quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Adubação do Maracujazeiro para Minas Gerais - parte 2

Na postagem O Maracujá (1) aborda as adubações para os Estados da Bahia e São Paulo. Através de tabelas, as recomendações foram feitas em quantidades de fertilizantes – uréia, supersimples e cloreto de potássio - de acordo com a análise do solo.
Nesta publicação “O Maracujá (2)” vamos tecer considerações sobre o Estado de Minas Gerais. O maracujazeiro absorve grandes quantidades de nutrientes: o nitrogênio (N) ao redor de 205 kg/ha/ano; o potássio (K2O), 221 kg/ha/ano. Por outro lado, a exportação destes nutrientes pelos frutos é a seguinte: nitrogênio, 44 kg/ha; o potássio, 89 kg/ha.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Adubaçao do Maracujazeiro na Bahia e São Paulo - Parte 1

A planta de maracujá prefere solos areno-argilosos, com pH entre 5,0 e 6,5, temperaturas médias de 25-26 °C, e uma precipitação pluviométrica anual de 800 a 1.750 mm, bem distribuídos mensalmente. Além disto, para florescer, requer uma luminosidade de onze horas diárias. Se plantado em abril/junho, floresce em setembro e a colheita começa em  novembro. O maracujazeiro  responde bem à adubação. O nitrogênio e o

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Postagens sobre Adubação do Maracujazeiro

Atendendo várias solicitações de leitores, estaremos publicando no período de 15 a 22 deste mês, três postagens sobre adubação do maracujazeiro:
Dia 15 - adubação para os Estados da Bahia e São Paulo;
Dia 17 - adubação para o Estado de Minas Gerais;
Dia 22 - adubação para o Estado do Rio de Janeiro.
Esperamos atingir nossos objetivos e que os prezados leitores gostem dos mesmos e que sirvam de informações para os mesmos.
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Utilização do KCl para Saturar em K a CTC a pH 7,0

A adubação corretiva com potássio serve para saturar a CTC a pH 7,0 de um solo com este nutriente. Muito importante quando se quer elevar a saturação com potássio através de uma adubação corretiva. Para isto precisamos calcular a quantidade de cloreto de potássio (KCl) por hectare.
Seja um solo que apresenta uma CTC a pH 7,0 (T) de 6,25 cmolc/dm³. O teor de potássio (K) é de 0,06 cmolc/dm³ e queremos saturar esta CTC em 4% de K.
Em 100% corresponde .....6,25 cmolc/dm³
4% corresponderá ------------- X -------
X = (4 x 6,25) /100 = 0,25 cmolc/dm³ de K
Ora o solo já tem 0,06 cmolc/dm³ de K. Falta acrescentar (0,25-0,06) = 0,19 cmolc/dm³ de K.
cmolc/dm³ = peso atômico (g)/valência/100
cmolc/dm³ K = 39/1/100 = 0,39 g/dm³ = 390 mg/dm³
1 cmolc/dm³ K corresponde ..........0,39 mg/dm³
0,19 cmolc/dm³ K corresponderá a .......... X .........
x= (0,19x0,39)/1 = 0,074 g/dm³ de K
Sabemos que 1 ha de solo na profundidade de 0-20 cm tem 2.000 m³ de terra = 2.000.000 dm³.
Então, 0,074 g de K corresponde ........1 dm³
..............X g de K corresponderá........2.000.000 dm³
X= (2.000.000) x 0,074) / 1 = 148.000 g/ha K ou 148 kg/ha de K
Temos que transformar, agora K em K2O. Vamos utilizar o peso atômico do potássio que é 39 e do oxigênio 16 (arredondamos).
K2O --------------- K2
(39x2) + 16------(39x2)
em 94 kg/ha K2O temos 78 kg/ha de K
--------X -------------- 148 kg/ha K
X = (148 x 94) / 78 = 178,35 kg/ha de K2O
Resta agora calcular a quantidade de KCl a ser utilizada. O cloreto de potássio tem 60% de K2O.
Em 100 kg KCl temos .........60 kg de K2O
-----X kg KCl teremos...... 178,35 kg de K2O
X = (178,35 X 100) / 60 = 297,5 arredondando 300 kg/ha de KCl

"Portanto, 300 kg/ha de Cloreto de Potássio, aplicado como adubação corretiva, em toda a área, vai elevar o teor de potássio no solo de 0,06 para 0,25 cmolc/dm³ promovendo uma saturação em potássio da CTC a pH 7,0 em 4%".

