Assuntos técnicos sobre fertilidade do solo, análise do solo, interpretação análise do solo, adubação, calagem, culturas em geral, fertilidade do solo, meio ambiente e agricultura sustentável.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Quanto Adicionar de K para Saturar a CTC do Solo
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Converter Fósforo e Potássio dos Fertilizantes
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Elevar os Níveis de P e K no Solo
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
As Conversões Solo/Adubo dos Nutrientes PK
sexta-feira, 9 de julho de 2010
A Meta é Diminuir a Importação de Potássio
quinta-feira, 3 de junho de 2010
As Reações dos Fertilizantes Potássicos e o Solo
terça-feira, 27 de abril de 2010
As Funções do Potássio para as Plantas
Em solos deficientes, o potássio pode se esgotar em menos de um dia. Há necessidade de liberar potássio para a solução do solo. Este processo se dá pela troca de cátions, onde o potássio trocável cede o seu lugar e migra para a solução do solo; daí a necessidade de manter uma quantidade de potássio no solo.
terça-feira, 13 de abril de 2010
As Vantagens da Fertirrigação
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Saturando com Potássio a CTC a pH 7,0
0,21 cmolc K/dm³.....................X g/dm³ K
X= 0,21 x 0,3909 /1 = 0,08 g/dm³ K
Isto significa que em 1 dm³ de solo temos 0,08 g/dm³ K
g/dm³ K = cmolc/dm³ K x 0,3909
Num hectare que corresponde a 2.000.000 dm³, teremos:
g/dm³ K x 2.000.000 = kg/ha K
0,08 x 2.000.000 = 160.000 g = 160 kg/ha K
160 x 1,20458 = 192,7 kg/ha K2O
Como é obtido o coeficiente 1,20458?
em K2O temos........... K2. Usando os pesos atômicos teremos:
(39,09x2) + 15,99......39,09x2
em 94,17 temos.........78,18;
94,17/78,18 = 1,20458
...............X....................................192,7 kg/ha de K2O
X = (100 x 192,7) / 60 ;
X = 320 kg/ha de KCl
SIMPLIFICANDO
1° - transformar cmolc/dm³ K em g/dm³ K
g/dm³ K = cmolc/dm³ K x 0,3909 = 0,08 g/dm³ K
2° - transformar g/dm³ K em kg/ha K
kg/ha K = g/dm³ K x 2.000 = 160 kg/ha K
3° - transformar kg/ha K em kg/ha K2O
kg/ha K2O = kg/ha K x 1,20458 = 192,7 kg/ha K2O
...............X....................................192,7 kg/ha de K2O
X = (100 x 192,7) / 60 ;
X = 320 kg/ha de KCl
OUTROS ASSUNTOS
TABELA DE CONVERSAO DE UNIDADES DAS ANALISES DE SOLOS
INTERPRETANDO A ANÁLISE DE SOLO
CALCULO DA DOSAGEM DE VINHAÇA
ABSORÇAO DOS NUTRIENTES DA SOLUÇAO DO SOLO
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
O teor de potássio (K) do solo transformado em K2O
A análise do solo apresentou um teor de potássio (K) de 0,28 cmolc /dm³. Quanto representa em kg/ha de K2O e quantos kg/ha de cloreto de potássio (60% K2O) ?
1 cmolc K/dm³ = peso atômico (g)/valência/100
1 cmolc K/dm³ = 39 g/1/100 = 0,39 g K/dm³
então 0,28 cmolc /dm³ x 0,39 g/dm³ K = 109 mg/dm³. Sabemos que mg/dm³ ou ppm x 2 = kg/ha
Logo, 109 mg/dm³ x 2 = 218 kg/ha K
K2O ...........................K2
(39x2)+16 ...............39x2
em 94 kg/ha K2O..........78 kg/ha K
............. X ................... 218 kg/ha K
X = (218 x 94) / 78 = 262 kg/ha K2O.
100 kg KCl ............... 60 kg K2O
.........X....................... 262 kg/ha K2O
X = (262 X 100) / 60 = 436 kg/ha de cloreto de potássio (KCl)
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Saturação de Potássio (K) da CTC a pH 7,0 com KCl
Seja um solo que apresenta o valor T igual a 7,2 cmolc/dm³ e o teor de potássio é de 0,08 cmolc/dm³. Foram empregados, neste solo, como adubação corretiva por hectare, a quantia de 400 kg de cloreto de potássio que possui 60% de K2O.
Em 100 kg KCl temos .......60 kg K2O
400 kg KCl teremos ................. X .......
X = (400 x 60) / 100 = 240 kg K2O
Por outro lado, considerando os pesos atômicos do potássio K=39 e do oxigênio O= 16 (arredondamos), calcularemos quantos g/ha de potássio (K) representa os 240 kg de K2O.
K2O ------------------ K2
(39x2) + 16 --------- (39x2)
em 94 kg K2O .......... 78 kg K
em 240 kg K2O ............ X.....
