terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Metade do Milho Plantado pode ser Transgênico

A expectativa é que na safra de inverno mais da metade das lavouras será formada por milho transgênico. A safra atual, de verão, deverá ser 30% transgênica. Isto evidencia o crescimento e aceitação por parte dos agricultores, pois no primeiro cultivo do milho geneticamente modificado, o índice de aceitação foi de 19%. Este crescimento se deve à adoção por parte do agricultor, pois o milho transgênico tem apresentado uma produtividade maior que o convencional, e o manejo é muito mais simples.

Onze tipos de milho transgênico já foram liberados pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) desde 2007. Por exemplo, o MON 810 tem, no seu DNA, um gene da bactéria "bacillus thuringiensis" (Bt) que sintetiza uma proteína que é tóxica para a lagarta, mas inofensiva para o ser humano e animais. A planta produz seu próprio inseticida orgânico causando a morte das lagartas.

Apesar da semente transgênica ser mais cara, acaba compensando o seu uso, pois ao invés de se aplicar seis a oito vezes mais inseticidas, com os transgênicos a aplicação pode chegar a zero.

Para a safra deste ano apareceram duas variedades transgênicas: o Bt11 e o Herculex. Recentemente foi liberado o Bt11GA21 que combina dois genes em uma mesma planta: um de resistência às lagartas e outro de tolerância ao herbicida glifosato. No RS, a adesão ao uso do milho transgênico é quase 100% devido aos problemas graves que os agricultores têm com ervas daninhas nas plantações. Em outro estado, o MT, a utilização de trasgênicos deverá chegar a 48%.


No último dia 15/12/2009, a CTNBio liberou uma variedade de algodão transgênico resistente aos insetos e tolerante ao herbicida glifosato. Quanto à liberação comercial de uma variedade de arroz transgênica, tolerante ao herbicida glufosinato de amônio, não foi possível devido a uma intervenção do Greenpeace; o adiamento prevê a liberação para a próxima reunião da Comissão.

Outros assuntos relacionados aos transgênicos:
Liberada a primeira soja transgênica brasileira
Os benefícios da cana-de-açúcar transgênica

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Os Benefícios da Cana-de-Açúcar Transgênica


A produção brasileira de cana-de-açúcar atinge 500 milhões de toneladas, fornecendo 45% do produto consumido no mundo. O Brasil é, também, o maior exportador de etanol. As variedades transgênicas de cana, pesquisadas no País, garantem um aumento de produtividade e redução no uso de insumos agrícolas contribuindo para a saúde e preservação do meio ambiente.
São inúmeros os pedidos de liberação protocolados na CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em que as variedades de cana-de-açúcar GM apresentam as seguintes vantagens:
1) tolerância aos herbicidas - melhor manejo da cultura com redução no uso de herbicidas refletindo-se nos custos de produção e preservação do solo e do meio ambiente;
2) resistência às doenças e pragas - redução no uso de defensivos agrícolas, de água e de combustível. Redução dos custos de produção;
3) tolerância à seca - com as variedades transgênicas, a cana pode ser plantada, também, em áreas com restrições hídricas, como o Nordeste;
4) aumento do teor de sacarose e biomassa - as plantas transgênicas terão maior potencial para gerar açúcar e energia. Maior produtividade da cultura;
5) melhoria do porte da planta - as colheitas mecanizadas serão facilitadas pois a planta apresenta um porte ereto não tombando tão facilmente.

