terça-feira, 3 de julho de 2018

Cálculo de Adubação em g/metro linear

No processo de recomendação de adubação, a tônica é utilizar a unidade de superfície kg/ha. Mas muitas vezes, como acontece na olericultura ou em jardins, o objetivo é conhecer a quantidade por metro quadrado (m²). Neste caso, o cálculo é simplesmente dividir a quantidade por 10 para se obter a quantidade em g/m².
Por exemplo: 500 kg/ha divididos por 10  = 50 g/m².
A expressão g/m² é aplicada em sistemas encanteirados, pois a adubação é feita somente na área superficial dos canteiros.

Entretanto, é comum a recomendação em sulcos, Neste caso, transforma-se a adubação kg/ha em g/metro linear (g m/linear).A fórmula utilizada é:

g/m linear de sulco = (Q x E)/10


Onde Q = quantidade de adubo em kg/ha;
E = espaçamento em metros (m).
Por exemplo: uma recomendação de 350 kg/ha e um espaçamento entre sulcos de 45 cm.
Ora, 45 cm = 0,45 m.
g/m linear de sulco = (350 x 0,45)/10
g/m linear de sulco = (157,5)/10
g/m linear de sulco = 15,75 g/m linear
Num sulco de 100 m:
15,75g x 100 = 1575g ou 1,575kg.

NOTA: lembre-se de transformar o espaçamento na unidade metro.

Leia também " cálculo da quantidade de adubo por sulco e cova " Clique aqui

terça-feira, 26 de junho de 2018

Limites de Tolerância para Deficiências em Fertilizantes Minerais - IN 46/2016


A IN 46/2016 de 22 de novembro modifica os limites aceitáveis em deficiências constatadas em fertilizantes minerais simples, complexos e mistos. Quando um fertilizante simples é comercializado, a indústria produtora expressa uma garantia do nutriente em pontos percentuais que atenda à sua garantia registrada no MAPA. Por exemplo, o superfosfato é comercializado com uma garantia de 18%, isto significa que ele possui 18% de P2O5. Quando se faz uma análise deste fertilizante é comum apresentar variações de percentuais, para cima ou para baixo. Para evitar abusos na

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Fertilidade do Solo: Lembretes


Os solos dos cerrados possuem alta acidez e teores baixos de Ca e Mg. Na camada arável há uma pobreza de bases e altos teores de H e Al. Nesta condição, as plantas apresentam problemas no seu desenvolvimento, pois o sistema radicular formado é pouco desenvolvido e suas raízes absorvem menos água e nutrientes. Ocorre, então, baixas produtividade. A calagem, neste caso, torna-se um imperativo, pois além de corrigir a acidez, ela adiciona ao solo Ca e Mg. A preferência seria por um

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Quanto libera de N mineralizado, anualmente, cada 1% de MOS?

A incorporação de adubos verdes contribui para aumentar a MOS
A relação C/N nos dá uma indicação da capacidade de um produto orgânico em se decompor. Os micro-organismos do solo são os responsáveis pela degradação do material orgânico e eles têm necessidade de nitrogênio (N). Uma relação C/N maior que 25 significa que há muito carbono C) em relação ao nitrogênio (N). Neste caso, os micro-organismos do solo vão esgotar as reservas do solo, em lugar de liberá-lo. Quando a relação C/N é menor que 25, os micro-organismos vão liberar o N tornando-o disponível para as plantas. Os resíduos de palha apresentam alta relação C/N, o que faz com que a sua decomposição consoma muito N. Quando se quer aproveitar os resíduos vegetais, as plantas devem ser cortadas antes do amadurecimento, pois a mineralização é maior quando elas são ainda jovens, já que a relação C/N aumenta à medida que elas se aproximam da maturidade.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Como Calcular os Níveis Críticos de P, S e Zn em Função do P-rem

