Para um bom desenvolvimento das plantas e obtenção de ótimas produções, é necessária a prática da calagem naqueles solos em que o pH está muito baixo. Os solos do Brasil, em geral, são ácidos, pobres em nutrientes e com toxidez causada pelo alumínio e manganês. Com a calagem busca-se neutralizar esta acidez, garantindo um ambiente favorável para uma melhor disponibilidade dos nutrientes essenciais, eliminar o Al e Mn tóxicos, um melhor desenvolvimento do sistema radicular, com raízes que se aprofundam no solo, em busca de água e nutrientes. A melhor maneira de determinar a
quantidade de calcário, na calagem, é através de uma análise do solo. Quantidades menores de calcário, em relação à recomendação técnica, não neutralizam totalmente a acidez. Quantidades altas, além das necessidades, prejudicam o solo e a planta, pois os micronutrientes e o fósforo ficam com menor disponibilidade. A melhor faixa de pH para as culturas, em geral, é de 6,0 a 6,5.
Mas para o sucesso da calagem deve ser considerada a qualidade do calcário. Não basta aplicar qualquer tipo de calcário. Corretivos mais baratos são, geralmente, de baixa qualidade e devem ser usados em maiores quantidades. O aumento da quantidade se reflete em maior custo: aquisição, transporte e aplicação do produto. Por outro lado, um corretivo mais caro, de melhor qualidade, as quantidades aplicadas serão menores. Mas, um cuidado deve ser levado em conta. Um corretivo de qualidade, mas de preço elevado, pode tornar uma aplicação antieconômica. Portanto, o produtor rural deve ter em mente que não se escolhe calcário pelo preço. Pode virar um problema. A qualidade e o custo do produto na lavoura devem ser considerados.
quantidade de calcário, na calagem, é através de uma análise do solo. Quantidades menores de calcário, em relação à recomendação técnica, não neutralizam totalmente a acidez. Quantidades altas, além das necessidades, prejudicam o solo e a planta, pois os micronutrientes e o fósforo ficam com menor disponibilidade. A melhor faixa de pH para as culturas, em geral, é de 6,0 a 6,5.
Mas para o sucesso da calagem deve ser considerada a qualidade do calcário. Não basta aplicar qualquer tipo de calcário. Corretivos mais baratos são, geralmente, de baixa qualidade e devem ser usados em maiores quantidades. O aumento da quantidade se reflete em maior custo: aquisição, transporte e aplicação do produto. Por outro lado, um corretivo mais caro, de melhor qualidade, as quantidades aplicadas serão menores. Mas, um cuidado deve ser levado em conta. Um corretivo de qualidade, mas de preço elevado, pode tornar uma aplicação antieconômica. Portanto, o produtor rural deve ter em mente que não se escolhe calcário pelo preço. Pode virar um problema. A qualidade e o custo do produto na lavoura devem ser considerados.
Como se conhece a qualidade de um calcário?
Na qualidade de um calcário, devemos conhecer o teor e tipos de neutralizantes que compõem este corretivo. Num corretivo temos os seguintes neutralizantes da acidez: carbonatos de cálcio e de magnésio, óxidos de cálcio e de magnésio e os hidróxidos de cálcio e de magnésio. Nos calcários, tanto os carbonatos como os óxidos de cálcio e de magnésio estão presentes. Estes compostos têm diferentes capacidades de neutralização de ácidos. Esta capacidade de neutralizar ácidos é chamada Poder de Neutralização (PN). O PN multiplicado pela Reatividade (RE) vai fornecer o PRNT. Quanto maior o PRNT, melhor a qualidade do calcário, tanto do ponto de vista químico (PN) como do ponto de vista físico, ou granulometria. As recomendações de calcário são baseadas num produto que contém 100% de PRNT. Mas, nem sempre se encontram calcários com PRNT igual a 100%. Neste caso, deve-se fazer a correção da quantidade.
Como verificar o custo de um calcário em relação ao PRNT?
Por hipótese, sejam dois calcários diferentes. O calcário A possui um PRNT de 80% e custa, posto na propriedade, R$ 75,00 a tonelada. Um outro calcário B, possui 69% de PRNT e custa, posto na propriedade, R$ 70,00. À primeira vista, analisando pelo preço, a preferência seria pelo calcário B, que é o mais barato. Vejamos se isto procede. Seja uma recomendação de calagem de 5 t/ha, com calcário 100% de PRNT.
1. Com o calcário A, a correção da quantidade será:
f = 100/80 = 1,25
f = 100/80 = 1,25
Logo,
5 t/ha x 1,25 = 6,25 t/ha
5 t/ha x 1,25 = 6,25 t/ha
6,25 t/ha x R$ 75,00 = R$ 468,75/ha
2. Com o calcário B, a correção da quantidade será:
f = 100/69 = 1,45
f = 100/69 = 1,45
5 t/ha x 1,45 = 7,25 t/ha
7,25 t/ha x R$ 70,00 = R$ 507,50/ha
Portanto uma diferença de R$ 38,75. Em 100 ha, uma diferença a favor do calcário A de R$ 3.875,00, na redução do custo de produção; em 500 ha, R$ 19.375,00; em 1.000 ha, R$ 38.750,00.
Não se levou em conta o custo da aplicação do produto na lavoura, que no calcário B deverá ser maior, pela maior quantidade a ser aplicada.
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Cuidados com a calagem
Aplicação e incorporação do calcário
Coleta de amostras de solo
Importância da amostra de solo
Necessidade de calagem no plantio direto
Não se levou em conta o custo da aplicação do produto na lavoura, que no calcário B deverá ser maior, pela maior quantidade a ser aplicada.
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olá, estou me formando em técnico em Agropecuária.
ResponderExcluirtenho certeza que essas vão me ajudar muito quando me formar. Muito bom!