Outros assuntos:
Primeira soja transgênica brasileira

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A Nova Lei de Ater


A nova Lei de Ater visa a contratação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural, de forma contínua, em que serviços serão prestados ao agricultor. Com esta Lei, buscam uma melhora da assistência técnica, aumento da produtividade das lavouras, e a maior produção de alimentos no País. O projeto de Lei 5665/09, aprovado pelo Senado Federal, institui a "Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar" (PNATER) e cria o "Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária" (PRONATER).
A assistência técnica e extensão rural realizada pelas instituições pertencentes ao sistema ASBRAER é um trabalho que tem como tônica processos educativos. É um trabalho dirigido à família rural promovendo mudanças de hábitos e atitudes; é preciso levar conhecimentos novos de tecnologia agrícola à família buscando aumento de produtividade e subsistência da mesma no campo. No seu maior contexto: a melhoria da qualidade de vida de todos os seus assistidos.
E para isto, o agente de extensão rural deve estar preparado, não só pelos conhecimentos técnicos, mas saber como lidar com o homem do campo: a comunicação através de transmissão simples dos conhecimentos para serem bem assimilados; o correto e bom uso de materiais audio-visuais; fazer reuniões, dias de campo, lavouras demonstrativas; e tantas outras atividades que necessitam de uma grande empatia. E a missão do extensionista rural é a das mais sublimes e árduas, e grande são as suas realizações profissionais pelos resultados obtidos no meio
agrícola.
A instituição encarregada de executar o serviço de assistência técnica deverá se credenciar; para isto, deverá preencher os seguintes requisitos:
1) entidade com ou sem fins lucrativos;
2) atuar no Estado em que se credenciar;
3) ter pessoal capacitado para realizar o trabalho;
4) legalmente constituída, há mais de cinco anos, se não for uma instituição pública.

PNATER
Se caracteriza pela gratuidade, qualidade e melhor acesso aos serviços de assistência técnica e extensão rural para os agricultores familiares; equidade nas relações de gênero, raça e etnia; e contribuição para a segurança e soberania alimentar e nutricional.
São objetivos do PNATER:
1) aumentar a produção;
2) melhor qualidade e produtividade das atividades e serviços agropecuários e não-agropecuários (extrativistas, florestais e artesanais);
3) promoção e melhoria da qualidade de vida dos beneficiários;
4) assessoramento de atividades econômicas e gestão de negócios;
5) apoio ao associativismo e ao cooperativismo;
6) aumento da renda dos assistidos pelo programa.

O próximo passo é a regulamentação, e no primeiro trimestre de 2010 serão iniciadas as primeiras chamadas públicas para atendimento aos agricultores familiares. Leia mais clicando no link abaixo.
Agilidade e Transparência com a nova Lei de Ater
Foto de Tamires Kopp (portal agronegócio de 29/12/2009

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Necessidade de Calagem pelo Método Saturação por Bases (V%)

Um dos métodos usados para calcular a quantidade de calcário é a utilização da percentagem de saturação por bases (V). Os solos são pobres quando V é menor que 50%, e são considerados férteis quando o valor V é maior que 50%. Então, a necessidade de elevar a percentagem de saturação por bases com a aplicação de calcário no solo. O calcário deve ter um PRNT de 100%. Quando não se consegue calcários com este valor, deve-se proceder a correção da quantidade. Para o cálculo da necessidade de calagem (NC) deve-se conhecer os valores da soma de bases, da CTC a pH 7,0 e o PRNT do calcário.

 
Qual a quantidade de calcário a ser recomendada por hectare usando-se o método de saturação por bases, para elevar o valor (V) para 70% ?
A análise do solo apresenta os seguintes dados:
Ca²+ = 4,0 cmolc/dm³; Mg²+ = 1,73 cmolc/dm³
K+ = 0,19 cmolc/dm³; (H+Al³) = 8,1 cmolc/dm³
PRNT do calcário = 85%

Soma de bases - S = Ca² + Mg² + K = 4,0 + 1,73 + 0,19 = 5,92 cmolc/dm3

Capacidade de Troca de Cátions (CTC) a pH 7,0 (T)
T = Ca² + Mg² + K +(H+Al³) = 14,02 cmolc/dm³
Cálculo da percentagem de saturação por bases deste solo (V%)
V % = (100 x S) / T = (100 x 5,92) / 14,02 = V = 42,22 %
Temos o valor V deste solo que é igual a 42 % e que vamos chamar V1.
Queremos elevar a percentagem de saturação por bases em 70% e que vamos chamar de V2.
A recomendação de calagem baseia-se num calcário com 100% de PRNT. O nosso calcário tem 85%. Devemos fazer uma correção, ou seja, um valor que vamos chamar (f) e que é calculado dividindo 100 pelo PRNT do calcário utilizado. Logo, 100 / 85 = 1,18. Nosso valor f= 1,18.
Estamos prontos para calcular a necessidade de calagem (NC).