X = (94 x 240) / 78 = 199 kg/ha K = 199.000 g K/ha
Considerando que 1 hecatre de solo à profundidade 0-20 cm tem 2.000³ ou 2.000.000 dm³:
199.000 g k ........ 2.000.000 dm³
..........X...........................1 dm³
X = (1 x 199.000) /2.000.000 = 0,0995 g/dm³ K
cmolc/dm³ K = peso atômico (g)/valência/100
cmolc/dm³K = 39 g/1/100 = 0,039 g/dm³
1 cmolc/dm³ K ..................0,39 g/dm³
..........X..............................0,0995 g/dm³
X = (0,0995 x 1) / 0,39 = 0,25 cmolc/dm³ K
Como o solo já tem 0,08 cmolc/dm³ K ele ficou com 0,33 cmolc/dm³ (0,25+0,08).
Para saber que percentagem da CTC foi saturada com potássio:
Em 7,2 cmolc/dm³ ................. 0,08 cmolc/dm³ K
............ X ....................................0,33 cmolc/dm³ K
X = (0,33 x 7,2) / 0,08 = 4,58%
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Utilização do KCl para Saturar em K a CTC a pH 7,0
Em 100% corresponde .....6,25 cmolc/dm³
4% corresponderá ------------- X -------
X = (4 x 6,25) /100 = 0,25 cmolc/dm³ de K
Ora o solo já tem 0,06 cmolc/dm³ de K. Falta acrescentar (0,25-0,06) = 0,19 cmolc/dm³ de K.
cmolc/dm³ = peso atômico (g)/valência/100
cmolc/dm³ K = 39/1/100 = 0,39 g/dm³ = 390 mg/dm³
1 cmolc/dm³ K corresponde ..........0,39 mg/dm³
0,19 cmolc/dm³ K corresponderá a .......... X .........
x= (0,19x0,39)/1 = 0,074 g/dm³ de K
Sabemos que 1 ha de solo na profundidade de 0-20 cm tem 2.000 m³ de terra = 2.000.000 dm³.
Então, 0,074 g de K corresponde ........1 dm³
..............X g de K corresponderá........2.000.000 dm³
X= (2.000.000) x 0,074) / 1 = 148.000 g/ha K ou 148 kg/ha de K
K2O --------------- K2
(39x2) + 16------(39x2)
em 94 kg/ha K2O temos 78 kg/ha de K
--------X -------------- 148 kg/ha K
X = (148 x 94) / 78 = 178,35 kg/ha de K2O
Resta agora calcular a quantidade de KCl a ser utilizada. O cloreto de potássio tem 60% de K2O.
Em 100 kg KCl temos .........60 kg de K2O
-----X kg KCl teremos...... 178,35 kg de K2O
X = (178,35 X 100) / 60 = 297,5 arredondando 300 kg/ha de KCl
"Portanto, 300 kg/ha de Cloreto de Potássio, aplicado como adubação corretiva, em toda a área, vai elevar o teor de potássio no solo de 0,06 para 0,25 cmolc/dm³ promovendo uma saturação em potássio da CTC a pH 7,0 em 4%".
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Cálculo da Percentagem de Saturação de Cátions do Solo
O solo apresenta uma CTC a pH 7,0 de 6,25 cmolc/dm³ e teores de Ca = 8; Mg = 2 e K = 9; estes expressos em mmolc/dm³. Como o valor T está expresso em cmolc/dm³, temos que transformá-lo em mmolc/dm³. Para isto basta multiplicá-lo por 10.
T = 6,25 cmolc/dm³ x 10 = 62,5 mmolc/dm³
% saturação de Ca = (100 x Ca) / T = (100x8) /62,5 = 12,8%
% saturação de Mg = (100 x Mg) / T = (100 x 2) /62,5 = 3,2%
% saturação de K = (100 x K) / T = (100 x 9) / 62,5 = 14,4%
Vimos que a relação C/Mg é de 4:1. Na correção do solo devemos observar esta relação. O calcário a ser utilizado, de preferência um dolomítico que contém cálcio e magnésio; ou a mistura com um calcítico para manter a relação Ca/Mg.
Quanto ao potássio (K), a percentagem de saturação está baixa e deve ser aplicada, no solo, uma correção de potássio em toda área utilizando o cloreto de potássio.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Adubação dos Citros nos Estados de Sergipe e Bahia
Adubação:
ESTADO DE SERGIPE:
Como aporte de fósforo (P2O5) usa-se 500 g/cova de superfosfato triplo, no plantio. Como fonte de matéria orgânica, usa-se o esterco de bovino ou torta de mamona ou esterco de galinha poedeira. O volume de esterco de bovino não deve ultrapassar 30% do volume da cova; a torta de mamona e o esterco de galinha não deve ultrapassar 10%. Quando se usa uma fonte orgânica deve-se esperar 30 dias para o plantio da muda, pois a mineralização da matéria orgânica libera calor. Em relação ao N recomendado pode-se substituir 1/3 da dose por produtos orgânicos, no plantio: 5 a 10 kg de esterco curtido, ou 3 a 5 kg de esterco de aves, ou 1 a 2 kg de torta de mamona por cova. O nitrogênio é o nutriente mais exigido pela planta cítrica durante a fase vegetativa. Na tabela abaixo sobre a recomedação de nutrientes aplicando matérias-primas, em vermelho está expressa a quantidade de supersimples, uréia e cloteto de potássio; logo abaixo, em preto, estão expressas as quantidades de nutrientes em N, P2O5 e K2O recomendadas, e baseadas na interpretação de P e K no solo. Em lugar do supersimples pode-se usar supertriplo corrigindo a quantidade a aplicar. A vantagem do supersimples é ele possuir enxofre (S) na sua composição.
