quinta-feira, 20 de maio de 2010

Adubação da Citricultura no Estado do ACRE

Na citricultura é importante a adoção de práticas que visem dar condições essenciais ao desenvolvimento das mudas, e, consequentemente, a maior produção de frutas por árvore. No preparo da cova, a adubação é necessária para assegurar o fornecimento de nutrientes indispensáveis ao crescimento das árvores. As covas devem ter as dimensões de 60x60x60 cm e devem ser preparadas com antecedência de 30 dias antes do plantio. A adubação na cova é feita com a seguinte mistura:

terça-feira, 18 de maio de 2010

Aspectos Importantes e Adubação da Cana-de-Açúcar

A produção de cana-de açúcar em Minas Gerais, destinada às Usinas de açúcar e álcool, deverá ser em 2010 da ordem de 56,2 milhões de toneladas: um aumento de 12,6% em relação à safra passada. Por sua vez a safra nacional deverá alcançar 664 milhões de toneladas com um crescimento de 9,9%. Minas Gerais é a segunda maior área plantada com cana, ou seja, 648 mil hectares; o primeiro lugar é do Estado de São Paulo com 4,89 milhões de hectares. Uma das hipóteses para este crescimento é o aumento nos números de novas usinas instaladas: Minas Gerais teve três novas usinas; Goiás e São Paulo, duas; Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rio de Janeiro, uma em cada Estado. Em Minas Gerais, a maior produção de cana-de-açúcar está concentrada no triângulo mineiro: Uberaba, Conceição das Alagoas, Ituiutaba, Frutal e Iturama.

sábado, 15 de maio de 2010

Feira Brasileira de Reciclagem 2010

Recebemos da Agência de Notícias do Terceiro Setor um release que transcrevemos a seguir.

Feira Brasileira de Reciclagem 2010
Preservação e Tecnologia Ambiental
Reciclagem e preservação ambiental tema de evento em Curitiba.
O Tema reciclagem e preservação ambiental consolida cada vez mais Curitiba como a capital ecológica do Brasil. A prova esta no evento RECICLAÇÃO  Feira Brasileira de Reciclagem, Preservação e Tecnologia Ambiental que pelo quinto ano consecutivo é realizado na capital paranaense. Em 2010 acontecerá no período de 16 a 19 de junho, no centro de eventos Expo Unimed Curitiba.
Evento patrocinado pela AMBISOL Soluções Ambientais e apoio de realização da 3R AMBIENTAL promete mais uma vez cumprir o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável a geração de negócios e a integração entre a comunidade científica e as empresas privadas atuantes no segmento ambiental e de reciclagem. A organização estima um crescimento superior a 40% em relação aos expositores da edição anterior, pois com a superação da crise internacional que assolou a economia em 2009, as indústrias voltam a investir e incentivar a preservação ambiental.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

As Reações dos Fertilizantes Fosfatados e o Solo

Os fertilizantes fosfatados, no solo, sofrem uma série de reações que podem limitar a absorção do fósforo: diz-se que apenas 15 a 25% do fósforo, aplicado no solo, é absorvido pelas plantas. Daí o porquê das formulas NPK apresentarem alto teor de fósforo para compensar as perdas que se verificam, no solo, por causa dos processos de retrogradação e fixação do nutriente. Devido à alta reatividade dos fertilizantes fosfatados solúveis em água, o fósforo move-se no solo a pequenas distâncias a partir do ponto de aplicação: desta maneira um volume de solo que é enriquecido com a aplicação de P2O5 é pequeno; tende a ser menor quando se faz a aplicação em sulcos do que quando se procede à cobertura total do solo.

RETROGRADAÇÃO DO FÓSFORO:
Em solos com altos teores de cálcio (Ca) sob a forma livre de carbonato de cálcio, pela retrogradação, o fósforo do adubo é convertido em fosfato tricálcico que não é aproveitado pela planta. É uma forma semelhante à da rocha fosfatada. Esta forma de fósforo é de baixa disponibilidade para as plantas. Entretanto na retrogradação o fósforo não fica perdido, mas torna-se disponível lentamente para as plantas.


FIXAÇÃO DE FÓSFORO:
É um problema sério que ocorre nos solos ácidos. O fósforo é fixado pelo ferro e pelo alumínio. O fósforo torna-se indisponível para as plantas. A aplicação de calcário é uma maneira de melhorar esta indisponibilidade. Os íons (OH‾),gerados pelo calcário,tomam o lugar dos íons de fósforo fixado liberando-os para a solução do solo. Este é um dos maiores benefícios indiretos da calagem.
A reação com as argilas, principalmente aquelas com relação 1:1 (1 sílica:alumínio) – as caulinitas, é outra maneira de fixação do fósforo.

O oxigênio (aeração) é necessário para o crescimento das plantas e para a absorção dos nutrientes. Também é importante na decomposição da matéria orgânica do solo que é uma das fontes de fósforo. A compactação reduz a aeração e o espaço poroso das raízes. Isto reduz a absorção de fósforo e, consequentemente, afeta o crescimento das plantas. A compactação impede, também, as raízes de ocuparem uma maior área de solo pela penetração, limitando o acesso aos nutrientes. O aumento da umidade, até níveis ótimos, faz com que o fósforo fique mais disponível. Entretanto, o excesso de umidade reduz a aeração. Temperaturas adequadas facilitam a decomposição da matéria orgânica. Mas quando elas são muito altas ou muito baixas, limitam a absorção de fósforo.
Os fertilizantes fosfatados solúveis em água apresentam uma solubilidade alta. Isto explica o conceito de que somente os fosfatados solúveis em água são aproveitados pelas plantas. Por causa desta solubilidade, o fósforo move-se a pequenas distâncias a partir do ponto de aplicação. Assim sendo, o volume de solo enriquecido com fósforo é pequeno. Isto tende a ser menor quando se faz uma aplicação nos sulcos do que quando se aplica em cobertura total.
No solo, o fósforo encontra-se fixado, imobilizado, adsorvido e disponível.


1) FIXADO – é aquela forma de fósforo mineral que se encontra combinada a outros elementos como cálcio, ferro e alumínio, formando compostos não assimiláveis pelas plantas. Esta fixação depende das condições inerentes a cada solo e pode ocorrer com maior ou menor intensidade.
2) IMOBILIZADO – é aquela forma de fósforo que se apresenta na fórmula orgânica não assimilável pelas plantas. Este fósforo torna-se disponível para a planta pela mineralização da matéria orgânica.
3) ADSORVIDO – é aquela fração de fósforo que se encontra presa ao complexo coloidal do solo tornando-se disponível através de trocas com as raízes.
4) ASSIMILÁVEL – é aquela parte do fósforo que se encontra diluída na solução do solo sendo facilmente absorvida pelas plantas.
FÓSFORO DISPONÍVEL = FÓSFORO ADSORVIDO + FÓSFORO ASSIMILÁVEL

OUTROS ASSUNTOS
Fertilidade do Solo e Nutrição das Plantas
As Funções do Fósforo para as Plantas
Tipos e Obtenção dos Fertilizantes Fosfatados
Interpretando os Conceitos Básicos da Análise de Solo

terça-feira, 11 de maio de 2010

As Reações dos Fertilizantes Nitrogenados e o Solo

A principal ideia quando se aplicam fertilizantes é que eles vão adicionar nutrientes ao solo e que este, através das raízes, proverá a planta dos nutrientes necessários ao seu desenvolvimento vegetativo e à produção de grãos. Entretanto, quando aplicamos fertilizantes, inúmeras reações ocorrem entre os seus compostos e o solo. No caso dos fertilizantes nitrogenados, as reações mais importantes serão descritas a seguir:

quinta-feira, 6 de maio de 2010

As Formas de Absorção de Nitrogênio pelas Plantas

As plantas usam duas formas de absorção de nitrogênio (N): o "nítrico - NO3-" e o "amoniacal - NH4+". A preferência é pela forma nítrica.
As vantagens e desvantagens de ambas formas são as seguintes:

terça-feira, 4 de maio de 2010

Tipos e Obtenção dos Fertilizantes Fosfatados

Na  produção de fertilizantes fosfatados, a rocha fosfática é a matéria-prima essencial utilizada pelas indústrias. Como na rocha fosfatada o P2O5 é insolúvel em água, há necessidade de submetê-la ao ataque por ácidos fortes - "acidulação" - com a finalidade de tornar o fósforo solúvel em água e, assim, disponível para as plantas. É bom lembrar que existem rochas fosfatadas, como Arad, Carolina do Norte, Gafsa e