NC = (V2 - V1) x T x f /1oo
NC = (70 - 42) x 14,02 x 1,18 / 100;
NC = 4,6 t/ha

Outros assuntos
Determinação da necessidade de calagem
Métodos para determinar a calagem
Interpretação de análise do solo

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O teor de potássio (K) do solo transformado em K2O

Tendo-se o teor de potássio no solo, podemos avaliar quanto representa em K2O. E conhecendo o teor de K2O podemos calcular quanto isto representa em cloreto de potássio.
A análise do solo apresentou um teor de potássio (K) de 0,28 cmolc /dm³. Quanto representa em kg/ha de K2O e quantos kg/ha de cloreto de potássio (60% K2O) ?
1 cmolc K/dm³ = peso atômico (g)/valência/100
1 cmolc K/dm³ = 39 g/1/100 = 0,39 g K/dm³
então 0,28 cmolc /dm³ x 0,39 g/dm³ K = 109 mg/dm³. Sabemos que mg/dm³ ou ppm x 2 = kg/ha
Logo, 109 mg/dm³ x 2 = 218 kg/ha K
K2O ...........................K2
(39x2)+16 ...............39x2
em 94 kg/ha K2O..........78 kg/ha K
............. X ................... 218 kg/ha K
X = (218 x 94) / 78 = 262 kg/ha K2O.

100 kg KCl ............... 60 kg K2O
.........X....................... 262 kg/ha K2O
X = (262 X 100) / 60 = 436 kg/ha de cloreto de potássio (KCl)

sábado, 16 de janeiro de 2010

Liberada a Primeira Soja Transgênica Brasileira

Para a safra 2009/2010, a soja transgênica será responsável por 67% da produção nacional. A área total produzida, no Brasil, com soja é de 22,6 milhões de hectares. No Paraná, 45% da área é plantada com soja transgênica; no RS, a área plantada é de 95%. Na comercialização de sementes de soja transgênica, desponta para a safra 2011/2012 a entrada no mercada da soja Cultivance ou CV; esta variedade transgênica foi desenvolvida pela EMBRAPA em parceria com a BASF. Será o primeiro transgênico brasileiro. Esta variedade teve a sua comercialização aprovada pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) no último 10 de dezembro.

São variedades de soja geneticamente modificadas com tolerância à herbicidas da classe das imidazolinonas. As variedades foram avaliadas quanto à segurança da proteína; segurança alimentar; avaliação agronômica para testar a segurança ambiental.

Além do Brasil, esta variedade brasileira de soja transgênica será comercializada em outros vinte países. Tudo isto levou dez anos de pesquisa para se chegar a um produto seguro para a saúde.

A soja transgênica brasileira vai concorrer com as variedades Roundup Ready (RR) da Monsanto. Com isto, deve-se ganhar na redução do preço do produto e o uso alternado de variedades, reduzindo o risco de resistência.

Ela contém um gene da Arabidopsis thaliana; é uma planta usada em pesquisa, em várias partes do mundo, e que confere uma resistência a uma classe de herbicidas - as imidazolinas. Desta maneira, o herbicida pode ser aplicado em toda área sem causar prejuízos para a soja.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Adição de Ca e S pela Correção do P com Superfosfatos

