A goiabeira é uma planta muito tolerante à acidez do solo, mas desenvolve bem em solos com percentagem de saturação por alumínio, ou seja, m = 5%. Do ponto de vista comercial é uma planta que exige uma aplicação adequada de nutrientes. Na cultura da goiabeira, a fertirrigação é o sistema mais utilizado para levar, junto com a irrigação, os nutrientes através da aplicação de fertilizantes. A goiaba é uma planta rica em vitaminas A e C, em teores maiores
que os da laranja.
Goiabeiras na propriedade de Jô Cordeiro em Guadalupe - Piauí |
que os da laranja.
CALAGEM
A calagem é importante na implantação de um pomar de goiabeiras. Nos pomares já implantados, a aplicação de calcário vai aprofundando ao longo do perfil do solo numa estimativa de 1 a 2 cm/ano. Num pomar de frutíferas, as árvores ocupam, durante anos, o mesmo volume de solo, donde a necessidade de avaliar e manter a fertilidade neste local.
Natale et al., estudando diversas quantidades de calcário na produção de frutos, concluíram que as goiabeiras responderam significativamente com aumento na produção de frutos.
O maior problema é a incorporação do calcário após a lavoura implantada, devido a necessidade de se incorporar o corretivo para que ele reaja com os ácidos do solo nas camadas profundas, neutralize a acidez e mantenha um ambiente favorável ao desenvolvimento das raízes, facilitando a absorção de água e nutrientes.
Mas, o calcário é pouco móvel no solo. Os prejuízos da dificuldade de ser incorporado, pois poderá prejudicar as raízes das árvores, formando lesões que são porta aberta para entrada de doenças. Na implantação do pomar de goiabeiras, o cálculo da necessidade de calagem deve estar próxima de uma saturação por bases de 70%. Alguns admitem 60%.
Calagem pelo método saturação por bases (V%)
Calagem pelo método neutralização do Al mais Ca e Mg
Cálculo da calagem para solos arenosos
Valor da CTC mal aplicado superestima a necessidade de calcário
Calagem pelo método saturação por bases (V%)
Calagem pelo método neutralização do Al mais Ca e Mg
Cálculo da calagem para solos arenosos
Valor da CTC mal aplicado superestima a necessidade de calcário
Natale et al. estudando os "efeitos da calagem na fertilidade do solo e na nutrição e na produção de frutos de goiaba" concluíram que a calagem promoveu uma elevação do pH, dos teores de cálcio e magnésio, da soma de bases, da saturação por bases (V%), mas diminuiu os teores de H+Al até uma profundidade de 60 cm, tanto na linha como nas entrelinhas. A elevação dos teores de cálcio e magnésio promoveram uma maior produtividade de frutos, A maior produção acumulada de frutos foi com a saturação por bases no solo de 50% e de 65% nas entrelinhas. Deve-se levar em consideração que o teor de Mg não deve ser menor que 9 mmolc/dm³.
Prado (2003, citado por Natale) considera os teores de Ca e Mg nas folhas na ordem de 9,0 e 2,5 g/kg, como adequados.
ADUBAÇÃO
Os nutrientes mais exigidos pela goiabeira são o nitrogênio, potássio, fósforo, enxofre, sendo o cálcio e magnésio em quantidades iguais. Entre os micronutrientes destaca-se o manganês e o ferro, seguido do zinco, cobre e boro. A remoção dos nutrientes verifica-se por ocasião da colheita e da poda. Podas severas determinam uma maior retirada de nutrientes.
Os nutrientes mais exigidos pela goiabeira são o nitrogênio, potássio, fósforo, enxofre, sendo o cálcio e magnésio em quantidades iguais. Entre os micronutrientes destaca-se o manganês e o ferro, seguido do zinco, cobre e boro. A remoção dos nutrientes verifica-se por ocasião da colheita e da poda. Podas severas determinam uma maior retirada de nutrientes.