O nitrogênio deve ser aplicado com base na recomendação feita através de uma análise foliar; o fósforo (P2O5) e o potássio (K2O) com base no resultado da análise do solo. A quantidade de nitrogênio e de potássio deve ser fracionada em duas aplicações: no início e no final do período chuvoso; o fósforo deve ser aplicado numa única vez, no início das chuvas. Já nos pomares em formação ou em produção, pode-se usar 5 a 20 t/ha de esterco de curral, ou a 1 a 5 t/ha de torta de mamona. Os nutrientes devem ser aplicados em faixas, ao lado ou ao redor da planta. A faixa inicia 20 cm do tronco até 1,80 m do mesmo.O plantio de leguminosas entre as linhas pode ser uma opção como fornecimento de nitrogênio. O enxofre pode ser aplicado na adubação foliar – menos de 2 g/kg, usando sulfato de amônio (12% S) ou superfosfato simples (24% S). Quando o teor de magnésio, no solo, é menor que 1 cmolc/dm³, e na folha menor que 3 g/kg deve-se usar calcário dolomítico ou aplicação foliar de sulfato de magnésio de 4 g/L.
ESTADO DA BAHIA:
Adubação de plantio:
Adubação de formação:
500 kg de esterco de aves
200 kg de torta de mamona
Micronutrientes:
Zn – 300 g – sulfato de zinco
Mn – 300 g – sulfato de manganês
Cu - 250 g – hidróxido de cobre
B - 50 g – ácido bórico; ou 100 g borax
Mo - 30 g – molibdato de sódio
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Calagem e Adubação do Milho no RS e SC
Calagem:
Adubação do Milho:
Nitrogênio (N):
No milho, o nitrogênio é recomendado em função do teor de matéria orgânica e da cultura antecedente.
Sistema convencional:
Sistema Plantio Direto (SPD):
Fósforo (P) e Potássio (K)
Após dois anos, uma nova análise de solo deve ser feita para verificar as condições de fertilidade do solo. É muito importante!.
Leia mais sobre "como calcular fórmulas similares"
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Adubação e Calagem da Soja no RS
Adubação da Soja:
Nitrogênio:
Fósforo e Potássio:
Enxofre:
A soja responde à aplicação de enxofre (S). Em solos que apresentam teores de S inferiores a 10 mg/dm³ devem receber 20 kg/ha de S.
Micronutrientes:
A aplicação de molibdênio (Mo) deve ser feita em solos com pH em água menor que 5,5 , e quando a soja apresenta, no desenvolvimento inicial, uma coloração amarelecida generalizada das folhas; isto acontece porque o processo de fixação biológica ainda não está completamente eficiente. Uma maneira para evitar esta deficiência é, antes do plantio, misturar 12 a 25 g/ha de molibdênio com as sementes; ou quando a deficiência aparece na lavoura, aplica-se 25 a 50 g/ha de Mo, via foliar. Utilizam-se os molibdatos solúveis em água: molibdato de amônio que contém 54% de Mo; ou molibdato de sódio que possui 39% de Mo. A mistura de molibdato com as sementes deve ser feita antes da inoculação das mesmas. As aplicações foliares devem ocorrer 30 a 45 dias após a emergência.
Outros micronutrientes devem ser aplicados somente quando a análise do solo constatar deficiências de um ou mais elementos.
Entretanto, cuidados devem ser tomados quanto aos micronutrientes molibdênio e cobalto (Co): nas áreas que existe integração lavoura-pecuária, o teor de Mo nas pastagens deve ser avaliado constantemente. Sabe-se que a calagem eleva o pH, e isto aumenta a disponibilidade de Mo; por sua vez, o Mo pode afetar o metabolismo do cobre (Cu) em ruminantes. A aplicação de Mo no solo deve ser suspensa quando o teor do micronutriente, na parte aérea das plantas, atingir 5 mg/kg de Mo.
Quanto ao cobalto (Co), as quantidades a serem aplicadas não devem ultrapassar 3 g/ha de Co, para evitar a fitotoxidez para a soja.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Adubação da Cultura do Milho
Nitrogênio (N):
É o nutriente mais absorvido pela planta de milho. Sua deficiência limita a produtividade. Entretanto, o N está sujeito a uma série de perdas: volatilização, desnitrificação, lixiviação. A sua eficiência na utilização pelas plantas é de 60%, motivada por estas perdas.
