quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Uso do Estresse Hídrico em Café Irrigado

A Embrapa Cerrados está concluindo a pesquisa sobre o uso do estresse hídrico em café irrigado. A pesquisa durou onze anos. A técnica consiste em deixar as plantas sem água, com estresse hídrico, num período de 72 dias. O período ideal vai de 24 de junho a 4 de setembro. A floração se dá de maneira uniforme, com aparecimento dos grãos cereja ao mesmo tempo. O aumento de frutos cereja foi superior a 50%. As vantagens proporcionadas pela tecnologia são a melhoria na qualidade do produto e na produtividade, devido ao melhor enchimento de grãos e à redução de grãos com defeito. Há, também, uma economia, pois 35% da água e da energia para irrigação são economizadas, segundo o pesquisador Antônio Guerra, da Embrapa Cerrados. A Embrapa estima que mais de 10 mil hectares de café serão cultivados com esta tecnologia, nos Estados de Goiás, Bahia e Minas Gerais.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Como Ocorre a Acidificação dos Solos

Vários fatores contribuem para acidificar o solo. A acidez do solo é um limitante ao desenvolvimento dos vegetais e à produtividade das culturas. A calagem se torna obrigatória em solos com pH ácido. O alumínio (Al) e o manganês (Mn) são tóxicos para as plantas. Em condições de pH maior que 5,5 não há presença de Al³ tóxico. A disponibilidade dos nutrientes essenciais às plantas é reduzida em pH baixo. A melhor disponibilidade dos nutrientes, para as plantas, ocorre em solos com pH 6 a 6,5. Por isto, busca-se na calagem atingir esta faixa de pH. A acidez é prejudicial não só para as plantas como para a atividade dos microorganismos do solo. As leguminosas têm problemas na fixação

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Calcular a Resposta à Aplicação de K na Soja

O potássio, como o nitrogênio, é o nutriente mais aproveitado pelas plantas. No solo, quando a CTC é muito baixa, ocorre perdas deste nutriente por lixiviação. A reposição de potássio deve ser realizada com muito cuidado, pois o cloreto de potássio, que fornece o K2O, apresenta um índice salino muito alto. A salinidade deve ser evitada pois ela prejudica o desenvolvimento das raízes das plantas devido a alta concentração de sais, principalmente em períodos com deficiência hídrica. A análise do solo e a recomendação do técnico são importantes para estabelecer as quantidades corretas de reposição do

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Melhor Relação Ca/Mg para o Cafeeiro

Na suplementação de Ca e Mg para as culturas, o calcário tem sido o produto mais utilizado por conta da necessidade de calagem indispensável na maioria dos solos brasileiros. Os dois nutrientes influem no crescimento e produção dos vegetais. Os teores de Ca e Mg no solo, quando se faz a análise, possuem uma relação Ca/Mg natural. O importante, quando da aplicação de calcário, é manter esta relação ou aumentá-la para atingir o ideal de cada planta. Em termos, a relação Ca/Mg gira ao redor de 3 a 4, podendo alcançar 5. O problema é que os diversos calcários dolomíticos (que fornecem Ca e Mg) apresentam diferentes teores de CaO e MgO e PRNT. O uso de calcários dolomíticos com baixo magnésio prejudicará o estabelecimento da relação Ca/Mg. Se quisermos aumentar a relação Ca/Mg, deveremos lançar mão, além do calcário dolomítico, do calcário calcítico que possui alto teor de CaO. Afora isto, se não for controlada esta relação, há chance de adicionar excesso de Ca em comparação ao Mg. O excesso de Ca na solução do solo inibe a absorção de Mg pelas plantas. O excesso de Mg inibe a absorção de Ca. GARCIA (1983), citado por FREITAS,J.A.D., comparando relações de Ca/Mg para mudas de cafeeiro em dois tipos de solos, verificou que as relações 2,52:1 e 3,08:1, no solo, foram as que apresentaram maiores efeitos no crescimento das plantas. Disto se conclui que o cafeeiro responde bem à aplicação de corretivos com relação Ca/Mg mais estreita, pois relação mais ampla pode prejudicar a absorção de Mg, com prejuízos na produtividade.
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terça-feira, 30 de agosto de 2011