A disponibilidade do fosfato e do sulfato não é uma forma muito simples de determinar, pois depende de como eles ocorrem no solo. Uma série de extratores são utilizados para determinar a solubilidade do fósforo. Por isto, as análises de solo são importantes para a recomendação de uma correta adubação. Para avaliar o P disponível no solo são usadas soluções extratoras. Um método muito usado de

terça-feira, 28 de março de 2017

Partindo das Quantidades de Matérias-Primas, Encontrar uma Formulação

Muitas vezes tentamos encontrar uma formulação de fertilizante químico que reponha exatamente as quantidades de nutrientes que nos foram recomendadas. Mas nem sempre conseguimos obter uma formulação que adicione as reais necessidades de nutrientes. Outras vezes, partimos para calcular separadamente as quantidades de N, P2O5 e K2O, usando as respectivas matérias-primas para atingir as quantidades reais

quinta-feira, 23 de março de 2017

Quanto cada 1% de CaO e MgO do Calcário Adiciona em Ca e Mg ao Solo


Existe uma maneira de calcular rapidamente quanto cmolc/dm³ de Ca e Mg serão adicionados pelo calcário ao solo agrícola. A recomendação normal de calagem é a aplicação de tantas toneladas de calcário por hectare, com um PRNT de 100% e incorporado na camada de 0-20 cm de solo. Cada 1% de CaO e de MgO, numa tonelada de calcário/ha, incorporado na camada de 0-20 cm, adiciona, respectivamente, 0,01783 cmolc Ca/dm³ e 0,0248 cmolc Mg/dm³ ao solo..

Assim, fica fácil saber quanto destes nutrientes será adicionado ao solo por um

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Solos Alcalinos - Como Baixar o pH.


A recuperação de solos alcalinos é mais difícil e leva mais tempo quando comparada à neutralização de solos ácidos. Segundo KIEHL (1979) a pluviosidade baixa acarreta o acúmulo de sais de Ca, de Mg, de K, e carbonato de sódio, de maneira a saturar o complexo coloidal, dando origem à alcalinidade dos solos. Estes solos são característicos das regiões áridas e semiáridas. Segundo o mesmo KIEHL, o solo torna-se alcalino quando a maior parte das cargas negativas dependentes de pH estão saturadas por bases. Estas desalojam o H+ que passa para a solução do solo. Portanto, as bases tomam conta da solução do solo.
Num solo alcalino, pH acima de 8, há a ocorrência de carbonato de cálcio e magnésio

quarta-feira, 2 de março de 2016

Calcários com Mesma Reatividade Podem Reagir Diferentemente no Solo

Quando compramos um calcário queremos que ele tenha velocidade para reagir no solo, ou seja, a rapidez que ele neutraliza a acidez do solo. Chamamos a isto REATIVIDADE DO CALCÁRIO ou de um corretivo. Os calcários possuem determinadas TAXA DE REATIVIDADE, de acordo com as suas frações granulométricas, que vão determinar a ação do mesmo no solo num período de 3 meses, expressa em percentagem (%). Para isto se utiliza peneiras de acordo com as

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Interpretando uma Análise de Solo Agrícola (2) - Passo a Passo



Esta publicação é uma continuação da primeira parte de Interpretando uma Análise de Solo Agrícola (1) - Passo a Passo, na qual mostramos algumas conversões de unidades expressas na análise, os cátions básicos e o cálculo da soma de bases. O leitor poderá visualizar esta publicação clicando no link abaixo, antes de continuar a

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Interpretando uma Análise de Solo Agrícola (1) - Passo a Passo

A interpretação de uma análise de solo não é muito difícil. Um resultado de análise feita por um laboratório idôneo, um manual de recomendação de calagem e adubação para o Estado onde está localizada a área a ser explorada, é o necessário para iniciar uma interpretação e ter uma visão da fertilidade deste solo. Antes de tudo isto, é fundamental a coleta correta de uma amostra de terra. Já vimos coletas de amostras retiradas de qualquer lugar e mesmo fora da área

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Cálculo do PN de um Calcário pelo Método Reação com Ácido


Os calcários apresentam composição química variável e, assim, eles têm diferentes capacidades de neutralização de ácidos. Esta capacidade chamamos de poder de neutralização (PN) expressa em relação àquela do carbonato de cálcio puro, ao qual se atribui um valor de 100%. Isto pode ser chamado, também, de equivalente em carbonato de cálcio (ECaCO3). Sabe-se que quanto maior o PN de um calcário maior é a sua capacidade de neutralizar ácidos.
A legislação brasileira permite o cálculo do PN por meio dos teores de CaO e MgO. O teor de óxidos é apenas uma forma de expressar os resultados analíticos no laudo, mesmo que o Ca e Mg estejam em outras  formas  químicas. Nos calcários  agrícolas,

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Importância das Raízes das Plantas, Porta de Entrada dos Nutrientes