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Os Fertilizantes Nitrogenados

Os fertilizantes nitrogenados são produzidos, importados e comercializados no Brasil em grandes quantidades. Eles provêm da amônia que possui o nitrogênio na sua composição. E todo o nitrogênio vêm da atmosfera; o ar contém 82.000 toneladas de N para cada um hectare de superfície terrestre; é muito N.

terça-feira, 27 de abril de 2010

As Funções do Potássio para as Plantas

O potássio (K) desenvolve um papel vital em numerosas e importantes funções metabólicas da planta. O potássio é absorvido pela planta de duas maneiras: a primeira é a absorção do íon K+ da superfície das raízes por difusão,  um processo que não requer energia despendida pela planta; o segundo processo envolve o transporte do íon K+ através da membrana da raiz e liberá-lo no interior da mesma; este processo requer energia que a planta obtém pela respiração.
Em solos deficientes, o potássio pode se esgotar em menos de um dia. Há necessidade de liberar potássio para a solução do solo. Este processo se dá pela troca de cátions, onde o potássio trocável cede o seu lugar e migra para a solução do solo; daí a necessidade de manter uma quantidade de potássio no solo.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

As Funções do Fósforo para as Plantas

O fósforo (P) é um dos dezesseis elementos essenciais à nutrição das plantas e um dos três macronutrientes primários. É absorvido do solo através das raízes nas formas de íons H2PO4= e HPO4-. O fósforo apresenta problemas de limitação nos solos por causa da "fixação", tornando-o indisponível para as plantas. Embora os solos tenham uma certa quantidade de fósforo, uma fração pequena é absorvida pelas culturas.
O fósforo é um componente vital da célula. Sem fósforo não há vida. Ele tem muitas funções na planta: estimula o crescimento e a formação do sistema radicular no início do desenvolvimento da planta; ele é responsável pelo arranque das plantas; pela maturidade; e ajuda na formação das sementes. Dentro da célula existem funções que são características do fósforo: ele influencia a utilização dos açúcares e amido; é um armazenador de energia; acelera a atividade das enzimas importantes no processo de respiração; ele exerce influência no processo de fotossíntese. O primeiro passo na respiração é a combinação de açúcar e fósforo: é a "fosforilação".
Quando há deficiência de fósforo, o crescimento da planta é retardado e o P é translocado para o interior da planta. Ele move-se dos tecidos mais velhos para os mais novos o que, externamente, se traduz numa característica de "fome", sinal que o fósforo está deficiente, e com um arroxeado das folhas - diz-se que o milho está "roxo de fome"; uma coloração verde clara ocasionada pela deficiência de clorofila devido à deficiência de clorofila.
As plantas jovens absorvem o fósforo mais rapidamente, o que permite um cresciemento rápido e intenso das raízes em ambientes com níveis adequados do nutriente. Afirma-se que quando as plantas atingirem 25% da altura total, elas já armazenaram 78% de suas necessidades totais em fósforo. Isto explica porque se recomenda um suprimento adequado de fósforo no momento que elas começam a germinar, particularmente em plantas de ciclo curto.
No complexo de armazenagem e de estrutura no interior da planta, existem os fosfolipídios e as nucleoproteínas. Os fosfolipídios são substâncias parecidas com gordura e são extremamente elevados em termos de valor de energia e atuam como materiais de armazenamento. A semente é o órgão de armazenamento da planta; aqui a energia do açúcar e do amido fabricados é condensada em alimentos de energia altamente concentrada.
As nucleoproteínas são substâncias muito semelhantes às proteínas e ocorrem no interior de ambos núcleos das células vivas e dentro do citoplasma das mesmas. Uma vez que estes compostos ocorrem na "sede da hereditariedade" - os cromossomos - parece que o fósforo está relacionado à reprodução das plantas e animais.
O segundo grande grupo de compostos de fósforo orgânico são aqueles importantes no metabolismo da planta. Eles são, também, complexos e contêm grandes quantidades de energia; desempenham, por sua vez, uma papel primordial na vida da planta; a energia destes compostos é facilmente transferida de um para outro; isto é relevante na transformação do açúcar em amido no interior da planta. O fósforo, também, é importante na produção de aminoácidos. Os organismos, no seu processo de crescimento, necessitam de proteínas; elas contêm carbono, hidrogênio, oxigênio, e nitrogênio; em muitos casos, podem ocorrer conteúdos de fósforo e enxofre.
Os sintomas de deficiência de fósforo nas culturas são mais difíceis de reconhecer do que àqueles relativos ao nitrogênio e ao potássio. Um dos sintomas de deficiência de P é o atraso na produção; isto é devido a uma divisão celular insuficiente. A adubação fosfatada tende a contrabalançar a nitrogenada, e acelerar a maturidade da planta. Aplicações de fósforo são extremamente importantes para estimular o desenvolvimento inicial das raízes bem como aprofundá-las no solo. Entretanto, no solo, o fósforo aplicado enfrenta sérios problemas devido à "fixação". Os fertilizantes fosfatados solúveis em água reagem, no solo, com o ferro, alumínio, argilas, matéria orgânica, formando compostos insolúveis não aproveitáveis pelas plantas. Do fósforo aplicado ao solo, a planta aproveita de 15 a 25%; o restante é fixado fortemente pela acidez do solo. Isto explica porque as fórmulas de fertilizantes NPK apresentam o teor relacionado ao fósforo em maior quantidade, quando as plantas o exigem em pequenas quantidades. Portanto, nestas fórmulas, há uma liberação de fósforo suficiente para as exigências das plantas durante o seu ciclo, de acordo com as recomendações baseadas na análise do solo. Aquela parte de fósforo que foi fixada será liberada com a correção do solo pela calagem.
Como o fósforo é pouco móvel no solo, ele não sofre com a percolação e as perdas são desprezíveis. Entretanto, a erosão é a principal causa de perdas de fósforo contido na matéria orgânica e partículas coloidais.
A aeração do solo é necessária ao crescimento das plantas e para a absorção dos nutrientes. É importante, também, na decomposição da matéria orgânica do solo, que é uma das fontes de fósforo. A compactação do solo reduz a aeração e o espaço poroso das raízes. Isto reduz a absorção de fósforo, e, consequentemente, afeta o crescimento das plantas. Além disto, a compactação impede que as raízes ocupem um maior volume de solo limitando o acesso aos nutrientes. O aumento da umidade do solo, até níveis ótimos, faz com que o fósforo se torne mais disponível. Por outro lado, o excesso de umidade reduz a aeração do solo. Temperaturas adequadas facilitam a decomposição da matéria orgânica. Porém quando elas são muito altas ou muito baixas, limitam a absorção do fósforo.
O fósforo está intimamente relacionado a outros nutrientes principais, como o nitrogênio, na nutrição das culturas. As proteínas, que contêm quantidades apreciáveis de nitrogênio, não sintetizam em plantas deficientes de fósforo. Na pecuária as espécies forrageiras que crescem devido as suas proteínas, em condições adequadas de fertilização com N e P, terão alto valor alimentar para os animais com reflexos diretos na produção de carne e leite.