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Cálculo da Percentagem de Saturação de Cátions do Solo

Tendo a CTC a pH 7,0 e os teores Ca, Mg e K no solo, podemos calcular a percentagem de saturação destes cátions.

O solo apresenta uma CTC a pH 7,0 de 6,25 cmolc/dm³ e teores de Ca = 8; Mg = 2 e K = 9; estes expressos em mmolc/dm³. Como o valor T está expresso em cmolc/dm³, temos que transformá-lo em mmolc/dm³. Para isto basta multiplicá-lo por 10.
T = 6,25 cmolc/dm³ x 10 = 62,5 mmolc/dm³
% saturação de Ca = (100 x Ca) / T = (100x8) /62,5 = 12,8%

% saturação de Mg
= (100 x Mg) / T = (100 x 2) /62,5 = 3,2%

% saturação de K = (100 x K) / T = (100 x 9) / 62,5 = 14,4%
Vimos que a relação C/Mg é de 4:1. Na correção do solo devemos observar esta relação. O calcário a ser utilizado, de preferência um dolomítico que contém cálcio e magnésio; ou a mistura com um calcítico para manter a relação Ca/Mg.
Quanto ao potássio (K), a percentagem de saturação está baixa e deve ser aplicada, no solo, uma correção de potássio em toda área utilizando o cloreto de potássio.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Mamoeiro (2) - Adubação via Fertiirrigação

Na postagem "O Mamoeiro (1) - Calagem e Adubação via Solo" abordamos três tabelas de recomendação de nutrientes necessários e as quantidades de fertilizantes minerais para repor estes nutrientes. Nesta postagem vamos comentar a adubação via água (fertirrigação) e a periodicidade de aplicar os nutrientes durante o ciclo da planta. É claro que a consulta as Tabelas 1, 2 e 3 são necessárias.
A adubação por fertiirrigação tem uma série de vantagens: aplicação na hora que a planta necessita de um determinado nutriente; menores perdas de nutrientes por lixiviação, fixação e por volatilização.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Mamoeiro (1) - Calagem e Adubação via Solo


O Brasil é o maior produtor mundial de mamão; a produção é de 1,8 milhão de toneladas (IBGE-2007). Os Estados principais produtores são a Bahia, no extremo sul, e o norte do Espírito Santo. Os tipos mais cultivados são o comum, o papaya, e o formosa. O solo ideal para a cultura do mamão é aquele que apresenta uma textura areno-argilosa: solos com 15 a 35% de argila e 15% de areia; solos profundos, permeáveis e com bom teor de matéria orgânica. O pH deve estar em torno de 5,5 a 6,7. Os fatores climáticos que infuem no cultivo do mamão são: temperatura e umidade relativa do ar; disponibilidade de água durante todo o ciclo. A cultura desenvolve bem em regiões com temperaturas médias de 25 °C e limites entre 21 e 33 °C. A precipitação pluviométrica deve ser de 1.500 mm por ano e com boa distribuição todos os meses. Onde há sistema de irrigação pode ser plantado todo ano. Caso contrário, no período das chuvas, e dias nublados. O mamão é muito exigente em água, e o produtor deve ter um sistema de irrigação onde não há chuvas periódicas.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Quanto se adiciona de Ca e Mg pela Calagem

A prática da calagem visa eliminar a acidez do solo para permitir que a planta absorva os nutrientes que ela precisa para o seu crescimento e produção. Além disto estamos incorporando nutrientes Ca e Mg ao solo. E quanto se incorpora de Ca e Mg em cmolc/dm³?

Na postagem "Mistura de calcários para manterem a relação Ca/Mg" (clique para saber mais) explicamos como se calcula a mistura de calcários calcítico e dolomítico para manter uma relação Ca/Mg.
Nesta postagem vamos dar uma regra que facilita todos aqueles cálculos. Mas sempre é bom o técnico saber como chegar às fórmulas, caso esqueça dos coeficientes abaixo.
"Para cada 1% de CaO do calcário, quando se aplica uma tonelada do mesmo, na camada de 0-20 cm, estamos adicionando 0,01783 cmolc Ca²+/dm³".
"Para cada 1% de MgO do calcário, nas mesmas condições anteriores, estamos adicionando 0,0248 cmolc Mg²+/dm³".