Quando se olha uma árvore, uma flor, a gente se encanta com a sua beleza, com o seu crescimento, com a produção, mas não se dá valor a um elemento que faz parte dela: a raiz. É claro, talvez, porque ela está escondida no solo.
Em geral, a solução do solo é muito baixa em teores de nutrientes. Mas são estes nutrientes que irão promover o crescimento da planta, sua folhagem verde, sua produção de grãos, frutos e flores. Esta solução fraca possui bilhões de íons advindos de complexos de trocas e por difusão. A disponibilidade de nutrientes depende, além

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Problemas Encontrados pelos Fosfatados quando Aplicados no Solo

Os fertilizantes fosfatados comercializados, com o objetivo de fornecer fósforo para as plantas, apresentam compostos de fósforo de grande solubilidade em água. Aplicados no solo, os grãos de fosfato reagem em solos úmidos e liberam de maneira imediata o fósforo - é uma disponibilidade imediata. Por casa disto, o fósforo contido nos grãos move-se apenas a pequenas distâncias no solo, a partir do ponto de aplicação. Geralmente esta distância é menos de 2 cm. Assim sendo, o volume de solo que foi enriquecido com a aplicação de fósforo é pequeno. Este volume tende a ser ainda menor quando se faz a aplicação de fosfatos no sulco em relação à aplicação a lanço.
O teor de solubilidade também influi sobre o volume de solo que foi afetado

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Aproveitamento das Algas Calcárias na Agricultura

O lithothamnium calcareum é uma alga marinha calcária que pode apresentar 46% de CaO, 4,2% de MgO, uma reatividade de 99% e um PRNT de 92,6%. Em teores de Ca e Mg isto representa 33% de Ca e 2,5% de Mg.
O uso do produto apresenta baixo custo de processamento. As algas são retiradas do fundo do mar, por dragagem, submetidas a uma secagem natural e depois ensacadas e estocadas.
Pesquisadores da Universidade Federal de Lavras - MG observaram que aplicada em conjunto com a vinhaça, nas lavouras de cana-de-açúcar, apresentou resultados

terça-feira, 14 de julho de 2015

Liberação de Nutrientes na Solução do Solo

imagem adaptada:http://www.lesbeauxjardins.com

Solução do solo é a fase líquida onde estão dispostos os nutrientes essenciais que serão absorvidos pelas plantas através do seu sistema radicular. Portanto, na solução do solo temos íons (soluto) e água (solvente).
Complexo argilo-húmico é a reserva de nutrientes do solo de grande importância, pois tendo cargas negativas retém os nutrientes (carga positiva) essenciais às plantas. Pelo processo de troca, estes nutrientes passam para a solução do solo sendo absorvidos pelas plantas.                   

Vamos supor duas fases:

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Azospirillum Substituindo Adubação Nitrogenada de Cobertura no Trigo


O trigo é uma planta que consome bastante nitrogênio, pois é responsável na formação de perfilhos, na formação de nós no início do alongamento. Pesquisas realizadas mostraram que a planta de trigo consome mais ou menos 50% do nitrogênio aplicado devido às perdas de N por lixiviação, desnitrificação e volatilização. Este problema representa perda de dinheiro no bolso do produtor. O adubo nitrogenado é caro para o produtor suportar estas perdas. A inoculação com bactérias do gênero Azospirillum ganha um papel predominante no desenvolvimento da planta.
Azospirillum são bactérias encontradas tanto no interior como na superfície de raízes

terça-feira, 12 de maio de 2015

Sem "Tolerância Zero" para as Perdas de NPK no Solo

 

É Possível Tolerância Zero para as perdas de Nutrientes no solo?


É impossível adotar-se uma "tolerância zero" para as perdas dos nutrientes aplicados através das adubações. Mas, é possível minimizá-las manejando as quantidades recomendadas pela análise do solo, conforme as condições do solo, do clima, etc. O certo é manejar as aplicações dos fertilizantes levando em conta a fertilidade do solo e as reais necessidades de cada cultura. Cada cultura tem uma necessidade diferente em termos de NPK. Portanto, a recomendação de fazer uma análise de solo antes de plantar. Conhecer o solo, sua fertilidade, seu conteúdo em

terça-feira, 5 de maio de 2015

Converter kg/ha em cmolc/dm³


Já publicamos diversos artigos sobre as unidades internacionais e suas conversões, como dm³ em cmolc/dm³, mg/dm³ em kg/ha, g/kg em %, e outros. Nesta publicação, vamos abordar sobre a conversão de kg/ha em dm³. Quanto um produto aplicado em kg/ha adiciona ao solo de nutriente em cmolc/dm³. É o caso do calcário, que aplicado em t/ha, contendo X% de CaO, quanto este corretivo adiciona de cálcio (Ca) em cmolc/dm³, ou quanto o cloreto de potássio em kg/ha adiciona de potássio (K) em cmolc/dm³.
Ora sabemos que um hectare possui 10.000 m² e na camada arável de 0,20 m, o volume de terra será de 2.000 m³. Se falamos em dm³ este volume passa para