Quanto mais a planta produz mais ela precisa de fertilizantes. Mas a atenção ao manejo da fertilização é um fato a considerar com muito cuidado pelo produtor. De nada adianta aplicar grandes quantidades, sem base nenhuma, sem uma análise da fertilidade do solo. Isto só serve para aumentar a concentração dos nutrientes, provocar um desequilíbrio no solo e inibir a absorção de um ou de outro. Por exemplo, o Ca em excesso inibe a absorção de Mg. O K em excesso inibe a absorção de Mg e vice-versa.
Natale et al. (1994) estudaram os "efeitos da adubação nitrogenada na produção de frutos da goiabeira". Foram utilizadas 0, 30, 60, 120, 240 g/planta de N. No segundo ano utilizou o dobro desta quantidade e no terceiro ano o triplo da dose. Quanto maior a idade da planta, maiores são as necessidades de N. Os resultados mostraram aumentos da produção de frutos, em função do nitrogênio aplicado. No primeiro ano, 90% da produção máxima foi devida à dose de 184 g/planta de N; no segundo ano, 262 g/planta N; e no terceiro ano, 422 g/planta N. Igual ensaio com a variedade Paluma, incluindo uma dose de 300 g/planta N na experimentação e no terceiro ano foi 627 g/planta N
Em relação ao potássio, Natale et al. (1996) analisaram aplicações de potássio, nas dosagens de 0, 30, 60, 120, 180 e 240 g/planta de K2O. No segundo e no terceiro ano, respectivamente, duplicou e triplicou estas dosagens, utilizando a variedade RICA. Os resultados foram significativos em termos de produção com o aumento da dose de potássio. A produção máxima em 90% foi devida à dose de 635 g/planta de K2O. Com a variedade Paluma, 290 g/planta K2O.
O nitrogênio (N), por ser muito móvel no solo, fica disponível rapidamente para absorção pelas plantas. Devido às perdas que o N sofre no solo, como a lixiviação, a volatilização, pela erosão, ele não deve ser aplicado totalmente, numa única vez. A quantidade recomendada deve ser parcelada, ou seja, 30% no início da brotação, usando nitrato de cálcio ou sulfato de amônio, 30% depois do raleio, e 40% após a colheita. Nas demais fases utiliza-se o sulfato de amônio como fonte de N-amoniacal. As deficiências que ocorrerem são minimizadas com pulverizações foliares. Um cuidado deve ser tomado com aplicações pesadas de N, pois favorece a formação de órgãos tenros e cria condições para a doença causada por Erwinia psidii, ou seca bacteriana dos ramos.
Natale et al. (1994) estudaram os "efeitos da adubação nitrogenada na produção de frutos da goiabeira". Foram utilizadas 0, 30, 60, 120, 240 g/planta de N. No segundo ano utilizou o dobro desta quantidade e no terceiro ano o triplo da dose. Quanto maior a idade da planta, maiores são as necessidades de N. Os resultados mostraram aumentos da produção de frutos, em função do nitrogênio aplicado. No primeiro ano, 90% da produção máxima foi devida à dose de 184 g/planta de N; no segundo ano, 262 g/planta N; e no terceiro ano, 422 g/planta N. Igual ensaio com a variedade Paluma, incluindo uma dose de 300 g/planta N na experimentação e no terceiro ano foi 627 g/planta N
Em relação ao potássio, Natale et al. (1996) analisaram aplicações de potássio, nas dosagens de 0, 30, 60, 120, 180 e 240 g/planta de K2O. No segundo e no terceiro ano, respectivamente, duplicou e triplicou estas dosagens, utilizando a variedade RICA. Os resultados foram significativos em termos de produção com o aumento da dose de potássio. A produção máxima em 90% foi devida à dose de 635 g/planta de K2O. Com a variedade Paluma, 290 g/planta K2O.
O nitrogênio (N), por ser muito móvel no solo, fica disponível rapidamente para absorção pelas plantas. Devido às perdas que o N sofre no solo, como a lixiviação, a volatilização, pela erosão, ele não deve ser aplicado totalmente, numa única vez. A quantidade recomendada deve ser parcelada, ou seja, 30% no início da brotação, usando nitrato de cálcio ou sulfato de amônio, 30% depois do raleio, e 40% após a colheita. Nas demais fases utiliza-se o sulfato de amônio como fonte de N-amoniacal. As deficiências que ocorrerem são minimizadas com pulverizações foliares. Um cuidado deve ser tomado com aplicações pesadas de N, pois favorece a formação de órgãos tenros e cria condições para a doença causada por Erwinia psidii, ou seca bacteriana dos ramos.