O nitrogênio (N), como o fósforo (P), é mais exigido na fase de desenvolvimento e no período de formação da espiga; a menor absorção se verifica no período compreendido entre a emissão do pendão e o início da formação da espiga. O importante são os solos apresentarem alto teor de matéria orgânica. Solos com baixos teores de matéria orgânica apresentam baixas produções ou torna-se oneroso a compensação com maiores quantidades de adubos nitrogenados. A mineralização da matéria orgânica, a reciclagem de resíduos de culturas e a aplicação de fertilizantes nitrogenados minerais ou orgânicos são as fontes de fornecimento de N para o milho. Podemos reduzir as aplicações de N se contarmos com bons teores de matéria orgânica no solo: para isto devemos dar ênfase à rotação de culturas; a integração lavoura-pecuária; a cobertura verde, etc. O plantio do milho sobre a palhada, de culturas anteriores, contribui para economia na aplicação de nitrogenados.
Para se determinar a quantidade de N recomendada para o milho deve-se levar em consideração o teor de matéria orgânica do solo, e a expectativa de produtividade.
Para evitar a lixiviação, recomenda-se parcelar as doses de N nas seguintes condições:
1) solos arenosos – baixa matéria orgânica, baixa fertilidade, mal drenados:
até 30 kg/ha de N no plantio, e cobertura no estádio de duas a quatro folhas (V2-V4)
2) solos com menores perdas de N:
antecipar até 45 kg/ha de N; adubação de base na semeadura, e adubação de cobertura no estádio (V2-V4).
O milho, por remover grandes quantidades de N, precisa de adubação de cobertura com nitrogenados. E o milho responde à aplicação de nitrogenados com altas produções. A adubação nitrogenada antecipada deve ser feita no mesmo dia da semeadura para evitar perdas por lixiviação. A adubação em cobertura deve ser realizada até o estágio de 4 folhas, pois é nesta fase que se define o potencial produtivo do milho. Para a produção de cada 1.000 kg de grãos são exportados 16 kg/ha de N.
A adubação em cobertura do milho sequeiro deve ser feita com 40 a 80 kg/ha. Nas culturas irrigadas, devido às condições favoráveis para altas produtividades, deve-se aplicar de 100 a 150 kg/ha.
Fósforo:
O fósforo (P) é limitante à produção em solos da Região dos Cerrados. As exigências de P são menores que as de N e K. Mas sabe-se que do P aplicado ao solo, a planta aproveita de 15 a 25% devido à fixação do P no solo.
Potássio (K):
O potássio, após o N, é o segundo nutriente mais absorvido pelas plantas. Como nos demais Estados da Região Central, o teor deste nutriente, no solo, é pequeno: insuficiente para suprir as quantidades exigidas pelas culturas em sucessão. O milho também responde muito bem à aplicação de potássio (K). Aplica-se de 120 a 150 kg/ha de K2O. Em solos arenosos, a aplicação de doses superiores a 80 kg/ha de K2O, recomenda-se parcelar: metade da dose no plantio, e a outra metade junto com a adubação de cobertura nitrogenada. O potássio (K) é importante no período de 30 a 40 dias de desenvolvimento quando se verifica a máxima absorção; daí a necessidade de K como arranque neste período.
Os solos do MS e dos Cerrados são deficientes em enxofre (S). A diminuição dos teores de matéria orgânica; o uso contínuo de fertilizantes cujas matéria primas apresentam pouco ou nenhum S; as quantidades extraídas pelas culturas contribuem para esta deficiência do nutriente no solo. Para se verificar a necessidade de enxofre é preciso fazer a análise do solo nas camadas de 0-20 e 20-40 porque este nutriente é muito móvel no solo e se acumula nas camadas mais profundas
A manutenção é feita com 5 kg de S para cada 1.000 kg de grãos de milho como expectativa de produção.
Micronutrientes:
No Brasil, o zinco (Zn) é o mais limitante à produção: principalmente na Região Central, em vegetação de cerrado. No caso de correção de deficiências, utiliza-se, via foliar, 400 l/ha de solução a 0,5% de sulfato de zinco neutralizada, com 0,25% de cal extinta.
As aplicações de calagens de maneira superficial (0-10 cm) ou rasa têm proporcionado problemas de deficiências de manganês (Mn).
Fonte: Embrapa. Fundação MS
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Adubação da Soja
A soja responde muito bem à calagem e à adubação do solo. Como os solos do Brasil são deficientes em fósforo, há necessidade de repor este nutriente e outros que se fazem necessários. Para isto, uma boa amostra de solo, representativa da área, é questão fundamental para a recomendação da calagem e dos fertilizantes. O produtor não deve se descuidar desta prática pois ela é essencial, aliada a outras práticas culturais de acordo com a técnica, ao bom desenvolvimento da planta que irá se traduzir em ganhos de produitividade, compensando os gastos dispendidos na lavoura. Vamos abordar os macronutrientes primários NPK+S. Sobre os micronutrientes, já comentamos em publicações anteriores neste blog.