terça-feira, 28 de abril de 2015

Organominerais - Novo Conceito de Fertilização

Segundo o Canal Rural, os fertilizantes organominerais vem crescendo nos últimos anos, ocupando um espaço importante na agricultura brasileira. A EMBRAPA aponta que o consumo de organominerais pode chegar a 15 milhões de t/ano em 2015 e de 20 milhões de t/ano até 2020.Com isto, o passivo ambiental da avicultura e suinocultura poderá ser reduzido em 80%.

O que é um fertilizante organomineral?

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Excesso ou Deficiência de Nutrientes no Solo Limita a Produção

A planta necessita de 16 elementos nutritivos para completar seu ciclo de vida e fornecer produções importantes que tragam lucro para o produtor rural. Destes, 13 nutrientes não podem faltar na solução nutritiva do solo com objetivo de atender as necessidades das plantas. A ausência de apenas um deles é suficiente para limitar a produção. É a famosa Lei de Liebig. O solo pode estar bem provido de nutrientes, mas se, por exemplo, o zinco estiver deficiente, a produção da planta vai ser limitada ao fornecimento de zinco. Por outro lado, o excesso de um deles pode provocar toxicidade com sérios prejuízos ao desenvolvimento e à produção das plantas. A

terça-feira, 14 de abril de 2015

Os Vegetais Absorvem P2O5 e K2O ?


Esta é uma pergunta que muitos leitores fazem ou por quê os fertilizantes exprimem nas suas garantias que possuem tanto por cento de fósforo na forma de P2O5 ou tanto por cento de potássio na forma de K2O. Ora os fertilizantes não contêm P2O5 nem K2O. Por outro lado, a planta não absorve fósforo na forma de P2O5, nem potássio na forma de K2O. A legislação brasileira é quem usa P2O5 e K2O como uma forma de expressar as garantias destes nutrientes. É apenas do ponto de vista comercial. Na maior parte dos fertilizantes fosfatados, o fósforo se encontra na forma de fosfato de cálcio e fosfato de amônio, entretanto, no solo, as raízes das plantas absorvem o fósforo na forma de ortofosfatos, H2PO4- e HPO4²-, de acordo com o pH

terça-feira, 7 de abril de 2015

Conhecer o N total na Derminação da Relação C/N do Solo

A relação C/N é um índice que permite avaliar o grau de evolução da matéria orgânica do solo ou a importância de sua mineralização. Permite, também, avaliar a atividade biológica do solo e a capacidade de produzir formas nitrogenadas assimiláveis. A C/N do solo é perto de 10 e acima de 12 é uma indicação de carbono em excesso. As aplicações de resíduos com relações C/N muito altas leva mais tempo para decompor os resíduos e um maior consumo de nitrogênio para buscar o equilíbrio da C/N do solo.
A relação C/N do solo ou dos resíduos vegetais ou

terça-feira, 31 de março de 2015

pH do Solo - Água e Cloreto de Cálcio

Em geral, os solos brasileiros são de características ácidas impondo sérias restrições ao desenvolvimento normal das plantas que se traduz em quedas de produção. Para isto o produtor tem que adotar práticas como a calagem. Pela calagem há neutralização da acidez do solo com consequente aumento do pH. Os nutrientes das plantas têm melhor disponibilidade na faixa de pH de 6,5 a qual é denominada a faixa ideal para a melhor assimilação dos nutrientes essenciais às plantas. A calagem é feita com a utilização de corretivos da

terça-feira, 10 de março de 2015

Importância da Matéria Orgânica do Solo


Muitos cálculos se faz para descrever o comportamento físico de um solo. Para isto, se faz antes uma coleta de amostra deste solo. Tão importante é a coleta de amostra de solo como é o resultado da análise físico-química. As amostras de solo devem representar uma média da fertilidade da área onde o produtor vai explorar uma cultura de interesse econômico. Não basta ir no local e retira uma amostra de solo de qualquer jeito, de qualquer área e de qualquer profundidade. Numa mesma área nós podemos encontrar diferentes tipos de solo:

terça-feira, 3 de março de 2015

Papel dos Cátions na Fertilidade do Solo



Cátions e ânions podem ser retidos pelo complexo coloidal do solo. Os coloides do solo possuem cargas negativas (-) e positivas (+). Os íons trocáveis do complexo coloidal estão em equilíbrio com a solução do solo. Qualquer modificação da solução do solo provoca uma mudança neste equilíbrio. O poder absorvente é a capacidade que possui o complexo de adsorção de reter íons que provém da solução dom solo. Os cátions (carga positiva) são retidos na superfície dos coloides pelos pontos de carga negativa. 
Uma argila montmorilonita tem mais capacidade de adsorção do que uma argila caulinita. O aumento de pH do solo provoca um aumento de cargas negativas na superfície dos coloides. Por outro lado, quando há uma diminuição de pH do solo, há uma menor adsorção de cátions devido ao menor número de cargas negativas. Os

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Por que os Solos Agrícolas se Esgotam?


Os solos cultivados também sofrem esgotamento. A perda de elementos nutritivos tão essenciais ao desenvolvimento das plantas provoca a diminuição da fertilidade dos solos. A isto chamamos de "esgotamento do solo". Antigamente, o produtor na busca de novas áreas de plantio realiza o desmatamento. Estas áreas desmatadas quando cultivadas proporcionavam uma boa resposta das plantas em termos de produção. Antes do desmatamento o solo se beneficiava da reciclagem de nutrientes: as folhas, galhos, ramos, etc das árvores caiam na superfície do solo e, pela decomposição, liberavam nutrientes que voltavam ao solo. Por isto, o desmatamento proporcionava áreas com nutrientes que eram absorvidos pelas culturas de interesse econômico e se traduzia em boas produções. A exploração destas áreas era feita ano após ano sem

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Uso dos Silicatos de Cálcio e Magnésio na Agricultura


Os silicatos de cálcio e magnésio são produtos provenientes das escórias de indústrias siderúrgicas, sem contaminação de metais pesados, mas ricos, principalmente, em Cálcio, Magnésio e Silício. Os silicatos são constituídos de CaSiCO3 e MgSiCO3. Estes produtos  proporcionam uma liberação de silício, cálcio, magnésio  e um aumento do pH do solo. Já comentamos, várias vezes, dos benefícios do silício para as plantas, como resistência ao acamamento, às doenças e pragas. As fontes de silício, em geral, são pouco solúveis, daí a necessidade de aplicar os silicatos no solo com bastante antecedência. Algumas pesquisas compararam calcário e silicatos na correção do solo e as fontes silicatadas apresentaram uma solubilidade menor que aquela do calcário.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O Que é Rochagem ?


Rochagem vem a ser uma prática de recuperar a fertilidade em solos pobres e lixiviados pela utilização de misturas de rochas, o pó de rocha. A rochagem pode substituir o emprego de fertilizantes químicos com baixo custo e menor impacto ambiental. O uso de pó de rocha na agricultura, para diminuir a demanda de fertilizantes externos, foi aprovado pelo Senado Federal em 2012.
O pó de rocha apresenta uma série de vantagens como a liberação lenta e contínua de nutrientes durante todo o ciclo da cultura. Isto tem a vantagem da planta encontrar durante todo o seu ciclo os nutrientes liberados pelo pó de rocha. Além de reduzir os custos de adubação, pois se aduba menos frequentemente, e o pó  de  rocha  tem  um

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Como Calcular Adubação na Fertirrigação


Vamos supor que a assistência técnica recomendou para a cultura de hortaliças as seguintes quantidades de nutrientes a serem aplicadas pelo produtor via fertirrigação ao longo do ciclo da cultura:
N = 1,80 kg/ha/dia; 
P2O5 = 0,70 kg/ha/dia 
K2O = 2,60 kg/ha/dia. 
Para realizar esta operação, o produtor consta com as seguintes matérias-primas:
1. Fonte de nitrogênio (N):

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Apostar na Ciclagem de Nutrientes


Quando observamos árvores se desenvolverem muito bem, com alto vigor, em solos caracterizados como pobres em macronutrientes, ricos em óxidos de ferro e de alumínio, nos vem a pergunta: "Como estas árvores podem se desenvolver tão bem nestes tipos de solos? Ora no interior da floresta encontramos todo os tipos de resíduos vegetais como folhas, galhos, ramos caídos no chão, etc. Estes materiais são ricos em carbono e nutrientes que submetidos à decomposição pelos microorganismos do solo, liberam os nutrientes. Os fungos micorriza contribuem na absorção destes nutrientes  pelas plantas. Na  camada  de 0 - 20 cm  de  profundidade