OUTROS ASSUNTOS
O Ciclo dos Fosfatos Naturais

terça-feira, 20 de abril de 2010

As Funções do Nitrogênio para as Plantas

O nitrogênio (N) é o nutriente responsável para o crescimento das plantas, para a produção de novas células e tecidos. O nitrogênio promove a formação de clorofila, que é um pigmento verde encontrado nas folhas e que captura a energia do sol. A clorofila combina CO2 + H2O formando açúcares, que a planta necessita para o seu crescimento e produção de grãos e frutos. A clorofila é composta de carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N) e magnésio (Mg); destes, somente o nitrogênio e o magnésio são oriundos do solo. As plantas deficientes em N apresentam as folhas com uma coloração verde-pálida ou amarelada devida à falta de clorofila.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Fertilidade do Solo e Nutrição das Plantas

A fertilidade é a principal característica de um solo. As plantas precisam de dezesseis elementos para completar seu ciclo de vida. Destes, três são retirados do ar - carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O); os outros treze nutrientes essenciais elas retiram do solo para o seu crescimento e produção de frutos, grãos, forragens, etc.

terça-feira, 13 de abril de 2010

As Vantagens da Fertirrigação

A fertirrigação, muito utilizada na fruticultura, no mundo inteiro, apresenta uma série de vantagens:

 aplicação da quantidade e concentração de um nutriente necessário à planta;
 aplicação de outros produtos como fungicidas, herbicidas;
 aplicação de misturas de fertilizantes e/ou fertilizantes líquidos que tenham, na sua composição, os micronutrientes;
 aplicação de nutrientes de acordo com as necessidades das plantas, evitando-se as dosagens excessivas de fertilizantes no solo, e a lixiviação de nutrientes;

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A Acidez do Solo - Ativa e Potencial

Um dos fatores limitantes ao desenvolvimento das culturas é a acidez do solo. Os solos brasileiros são, em geral, solos ácidos e com baixa disponibilidade de nutrientes necessários ao maior rendimento das lavouras. Portanto, uma prática, que ser torna necessária, é a correção desta acidez criando condições melhores tanto na fertilidade do solo como nas plantas. O alumínio (Al) e o manganês (Mn) são tóxicos devido a maior solubilidade nos solos ácidos. A acidez diminui a população de microorganismos que são responsáveis pela decomposição da matéria orgânica.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Lama de Cal e Cinzas como Sucedâneos do Calcário

Outros corretivos, além do calcário, podem ser usados para corrigir a acidez do solo: cal virgem, cal apagada, calcário calcinado, cinzas, resíduos de indústrias, conchas marinhas moídas, e tantos outros. Entretanto, a eficiência deles depende do poder de neutralização (PN) e da reatividade (RE), que está ligada ao tamanho das partículas, isto é, à granulometria. Todavia, quanto maior o teor de impurezas no produto menor a sua eficiência na correção do solo e menor a sua qualidade.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Saturando com Potássio a CTC a pH 7,0

Se quisermos saturar este solo com potássio (K) em 5% da CTC a pH 7,0 devemos aplicar o cloreto de potássio como adubação corretiva.


A CTC do solo é 5,46 cmolc/dm³. Saturando 5% com potássio teremos: 0,05 x 5,46 = 0,27 cmolc/dm³.K. O solo possui 24 mg/dm³ K: precisamos transformar em cmolc/dm³. Clicando aqui Conversão de Unidades Internacionais o leitor conhecerá as diversas fórmulas de converter os dados de interpretação de uma análise de solo.
K mg/dm³ x 0,0025582 = cmolc/dm³ K
24 x 0,0025582 = 0,06 cmolc/dm³ K
Portanto 0,27-0,06 = 0,21 cmolc/dm³ K que faltam para ter-se 5% da CTC a pH 7,0 ocupada por potássio. Devemos, agora, transformar estes cmolc/dm³ K em g/dm³ K.
1 cmolc/dm³ K .....................0,3909 g/dm³ K
0,21 cmolc K/dm³.....................X g/dm³ K
X= 0,21 x 0,3909 /1 = 0,08 g/dm³ K
Isto significa que em 1 dm³ de solo temos 0,08 g/dm³ K
g/dm³  K = cmolc/dm³ K x 0,3909
Num hectare que corresponde a 2.000.000 dm³, teremos:
g/dm³ K x 2.000.000 = kg/ha K
0,08 x 2.000.000 = 160.000 g = 160 kg/ha K
Como no fertilizante cloreto de potássio o K está expresso em K2O, é preciso transformar os 160 kg K/ha em K2O. Usa-se o coeficiente 1,20458.
K2O = K x 1,202458
160 x 1,20458 = 192,7 kg/ha K2O
Como é obtido o coeficiente 1,20458?
em K2O temos........... K2. Usando os pesos atômicos teremos:
(39,09x2) + 15,99......39,09x2
em 94,17 temos.........78,18;
94,17/78,18 = 1,20458
Para se encontrar a quantidade de cloreto a ser aplicada, como adubação corretiva, parte-se de uma regra de três:
em 100 kg de KCl temos...................60 kg de K2O
...............X....................................192,7 kg/ha de K2O
X = (100 x 192,7) / 60 ;
X = 320 kg/ha de KCl

SIMPLIFICANDO
Vimos que a saturação com potássio de 5% da CTC deste solo corresponde a 0,27 cmolc/dm³ K. O solo, por sua vez, tem 24 mg/dm³ K que transformado em cmolc/dm³ K deu 0,06. Faltam, portanto, 0,21 cmolc/dm³ K.
Agora, inicia-se a simplificação.
1° - transformar cmolc/dm³ K em g/dm³ K
g/dm³ K = cmolc/dm³ K x 0,3909 = 0,08 g/dm³ K
2° - transformar g/dm³ K em kg/ha K
kg/ha K = g/dm³ K x 2.000 = 160 kg/ha K
3° - transformar kg/ha K em kg/ha K2O
kg/ha  K2O = kg/ha K x 1,20458 = 192,7 kg/ha  K2O
Para se encontrar a quantidade de cloreto a ser aplicada como adubação corretiva parte-se de uma regra de três:
em 100 kg de KCl temos...................60 kg de K2O
...............X....................................192,7 kg/ha de K2O
X = (100 x 192,7) / 60 ;
X = 320 kg/ha de KCl

OUTROS ASSUNTOS
TABELA DE CONVERSAO DE UNIDADES DAS ANALISES DE SOLOS
INTERPRETANDO A ANÁLISE DE SOLO
CALCULO DA DOSAGEM DE VINHAÇA
ABSORÇAO DOS NUTRIENTES DA SOLUÇAO DO SOLO

terça-feira, 30 de março de 2010

Fatores a Considerar na Escolha do Calcário

Os solos brasileiros, em geral, se caracterizam por serem solos ácidos, o que dificulta o aproveitamento dos nutrientes, que já são pobres, pelas plantas; além de contarem com elementos tóxicos, principalmente Al e Mn, que afetam o rendimento das plantas. O calcário vem sendo o produto mais utilizado na correção da acidez do solo. Com a calagem, há uma diminuição dos elementos tóxicos, um aumento nos teores de Ca e Mg; isto favorece um maior desenvolvimento do sistema radicular das plantas e, consequentemente, uma melhor absorção de água e nutrientes à profundidades maiores no solo.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Como Aumentar ou Manter, pela Calagem, a Relação Ca:Mg

Nossas últimas postagens têm sido baseadas nos resultados de uma análise de solo hipotética; a partir dela, já escrevemos sobre interpretação dos conceitos básicos, como soma de bases e CTC's; saturações por bases, por ácidos e por alumínio; e cálculo da necessidade de calagem feita em diferentes Estados brasileiros. E partindo da recomendação de calagem vamos abordar, nesta postagem, como manter a relação Ca/Mg, e, até mesmo, aumentá-la.


terça-feira, 23 de março de 2010

Cálculo da Calagem pelos Métodos Saturação por Bases e Alumínio

Na postagem Interpretação da Análise do Solo - Conceitos Básicos (clique aqui para ler), abordamos os cálculos da soma de bases (S), das CTC's efetiva e a pH 7,0 (potencial), da saturação por bases (V%), da saturação por ácidos (M%), e saturação por alumínio (m%). Vimos que a necessidade de calagem pode ser calculada pelos métodos saturação por bases e pela neutralização do Al. Abaixo, vamos mostrar as fórmulas adotados em alguns Estados brasileiros, com exceção do Rio Grande do Sul e Santa Catarina onde a quantidade de calcário é determinada através

quinta-feira, 18 de março de 2010

Interpretando os Conceitos Básicos da Análise do Solo

Na interpretação de uma análise de solo, vários conceitos básicos são importantes para uma recomendação de fertilizantes e corretivos para determinada cultura; conceitos como a soma de bases (SB), CTC efetiva (t) e CTC a pH 7,0 (T), percentagem de saturação por bases (V%), percentagem de saturação por ácidos (M%), e percentagem de saturação por alumínio (m%), e, é claro, mais os teores de pH em água ou em outro extrator, teor de argila, teores de macronutrientes primários (NPK), de Ca e Mg, e de micronutrientes. Um conjunto de informações necessárias para um bom conhecimento da fertilidade do solo, e, através deles, o ponto de partida para uma recomendação de adubação e correção do solo. Dependendo do laboratório, muitas vezes alguns dados devem ser calculados pelo técnico; daí o objetivo desta postagem.