Nitrogênio (N):
O nitrogênio é o nutriente mais requerido pela soja. Para produzir 1.000 kg de grãos ela precisa de 83 kg de N. A principal fonte de N é a fixação biológica através das bactéria do gênero Rhisobium. Além da inoculação das sementes com as bactérias, é necessária a aplicação de 2-3 g/ha de cobalto (Co) e 12-30 g/ha de molibdênio (Mo). Estes micronutrientes são indispensáveis no processo de fixação biológica do N. A aplicação pode ser realizada via semente ou via foliar.
Fósforo (P):
É o nutriente importante na produtividade. Como os solos brasileiros são deficientes em fósforo, sua deficiência se manifesta no baixo porte da planta, na altura de inserção das primeiras vagens e na colheita.
Nos cerrados, a correção de fósforo deve ser feita quando vai se usar a área por um período de cinco anos com outras culturas como: milho, trigo, feijão. Ela pode ser feita de duas maneiras: a correção em uma única vez; e a correção gradual no plantio junto com a manutenção.
A adubação de manutenção é recomendada quando os níveis de P mg/dm³ estão em níveis médio ou bom.
Produção de 3.000 kg/ha – 60 kg/ha de P2O5
Produção de 4.000 kg/ha – 80 kg/ha de P2O5
Potássio (K):
Os solos dos cerrados se caracterizam por baixa CTC e baixo potássio. A soja responde à adubação com potássio. Na literatura há indicações que para cada 1 kg de K2O aplicado, a soja produz 8 kg de grãos a mais do que num solo sem adubação. A suficiência de K é de 30 mg/dm³ para solos arenosos e de 50 mg/dm³ para solos argilosos.
Solos com mais de 20% de argila – adubação corretiva total de potássio
Solos com menos de 20% de argila – não se deve fazer corretiva total de K devido às perdas por lixiviação.Para uma produção de 3.000/ha de grãos, aplicar 60 kg/ha de K2O. Nos solos com menos de 20% de argila deve-se preferir correção gradual de K à lanço ou parcelada. O parcelamento deve ser feito 50% da dose no sulco de plantio, e os restantes 50% em cobertura, 30 dias após a emergência.
Acima de 50 mg/dm³ usar adubação de manutenção (M) usando 20 kg de K2O para cada 1.000 kg de grãos a ser produzida
Atingido este nível deve-se fazer a adubação de manutenção (M) usando 20 kg de K2O para cada 1.000 kg de grãos a ser produzida.
Enxofre (S):
Os solos do MS e dos Cerrados são deficientes em enxofre (S). A diminuição dos teores de matéria orgânica; o uso contínuo de fertilizantes cujas matéria primas apresentam pouco ou nenhum S; as quantidades extraídas pelas culturas contribuem para esta deficiência do nutriente no solo. Para se verificar a necessidade de enxofre é preciso fazer a análise do solo nas camadas de 0-20 e 20-40 porque este nutriente é muito móvel no solo e se acumula nas camadas mais profundas A manutenção (M) é feita com 10 kg de S por uma produção esperada de 1.000 kg de grãos de soja.
Com base nas tabelas acima, podemos fazer as recomendações das quantidades de nutrientes a serem aplicados no solo através da utilização de fertilizantes químicos. Podemos usar várias fórmulas, que chamamos similares, que guardam uma relação constante entre seus nutrientes, e de acordo com as quantidades aplicadas estaremos colocando, no solo, a quantia correta dos nutrientes recomendados.
O importante é achar a relação em que estão os nutrientes; esta relação deve ser a mesma, ou com pouquíssimas diferenças, que encontramos na fórmula sugerida. E multiplicando esta relação por coeficientes (10, 15, 20, 18...etc), vamos obtendo as diversas fórmulas similares. Para saber a quantidade basta dividir o teor do nutriente recomendado pelo seu respectivo número na fórmula, e multiplicar por 100. Por exemplo: teor recomendado de potássio: 60 kg/ha de K2O ; valor do K na fórmula 00-20-15 é 15% de K2O. Logo: 60/15 x 100 = 400 kg/ha da fórmula 00-20-15. No quadro abaixo, podemos ver duas situações: diferentes teor de argila; diferentes interpretações de P e K no solo. As necessidades de P2O5 e K2O em kg/ha estão numa relação que multiplicada por coeficientes vão nos dar várias fórmulas que podem ser utilizadas (fórmulas similares), diferenciando-se, apenas, da quantidade a ser aplicada. Para outras interpretações de P e K, é somente adotar o mesmo raciocínio.
Fonte: Embrapa, Fundação MS
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Adubação do Café
É claro que a planta adubada corretamente, com as necessidades de nutrientes por ela exigidas, responde com altas produtividades. Por outro lado, altas produtividades exportam mais nutrientes. Então, esta diminuição de 30% no emprego de fertilizantes refletir-se-á na safra e, conseqüentemente, nas safras seguintes chegando a um empobrecimento do solo se outras medidas não forem tomadas. Outros cafeicultores estão reduzindo os custos com fertilizantes usando a palha do café. Esta palha é rica em nitrogênio (N) e potássio (K). Obtém-se cerca de 8% de palha vinda da produção de café. A economia com fertilizantes químicos chega a 10%. Mas sempre é necessária uma análise do solo para aplicar a quantidade correta.