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Importância da Adubação Verde na Fertilidade do Solo


A prática de adicionar leguminosas cobrindo a camada superficial do solo é chamada de "adubação verde". Com a adubação verde, é possível adicionar matéria orgânica ao solo, reciclar nutrientes e a fixação do nitrogênio do ar pelas bactérias do gênero Rhizobium. A preferência pela utilização de leguminosas, num projeto de adubação verde, é que estas plantas têm a propriedade de incorporar nitrogênio ao solo, aproveitando a existência de um sistema radicular bem desenvolvido e profundo. Com  esta prática, o produtor  está  adicionando N ao solo, diminuindo a utilização de adubos nitrogenados e reduzindo o custo de produção da lavoura.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Como Calcular uma Fórmula de Fertilizante Mineral

Superfosfato + ureia + cloreto de potássio
Fechar 1.000 kg de uma fórmula de fertilizante químico, com o emprego de várias matérias-primas para fornecer os nutrientes NPK, nem sempre é uma tarefa fácil. Na indústria, os químicos e os assessores industriais trabalham no intuito de conseguir a melhor formulação, tanto do ponto de vista de qualidade e eficiência agronômica, atender às normas da Lei de fertilizantes como do ponto de vista econômico. Uma mesma formulação poder ter várias composições com diferentes matérias-primas, dependendo daquelas que a indústria tem em estoque. O importante é atingir os níveis de nutrientes propostos no registro  da  formulação no órgão competente. Toda fórmula

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Calcular a Mistura de Esterco mais Fertilizantes Químicos


A adubação orgânica pode ser utilizada pelo produtor aproveitando os resíduos que possui na sua propriedade. Algumas vezes, há necessidade de adicionar fertilizantes químicos para completar as deficiências em nutrientes. O esterco de curral é uma fonte bastante encontrada em quase todas as propriedades, principalmente naquelas que utilizam a produção animal. Mas, na prática, o cálculo para elaboração de  um plano de adubação

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Como Interpretar a Análise do Solo - Parte 3

Recomendação de Adubação


Esta publicação encerra a série "Como interpretar uma análise de solo", na qual abordaremos como encontrar a recomendação de adubação para determinada cultura. Cada Estado brasileiro tem o seu manual de recomendação de calagem e adubação baseado em resultados de pesquisas realizados a campo e calibrados. As recomendações das quantidades de nutrientes atendem um objetivo econômico, ou seja, a melhor produção em resultados econômicos. A Lei dos Retornos Decrescentes diz que "a medida que aumentamos a quantidade de adubos, a planta aumenta, também, a produção até um limite a partir do qual as respostas à aplicação de fertilizantes é menor ou quase nula, ou seja, aplica-se mais adubo e as produções não crescem proporcionalmente. Nos manuais de recomendação de adubação são

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Como Interpretar a Análise do Solo - Parte 2

CALAGEM


Na Parte 1 abordamos como calcular os conceitos de soma de bases, CTC's, percentagem de saturação por bases (V%), saturação por alumínio (m%), etc... O leitor poderá se informar acessando o link abaixo. Isto é primordial, pois os cálculos que na foram feitos na Parte 1, serão utilizados aqui para o cálculo da calagem.
Como interpretar a análise de solo - PARTE 1

Conforme os cálculos realizados, os resultados foram estes:



No cálculo da necessidade de calagem (NC t/ha) são utilizados diversos métodos

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Como Interpretar a Análise do Solo - Parte 1

Muitos leitores nos pedem recomendação de adubação e calagem partindo de uma análise de solo. Além da análise do solo, outras indicações devem ser adicionadas: cultura, região onde se situa a lavoura, sistema de plantio ou convencional ou plantio direto, etc... Sem estas informações, nenhuma assistência técnica é mágica para descobrir o que vai ser plantado, em que região, etc... Qual cultura? As recomendações de adubação são próprias para cada cultura. Cada vegetal tem as suas necessidades; uns exigem mais nitrogênio (N), outros exigem menos ou nada de N. O mesmo com fósforo e potássio. As quantias de nutrientes recomendadas para cada cultura são fruto de trabalhos de longos anos de pesquisas buscando os melhores resultados em termos econômicos e de acordo com cada nível de fertilidade

terça-feira, 29 de julho de 2014

Quando Podemos Usar a Adubação de Reposição?