terça-feira, 16 de março de 2010

Tabela de Conversão de Unidades das Análises de Solos

No dia-a-dia do trabalho nos deparamos com situações que exigem nossa memória ou conhecimentos de como chegar aos resultados: quem já não precisou, num certo momento, Conversor de Unidades de resultados macronutrientes ou transformar. Por isto o objetivo desta postagem de trazer aos leitores aquelas conversões mais usadas, e que são tão importantes conhecê-las, Para facilitar o trabalho de todos. Existem, é claro, muitas outras, eo leitor PODERÁ CONTRIBUIR enviando-as para enriquecimento da tabela abaixo.



quinta-feira, 11 de março de 2010

Coexistência de Milhos Bt e Convencional

A resolução normativa nº 4 de 16 de agosto de 2007 da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) prevê o cumprimento da lei que determina a coexistência de milho transgênico (Bt) com o convencional. O Ministério da Agricultura, através de seus fiscais, farão a fiscalização e já informaram às empresas ligadas à produção de cereais que irão a campo.
O produtor que plantar milho transgênico deverá verificar se seus vizinhos irão plantar híbridos convencionais. Se for positivo, o produtor deverá deixar uma bordadura de 10 linhas de milho convencional do mesmo ciclo e porte semelhante ao transgênico; e mais 20 metros que podem ser aproveitados com o mesmo híbrido convencional utilizado no plantio das 10 linhas, ou com estrada ou rodovia, ou com outra cultura, ou com áreas de pousio. O importante é lembrar que não poderá ser plantado milho transgênico nesta faixa de 20 metros.

Se entre uma área de milho transgênico e uma de híbrido convencional do vizinho existir outras culturas, ou outras culturas mais parte de estradas ou rodovias, e a distância mínima, entre as áreas plantadas com milho, for de 100 metros, o produtor, que plantar o transgênico, fica dispensado da bordadura nesta divisa. Bom é relembrar que não poderá ser plantado milho transgênico nestes 100 metros.

Se as lavouras de milho transgênico forem vizinhas entre si, o produtor não precisará fazer a bordadura.
Os grãos colhidos na área convencional devem ser considerados como milho geneticamente modificado.
Áreas de Refúgio e manejo da resistência de insetos.
Estas áreas permitem que, na redondeza da lavoura com milho Bt, ocorra uma população de insetos suscetíveis, e estes se cruzem com os insetos resistentes da área com o gene Bt, obtendo-se, com isto, uma descendência de insetos suscetíveis evitando o aparecimento dos resistentes. A recomendação é que estes refúgios representem 10% da área total de milho e que não fiquem mais de 800 metros de distância da lavoura de milho Bt. Nestas áreas de refúgio, o milho híbrido usado deve ser da mesma variedade e com o mesmo ciclo.
O certo é que a fiscalização vai ser rigorosa, e pesadas multas serão impostas àqueles que não cumprirem a lei.

Outros Assuntos
Liberada a primeira soja transgênica brasileira
Metade do milho plantado pode ser transgênico
Soja transgênica com ômega 3
Rotulagem dos produtos transgênicos

terça-feira, 9 de março de 2010

A Importância da Dosagem de Vinhaça

A vinhaça é resíduo líquido resultante do processo de fabricação do álcool, rica em potássio (K), matéria orgânica, cálcio e outros nutrientes como nitrogênio, fósforo, sulfatos e água. Cada litro de alcool produzido gera 10 a 13 litros de vinhaça. É um material corrosivo, mal cheiroso, pH ácido, condutividade elétrica (CE) elevada, e alta DBO (Demanda Bioquímica e Oxigênio), e que carece de cuidados para não poluir o lençol freático. As áreas para aplicação de vinhaça não podem estar contidas nos domínios das Áreas de Preservação Permanente - APPs ou de Reserva legal ou nas áreas de proteção de poços. As áreas devem estar, ainda, afastadas um quilometro das áreas populacionais.
Nas áreas em foi aplicada a vinhaça, a adubação vai depender do teor de nutrientes e da quantidade de vinhaça aplicada; da fertilidade do solo; e da produtividade esperada.
A concentração máxima de potássio no solo não poderá exceder 5% da CTC a pH 7,0. Por exemplo: um solo com CTC7.0 de 4,0 cmolc/dm³, seu limite será (5/100) x 4 = 0,05 x 4,0 = 0,20 cmolc/dm³. Transformando este valor em mg/dm³ de K teremos: mg/dm³ de K = 0,20 x 390 = 78 mg/dm³ de K. Um cmolc/dm³ de K é igual a 0,3909 g K que é igual 390 mg/dm³. Como mg/dm³ x 2 = kg/ha, teremos 78 x 2 = 156 kg/ha de K. Em K2O, 156 x 1,20458 = 187,90 kg/ha de K2O. Lembre-se K x 1,20458 = K2O. E, K2O x 0,83016 = K.
A dosagem de vinhaça a ser aplicada na cana-de-açúcar é conhecida pela fórmula abaixo conforme portaria 4231 da CETESB:

QV = m³/ha = [(0,05 x CTC – Ksolo) x 3744 +185] / Kvinhaça

QV = quantidade de vinhaça em m³/ha;
0,05 = 5% da CTC a pH 7,0;
CTC = valor da CTC a pH 7,0;
Ksolo = teor de potássio (K) em cmolc/dm³, na profundidade de 0,80 cm;
3744 = constante que transforma cmolc K/dm³ para kg K/ha na profundidade de 0,80 cm;
185 = kg de K2O extraído pela cultura por hectare e por corte;
Kvinhaça = teor de K na vinhaça expresso em kg K2O/m³.
Existem muitas controvérsias em relação à aplicação desta fórmula: alguns pesquisadores acham que não se deve limitar em 5% o potássio da CTC potencial; além disto ela é para ser aplicada em todos os solos cultivados com cana. Ora, os solos são diferentes de região para região quanto à fertilidade e à densidade aparente. Contestam, também, do emprego da CTC a PH 7.0 (potencial) em lugar da CTC efetiva; possível superestimação da soma de bases e dos teores de H+Al.
Exemplo: Seja um solo com CTC a pH 7.0 = 4,3 cmolc/dm³; K = 0,20 cmolc/dm³ e a vinhaça com um  teor de K20 = 0,35 kg/m³.
Aplicando a fórmula,
QV = [(0,05 x 4,6 - 0,20) x 3744 + 185] / 0,35
Aqui os conhecimentos de matemática são postos em prática. Em operações com colchetes e parenteses, primeiro se resolve o que está contido nos parenteses e depois o que ficou dentro dos colchetes; iniciando pela multiplicação e depois divisão.
QV = [(0,23 - 0,20) x 3744 + 185] / 0,35
QV = [0,03 x 3744 + 185] / 0,35
QV = [112,32 + 185] / 0,35
QV = 297,32/0,35 = 849,48 m³/ha

O prof. Dr. Gilsom Moura Filho apresentou no XVIII Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem, em Maceió, 2007, uma fórmula em que a constante 3744 foi substituída pela constante 5242. Esta constante, 5242, converte os valores cmolc/dm³ de K em kg K2O/ha, a uma profundidade de 0,80 m e uma densidade aparente do solo de 1,4 mg/dm³. Além disto, considerou para o cálculo 6% da CTC ou seja 0,06.
QV = [(0,06 x CTC solo - Ksolo) x 5242 + 185] / K2O kg/m³
O mesmo Dr. Gilson apresentou um quadro referente à quantidade de nutrientes fornecidos em função da lâmina de vinhaça aplicada ao solo, demonstrado abaixo. Para chegar aos valores foram considerados nitrogênio igual a 0,40 kg/m³; fósforo (na forma de P2O5) igual a 0,10 kg/m³;e o potássio (como K2O) igual a 3 kg/m³.