Admitindo-se um calcário com 28% de CaO e 12% de MgO, um dolomítico, as quantidades em cmolc/dm³ de Ca e Mg são:
28 x 0.01783 = 0,49 cmolc Ca/dm³
12 x 0,02480 = 0,29 cmolc Mg/dm³
Se você comparar este cálculo com a postagem anterior verá que em duas linhas obtivemos o mesmo resultado com o calcário dolomítico

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A Importância da Relação Ca/Mg e Variações com K

Os solos dos Cerrados possuem alta acidez e baixos teores de cálcio (Ca) e de magnésio (Mg). Isto é comum tanto na camada arável como no subsolo. Nestes solos há uma pobreza de bases e altos teores de H e Al. Ora, as raízes, num ambiente como tal, têm o seu crescimento limitado, e com isto absorvem menos água e nutrientes, e, conseqüentemente, a produtividade das culturas é baixa. Para compensar esta situação, o produtor tem lançado mão da calagem que, além de corrigir a acidez do solo, provoca um aporte de Ca e Mg, e uma alteração de potássio (K) na solução do solo. Claro que a preferência, neste caso, é por um calcário dolomítico, o qual contém cálcio de magnésio.
Entretanto, deve-se cuidar na manutenção do equilíbrio entre Ca e Mg na solução do solo: o excesso de Ca prejudica a absorção de Mg, e vice-versa; o mesmo ocorre com o K. O cálcio melhora a absorção do boro (B); porém, quanto mais se usa cálcio mais boro a planta demanda.
O pH do solo pode diminuir pelas exportações de Ca e Mg, bem como pelo CO2 que é aumentado no solo pela atividade das raízes; a atividade dos microorganismos responsáveis pela denitrificação, nitrificação, redução dos sulfatos, e oxidação do enxofre (S) contribuem para diminuir o pH do solo.
Outro cuidado é a relação K/(Ca+Mg), pois quando se aumenta esta relação o pH do solo baixa e a acidez potencial é aumentada.
Em leguminosas, a calagem ocasiona um aumento do número de nódulos nas raízes, e na fixação do nitrogênio (N) do ar. Porque há um aumento da disponibilidade dos nutrientes como P, Ca, Mg e Mo, e uma diminuição do Al e Mn trocáveis no solo. O que faz um nutriente sair da fase sólida e ir para a solução do solo é a capacidade de troca de cátions e ânions. O alúmínio por ser trivalente adere facilmente à argila e não abre a mão para de lá sair. Os cátions ficam retidos com força na superfície das partículas de argila: a ordem é a seguinte: Al>Ca>Mg>NH4>K>Na. O potássio (K) foge com facilidade da argila e pode se perder por lixiviação. Um excesso de calagem pode acentuar uma deficiência de K e de micronutrientes, com exceção do molibdênio (Mo), além de causar um desequilíbrio na relação Ca/Mg, prejudicando o desenvolvimento da planta, e refletindo na produção de grãos e frutos. O uso contínuo de calcários calcíticos também afeta a relação Ca/Mg no solo. Por isto é que o produtor deve fazer a análise do solo e seguir as recomendações de um técnico no emprego da calagem. Com a calagem libera-se OH- que reage com o H+ do solo, neutralizando-o. Num solo ácido em que não se faz a correção do solo, mas somente adubação, o solo libera o Al³+ que é prejucial às plantas, provocando toxidez com reflexo no baixo desenvolvimento e produção das mesmas.
A. Moreira et al, “verificaram que a relação Ca/Mg de 4:1 apresentou a maior eficiência na nodulação da alfafa num solo Latossolo Vermelho-Escuro distrófico; e que o excesso de Ca ou de Mg acarreta uma inibição competitiva com o potássio na cultura da alfafa”.
Silva (1980) “concluiu que os melhores rendimentos de milho, sem solos do Cerrado, foram conseguidos com uma relação Ca/Mg de 3:1”.
J.C. Medeiros et al, “observaram que a altura da planta de milho no estádio inicial de desenvolvimento decresceu com o aumento da relação Ca/Mg no solo. A aplicação de corretivos de acidez com doses maiores de Ca em relação ao Mg aumentou o teor e a saturação de Ca na CTC do solo; porém não afetou o teor de K, e reduziu o de Mg”.
Pitta et al, “chegaram a seguinte conclusão: o sorgo não tem o seu desenvolvimento prejudicado quando a relação Ca/Mg é 10:1; porém o teor de Mg deve estar acima de 0.5 cmolc/dm³; no caso da soja, exigente em Mg, o teor do nutriente deve ser, no mínimo, de 1,0 cmolc/dm³ ”.