Na correção do teor de fósforo (P) no solo usamos superfosfatos simples ou triplo. Ambos, por serem solúveis em água, são prontamente disponíveis para as plantas. É claro que estão sujeitos à fixação do fósforo no solo. A diferença entre eles é a concentração do P e da presença de S no superfosfato simples. O supertriplo possui cálcio na forma de CaO.
Um técnico recomenda fósforo para atingir um teor de 12 mg/dm³ usando o superfosfato simples – 18% P2O5 e 8% S - como fosfatagem (correção do solo em fósforo). Ele também tem a opção do superfosfato triplo que possui 42% de P2O5 e 12% de CaO.
Qual a quantidade dos fertilizantes que seria aplicada como correção e quanto enxofre (S) e cálcio (Ca) estariam adicionando ao solo ?
É bom lembrar que mg/dm³ x 2 = kg/ha.
Logo 12 mg/dm³ x 2 = 24 kg/ha de P. Peso atômico do P =31
P2O5 ........................ P2
(31x2)+16x5 ............. 31x2.
142 kg/ha P2O5 ........ 62 kg/ha P
............X....................... 24 kg/ha P
X = 54,96 kg/ha P2O5
É bom lembrar, também, que a eficiência dos adubos fosfatados não é 100%. A planta aproveita de 15 a 25% do fósforo adicionado ao solo, dependendo de uma série de condições. Vamos utilizar a média 20%.
20% corresponderia 54,96 kg/ha P2O5
100% .............................. X ............
X = 274,8 kg/ha P2O5
Utilizando o superfosfato simples (SS):
100 kg SS ....................... 18 kg P2O5
.......X............................ 274,8 kg P2O5
X = (274,8 x 100) / 18 = 1.526 kg/ha de superfosfato simples
Em relação ao enxofre (S),
100 kg SS -------------------- 8 kg enxofre (S)
1.526 kg SS ......................... X ...
X= 122 kg S/ha.
Utilizando o superfosfato triplo (ST)
100 kg ST ............ 42 kg P2O5
...... X ................. 274,8 kg P2O5
X = 655 kg/ha de Superfosfato triplo
Em relação ao CaO do ST, teremos:
100 kg ST ............... 12 kg CaO
655 kg ST ......................X......
x = (12 x 655) /100 = 78,6 kg/ha CaO

78,6 kg/ha / 2 = 39,3 mg/dm³ = 0,039 g/dm³ CaO   "Lembre que mg/dm³ x 2 = kg/ha"
g CaO x 0,7147 = g Ca
0,039 g CaO x 0,7147 = 0,027873 g Ca
g Ca x 4,9900 = cmolc Ca
0,027873 g Ca x 4,9900 = 0,139 cmolc Ca

Estas fatores usados nas conversões podem ser vistos clicando Aqui


terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Calagem - Métodos para determinar a necessidade de calcário

A determinação da quantidade de cálcario a ser aplicado no solo, para a correção da acidez é feita por métodos de neutralização do Al³ e suprimentos de Ca² e Mg². Os Estados brasileiros têm diferentes fómulas para realizar este cálculo. Vamos informar cada uma delas.

A quantidade de calcário a ser aplicada no solo pode ser feita pelos seguintes métodos:

1 - Neutralização do Al³+ e suprimento de Ca²+ e Mg²+
No Estado do Espírito Santo e Goiás se usa a fórmula abaixo com algumas variações:

N.C. (t/ha) = Al³+ x 2 +[2 - (Ca²+ + Mg²+)]

No Estado de Goiás o valor 2 da fórmula é substituído pelo valor 1,2 em solos com teor de argila menor que 200 g/dm3.

No Estado de Minas Gerais, a fórmula acima sofre uma variação:

N.C. (t/ha) = Al³+ x Y +[X - (Ca²+ + Mg²+)]

Onde (Y), é igual a:
1 para solos arenosos (menos de 150 g/dm³ de argila)
2 para solos de textura média ( 150 a 350 g/dm³ de argila)
3 para solos argilosos (mais de 350 g/dm³ de argila)
(X) = 2 para a maioria das culturas
1 para espécies florestais
2 para cafeeiro

No Estado do Paraná utiliza-se o método de saturação por bases (V%). Somente no caso do arroz irrigado e do sequeiro é adotada a fórmula:

NC (t/ha) = Al³+ x 2

Em solos sob vegetação de cerrados utilizam-se as fórmulas abaixo de acordo com o teor de argila e suprimentos de Ca + Mg.
1 - Solos com teor de argila maior que 200 g/dm³ e teor de Ca + Mg menor que 2 cmolc/dm³:
NC (t/ha) = Al³+ x 2 +[2 - (Ca²+ + Mg²+)]

2 - Solos com teor de argila maior que 200 g/dm³ e teor de Ca + Mg maior que 2 cmolc/dm³ :


NC (t/ha) = Al³+ x 2

3 - Solos com teor de argila menor que 200 g/dm³
NC (t/ha) = Al³+ x 2 ou
NC (t/ha) = 2 – (Ca + Mg)
Utiliza-se a maior recomendação. O PRNT do calcário deve ser igual a 100%.