Para se achar a quantidade de m³/ha em função da lâmina em milímetros, basta usar este cálculo:
m³/ha = mm X 10. Por outro lado mm = m³/ha / 10.

sábado, 6 de março de 2010

Soja transgênica contaminada com agrotóxico

Um assunto que merece atenção é a denúncia feita pelo Eng°Agr° Valdir Izidoro Silveira, presidente da CLASPAR (Empresa Paranaense de Classificação), dizendo que parte da produção de soja transgênica do Paraná apresenta resíduos de "glifosato" acima do permitido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Cento e cinquenta amostras foram analisadas, referente à safra 2006, sendo detectados resíduos de glifosato em mais de 70% delas. Izidoro ponderou que é uma situação muito grave tanto para a saúde humana como para a economia do Paraná. Em quase oito amostras de grãos de soja transgênica, os resultados apresentaram um excesso de resíduos de glifosato, entre 14,44 e 36,00 mg/kg: o permitido pela Anvisa é de 10 mg/kg de grãos de soja.
A Secretaria da Agricultura do Paraná detectou um acréscimo de 97% de resíduos de glifosato em grãos de soja transgênica e que a utilização do agrotóxico, que vem aumentando gradativamente, contribuirá, também, para a contaminação do solo; além de apresentar um risco muito sério à saúde humana. Segundo relatórios da mesma Secretaria, o consumo, neste caso, pela população paranaense, é de quase três toneladas de princípio ativo do glifosato. No que se refere à economia do Paraná poderão advir restrições ao Brasil, pelos países importadores, motivadas pela alta contaminação.

quinta-feira, 4 de março de 2010

A Aplicação dos Fertilizantes e sua Eficiência

A eficiência dos fertilizantes depende dos métodos utilizados na sua aplicação; isto tem uma influência muito grande na absorção dos nutrientes. É claro que os métodos e épocas de aplicação dos fertilizantes dependem da cultura, da mão-de-obra, dos equipamentos utilizados, da mistura com outros produtos como herbicidas e defensivos, e das condições climatológicas.
Uma boa aplicação de fertilizantes, a maneira de colocá-los no solo, incluem:

1) disponibilidade pela localização

A aplicação nos sulcos permite uma alta concentração de nutrientes; isto facilita o crescimento rápido das plantas jovens. A aplicação no sulco deve ser feita em um ou dois lados das plantas; e 5 a 7 cm para os lados e um pouco abaixo das sementes;

2) danos ocasionados pela salinidade

Se muito fertilizante for colocado perto das plantas poderá ocorrer danos ao sistema radicular devido à alta concentração salina das matérias-primas que compõem o fertilizante. Por isto, deve-se atentar ao item 1.
O índice salino nos dá uma idéia sobre a capacidade dos fertilizantes aumentarem a pressão osmótica da solução do solo. As plantas, principalmente as mais jovens, sofrem muito com o aumento da salinidade do solo, pois há uma tendência da água mover-se para fora da célula da planta causando o " murchamento "; em outras palavras, se a pressão osmótica da solução do solo for superior àquela das células das raízes, a água caminhará das células para o solo. No quadro abaixo, estão classificados os fertilizantes do ponto de vista do seu índice salino, o qual foi determinado em relação ao nitrato de sódio cujo índice é igual a 100.
3) economia

Dizem que a aplicação em cobertura total antes do plantio é a forma mais econômica. As perdas de nitrogênio por lixiviação, e as perdas de fósforo por fixação devem ser consideradas; algumas culturas, como as hortaliças, têm um sistema radicular pouco desenvolvido, e não adianta nada colocar fertilizantes longe das raízes.

Assim sendo, os fatores apontados no início deste texto devem ser levados em consideração, e o agricultor deve seguir à risca as recomendações técnicas.

terça-feira, 2 de março de 2010

Absorção dos Nutrientes da Solução do Solo

A solução do solo, na maior parte deles, apresenta uma baixa concentração de nutrientes; nesta solução fraca passa bilhões de íons por complexos de trocas, e por processos de difusão, com a finalidade de por à disposição das raízes das plantas, os nutrientes necessários desde o seu desenvolvimento até a formação de grãos e frutos. A absorção dos nutrientes pelas raízes possui dois modos: ativo e passivo.

Passivo
Consiste na difusão dos nutrientes, que se movem na direção de altas para baixas concentrações.

Ativo
É mais complicado que o modo passivo, pois depende de energia despendida pelas plantas. Aqui a necessidade de oxigênio no solo é fundamental; uma falta de oxigênio compromete a produção de energia pelas raízes limitando a absorção de nutrientes. Isto prevalece em solos inundados. O milho, em solos inundados, mesmo com uma alta disponibilidade de nitrogênio no solo, apresenta deficiência  deste nutriente.
O potássio, em solos cultivados com alfafa, a má drenagem causa deficiência deste nutriente.
As baixas temperaturas dos solos também limitam a produção de energia, e, consequentemente, aparecem deficiências de fósforo ou zinco.

segunda-feira, 1 de março de 2010

A Rotulagem dos Produtos Transgênicos

As embalagens de produtos que são produzidos a partir de grãos transgênicos devem conter um aviso de utilização dos mesmos. O aviso consta de um triângulo, com fundo de cor amarelo, com a inserção da letra "t" em maiúsculo e na cor preto.
Entretanto, o setor avícola, representado por suas entidades como UBA, ABEF, ABIPECS e SINDIRAÇÕES, estão trabalhando numa série de ações visando reverter a obrigatoriedade da " rotulagem transgênica ". Baseiam-se num parecer dado pela EMBRAPA constando a explicação científica da ausência de riscos no uso de transgênicos.
O presidente da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), Edilson Paiva, é contrário à rotulagem. Para ele, os organismos geneticamente modificados - ONG's - são uma necessidade, e os alimentos que contenham transgênicos não causam nenhum risco à saúde da população. O projeto está na Câmara de Deputados e, como não foi possível a votação em 2009, o mesmo deverá ser aprovado este ano.

OUTROS ASSUNTOS RELACIONADOS A TRANSGÊNICOS
Liberada a primeira soja transgênica brasileira
Benefícios da cana-de-acúcar transgênica
Metade do milho plantado pode ser transgênico
Soja transgênica com ômega 3

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Aplicação e Incorporação do Calcário

O cálcario deve ser aplicado com uma antecedência de seis meses quando se tratar de culturas menos tolerantes à acidez do solo, e três meses para as demais culturas. Sendo assim, os melhores resultados serão obtidos com a calagem. A distribuição do calcário deve ser feita em toda a área da lavoura. A recomendação é que tanto a distribuição como a incorporação do corretivo seja feita uniforme; a má distribuição, além de agravar os problemas, não corrige a acidez do solo de maneira eficiente.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Cuidados com a Calagem

A calagem tem como objetivo elevar o pH do solo até um determinado valor visando reduzir os níveis de alumínio tóxico e de manganês do solo, e melhorar o desenvolvimento radicular das plantas com a melhor absorção dos nutrientes disponíveis para o crescimento das mesmas.
A maior quantidade de calcário para aplicação está ligada ao teor de alumínio, de matéria orgânica, e de argila no solo: são as principais fontes de acidez do solo e do tamponamento do pH do solo.
As culturas sensíveis à acidez do solo devem ser submetidas à pratica da calagem. Mas somente realizar a calagem não é importante: é necessário aplicar a quantidade recomendada; realizar a mistura homogênea com o solo; teor de umidade do solo; e nível de contato do calcário com o solo.
O calcário deve ser aplicado com antecedência ao cultivo, pois o efeito da calagem, na correção da acidez do solo, atinge um ponto máximo entre 3 a 12 meses após a aplicação.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Coleta de amostras de solos

Nas recomendações de adubação e calagem é importante que os resultados da análise do solo representem corretamente o quadro de fertilidade do solo. Uma coleta de solo mal feita vai se traduzir numa análise incorreta mostrando números irreais nos teores de nutrientes e pH do solo da área onde foi retirada a amostra. As áreas plantadas são extensas e apenas 500 g de solo vai ser uma representação da fertilidade em toda a sua extensão. Em 1 ha de terra temos 10.000 m² ou 1.000.000 dm²; em 10 ha teremos 10.000.000 dm².