O Cálcio em solos extremamente ácidos cede lugar alumínio (Al) no complexo de troca. A saturação ideal por bases seria 65% de Ca, 10% de Mg e 5% de K. Quando o Ca está alto, o Al está baixo; quando o Ca está baixo, o Al está alto.
Há duas formas como o cálcio pode ser absorvido pelas raízes: na forma de Ca²+ na solução do solo ou nutritiva; e o cálcio queletizado da solução do solo. Além do Mg, concentrações de amônio, potássio, alumínio e manganês diminuem a absorção de cálcio provocando deficiências. O mesmo se verifica quando as concentrações de Mg são altas provocando uma diminuição da absorção do Ca.
O magnésio também é chamado de “carregador do fósforo” pois ajuda na absorção de H2PO4.
O cafeeiro tem quatro vezes mais cálcio do que magnésio; no fruto, a relação é 1:1. A relação K/Mg no solo acima de 10:1 induz a carência de Mg. O uso contínuo de fertilizantes que acidificam o solo pode facilitar a lavagem do Ca e do Mg. A relação Ca/Mg no solo considerada ótima para o cafeeiro é de 2 a 4. Para a arábica, a relação Mg/K é 2,2. No cafeeiro, os limites da relação Ca+Mg/K é de 9 a 44 podendo ir a 53.
Em geral, uma relação Mg/K entre 3 e 4 é a mais favorável para a maioria das culturas. Uma relação Ca/Mg de 5:1 é considerada boa para a maioria das culturas; abaixo de 4:1 está relacionada com a compactação do solo.
A relação adequada da relação Ca:Mg:K deve ser 9:3:1
Trabalhos de pesquisa demonstraram que à medida que se aumentou a relação Ca/Mg acima de 5:1, houve redução na produção de matéria seca da parte aérea do milho pelo efeito antagônico do Ca na absorção de Mg.
A maioria das culturas exige 25 kg/ha de Ca, enquanto as leguminosas são mais exigentes – 100 kg/ha de Ca.
O aumento do Mg na solução ocasiona uma diminuição drástica da absorção de zinco (Zn) e de manganês (Mn).
Rosolem et al, chamam a atenção para o seguinte: “quando a calagem é recomendada deve-se considerar a relação Ca/Mg como preventiva para evitar desequilíbrios, como a indicação de corretivos com relações inadequadas de Ca e Mg que podem induzir deficiências nas culturas, prejudicando o seu crescimento”.
Deve haver uma associação dos valores de Ca e de Mg da análise do solo com os valores da relação Ca/Mg do corretivo pois assim teremos um equilíbrio no fornecimento destes dois nutrientes às plantas. Antes de aplicar calcário deve-se “ficar de olho” nas relações Ca/Mg; Ca/K; Mg/K e (Ca+Mg)/K. A EMBRAPA Soja determinou as relações entre estes nutrientes na região da soja em solos do Cerrado:
Ca/Mg = 3,5 ; Ca/K = 16,0 ; Mg/K = 6,0 , (Ca+Mg)/K = 35,0


Quanto à dinâmica do Mg é semelhante a do Ca com a diferença de que é muito móvel na planta e faz parte da molécula de clorofila. Minerais primários, dolomita, sulfato de magnésio, sulfato de potássio e magnésio são os fornecedores de Mg²+ para a solução do solo.
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misturas de calcários para manter a relação Ca/Mg

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mistura de Calcários para manter a Relação Ca/Mg

Para manter a relação Ca/Mg precisamos misturar os calcários calcítico e dolomítico em quantidades que forneçam os nutrientes Ca e Mg dentro dos parâmetros da relação. Para isto precisamos conhecer os teores de CaO e MgO dos mesmos sendo que os calcíticos contém somente CaO.