Algumas vezes podemos adicionar ao solo as quantidades de fósforo (P2O5) e potássio (K2O) quando baseado na quantidade destes nutrientes retirada pelas culturas. Esta possível adubação é chamada de "reposição" ou "exportação".
Entretanto, podemos adotar esta prática para qualquer nível de fertilidade do solo? Não. Esta prática somente deve ser aplicada quando os nutrientes fósforo e potássio estão na faixa "alta"(1) ou "muito alta" (2). A faixa alta é para aqueles Estados em que o P e K são classificados em faixas até "alta". A faixa "muito alta" é válida para aqueles estados que têm uma maior amplitude na classificação de P e K em faixas,

terça-feira, 22 de julho de 2014

Como Aplicar o Calcário no Solo

 
Existe uma dúvida muito grande de qual a melhor maneira de aplicar o calcário. os solos brasileiros, em geral, são ácidos e pobres em nutrientes, daí a necessidade da prática da calagem. Qual a melhor maneira de aplicar o calcário: superficial, incorporado, junto com a adubação NPK, no momento do plantio, etc... São as questões colocadas pelos leitores quando se fala em calcário. Nós encontramos ou lavouras convencionais, ou exploradas no sistema de plantio direto (SPD), ou pastagens, ou solos degradados, ou horticultura e fruticultura. Portanto, uma variedade

terça-feira, 1 de julho de 2014

Como Interpretar as Formulações de Fertilizantes

Uma fórmula de fertilizante é uma composição de matérias-primas que fornecerá os nutrientes nitrogênio (N), fósforo (P) e o potássio (K) ou dois deles, daí surgindo, também, formulações NP, NK, PK. Uma formulação química 20-10-20 é uma formulação NPK, 20-00-20 é uma NK, 00-20-25 é uma PK. Existe uma legislação que norteia a produção destas formulações, a Legislação Brasileira de Fertilizantes. As formulações de fertilizantes devem apresentar garantias quanto à sua composição química. A concentração de nutrientes deve ser garantida em forma de percentual (%)

terça-feira, 24 de junho de 2014

Converter g dos Nutrientes NPK em cmolc


Para transformar grama de nutrientes NPK e seus respectivos óxidos em cmolc/dm³ temos que saber o valor da massa atômica de cada elemento e sua valência. Os cálculos são básicos e fáceis de executar. Para a explicação dos cáculos vamos considerar a massa atômica dos seguintes elementos:
N = 14,01 g
P = 30,9737 g
K = 39,0983 g
O = 15,9990 g

terça-feira, 17 de junho de 2014

Calcular a Necessidade de Calagem sem Conhecer previamente Valor "T"

 Muitas vezes acontece de não possuirmos todos os elementos descritos perfeitamente para calcularmos ou realizarmos uma operação. Cabe, aqui, desenvolvermos nosso raciocínio e utilizar o que aprendemos. Às vezes, falta um elemento ou não inserido no contexto, mas se soubermos a fórmula de cálculo ou de onde partir para encontrar este elemento, nossa tarefa será mais fácil. Por exemplo, temos os seguintes dados de uma análise do solo:

terça-feira, 10 de junho de 2014

Resumo das Conversões de dag/kg à t/ha

Continuando com as publicações sobre a conversão dos resultados analíticos de solo, vamos abordar as transformações de dag/kg em %, g/kg, mg/dm³, kg/ha e t/ha. Já publicamos dois artigos, sobre o assunto conversão, que podem ser visualizados acessando os links abaixo:
Por quê mg/dm³ x 2 = kg/ha
Converter g/kg em kg/ha
 
Não existe muita dificuldade para a resolução dessas transformações que exige, apenas, o conhecimento das unidades de massa. Muitos resultados analíticos são

terça-feira, 3 de junho de 2014

Converter g/dm³ em kg/ha

Em publicação anterior, comentamos sobre a conversão de mg/dm³ em kg/ha que pode ser visualizada acessando o link " Por quê mg/dm³ x 2 = kg/ha? ". À partir desta publicação, leitores nos perguntam como converter g/dm³ (ou g/kg) em kg/ha. O raciocínio é o mesmo, basta partir da transformação de grama em quilo como realizamos com miligrama. O quadro "UNIDADES DE MASSA" mostra como se estabelece esta conversão.