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Soja Transgênica com Ômega 3

O crescimento das lavouras de soja com variedades transgênicas, no Brasil, também é acentuado. A estimativa é que a utilização destas variedades passe dos 70% na safra 2009/2010. A soja transgênica é plantada no País, de forma legal, desde 2003; e ilegalmente desde o fim da década de 90; as sementes eram contrabandeadas, no início, da Argentina.

A primeira geração de soja transgênica trouxe benefícios para os produtores no que tange a resistência aos insetos e tolerância aos herbicidas. Agora, a segunda geração trará benefícios à saúde humana. A soja será uma fornecedora natural de "ômega 3", que é um ácido graxo presente nos peixes de água fria: salmão e sardinha. O ômega 3, também conhecido como "gordura do bem" traz grandes benefícios ao coração diminuindo os níveis de triglicerídios e de colesterol LDL (colesterol ruim) no sangue; além de prevenir a formação de coágulos e danos vasculares. Nos Estados Unidos será testada em alimentos como as margarinas.
Outros assuntos
primeira soja transgênica brasileira

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Escolha dos Silicatos de Cálcio e Magnésio para Agricultura

Os silicatos de cálcio e magnésio são a forma utilizada no fornecimento de silício às plantas. Na postagem anterior, sobre o silício, apresentamos todos os benefícios deste micronutriente para as plantas. Os silicatos devem apresentar uma série de características, quando a finalidade é para uso agrícola: alta concentração de silício solúvel; facilidade de aplicação no solo através da maquinaria existente na propriedade rural; bom aspecto físico; bons teores de cálcio e de magnésio; baixa concentração de metais pesados; preço compatível de modo que não onere demasiadamente os custos de produção.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Os Benefícios do Silício (Si) para as Plantas

O silício (Si) é absorvido pelas plantas em grandes quantidades. Existem dados de que o arroz para produzir 5 t/ha, extrai do solo de 230 - 470 kg/ha de silício; equivalente a 500 - 1.000 kg/ha de sílica (SiO2).
O silício tem apresentado vários benefícios como: elevação da produtividade; maior resistência conferida à planta; regula a perda de água nas plantas; melhora a taxa de fotossíntese; aumenta a rigidez da estrutura dos tecidos; evita o acamamento pelo acúmulo de silício na cutícula da folha; não é tóxico; reduz os danos causados pela geada; benefícios comprovadas na soja, milho, trigo, cana-de-açúcar, e outras culturas. O silício (Si) absorvido pelas plantas acumula-se nas folhas formando uma barreira protetora contra o ataque de pragas e doenças, além de regular a perda de água por evapotranspiração. A razão disto é que o silício, na superfície das folhas, polimeriza e forma uma camada

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Limite Máximo de Toxinas nos Alimentos

Começa a preocupação para regulamentar o limite máximo para as toxinas nos alimentos. Uma consulta pública vai regulamentar o texto.
As micotoxinas são produtos tóxicos produzidos por fungos, e encontradas nos alimentos, principalmente grãos. A ingestão destas substâncias, em grandes quantidades, é prejudicial à saúde humana podendo causar cirrose hepática, necrose aguda, e, até mesmo, o cancer.

O manejo incorreto da plantação e as condições de umidade e temperatura durante a armazenagem dos alimentos são as principais causas de contaminação dos mesmos. Os produtos como, café, chocolate, trigo e milho deverão seguir a regulamentação. As toxinas que farão parte da regulamentação são: aflatoxinas, ocratoxina A, desoxinivalenol (DON), fumonisinas (B1+B2) e patulina.

Os interessados em participar da consulta pública 100/2009 de 22/12 terão noventa dias para se manifestarem: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Gerência Geral de Alimentos, SIA Trecho 5, Área Especial 57 - Brasilia -DF CEP 71.205-050, ou Fax (61) 3462-5315, ou gicra@anvisa.gov.br

Veja mais
Limite Máximo para as Toxinas dos Alimentos

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Metade do Milho Plantado pode ser Transgênico

A expectativa é que na safra de inverno mais da metade das lavouras será formada por milho transgênico. A safra atual, de verão, deverá ser 30% transgênica. Isto evidencia o crescimento e aceitação por parte dos agricultores, pois no primeiro cultivo do milho geneticamente modificado, o índice de aceitação foi de 19%. Este crescimento se deve à adoção por parte do agricultor, pois o milho transgênico tem apresentado uma produtividade maior que o convencional, e o manejo é muito mais simples.

Onze tipos de milho transgênico já foram liberados pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) desde 2007. Por exemplo, o MON 810 tem, no seu DNA, um gene da bactéria "bacillus thuringiensis" (Bt) que sintetiza uma proteína que é tóxica para a lagarta, mas inofensiva para o ser humano e animais. A planta produz seu próprio inseticida orgânico causando a morte das lagartas.

Apesar da semente transgênica ser mais cara, acaba compensando o seu uso, pois ao invés de se aplicar seis a oito vezes mais inseticidas, com os transgênicos a aplicação pode chegar a zero.

Para a safra deste ano apareceram duas variedades transgênicas: o Bt11 e o Herculex. Recentemente foi liberado o Bt11GA21 que combina dois genes em uma mesma planta: um de resistência às lagartas e outro de tolerância ao herbicida glifosato. No RS, a adesão ao uso do milho transgênico é quase 100% devido aos problemas graves que os agricultores têm com ervas daninhas nas plantações. Em outro estado, o MT, a utilização de trasgênicos deverá chegar a 48%.


No último dia 15/12/2009, a CTNBio liberou uma variedade de algodão transgênico resistente aos insetos e tolerante ao herbicida glifosato. Quanto à liberação comercial de uma variedade de arroz transgênica, tolerante ao herbicida glufosinato de amônio, não foi possível devido a uma intervenção do Greenpeace; o adiamento prevê a liberação para a próxima reunião da Comissão.

Outros assuntos relacionados aos transgênicos:
Liberada a primeira soja transgênica brasileira
Os benefícios da cana-de-açúcar transgênica

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Os Benefícios da Cana-de-Açúcar Transgênica


A produção brasileira de cana-de-açúcar atinge 500 milhões de toneladas, fornecendo 45% do produto consumido no mundo. O Brasil é, também, o maior exportador de etanol. As variedades transgênicas de cana, pesquisadas no País, garantem um aumento de produtividade e redução no uso de insumos agrícolas contribuindo para a saúde e preservação do meio ambiente.
São inúmeros os pedidos de liberação protocolados na CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em que as variedades de cana-de-açúcar GM apresentam as seguintes vantagens:
1) tolerância aos herbicidas - melhor manejo da cultura com redução no uso de herbicidas refletindo-se nos custos de produção e preservação do solo e do meio ambiente;
2) resistência às doenças e pragas - redução no uso de defensivos agrícolas, de água e de combustível. Redução dos custos de produção;
3) tolerância à seca - com as variedades transgênicas, a cana pode ser plantada, também, em áreas com restrições hídricas, como o Nordeste;
4) aumento do teor de sacarose e biomassa - as plantas transgênicas terão maior potencial para gerar açúcar e energia. Maior produtividade da cultura;
5) melhoria do porte da planta - as colheitas mecanizadas serão facilitadas pois a planta apresenta um porte ereto não tombando tão facilmente.

Outros assuntos:
Primeira soja transgênica brasileira

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A Nova Lei de Ater


A nova Lei de Ater visa a contratação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural, de forma contínua, em que serviços serão prestados ao agricultor. Com esta Lei, buscam uma melhora da assistência técnica, aumento da produtividade das lavouras, e a maior produção de alimentos no País. O projeto de Lei 5665/09, aprovado pelo Senado Federal, institui a "Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar" (PNATER) e cria o "Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária" (PRONATER).
A assistência técnica e extensão rural realizada pelas instituições pertencentes ao sistema ASBRAER é um trabalho que tem como tônica processos educativos. É um trabalho dirigido à família rural promovendo mudanças de hábitos e atitudes; é preciso levar conhecimentos novos de tecnologia agrícola à família buscando aumento de produtividade e subsistência da mesma no campo. No seu maior contexto: a melhoria da qualidade de vida de todos os seus assistidos.
E para isto, o agente de extensão rural deve estar preparado, não só pelos conhecimentos técnicos, mas saber como lidar com o homem do campo: a comunicação através de transmissão simples dos conhecimentos para serem bem assimilados; o correto e bom uso de materiais audio-visuais; fazer reuniões, dias de campo, lavouras demonstrativas; e tantas outras atividades que necessitam de uma grande empatia. E a missão do extensionista rural é a das mais sublimes e árduas, e grande são as suas realizações profissionais pelos resultados obtidos no meio
agrícola.
A instituição encarregada de executar o serviço de assistência técnica deverá se credenciar; para isto, deverá preencher os seguintes requisitos:
1) entidade com ou sem fins lucrativos;
2) atuar no Estado em que se credenciar;
3) ter pessoal capacitado para realizar o trabalho;
4) legalmente constituída, há mais de cinco anos, se não for uma instituição pública.