Na adubação do cafezal, o fósforo (P) é o principal nutriente, indispensável durante todo o ciclo da planta. Entretanto, este nutriente, nos solos ácidos sofre com a fixação e se liga ao ferro e alumínio formando compostos insolúveis não aproveitados pelas plantas. Daí a necessidade da calagem para liberar este fósforo tornando-o disponível para a planta. O baixo teor de matéria orgânica contribui, também, porque em condições normais a mineralização da matéria orgânica é importante para liberar fósforo disponível para a planta. Como o fósforo é importante na formação do sistema radicular, dizem que é importante aplicar o fósforo via radicular. Entretanto, como fonte de fósforo, não se usa em sua totalidade o superfosfato simples porque ele contém, além deste nutriente, mais o enxofre. Mas para não onerar os custos, os cafeicultores preferem usar uma fonte alternativa de enxofre (S). O sulfato de amônio é outra fonte de enxofre. Mas este fertilizante acidifica o solo. Os cafezais, na sua maior parte, estão situados em solos ácidos. Além da acidez são carentes em cálcio (Ca) e magnésio (Mg). O uso em grandes quantidades de sulfato de amônio contribui para acidificar mais estes solos. É preciso um equilíbrio. O desequilíbrio pode influir na eficiência dos fertilizantes e diminui consideravelmente a produtividade do cafezal.
No sul de Minas, no período de outubro a março é que a planta aproveita melhor os nutrientes quando a adubação é feita de 3 a 4 vezes. Os adubos nitrogenados que apresentam as maiores perdas por lixiviação devem ser aplicados em intervalos de 40-60 dias. Quanto ao potássio (K), duas aplicações são suficientes. Em solos arenosos, o potássio deve ser parcelado com o nitrogênio. O fósforo pode ser aplicado em uma única vez, como no caso da fosfatagem.
Adubação do PlantioDeve ser feita conforme o resultado da análise do solo. Por exemplo:
Para uma recomendação de 40 g/cova de fósforo e 20 g/cova de potássio temos uma relação 00-40-20. Dividindo-se a relação por 20 teremos uma relação simplificada 0-2-1. Multiplicando por 10, a fórmula encontrada é 00-20-10. A quantidade é encontrada dividindo-se a recomendação de fósforo (40 g) pelo teor do nutriente na fórmula (20) e multiplicando por 100. Chega-se a uma dose de 200 g/cova desta formulação. Adiciona-se até 1 g/cova de boro (B) e até 2 g/cova de zinco.
Conforme o teor de matéria orgânica no solo, aplica-se esterco de curral em L/cova.
Matéria orgânica <> 20 g/kg – 2 L/cova.
PegamentoProcede-se a adubação de cobertura utilizando-se 4 g/planta de N (10 g de uréia) de 2 a 3 aplicações, no período chuvoso. Isto é importante, pois a aplicação em períodos secos, com estiagem, provoca perdas de nitrogênio para o ar. Ou utilizar sulfato de amônio pois as perdas de N são bem menores, mas há o perigo de acidificar o solo pelas reposições continuadas. O adubo é aplicado ao redor da planta a uma distância de 10 cm do caule.
Primeiro ano após o plantioAplicar 6 g/planta de N (15 g de uréia) e mais 4 g/planta de K (7 g de cloreto de potássio por 2 ou 3 vezes, no período chuvoso. Em vez de utilizar os fertilizantes simples (uréia, cloreto de potássio), pode-se utilizar os fertilizantes em misturas. Neste caso, seria utilizada a fórmula 15-00-10 na base de 40 g/planta por aplicação.
Segundo ano e sucessivos
Aplica-se o dobro da recomendação para o primeiro ano. Neste caso, 80 g/planta da fórmula 15-00-10 por aplicação.
Terceiro ano e sucessivos
Seria a adubação de produção. Aqui, mais uma vez, chamo a atenção dos cafeicultores para realizarem a análise do solo e a análise de planta (foliar). A medida que se busca maiores produções de sacas/ha, a necessidade e a reposição de nutrientes aumenta. Existem tabelas de recomendação para os Estados produtores de café. Vamos supor que para uma produção de 50-60 sacas de café por hectare, as necessidades de nutrientes para um solo cuja análise foliar e do solo apresentaram os seguintes resultados:
N nas folhas – 27 g/kg
P – 8 mg/dm³
K – 0,17 cmolc/dm³. Em mmolc/dm³ seria 1,7
A recomendação técnica foi de 160 g/planta de N, 70 g/planta de P2O5 e 140 g/planta de K2O. Temos uma relação 160-70-140. Dividindo ela pelo menor número (70) teremos uma relação simplificada: 2,28-1-2. Multiplicando pelo coeficiente 8 chegamos a uma fórmula 18-8-16. Dividindo a recomendação, por exemplo, N (160) pelo N da fórmula (18) e multiplicando por 100, a dose será de 900 g/planta.