2 - Saturação de bases do solo

Este método consiste na elevação da saturação por bases trocáveis (V%) para um valor que proporcione o máximo rendimento econômico do uso do calcário.
A fórmula a ser utilizada é a seguinte:

N.C. (t/ha) = (V2 –V1) x T x f / 100

Onde:
V1 = valor atual da saturação de bases trocáveis do solo;
V2 = valor de saturação de bases trocáveis que se deseja;
T = capacidade de troca de cátions;
f = fator de correção do PRNT. f = 100/PRNT
Se a análise fornecer o teor de potássio K em mg/dm³ deve-se fazer a correção para cmolc/dm³.
cmolc/dm3 de K = mg/dm3 x 0,002564

O valor de saturação de bases trocáveis (V2) vai depender da região. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul é 60%. No Paraná é de 70% e nos solos sob vegetação de Cerrados é de 50%.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Exercício sobre Mistura de Superfosfatos

Muitas vezes o produtor tem fertilizante que sobrou de safras passadas e que podem ser usados, complementando-se as necessidades de nutrientes com a compra do mesmo fertilizante ou de outro que tenha o mesmo nutriente exigido. Claro que o custo benefício vai ser levado em consideração na hora da compra: ou o mesmo fertilizante ou misturá-lo com outro de maior concentração do nutriente.
Um produtor tem estocado na sua propriedade 360 sacos de superfosfato simples. Ele deseja fazer a correção do solo com a recomendação de 90 kg/ha de P2O5. A área total destinada à lavoura é de 180 hectares. A intenção é comprar o superfosfato triplo que possui 42% de P2O5, para completar as necessidades. Quantos sacos deverá comprar e qual a relação da mistura ?
Necessidade total de P2O5 = 180ha x 90 kg P2O5 = 16.200 kg P2O5
1) Fósforo (em P2O5) fornecido pelo superfosfato simples (SS):
360 sacos x 50 kg = 18.000 kg de SS = 18 t de SS
em 100 kg SS .................. 18 kg P2O5
em 18.000 kg SS ..................... X ......
X = (18.000 x 18) / 100 = 3.240 kg P2O5
Temos que complementar o P2O5
16.200 – 3.240 = 12.960 kg de P2O5
2) Utilizando o super triplo (ST) com 42% P2O5 100 kg ST .................. 42 kg P2O5
......X......................... 12.960 kg P2O5
X = (100 x 12.960) / 42 = 30.857 kg = 30,85 t de ST
Ou podemos fazer o cálculo já direto em toneladas pois 100 kg ST= 42 kg P2O5; 1.000 kg(1t) = 420 kg P2O5
1 t ST ............... 420 kg P2O5
......X...............12.960 kg P2O5
X = 30,85 toneladas de ST
A relação será: 30,85/18 = 1,71/1
"Para cada tonelada de SS, mistura-se 1,71 toneladas de ST. Ou, para cada saco de 50 kg de SS, 1,7 sacos de ST (85 kg)".

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cálculo da Dosagem de Vinhaça para Aplicação na Cana

A vinhaça é um subproduto da cana, rica em potássio (K), matéria orgânica, outros nutrientes como N, P, sulfatos e água. Cada litro de alcool produzido gera 14 litros de vinhaça. É um material corrosivo, mal cheiroso, e que carece de cuidados para não poluir o lençol freático. A concentração máxima de potássio no solo não poderá exceder 5% da CTC a pH 7,0. As áreas para aplicação de vinhaça não podem estar contidas nos domínios das Áreas de Preservação Permanente - APPs ou de Reserva legal ou nas áreas de proteção de poços. As áreas devem estar, ainda, afastadas um quilometro das áreas populacionais.
A dosagem de vinhaça a ser aplicada na cana-de-açúcar é conhecida pela fórmula:

QV = [(0,05 x CTC – Ksolo) x 3744 +185] / Kvinhaça

QV = quantidade de vinhaça em m³;
0,05 = 5% da CTC a pH 7,0;
CTC = valor da CTC a pH 7,0;
Ksolo = teor de potássio (K) na profundidade de 0,80 cm;
3744 = constante que transforma cmolc K/dm³ para kg K/ha na profundidade de 0,80 cm;
185 = kg de K2O extraído pela cultura por hectare e por corte;
Kvinhaça = teor de K na vinhaça expresso em kg K2O/m³.