PNATER
Se caracteriza pela gratuidade, qualidade e melhor acesso aos serviços de assistência técnica e extensão rural para os agricultores familiares; equidade nas relações de gênero, raça e etnia; e contribuição para a segurança e soberania alimentar e nutricional.
São objetivos do PNATER:
1) aumentar a produção;
2) melhor qualidade e produtividade das atividades e serviços agropecuários e não-agropecuários (extrativistas, florestais e artesanais);
3) promoção e melhoria da qualidade de vida dos beneficiários;
4) assessoramento de atividades econômicas e gestão de negócios;
5) apoio ao associativismo e ao cooperativismo;
6) aumento da renda dos assistidos pelo programa.

O próximo passo é a regulamentação, e no primeiro trimestre de 2010 serão iniciadas as primeiras chamadas públicas para atendimento aos agricultores familiares. Leia mais clicando no link abaixo.
Agilidade e Transparência com a nova Lei de Ater
Foto de Tamires Kopp (portal agronegócio de 29/12/2009

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Necessidade de Calagem pelo Método Saturação por Bases (V%)

Um dos métodos usados para calcular a quantidade de calcário é a utilização da percentagem de saturação por bases (V). Os solos são pobres quando V é menor que 50%, e são considerados férteis quando o valor V é maior que 50%. Então, a necessidade de elevar a percentagem de saturação por bases com a aplicação de calcário no solo. O calcário deve ter um PRNT de 100%. Quando não se consegue calcários com este valor, deve-se proceder a correção da quantidade. Para o cálculo da necessidade de calagem (NC) deve-se conhecer os valores da soma de bases, da CTC a pH 7,0 e o PRNT do calcário.

 
Qual a quantidade de calcário a ser recomendada por hectare usando-se o método de saturação por bases, para elevar o valor (V) para 70% ?
A análise do solo apresenta os seguintes dados:
Ca²+ = 4,0 cmolc/dm³; Mg²+ = 1,73 cmolc/dm³
K+ = 0,19 cmolc/dm³; (H+Al³) = 8,1 cmolc/dm³
PRNT do calcário = 85%

Soma de bases - S = Ca² + Mg² + K = 4,0 + 1,73 + 0,19 = 5,92 cmolc/dm3

Capacidade de Troca de Cátions (CTC) a pH 7,0 (T)
T = Ca² + Mg² + K +(H+Al³) = 14,02 cmolc/dm³
Cálculo da percentagem de saturação por bases deste solo (V%)
V % = (100 x S) / T = (100 x 5,92) / 14,02 = V = 42,22 %
Temos o valor V deste solo que é igual a 42 % e que vamos chamar V1.
Queremos elevar a percentagem de saturação por bases em 70% e que vamos chamar de V2.
A recomendação de calagem baseia-se num calcário com 100% de PRNT. O nosso calcário tem 85%. Devemos fazer uma correção, ou seja, um valor que vamos chamar (f) e que é calculado dividindo 100 pelo PRNT do calcário utilizado. Logo, 100 / 85 = 1,18. Nosso valor f= 1,18.
Estamos prontos para calcular a necessidade de calagem (NC).

NC = (V2 - V1) x T x f /1oo
NC = (70 - 42) x 14,02 x 1,18 / 100;
NC = 4,6 t/ha

Outros assuntos
Determinação da necessidade de calagem
Métodos para determinar a calagem
Interpretação de análise do solo

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O teor de potássio (K) do solo transformado em K2O

Tendo-se o teor de potássio no solo, podemos avaliar quanto representa em K2O. E conhecendo o teor de K2O podemos calcular quanto isto representa em cloreto de potássio.
A análise do solo apresentou um teor de potássio (K) de 0,28 cmolc /dm³. Quanto representa em kg/ha de K2O e quantos kg/ha de cloreto de potássio (60% K2O) ?
1 cmolc K/dm³ = peso atômico (g)/valência/100
1 cmolc K/dm³ = 39 g/1/100 = 0,39 g K/dm³
então 0,28 cmolc /dm³ x 0,39 g/dm³ K = 109 mg/dm³. Sabemos que mg/dm³ ou ppm x 2 = kg/ha
Logo, 109 mg/dm³ x 2 = 218 kg/ha K
K2O ...........................K2
(39x2)+16 ...............39x2
em 94 kg/ha K2O..........78 kg/ha K
............. X ................... 218 kg/ha K
X = (218 x 94) / 78 = 262 kg/ha K2O.

100 kg KCl ............... 60 kg K2O
.........X....................... 262 kg/ha K2O
X = (262 X 100) / 60 = 436 kg/ha de cloreto de potássio (KCl)

sábado, 16 de janeiro de 2010

Liberada a Primeira Soja Transgênica Brasileira

Para a safra 2009/2010, a soja transgênica será responsável por 67% da produção nacional. A área total produzida, no Brasil, com soja é de 22,6 milhões de hectares. No Paraná, 45% da área é plantada com soja transgênica; no RS, a área plantada é de 95%. Na comercialização de sementes de soja transgênica, desponta para a safra 2011/2012 a entrada no mercada da soja Cultivance ou CV; esta variedade transgênica foi desenvolvida pela EMBRAPA em parceria com a BASF. Será o primeiro transgênico brasileiro. Esta variedade teve a sua comercialização aprovada pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) no último 10 de dezembro.

São variedades de soja geneticamente modificadas com tolerância à herbicidas da classe das imidazolinonas. As variedades foram avaliadas quanto à segurança da proteína; segurança alimentar; avaliação agronômica para testar a segurança ambiental.

Além do Brasil, esta variedade brasileira de soja transgênica será comercializada em outros vinte países. Tudo isto levou dez anos de pesquisa para se chegar a um produto seguro para a saúde.

A soja transgênica brasileira vai concorrer com as variedades Roundup Ready (RR) da Monsanto. Com isto, deve-se ganhar na redução do preço do produto e o uso alternado de variedades, reduzindo o risco de resistência.

Ela contém um gene da Arabidopsis thaliana; é uma planta usada em pesquisa, em várias partes do mundo, e que confere uma resistência a uma classe de herbicidas - as imidazolinas. Desta maneira, o herbicida pode ser aplicado em toda área sem causar prejuízos para a soja.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Adição de Ca e S pela Correção do P com Superfosfatos

Na correção do teor de fósforo (P) no solo usamos superfosfatos simples ou triplo. Ambos, por serem solúveis em água, são prontamente disponíveis para as plantas. É claro que estão sujeitos à fixação do fósforo no solo. A diferença entre eles é a concentração do P e da presença de S no superfosfato simples. O supertriplo possui cálcio na forma de CaO.
Um técnico recomenda fósforo para atingir um teor de 12 mg/dm³ usando o superfosfato simples – 18% P2O5 e 8% S - como fosfatagem (correção do solo em fósforo). Ele também tem a opção do superfosfato triplo que possui 42% de P2O5 e 12% de CaO.
Qual a quantidade dos fertilizantes que seria aplicada como correção e quanto enxofre (S) e cálcio (Ca) estariam adicionando ao solo ?
É bom lembrar que mg/dm³ x 2 = kg/ha.
Logo 12 mg/dm³ x 2 = 24 kg/ha de P. Peso atômico do P =31
P2O5 ........................ P2
(31x2)+16x5 ............. 31x2.
142 kg/ha P2O5 ........ 62 kg/ha P
............X....................... 24 kg/ha P
X = 54,96 kg/ha P2O5
É bom lembrar, também, que a eficiência dos adubos fosfatados não é 100%. A planta aproveita de 15 a 25% do fósforo adicionado ao solo, dependendo de uma série de condições. Vamos utilizar a média 20%.
20% corresponderia 54,96 kg/ha P2O5
100% .............................. X ............
X = 274,8 kg/ha P2O5
Utilizando o superfosfato simples (SS):
100 kg SS ....................... 18 kg P2O5
.......X............................ 274,8 kg P2O5
X = (274,8 x 100) / 18 = 1.526 kg/ha de superfosfato simples
Em relação ao enxofre (S),
100 kg SS -------------------- 8 kg enxofre (S)
1.526 kg SS ......................... X ...
X= 122 kg S/ha.
Utilizando o superfosfato triplo (ST)
100 kg ST ............ 42 kg P2O5
...... X ................. 274,8 kg P2O5
X = 655 kg/ha de Superfosfato triplo
Em relação ao CaO do ST, teremos:
100 kg ST ............... 12 kg CaO
655 kg ST ......................X......
x = (12 x 655) /100 = 78,6 kg/ha CaO