Por exemplo, um solo apresenta 0,8 cmolc/dm³ de Ca e 0,2 cmolc/dm³ de Mg, portanto uma relação 4/1. Qual seriam as quantidades de calcários calcítico e dolomítico para manter esta relação. O calcário calcítico possui 55% de CaO enquanto o dolomítico apresenta 28% de CaO e 12% de MgO.
1º Passo: Vamos calcular quantos cmolc/dm³ de Ca e Mg estão sendo empregados, por hectare, com os produtos acima:
1% CaO = 1 kg de CaO/100 kg de calcário = 10 kg/1000 kg =10 kg/t
Considerando os pesos atômicos do Ca e O, respectivamente 40 e 16 (arredondado), teremos:
CaO ................ Ca
(40+16)........... 40
Em 56 kg CaO ............ 40 kg Ca
Em 10 kg CaO ..............X kg Ca
X = (10 x 40) / 56 = 7.14706 kg Ca 0u 7.147,06 g Ca
1 cmolc Ca = peso atômico (g)/valência/100. Sendo peso atômico do Ca igual a 40 e valência igual a 2
1 cmolc Ca = 40/2/100 = 0,2004 g Ca
Logo, 1 cmolc Ca corresponde 0,2004 g Ca
............... X ...................... 7.147,06 Ca
X = (7.147,06 x 1) / 0,2004 = 35.663,973 cmolc de Ca.

Em relação ao Mg teríamos:

MgO .................. Mg
24+16 ............... 24
Em 40 kg MgO ............. 24 kg Mg
Em 10 kg MgO ................... X ...
X = (10 x 24) / 40 = 6,031108 kg Mg = 6.031,108 g Mg
1 cmolc Mg = peso atômico (g)/valência/100
1 cmolc Mg = 24 g/2/100 = 0,012156 g Mg
1 cmolc Mg .................0,012156 g Mg
............ x..................6.031,108 g Mg
X = 49.142,48 cmolc Mg
Portanto, para cada 1% de CaO e MgO, a aplicação de 1 t/ha forneceria:
35.663,973 cmolc Ca
49.142,480 cmolc Mg
.

2º Passo: calcular quanto cmolc C/ha e cmolc Mg/ha fornece os totais de CaO e MgO dos calcários em análise
:
Usando o calcário calcítico com 55% de CaO
55 x 35.663,973 = 1.961.518,515 cmolc Ca/ha
Considerando que um hectare de terra, na profundidade de 0-20 cm corresponde a 2.000m³ ou 2.000.000 dm³ teremos:
1.961.518,515 cmolc Ca corresponde 2.000.000 dm³
................. X ....................................... 1 dm³.....
X = 0,98 cmolc Ca/dm³

Usando o calcário dolomítico (28% de CaO e 12% de MgO):
28 x 35.663,973 = 998.591,24 cmolc Ca/ha
12 x 49.142,480 = 589.709,76 cmolc Mg/ha
998.591,24 cmolc Ca corresponde 2.000.000 dm³
..................x.................................. 1 dm³ .....
X = 0,49 cmolc Ca/dm³
589.709,76 cmolc Mg corresponde 2.000.000 dm³
..................x................................... 1 dm³
X = 0,29 cmolc Mg/dm³
Como queremos manter a relação 4:1 e se o dolomítico fornece 0,29 cmolc Mg/dm³ precisamos 4 vezes mais de Ca ou seja 4x0,29 = 1,16
cmolc Ca/dm³.
Ora o dolomítico já fornece 0,49 cmolc Ca/dm³ e precisamos repor a diferença de 0,67 cmolc Ca/dm³ (1,16 – 0,49) com a utilização do calcário calcítico.
1000 kg calcário calcítico fornece 0,98 cmolc Ca/dm³
................. X......................... 0,67 cmolc Ca/dm³
X = 685 kg de calcário calcítico
Conclusão: para cada 1.000 kg de calcário dolomítico devemos adicionar 685 kg de calcário calcítico para manter a relação Ca/Mg de 4:1