Sabemos que 1 dm³ = 1.000 cm³ (10 cm x 10 cm x 10 cm), porque 1 dm = 10 cm.
Ora 1 cm³ = 1 ml. Logo, 1.000 cm³ = 1.000 ml

terça-feira, 27 de maio de 2014

Por quê mg/dm³ x 2 = kg/ha ?

Antigamente, usava-se a expressão ppm ou partículas por milhão. Com o advento do Sistema Internacional (SI) de unidades, ppm passou a ser mg/dm³. Muitos leitores nos perguntam porque mg/dm³ x 2 = kg/ha. Como chegar a este resultado? Por quê multiplicar por 2? Vamos tentar explicar esta conversão:
Ora 1 dm³ = 1.000 cm³ = 1 L.
Sabemos que: 1 dm = 10 cm.
Então: 1dm³ = 10 cm x 10 cm x 10 cm = 1000 cm³.
1cm³ = 1 ml.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Aumentar a Saturação de Ca e Mg pela Calagem


Existe uma maneira muito prática de saber como aumentar os teores de Ca e Mg pela utilização do calcário. À partir do teor de saturação de Ca e Mg da CTC a pH 7, nós podemos aumentar os teores destes nutrientes no solo. Na literatura, encontramos que o ideal para Ca é uma saturação de 50 - 70% e Mg de 10 - 20%. O primeiro passo é conhecer qual a saturação de Ca e Mg no resultado da amostra de solo. Daí, poderá haver necessidade ou não de aumentar esta saturação pela aplicação da calagem.
Para saber a saturação de Ca e de Mg, precisamos conhecer o valor da CTC a pH 7,0 e os teores destes nutrientes no solo. A fórmula para cálculo da saturação é, em geral, a seguinte:

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Plantas dão Indícios de um Solo Ácido ou Alcalino


As plantas que crescem numa lavoura podem dar sinais da acidez ou da alcalinidade do solo. Algumas plantas têm a necessidade de um solo ácido para se desenvolver. A assimilação do minerais pelas plantas tem maior eficiência numa determinada faixa de pH. É recomendada, então, a faixa ideal de pH entre 6 e 7. A batatinha exige um pH ao redor de 5,6 e não mais, para não desenvolver uma doença chamada murchadeira. A alfafa exige solos menos ácido para crescer.
Um solo muito alcalino bloqueia a assimilação do ferro (Fe) em plantas sensíveis à clorose. Por outro lado, um solo muito ácido é prejudicial ao desenvolvimento das

terça-feira, 25 de março de 2014

Valor Cultural determina a Qualidade da Semente


Na formação de uma boa pastagem a escolha da semente, além do plantio, manejo, tem uma importância muito grande na condução da exploração. A preferência deve ser para sementes certificadas de boa qualidade e adquiridas de empresas idôneas. O produtor rural, na implantação de uma pastagem e todas as suas fases, bem como na escolha da semente, deve contar com a assessoria de um agrônomo. Na escolha de uma semente devemos levar em conta o "Poder de Germinação", o "Grau de Pureza" e o "Valor Cultural (VC)". O Valor Cultural, que determina a qualidade de

terça-feira, 11 de março de 2014

Capacidade de Troca de Cátions: efetiva e a pH 7.0

O que é CTC do solo?

No solo os cátions são formadores de cargas positivas, adsorvidos aos coloides e podem ser substituídos por outros cátions. Daí o nome de "Cátions Trocáveis": o cátions Ca²+ pode ser trocado pelo cátion K+ e pelo H+ e vice versa.  Capacidade de Troca de Cátions (CTC) vem a ser o número total de cátions que o solo pode reter e que vai depender da quantidade de cargas negativas presentes. Quanto maior o número de cargas negativas num solo maior será a sua capacidade de troca de cátions ou de reter cátions.
Nos solos há uma predominância das cargas negativas, embora apresentem, também, cargas

quinta-feira, 6 de março de 2014

Vantagens dos Sistemas de Integração Agrossilvipastoril

Os Sistemas Agroflorestais são uma alternativa para o uso sustentável do solo. Estes sistemas são formados de áreas com lavouras, com áreas de pomares ou florestas mais animais, submetidos à técnicas de manejo para o melhor aproveitamento, tanto do ponto de vista econômico como da melhoria da fertilidade do solo. Existe um número muito grande de áreas de pastagens degradadas no país, e os sistemas agroflorestais são uma opção para a melhoria destas áreas. As áreas com pastagens degradadas produzem pastos de má qualidade e baixa produção de forragens. Temos, então, uma baixa produção de leite e carne que se acentua nos períodos de