No caso de aplicar fertilizantes simples, as quantidade a serem usadas para os 160 N-70 P2O5-140 K2O seriam: 350 g de uréia, 150 g superfosfato triplo e 230 g de cloreto de potássio.
A adubação nitrogenada deve ser parcelada em 4 vezes e a com potássio em 2 vezes. Entretanto pode-se usar uma fórmula que contenha os dois nutrientes: NK. Ou seja, as necessidades são 160 N e 140 K2O.
Nitrogênio (N): 160 em 4 aplicações – 40 g/planta/aplicação
Potássio (K): 140 em duas aplicações – 70 g/planta/aplicação
Por aplicação temos: 40 N + 70 K2O. Dividindo por 70 teremos uma relação simplificada de 1-1,75. Multiplicando por um coeficiente 10, a fórmula será 10-00-18. A quantidade: 400 g/planta/aplicação.
As outras 2 de nitrogênio de 40 g por aplicação, seria 90 g/planta/aplicação de uréia.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Calagem e Adubação do arroz irrigado no RS - Parte II
O Nitrogênio (N):
O nitrogênio no solo é proveniente da decomposição e mineralização da matéria orgânica. Portanto, neste caso, a matéria orgânica avalia a disponibilidade de nitrogênio no solo. Em relação ao nitrogênio, os cultivares de arroz irrigado são divididos em três categorias:
Cultivares tradicionais: aqueles que apresentam baixa resposta à aplicação de nitrogênio;
Cultivares intermediários: apresentam resposta intermediária – variedades americanas;
Cultivares modernos: são aqueles que apresentam maior resposta ao N.
Incremento de produtividade:
As tabelas de recomendação de nutrientes (NPK) são baseadas nos “rendimentos potenciais” de cada região, e no “incremento de produtividade”. O “rendimento potencial” de uma região é a produtividade média alcançada sem adubação. Por isto, nas tabelas de recomendação, a seguir, encontramos incrementos de produtividade de 2, 3, 4 t/ha.
Quando a radiação solar é alta – no período de 15 dias antes do florescimento e 15 dias depois – há probabilidades de rendimentos elevados, e, portanto a resposta do arroz à aplicação de quantidades maiores de nitrogênio (N); isto se consegue quando o arroz é semeado dentro da época recomendada.
A uréia e o sulfato de amônio são as fontes de N mais recomendadas – amídica e amoniacal, respectivamente – pois, nestas condições de solo irrigado, as perdas de N por lixiviação e desnitrificação são menores. Os fosfatos diamônio (DAP) e monoamônio (MAP) usados pelos fabricantes nas formulações, como fontes de nitrogênio e fósforo, também são recomendáveis quando aplicados em cobertura.
Se a cultura anterior foi uma leguminosa/gramínea, a recomendação de N pode ser reduzida em 30%; ou se em lavouras anteriores houve ocorrência de bruzone, visto que o desenvolvimento desta doença é favorecido pelo excesso de N; ou houve um exagerado desenvolvimento vegetativo.
A aplicação de N deve ser parcelada; em solo seco utiliza-se 10 kg/ha de N e o restante em cobertura. Nas dosagens inferiores a 50 kg/ha a aplicação de N deve ser feita numa única vez por ocasião da diferenciação da panícula.
Na cobertura pode-se aplicar a metade no início do perfilhamento (emissão da 4ª folha) e a outra metade na diferenciação da panícula. Em cultivares de ciclo longo - maior que 135 dias – aplica-se 1/3 no perfilhamento, 1/3 no perfilhamento pleno e mais 1/3 na diferenciação da panícula.
No sistema pré-germinado, a aplicação de N na semeadura não é indicada pelas perdas de desnitrificação.Nos solos secos, aplicar N em cobertura três dias antes da irrigação. A irrigação incorpora o fertilizante e o deixa disponível por um período mais longo. A aplicação sobre a água deve ser com a lâmina não circulante.
O Fósforo:
O nutriente fósforo (P) tem um papel muito importante no crescimento da planta, e devido a sua baixa mobilidade no solo, sua grande translocação no interior da planta, sua dose deve ser aplicada totalmente no plantio. Os fosfatos naturais reativos misturados com os fosfatos solúveis em água têm mostrado eficiência agronômica em solos com teores de P maiores que 3 mg/dm³.
Para solos com teores de P Mehlich acima de 3 mg/dm³ pode-se utilizar fosfatos naturais reativos. Mas lembre-se! “O fosfato natural deve ser reativo”. Fosfatos naturais reativos são aqueles que aplicados ao solo apresentam eficiência agronômica. Como saber se um fosfato natura é reativo? Quando o fosfato natural apresentar alta solubilidade num extrator, o ácido fórmico a 2%, na relação 1:100. Relação 1:100 significa 1 g de fosfato diluído em 100 ml de ácido. No Mercado Comum Europeu, os fosfatos naturais são considerados reativos quando apresentam mais de 55% do fósforo total solúvel em ácido fórmico 2%, 1:100. Quanto maior esta percentagem mais reativo é o fosfato natural.
