fertilizantes são responsáveis pelo crescimento da produção agrícola no mundo.
Mas todo progresso implica em danos, efeitos colaterais. O processo de fabricação de fertilizantes emite certas quantidades de óxidos de nitrogênio e de enxofre, flúor, partículas sólidas, vapores de ácidos para o ar. Aí aparece as organizações de preservação do meio ambiente com as Leis Ambientais estabelecendo padrões permissíveis para a emissão de poluentes.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Agrotóxicos - Cuidados com as embalagens dos produtos

No controle de pragas e doenças, a presença dos agrotóxicos vai sempre ser notada. Eles têm um papel importante no controle das infestações de insetos e das doenças que atacam as plantas ocasionando uma diminuição da produtividade. Entretanto, são produtos que podem, se não adotarmos medidas preventivas e de segurança, causar danos às pessoas, aos animais e ao meio ambiente. É no momento da preparação da calda que o trabalhador estará manuseando o produto e, obviamente, exposto à contaminação. Por isto, o preparo da calda exige uma série de cuidados especiais:

1. a embalagem deve ser aberta cuidadosamente para evitar o derramamento do produto e com isto contaminar os trabalhadores envolvidos e o piso do local onde a calda está sendo preparada;
2. durante a operação devem estar ao alcance das mãos protegidas com luvas, bem como todo o corpo, balança, copos graduados, baldes e funis. Estes materiais devem ser empregados apenas para esta finalidade. Nunca usados para outras finalidades que não seja o preparo das caldas. Os trabalhadores que não conhecem as medidas de segurança e de exposição aos produtos costumam dar uma lavadinha nos copos e enchê-los de água para tomarem;
3. após aberta a embalagem e retirado o produto, a mesma deve ser lavada imediatamente;
4. as embalagens lavadas deverão ser armazenadas em caixas de papelão, com suas respectivas tampas e rótulos, para entrega aos centros de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos ou ao fornecedor;
5. as embalagens lavadas não devem ser armazenadas dentro da residência ou do alojamento dos trabalhadores, bem como nas instalações de animais. Certifique-se que todas as embalagens usadas estão fechadas e guardadas no depósito;
6. os trabalhadores devem verificar se as embalagens estão bem lavadas e perfuradas no fundo. Esta perfuração é importante pois evita o uso das embalagens para outras finalidades ou sua reutilização;
7. a presença de crianças, pessoas desprotegidas (sem o equipamento de proteção individual - EPI) e animais não pode ser permitida;
8. as embalagens vazias não devem ser jamais queimadas, enterradas, despejadas no solo, jogadas na água, lagos e rios, ou deixadas à beira de rios e estradas. Se isto não for observado há sérios perigos de contaminação de pessoas, animais e rios e prejuízo ao meio ambiente;
9. as embalagens de plástico ou sacos de papel não podem ser lavadas. Para isto, devem ser esvaziadas completamente durante o uso e depois guardadas dentro de um saco plástico padronizado. Este saco padronizado deve ser adquirido em um Revendedor.

Destino das embalagens vazias
A Legislação obriga o empregador a devolver todas as embalagens vazias no local indicado pelo Revendedor de produtos agrotóxicos. Antes de devolver, o empregador deve preparar as embalagens contaminadas. Isto é importante pois quem não proceder assim estará sujeito à multas e será enquadrado na Lei de Crimes Ambientais. Por isto o agricultor deve prestar atenção aos seguintes fatos:
A. recomenda-se o empregador a devolver as embalagens vazias após o término da safra. Assim o fazendo ele economizará no custo do transporte pois reunirá maior número de embalagens;
B. o empregador tem o prazo de 1 (um) ano, a contar do dia da compra, para devolver as embalagens vazias. Por sua vez, o Revendedor deve informar na Nota Fiscal de venda, o local para a entrega das embalagens vazias.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Agrotóxicos - Cuidados no Armazenamento

Agrotóxicos são produtos químicos necessários ao controle de pragas e doenças das plantas e se não forem utilizados corretamente e se o trabalhador não se proteger com equipamentos de proteção, com cuidados na estocagem e armazenamento das embalagens, na aplicação, no transporte, na preparação da calda, podem causar danos à saúde das pessoas e dos animais, e ao meio ambiente. Os agrotóxicos podem entrar no organismo, de quem os manuseia ou aplica, pela respiração, pela via digestiva e, principalmente, através da pele. As pessoas expostas aos agrotóxicos podem sofrer intoxicações agudas, com efeitos imediatos, e intoxicações crônicas, com efeitos a longo prazo. Mesmo que as quantidades de agrotóxicos sejam pequenas, o empregador e empregados devem tomar sérias medidas de proteção para garantir uma correta armazenagem. Aquele sistema empírico de deixar as embalagens, após usadas, no campo, não pode ser mais admitido sendo passível de fiscalização e aplicação de penalidades, responsabilidades, além de causar danos à saúde de animais, pessoas e contaminações ao meio ambiente. As principais medidas de segurança seriam:

1. proibição de armazenagem de produtos agrotóxicos a céu aberto.
2. não armazenar agrotóxicos com alimentos, rações e medicamentos. Apesar disto, ainda se observa produtores que no mesmo galpão guardam agrotóxicos misturados com adubos, concentrados e rações para animais, sem nenhuma observãncia ao que preconiza a NR-31. Não guardar agrotóxicos e remédios dentro da residência ou no alojamento dos empregados. Se guardar no galpão de máquinas, a área deverá ser isolada e mantida fechada à chave;
3. recomenda-se a construção de uma peça isolada (depósito), fechada à chave, onde seriam armazenadas as embalagens dos agrotóxicos;
4. o empregador deve tomar a precaução de não estocar grandes quantidades de produto. Estocar somente o que vai ser usado numa safra, a curto prazo. Isto garantiria que os produtos não fiquem com a validade vencida e os danos às embalagens, vazamentos, seriam muito menores;
5. os produtos e restos dos mesmos devem ser mantidos nas embalagens originais. Toda vez que for retirado produto para uso, as embalagens devem ser, novamente, bem fechadas. Não armazenar restos de produtos em embalagens sem tampa ou com vazamento;
6. para o aproveitamento de embalagens rompidas, deve-se usar um plástico transparente com o objetivo de evitar o vazamento do produto. Tomar cuidado para que o rótulo do produto fique visível. Esta prática é importante pois o empregado tendo acesso à leitura do rótulo saberá o tipo de agrotóxico, dosagens, recomendações e prazo de validade;
7. não utilizar locais úmidos ou sujeitos à inundações para estocar os produtos. Há o perigo de molhar o produto e lavagem dos ingredientes que irão contaminar o solo e outras embalagens;
8. o local de situação do depósito deve ser mais de 30 metros das residências, das instalações dos animais, dos locais de medicamentos, de rações, de estocagem de alimentos, refeitórios e de fontes de água;
9. nos locais de estocagem dos agrotóxicos, o piso deve ser de cimento e o telhado deve apresentar boas condições para evitar infiltrações das águas das chuvas;
10. as instalações elétricas devem ser mantidas em bom estado de conservação para evitar curto-circuíto e incêndios;
11. com relação às crianças, pessoas não autorizadas e animais, o empregador e empregados devem sempre manter a porta trancada;
12. as embalagens devem ser estocadas sobre estrados. Isto evita o contato com o piso e com a umidade do mesmo nos períodos de inverno. As pilhas devem ser bem formadas para evitar um possível desmoronamento. Devem ter um afastamento de 50 (cinquenta) centímetros das paredes e 1 (um) metro do teto;
13. o depósito deve possuir ventilação para evitar que a temperatura interna fique muito alta, o que provocaria um aumento da pressão interna, que no caso de frascos, ocasionaria rupturas que irão propiciar a contaminação de pessoas no momento de abrir as embalagens. Isto é muito perigoso pois irá ocorrer a liberação de gases tóxicos que colocarão em risco a vida dos usuários e animais;
14. deve haver chuveiros e torneiras para a higiene dos trabalhadores. Recomenda-se um chuveirinho, voltado para cima, para a lavagem dos olhos;
15. os produtos devem estar separados, identificados no lote, e controlar, contínuamente, o prazo de validade dos mesmos. Não misturar no mesmo lote, produtos diferentes;
16. um tambor ou mais de um devem ser colocados no depósito e servirão para recolher as embalagens vazias, danificadas ou com vazamento;
17. o empregador deve controlar a existência de um estoque de plásticos para envolver as embalagens rompidas;
18. adsorventes como areia, pó de serragem, calcário devem estar presentes no depósito para a adsorção de líquidos vazados;
19. o local do depósito deve ser sinalizado com uma placa - CUIDADO VENENO.

"Se ocorrer um acidente, não permita que os produtos vazados alcancem fontes de água e culturas. Se a contaminação for significativa avise as autoridades e vizinhos".

Fonte: Manual da ANDEF