78,6 kg/ha / 2 = 39,3 mg/dm³ = 0,039 g/dm³ CaO   "Lembre que mg/dm³ x 2 = kg/ha"
g CaO x 0,7147 = g Ca
0,039 g CaO x 0,7147 = 0,027873 g Ca
g Ca x 4,9900 = cmolc Ca
0,027873 g Ca x 4,9900 = 0,139 cmolc Ca

Estas fatores usados nas conversões podem ser vistos clicando Aqui


terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Calagem - Métodos para determinar a necessidade de calcário

A determinação da quantidade de cálcario a ser aplicado no solo, para a correção da acidez é feita por métodos de neutralização do Al³ e suprimentos de Ca² e Mg². Os Estados brasileiros têm diferentes fómulas para realizar este cálculo. Vamos informar cada uma delas.

A quantidade de calcário a ser aplicada no solo pode ser feita pelos seguintes métodos:

1 - Neutralização do Al³+ e suprimento de Ca²+ e Mg²+
No Estado do Espírito Santo e Goiás se usa a fórmula abaixo com algumas variações:

N.C. (t/ha) = Al³+ x 2 +[2 - (Ca²+ + Mg²+)]

No Estado de Goiás o valor 2 da fórmula é substituído pelo valor 1,2 em solos com teor de argila menor que 200 g/dm3.

No Estado de Minas Gerais, a fórmula acima sofre uma variação:

N.C. (t/ha) = Al³+ x Y +[X - (Ca²+ + Mg²+)]

Onde (Y), é igual a:
1 para solos arenosos (menos de 150 g/dm³ de argila)
2 para solos de textura média ( 150 a 350 g/dm³ de argila)
3 para solos argilosos (mais de 350 g/dm³ de argila)
(X) = 2 para a maioria das culturas
1 para espécies florestais
2 para cafeeiro

No Estado do Paraná utiliza-se o método de saturação por bases (V%). Somente no caso do arroz irrigado e do sequeiro é adotada a fórmula:

NC (t/ha) = Al³+ x 2

Em solos sob vegetação de cerrados utilizam-se as fórmulas abaixo de acordo com o teor de argila e suprimentos de Ca + Mg.
1 - Solos com teor de argila maior que 200 g/dm³ e teor de Ca + Mg menor que 2 cmolc/dm³:
NC (t/ha) = Al³+ x 2 +[2 - (Ca²+ + Mg²+)]

2 - Solos com teor de argila maior que 200 g/dm³ e teor de Ca + Mg maior que 2 cmolc/dm³ :


NC (t/ha) = Al³+ x 2

3 - Solos com teor de argila menor que 200 g/dm³
NC (t/ha) = Al³+ x 2 ou
NC (t/ha) = 2 – (Ca + Mg)
Utiliza-se a maior recomendação. O PRNT do calcário deve ser igual a 100%.

2 - Saturação de bases do solo

Este método consiste na elevação da saturação por bases trocáveis (V%) para um valor que proporcione o máximo rendimento econômico do uso do calcário.
A fórmula a ser utilizada é a seguinte:

N.C. (t/ha) = (V2 –V1) x T x f / 100

Onde:
V1 = valor atual da saturação de bases trocáveis do solo;
V2 = valor de saturação de bases trocáveis que se deseja;
T = capacidade de troca de cátions;
f = fator de correção do PRNT. f = 100/PRNT
Se a análise fornecer o teor de potássio K em mg/dm³ deve-se fazer a correção para cmolc/dm³.
cmolc/dm3 de K = mg/dm3 x 0,002564

O valor de saturação de bases trocáveis (V2) vai depender da região. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul é 60%. No Paraná é de 70% e nos solos sob vegetação de Cerrados é de 50%.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Exercício sobre Mistura de Superfosfatos

Muitas vezes o produtor tem fertilizante que sobrou de safras passadas e que podem ser usados, complementando-se as necessidades de nutrientes com a compra do mesmo fertilizante ou de outro que tenha o mesmo nutriente exigido. Claro que o custo benefício vai ser levado em consideração na hora da compra: ou o mesmo fertilizante ou misturá-lo com outro de maior concentração do nutriente.
Um produtor tem estocado na sua propriedade 360 sacos de superfosfato simples. Ele deseja fazer a correção do solo com a recomendação de 90 kg/ha de P2O5. A área total destinada à lavoura é de 180 hectares. A intenção é comprar o superfosfato triplo que possui 42% de P2O5, para completar as necessidades. Quantos sacos deverá comprar e qual a relação da mistura ?
Necessidade total de P2O5 = 180ha x 90 kg P2O5 = 16.200 kg P2O5
1) Fósforo (em P2O5) fornecido pelo superfosfato simples (SS):
360 sacos x 50 kg = 18.000 kg de SS = 18 t de SS
em 100 kg SS .................. 18 kg P2O5
em 18.000 kg SS ..................... X ......
X = (18.000 x 18) / 100 = 3.240 kg P2O5
Temos que complementar o P2O5
16.200 – 3.240 = 12.960 kg de P2O5
2) Utilizando o super triplo (ST) com 42% P2O5 100 kg ST .................. 42 kg P2O5
......X......................... 12.960 kg P2O5
X = (100 x 12.960) / 42 = 30.857 kg = 30,85 t de ST
Ou podemos fazer o cálculo já direto em toneladas pois 100 kg ST= 42 kg P2O5; 1.000 kg(1t) = 420 kg P2O5
1 t ST ............... 420 kg P2O5
......X...............12.960 kg P2O5
X = 30,85 toneladas de ST
A relação será: 30,85/18 = 1,71/1
"Para cada tonelada de SS, mistura-se 1,71 toneladas de ST. Ou, para cada saco de 50 kg de SS, 1,7 sacos de ST (85 kg)".

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cálculo da Dosagem de Vinhaça para Aplicação na Cana

A vinhaça é um subproduto da cana, rica em potássio (K), matéria orgânica, outros nutrientes como N, P, sulfatos e água. Cada litro de alcool produzido gera 14 litros de vinhaça. É um material corrosivo, mal cheiroso, e que carece de cuidados para não poluir o lençol freático. A concentração máxima de potássio no solo não poderá exceder 5% da CTC a pH 7,0. As áreas para aplicação de vinhaça não podem estar contidas nos domínios das Áreas de Preservação Permanente - APPs ou de Reserva legal ou nas áreas de proteção de poços. As áreas devem estar, ainda, afastadas um quilometro das áreas populacionais.
A dosagem de vinhaça a ser aplicada na cana-de-açúcar é conhecida pela fórmula:

QV = [(0,05 x CTC – Ksolo) x 3744 +185] / Kvinhaça

QV = quantidade de vinhaça em m³;
0,05 = 5% da CTC a pH 7,0;
CTC = valor da CTC a pH 7,0;
Ksolo = teor de potássio (K) na profundidade de 0,80 cm;
3744 = constante que transforma cmolc K/dm³ para kg K/ha na profundidade de 0,80 cm;
185 = kg de K2O extraído pela cultura por hectare e por corte;
Kvinhaça = teor de K na vinhaça expresso em kg K2O/m³.