Os fosfatos naturais de Gafsa, Arad, apresentam alta reatividade. Infelizmente os fosfatos naturais brasileiros são de baixa reatividade; prestam-se mais para serem solubilizados por ácidos fortes – fosfórico, sulfúrico – para a produção de fosfatos solúveis em água.
Em solos que receberam fosfatos naturais, como fonte de P, deve-se adotar o método resina. Para solos com teores acima de 6,0 mg/dm³ e 20 mg/dm³ de P – respectivamente Mehlich e Resina – as probabilidades de retorno econômico são muito pequenas, pois estes valores são considerados teores críticos. Neste caso, a adubação fosfatada deve, apenas, repor os nutrientes retirados pelas culturas.
O Potássio (K):
O arroz irrigado é exigente em potássio (K), mas apresenta baixa resposta ao nutriente. Isto pode ser devido ao K contido na água de irrigação, os processos de troca no complexo coloidal do solo, a liberação de K nas frações não trocáveis, pela inundação, e a substituição do K pelo sódio (Na); o sódio é abundante em grande parte dos solos cultivados com arroz.
Aqui, a capacidade de troca de cátions, CTC a pH 7,0 foi considerada:
Tabela K
O cloreto de potássio deve ser o principal fertilizante a ser usado nestes solos cultivados com arroz.
O sulfato de potássio (50% de K20), em condições de temperatura alta pode liberar H2S que é tóxico para o arroz.
Um produtor mandou fazer a análise do solo, na área a ser plantada com arroz irrigado, e o resultado foi 2,8% de matéria orgânica M.O., médio teor de potássio (K), uma CTC a pH 7,0 de 5,4 cmolc/dm³, um teor de fósforo (P) de 2,01 mg/dm³ pelo método Mehlich, e 8,0 mg/dm³ de P pelo método Resina. A meta é um incremento de produtividade de 4 t/ha. O produtor utilizará cultivares modernos com alta resposta à adubação. Na safra 2008/2009 foi plantado uma leguminosa, a soja, e vem ocorrendo nas safras anteriores o aparecimento da doença bruzone. Quais as fórmulas de fertilizantes similares que podem ser aplicadas na lavoura ?
Pelas tabelas anteriores de recomendação, as necessidades de nutrientes NPK são:
Nitrogênio (N): 110 kg/ha;
Fósforo (P2O5): 60 kg/ha;
Potássio (K2O): 70 kg/ha
Aplicação de N:como foi plantada soja na safra anterior e vem ocorrendo ataque de bruzone, vamos reduzir a necessidade deste nutriente em 30%, ou seja, vai ser preciso 77 kg/ha.
O produtor irá aplicar 10 kg/ha de N, no plantio, e 0s restantes 66 kg/ha ele irá aplicar em cobertura, dividindo a dose em 2 aplicações: 33 kg/ha no perfilhamento, e os restantes 33 kg/ha na diferenciação da panícula.
Então no plantio, será aplicado 10 kg de N, 60 kg de P2O5 e 70 kg de K2O. Temos uma relação entre os nutrientes de 10-60-70. Vamos simplificar esta relação dividindo todos pelo menor número; neste caso, 10. Obtemos uma relação simplificada 1-6-7. Para achar as fórmulas similares, basta multiplicar esta relação por coeficientes (2,3,4,...8).
Por exemplo, multiplicando por 3 a relação simplificada, teremos uma fórmula 03-18-21. Qual a quantidade em kg/ha desta fórmula para fornecer os nutrientes que o arroz precisa? É só "dividir a necessidade de qualquer nutriente – por exemplo, 10 – pelo teor respectivo do nutriente na fórmula, e multiplicar por 100". É o caso de (10/3) x 100 = 333 kg/ha. Ou (70/21) x 100 = 333 kg/ha. No quadro abaixo são apresentadas outras fórmulas similares, seguindo este raciocínio.
Estas fórmulas encontradas baseiam-se nos dados hipotéticos apresentados como espelho dos teores de nutrientes encontrados no solo, e que serviram para a execução do exercício. Na prática, é só identificar os teores de nutrientes de uma análise do solo, estabelecer as recomendações de nutrientes, elaborar a relação simplificada, e chegar às formulas de fertilizantes similares.
Convém alertar, entretanto, que os “incrementos de produtividade” dependem da utilização de sementes certificadas, o bom manejo do solo, controle de pragas e doenças, e outras práticas, são essenciais para um incremento da produção. Esquecer isto e só pensar em adubar, não resolve nada. As recomendações de adubação são uma média da resposta do arroz irrigado à adubação e ao incremento de produtividade. As dosagens devem ser ajustadas à capacidade de resposta dos cultivares a este incremento. Nada adianta utilizar altas recomendações de nutrientes visando um máximo de incremento na produção, e utilizar cultivares de arroz tradicionais, de baixa resposta.