ANÁLISE FOLIAR
Os teores foliares adequados para plantas com 3 anos de idade é de 2,35 a 2,15% de N (23,5 a 21,5 g/kg N), enquanto o potássio é de 1,9 a 1,54% (19 a 15,4 g/kg K), segundo Souza & outros. A variedade Paluma é a que apresenta os menores valores. Souza et al. citam que para plantas com 3 anos de idade uma aplicação de 422 g/planta de N é mais do que suficiente para garantir ótimas produções.
Na goiabeira, a amostragem, a coleta das folhas para análise foliar deve ser feita na fase do pleno florescimento. Deve-se dividir a área em talhões conforme o tipo de solo, manchas, declividade, idade das plantas, produtividade, colorações diferentes do solo. As folhas escolhidas, recém-maduras com pecíolo, são as do terceiro par a partir de 1,5 metros do chão e 4 folhas/planta (sentido norte, sul, leste e oeste). Em cada talhão, se faz a amostragem em 25 árvores. No total, teremos 25 plantas x 4 = 100 plantas/talhão, segundo Natale et al. (1996). Para Rozane et al. (2009), nas áreas irrigadas devem ser coletadas folhas de 20 plantas e nas áreas não irrigadas, 40 plantas. Nas áreas pulverizadas deve-se esperar 30 dias para a coleta das folhas. As folhas coletadas devem ser enviadas diretamente para o laboratório. Natele et al. (1996 citado pelo Prof. Dr. Danilo E. Rozane) apresenta na Tabela 1 os teores de nutrientes adequados nas folhas, em plantas de goiabeira, a partir do 3º ano de idade.
Esta postagem terá continuação, pois iremos abordar as adubações de plantio, de formação, de produção, micronutrientes.
Goiabeiras - Parte 2 - Adubações de plantio e formação
Dia 11/09/2012 - Goiabeiras - Adubação de produção, fertirrigação, adubação após poda de frutificação e micronutrientes.
REFERÊNCIAS
NATALE, W.; ROZANE, D. E.; PRADO, R. M.; ROMUALDO, L.M.; SOUZA, H. A.; HERNANDES, A. Viabilidade econômica do uso do calcário na implantação de pomar de goiabeiras. Ciênc. agrotec. vol.34 no.3 Lavras May/June 2010. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-70542010000300025> Acesso em: 26 de Ago. 2012.
ROZANE, D. E. Curso de Formação de responsáveis técnicos e auditores em PI. Módulo Goiaba. CATI - Campinas, São Paulo. 07 a 11 de novembro de 2011.
NATALE, W.; PRADO, R. M.; ROZANE, D. E.; ROMUALDO, L. M. Efeitos da calagem na fertilidade do solo e na nutrição e produtividade da goiabeira. R. Bras. Ci. Solo, 31:1475-1485, 2007. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rbcs/v31n6/24.pdf> Acesso em: 26 de Ago. 2012.
NATALE, W.; PRADO, R. M.; QUAGGIO, J. A.; MATTOS JUNIOR, D. Goiabeira. UNESP. Jaboticabal, São Paulo. Disponibilizado em:<http://www.ipipotash.org/udocs/FRUTEIRAS_6_Goiabeira.pdf> Acesso em: 26 de Ago. 2012.
NATALE. W. Calagem, adubação e nutrição da cultura da goiabeira. FCAV, Jaboticabal, São Paulo. Disponível em:<http://www.nutricaodeplantas.agr.br/site/ensino/pos/Palestras_William/Livrogoiaba_pdf/1_Calagemadubacaonutricao.pdf Acesso em: 26 de Ago. 2012.
muito bom o artigo do cultivo da goiabeira.
ResponderExcluirparabéns tive uma noção maior, ou seja aprendi
de como se deve fazer a preparação, obrigado e continue assim
trazendo mais novidades.
Obrigado. Espero que tenha lido as Partes 1, 2 e 3 sobre a Goiabeira
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