As Formas N-Nítrica e N-Amoniacal

O nitrogênio é um nutriente importante para o desenvolvimento e crescimento das plantas. O nitrogênio se encontra na atmosfera, e o ar contém 82 mil toneladas de N para cada hectare. Mas, este N não pode ser absorvido diretamente pelas plantas. A exceção se verifica para as leguminosas que têm a propriedade de fixar o nitrogênio do ar, através das bactérias fixadoras que existem em simbiose nas raízes. Hoje, já encontramos inoculantes específicos para trigo, milho, arroz que estão sendo lançados no mercado, ou ainda em pesquisa. Portanto, para as demais culturas, existe a necessidade da aplicação de fertilizantes nitrogenados. Cabe à indústria química de fertilizantes sintetizar este N do ar para a produção de amônia, que é o ponto de partida para a fabricação dos adubos nitrogenados.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Matéria Orgânica na Determinação da Calagem?

Existe uma questão levantada pelos leitores sobre a acidificação do solo pela matéria orgânica. Por que não levar em conta a necessidade de calagem conforme o teor de matéria orgânica no solo. Ora, matéria orgânica, fertilizantes nitrogenados, água da chuva, erosão, etc, causam a acidificação do solo. Então, estes fatores deveriam ser levados em consideração, pensam alguns. Ora, a calagem visa neutralizar a acidez do solo, a toxicidade do alumínio e do manganês, repor cálcio e magnésio no solo. Acima do pH 5,5 não existe mais alumínio. A calagem tem o propósito de elevar o pH do solo a valores 6 a 6,5. Nesta faixa de pH, os nutrientes apresentam a maior disponibilidade para as plantas.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Antecipado Plantio da Soja no Paraná

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) autorizou o plantio mais cedo da soja no Paraná, a partir de 21 de setembro nas regióes Norte, Centro, Oeste e Noroeste do estado. Esta nova data altera a data da safra passada, ou seja, a partir de 1º de outubro. As variedades para plantio serão aquelas do tipo 2, de ciclo médio - 115-135 dias - nos solos argilosos. Isto vai

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Decomposiçao da Palhada e Liberação de Nutrientes

O plantio direto se caracteriza pela permanência de restos de vegetais provenientes da cultura que foi utilizada como cobertura. A permanência da cobertura vegetal proporciona uma melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo. Ela protege contra à radiação solar, contra o impacto das chuvas, mantém a umidade do solo e uma aliada no controle das ervas daninhas. A reciclagem de nutrientes tem um papel importante neste tipo de manejo do solo. As plantas usadas como cobertura absorvem os nutrientes das camadas subsuperficiais do solo, em grande quantidade,  e os devolvem para a camada superficial,

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Cálcio,Enxofre,Fósforo Adicionados pela Fosfatagem

A fosfatagem é uma prática importante para elevar os níveis de fósforo no solo, criando condições melhores para o desenvolvimento das plantas. Os solos brasileiros, em geral, por serem deficientes em P, requerem a aplicação de fertilizantes fosfatados. A prática da fosfatagem é feita a cada 3 anos, quando uma nova análise do solo vai definir se há necessidade de nova aplicação, em menores quantidades, ou os níveis estão próximos ao ponto crítico, não havendo, neste caso, necessidade de incorporar mais fósforo no solo, apenas a utilização do

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Agricultura Sustentável

A agricultura sustentável é o tema mais discutido nos últimos anos. Fazer agricultura sem cuidar do meio ambiente não pode prosperar nos dias de hoje. Há necessidade de conciliar a produção agropecuária com preservação ambiental. A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) lançou, em junho, o Programa de Governança Climática para uma agricultura de Baixo Carbono, com o objetivo de apresentar contribuições do setor agropecuário para a redução da emissão de carbono. E a agropecuária pode contribuir de forma significativa para a redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE). Recursos para isto existem através do Programa Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC). Contribuem para a redução dos GEE:
1. fixação biológica do nitrogênio;
2. recuperação de áreas de pastagens degradadas;
3. plantio direto na palha;
4. integração lavoura-pecuária-floresta;
5. tratamento de dejetos animais;
6. aumento da área de florestas plantadas;
Fonte: CNA